sexta-feira, 14 de março de 2014

A filosofia dos fungos

NA CULINÁRIA

A filosofia dos fungos

O biólogo Roney Rocha cultiva cogumelos orgânicos nas montanhas de Nova Lima para abastecer cozinhas da capital

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Glória Tupinambás Veja BH - 2014

Gustavo Andrade/Odin

montanhas de Nova Lima, com clima mais ameno que o da capital, são um ambiente perfeito para o cultivo de um ingrediente disputado em refinadas cozinhas: os cogumelos frescos. Em estufas montadas no sítio Do Caminhante, no condomínio Jardins de Petrópolis, crescem shimejis, hiratakes e cogumelos-salmão. Lá, os fungos são tratados a pão de ló - ou melhor, a mamona, farelo de trigo, folha de bananeira e casca de arroz, os ingredientes da massa em que eles proliferam. 


A cada mês são germinados 400 quilos do produto, em um processo sem agrotóxicos nem fertilizantes que dura mais de cinquenta dias. Dono do sítio, o biólogo Roney Bernardes Rocha começou a cultivá-los há 28 anos. No início, os poucos clientes eram estrangeiros já habituados ao seu uso na culinária.



Com a valorização da gastronomia por aqui, Rocha acabou se tornando um dos maiores fornecedores de grandes empórios e restaurantes da cidade. A partir deste ano, porém, ele não venderá mais a esses fregueses. Para se manter fiel ao ideal da produção orgânica com preço justo, resolveu se dedicar a entregas em domicílio e em pequenos estabelecimentos comerciais. "Quero quebrar o jogo nocivo dos distribuidores, que exploram os produtores e inflacionam o preço ao consumidor final", afirma. 



Segundo ele, a bandeja de 200 gramas que vende a 6,50 reais não chega às prateleiras das redes de supermercados por menos de 10 reais. "Para mim, os cogumelos não são só um negócio, são uma filosofia de vida"
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A batalha da internet




Esta semana a Câmara dos Deputados deve votar o Marco Civil da Internet, projeto de lei que tem sido alvo de grandes interesses, especialmente do lobby das telefônicas. Nos últimos meses tenho lutado contra o poderoso grupo das empresas de telecomunicações, que através de deputados-lobistas querem transformar a internet numa espécie de TV a cabo, onde se poderia cobrar a mais para podermos assistir a vídeos, ouvir músicas ou acessar informações relevantes.

A internet é hoje a opção democrática daqueles que enfrentam o poder dos meios de comunicação tradicionais. Alguns deputados querem aprovar limites que irão favorecer aos provedores, que poderão usar nossos dados para vender serviços sem nossa autorização expressa. O argumento das empresas é falso: afirmam que com pacotes diferenciados poderão baratear a internet. Isso é tão verdadeiro como acreditar em Papai Noel. Se permitirmos que as empresas decidam a velocidade de acesso a cada tipo de conteúdo será o fim da liberdade e das inovações que espontaneamente aparecem na rede todos os dias. Entenda bem: permitir que a internet seja dividida em pacotes de serviço sem sentido, de qualidade duvidosa e controlada por um cartel de empresas é o fim da picada.

Um pequeno grupo de deputados, do qual faço parte, vem resistindo ao lobby patrocinado especialmente pelo PMDB, que não deve estar fazendo isso sem interesses inconfessáveis. É bom que nas próximas horas todos os amantes da internet livre entupam as caixas de e-mails de seus deputados avisando que na eleição deste ano, o voto em cada um deles no Marco Civil da Internet será amplamente debatido pelo conjunto da população, que irá saber quem votou em defesa dela ou se derreteu pelos carinhos das empresas de telefonia. Diga-se de passagem, as Organizações Globo e outras empresas de conteúdo também fazem parte do lobby. Será uma batalha decisiva para a liberdade de comunicação no Brasil. 

FONTE :BLOG DO GAROTINHO

quinta-feira, 13 de março de 2014

Fazenda em SP possibilita que clientes escolham frutas direto do pé

Fazenda em SP possibilita que clientes escolham frutas direto do pé
 Fevereiro de 2014 • 


Localizado em São Bento do Sapucaí, a 180 km de São Paulo, o Viveiro Frutopia oferece uma experiência inovadora para os visitantes: poder colher frutas vermelhas direto do pé e comprá-las por quilo.
A fazenda é especializada em frutas vermelhas, como framboesa, morango, amora e mirtillo, mas também cultiva azeitonas e uvas, que são utilizados na produção artesanal de azeites e vinhos comercializados no local.
O público também pode encontrar Pão de Campanha (fermentação natural) e geleias de tangerina, que são produzidas na fazenda. O quilo das frutas vermelhas varia de R$ 15 a R$ 25, os azeites por R$ 25 (250 ml) e os vinhos por R$ 60.
As visitas podem ser realizadas de dezembro a junho e devem ser agendadas no telefone (12) 99745-9897.
O proprietário do local, Rodrigo Veraldi, também possui o restaurante “Entre Vilas”, que funciona somente no almoço, de sexta a domingo - também é importante agendar a visita.

Corais prosperam em baía remota no Pacífico apesar da acidificação

Corais prosperam em baía remota no Pacífico apesar da acidificação

2014   -   Autor: Tanya Dimitrova   -   Fonte: Mongabay


Cientistas descobriram uma pequena baía em uma ilha no Pacífico que pode servir como um olho mágico para se espiar o futuro dos oceanos. A Baía da Ilha Rochosa, em Palau, abriga uma anomalia que ocorre naturalmente: a sua água é tão ácida quanto cientistas dizem que todo o oceano ficará em 2100 como resultado das crescentes emissões de dióxido de carbono (CO2).
Surpreendentemente, a baía contém um dos recifes de coral mais saudáveis do Pacífico. Em qualquer outro lugar do mundo, a acidificação da água resulta no declínio e morte dos corais. Não nas Ilhas Rochosas.
“Fiquei chocada que a cobertura, riqueza e diversidade de corais fossem tão altas apesar do nível de acidificação”, comentou Katie Shamberger, uma das coautoras de um estudo recém publicado, que reportou tal descoberta incomum.
A acidificação do oceano é um efeito bem conhecido das mudanças climáticas e das emissões de gases do efeito estufa. Mais CO2 na atmosfera faz com que o oceano absorva mais carbono. Esse processo reduz o carbonato de cálcio na água – o elemento que os corais usam para construir suas estruturas corporais. Isso os torna frágeis e sujeitos à dissolução na água.
Até agora, o pH do oceano (um parâmetro da acidez) caiu em 0,1 desde o período pré-industrial, segundo o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC). Os cientistas calcularam que, até o final do século, o pH deve cair em mais 0,25 abaixo da média atual.
Por acaso, esse nível é exatamente a acidez na baía de Palau atualmente. Mesmo assim, o recife de corais é mais rico e mais saudável do que todos os outros que ocorrem naturalmente em regiões costeiras de alta acidez na Papua Nova Guiné, em Galápagos, no Golfo do Panamá e na Península de Yucatán. Por que os corais na Ilha Rochosa são os únicos não afetados pela acidificação?
“Não sabemos”, admite Shamberger. Possivelmente, após crescer nesta baía por milhares de anos, eles se adaptaram geneticamente. Ou pode haver alguma combinação de fatores ambientais que os permite sobreviver apesar da acidificação.
“O ponto essencial é que os recifes acidificados de Palau são uma exceção”, comentou Shamberger. “Isso não significa que, no geral, os recifes de coral conseguirão lidar com a acidificação do oceano.”
Mesmo se a adaptação genética à água altamente ácida for possível, os recifes da Ilha Rochosa provavelmente levaram milhares de anos para alcançá-la. Hoje, a acidificação está acontecendo rápido demais: outros recifes terão menos que 100 anos para tentar se ajustar.
Infelizmente, essa não é a única ameaça que as mudanças climáticas apresentam. A água do mar mais quente pode matar as algas que vivem dentro do esqueleto dos corais e os nutrem. Com a sua morte, os corais perdem tanto a fonte de alimento quanto a sua cor, por isso o processo é chamado de branqueamento. Às vezes, os corais podem se recuperar do branqueamento, mas, se a água permanecer muito quente por um período prolongado, isso pode causar a sua morte.
Finalmente, os recifes de coral precisam de muita luz para suas algas, portanto, devem estar próximos à superfície. Se os corais não puderem crescer verticalmente na velocidade suficiente para dar conta do aumento do nível do mar, eles podem se “afogar” – morrer por estarem muito fundo e não receberem luz suficiente.
“As mudanças climáticas são uma ameaça tripla aos corais”, comentou Shamberger. “Aquecimento, acidificação e aumento no nível do mar colocam em risco os recifes de coral.”

Imagem: Mudanças nos níveis de pH oceânico entre 1700 e a década de 1990. Plumbago/Creative Commons 3.0.
Referências: Kathryn Shamberger, Anne Cohen, Yimnang Golbuu, Daniel McCorkle, Steven Lentz, Hannah Barkley (2013).Diverse coral communities in naturally acidified waters of a Western Pacific reef. Geophysical Research Letters.
Traduzido por Fernanda B. Müller
Leia o texto original no Mongabay (em inglês)

Butão produzirá apenas alimentos orgânicos

Butão produzirá apenas alimentos orgânicos
Fevereiro de 2014 • 


O “país da felicidade” vai investir em uma alimentação mais saudável. Pesticidas, agrotóxicos e todos os químicos que são utilizados para controlar as pragas na agricultura não farão mais parte da vida dos butaneses.
Com uma das menores economias do mundo, a população vive essencialmente da agricultura e criação animal. Atualmente, os adubos orgânicos naturais já são a opção de muitos moradores devido ao custo alto dos produtos artificiais. Entretanto, mesmo os que possuem condições de arcar com os valores terão de ser adequar aos fertilizantes obtidos de seu gado.
A novidade, segundo a agência internacional Pressenza IPA, foi anunciada pelo ministro da agricultura, Pema Gyamtsho, que também é agricultor. Isso torna o Butão o primeiro país do mundo a produzir exclusivamente com agricultura ecológica.
Gyamtsho ressaltou os males que os químicos podem causar nas águas subterrâneas e a perda de valor nutricional dos alimentos na agricultura convencional. O governo pretende investir na variedade de alimentos imunes a pragas e, futuramente, exportar alimentos naturais para China, Índia, entre outros países vizinhos.
Redação CicloVivo

quarta-feira, 12 de março de 2014

Como espécies da Mata Atlântica responderão às mudanças climáticas e ao uso do solo?

PARA ENTENDER O FUTURO

Como espécies da Mata Atlântica responderão às mudanças climáticas e ao uso do solo?

Projeto que reúne pesquisadores brasileiros e americanos estuda processos da biodiversidade e das espécies da Mata Atlântica para prever seu futuro e adaptações às mudanças do clima e uso do solo. Ele foi apresentado e debatido em workshop promovido ontem (10/02) pela Fapesp e National Science Foundation

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whltravel/Creative Commons
Compreender os processos evolutivosgeológicos,climáticos e genéticos por trás da enorme biodiversidade e do padrão de distribuição de espécies da Mata Atlântica e, com base nesse conhecimento, criar modelos que permitam prever, por exemplo, como essas espécies vão reagir às mudanças no clima e no uso do solo.


Esse é o objetivo central de um projeto que reúne pesquisadores do Brasil e dos Estados Unidos no âmbito de um acordo de cooperação científica entre o Programa de Pesquisas em CaracterizaçãoConservação,Recuperação e Uso Sustentável da Biodiversidade do Estado de São Paulo (Biota-Fapesp) e o programa Dimensions of Biodiversity, da agência federal norte-americana de fomento à pesquisa National Science Foundation (NSF).

“Além de ajudar a prever o que poderá ocorrer no futuro com as espécies, os modelos a entender como está hoje distribuída a biodiversidade em áreas onde os cientistas não têm acesso. Como fazemos coletas por amostragem, seria impossível mapear todos os microambientes. Os modelos permitem extrapolar essas informações para áreas não amostradas e podem ser aplicados em qualquer tempo”, explicou Ana Carolina Carnaval, professora da The City University of New York, nos Estados Unidos, e coordenadora do projeto de pesquisa ao lado de Cristina Miyaki, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (IB-USP).

A proposta, segundo Carnaval, é promover a integração de pesquisadores de diversas áreas – como ecologiageologiabiogeografiagenéticafisiologiaclimatologia,taxonomiapaleologiageomorfologia – e unir ciência básica e aplicada em benefício da conservação da Mata Atlântica.

O bioma é considerado um dos 34 hotspots mundiais, ou seja, uma das áreas prioritárias para a conservação por causa de sua enorme biodiversidade, do alto grau de endemismo de suas espécies (ocorrência apenas naquele local) e da grande ameaça de extinção resultante da intensa atividade antrópica na região.

A empreitada coordenada por Carnaval e por Miyaki teve início no segundo semestre de 2013. A rede de pesquisadores esteve reunida pela primeira vez para apresentar suas linhas de pesquisa e seus resultados preliminares na segunda-feira (10/02), durante o “Workshop Dimensions US-Biota São Paulo - A multidisciplinary framework for biodiversity prediction in the Brazilian Atlantic forest hotspot”.

“Convidamos alguns colaboradores além de pesquisadores envolvidos no projeto, pois queremos críticas e sugestões que permitam aperfeiçoar os trabalhos”, contou Miyaki. “Essa reunião é um marco para conseguirmos efetivar a integração entre as diversas áreas do projeto e criarmos uma linguagem única focada em compreender a Mata Atlântica e os processos que fazem esse bioma ser tão especial”, acrescentou.

Entre os mistérios que os cientistas tentarão desvendar estão a origem da incrível diversidade existente na Mata Atlântica, possivelmente fruto de conexões existentes há milhões de anos com outros biomas, entre eles a Floresta Amazônica. Outra questão fundamental é entender a importância do sistema de transporte de umidade na região hoje e no passado e como ele permite que a Mata Atlântica se comunique com outros sistemas florestais. Também está entre as metas do grupo investigar como a atividade tectônica influenciou o curso de rios e afetou o padrão de distribuição das espécies aquáticas.

DESAFIOS DO BIOTA
Durante a abertura do workshop, o presidente da Fapesp, Celso Lafer, realçou a importância de abordagens inovadoras e multidisciplinares voltadas para a proteção da biodiversidade da Mata Atlântica. Ressaltou ainda que a iniciativa está em consonância com os esforços de internacionalização realizados pela Fapesp nos últimos anos.

“Uma das grandes preocupações da Fapesp tem sido o processo de internacionalização, que basicamente está relacionado ao esforço de juntar pesquisadores de diversas áreas para avançar no conhecimento. Este programa de hoje está relacionado a aspirações dessa natureza e tenho certeza de que os resultados serão altamente relevantes”, afirmou Lafer.

Também durante a mesa de abertura, o diretor do IB-USP, Carlos Eduardo Falavigna da Rocha, afirmou que o programa Biota-Fapesp tem sido um exemplo para outros estados e outras fundações de apoio à pesquisa em âmbito federal e estadual.

Carlos Alfredo Joly, professor da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do Biota-Fapesp, apresentou um histórico das atividades realizadas pelo programa desde 1999, entre elas a elaboração de um mapa de áreas prioritárias para conservação que serviu de base para mais de 20 documentos legais estaduais – entre leis, decretos e resoluções.

Joly também falou sobre os desafios a serem vencidos até 2020, como empreender esforços de restauração e de reintrodução de espécies, ampliar o entendimento sobre ecossistemas terrestres e sobre os mecanismos que mantêm a biodiversidade no Estado e intensificar as atividades voltadas à educação ambiental.
Para 2014, Joly ressaltou dois desafios na área de conservação. “Estamos iniciando uma campanha para o tombamento da Serra da Mantiqueira. Já fizemos alguns artigos de jornais, estamos lançando um websiteespecífico e vamos trabalhar para conseguir tombar regiões acima de 800 metros, áreas apontadas como de extrema prioridade para conservação no atlas do BIOTA”, disse.


Outra meta para 2014, segundo Joly, é trabalhar para que o Brasil ratifique o protocolo de Nagoya – tratado internacional que dispõe sobre a repartição de benefícios do uso da biodiversidade – até outubro, quando ocorrerá a 12ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica.

“É fundamental que um país megadiverso, que tem todo o interesse de ter sua biodiversidade protegida por esse protocolo internacional, se torne signatário do protocolo antes dessa reunião”, afirmou Joly
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Arquitetos propõem parque bolha antipoluição para Pequim


Arquitetos propõem parque bolha antipoluição para Pequim

Vanessa Barbosa - Exame.com - /2014

Divulgação/Orproject


Com níveis de poluição atmosférica extremamente nocivos à saúde humana, a China vem buscando formas de combater o seu "arpocalipse". Já mandou melhorar a qualidade do combustível, passou a limitar o número de carros que circulam nas ruas e incrementou os investimentos em energias renováveis. Indo muito além das soluções tradicionais, um escritório de arquitetura chinês defende um projeto, no mínimo, ousado.

Os arquitetos do estúdio Orproject propõem a construção de um parque fechado dentro da capital, Pequim, que garanta à população um ar seguro de se respirar. Chamado de Bubbles, o parque abrigaria um jardim botânico, com plantas de todos os cantos do mundo. A temperatura e umidade do ar seriam controladas ao longo do ano e garantiriam um bom clima interno.

Os prédios ao redor do parque, também ligados ao sistema de ar condicionado, poderiam abrigar apartamentos, escritórios e um complexo cultural e gastronômico. Além disso, seria possível abrir centros esportivos e médicos, segundo os arquitetos.

A geometria do sistema de bolha foi gerada utilizando um algoritmo que simula o desenvolvimento de veias em folhas ou asas de borboleta. O aquecimento e arrefecimento do ar seria feito através de um sistema de troca de calor com a terra e toda a energia elétrica consumida seria gerada por células solares integradas na superfície.

O sistema de cobertura proposto pode ser utilizado para delimitar um jardim botânico urbano, mas ele também se presta para muitas outras aplicações em várias escalas, ressaltam os arquitetos na página oficial do projeto.

Ele poderia ser usado para cobrir playgrounds ou pátios de escolas, isolar o átrio de um prédio comercial ou shopping center, ou ser usado para cobrir os jardins de um condomínio residencial.

terça-feira, 11 de março de 2014

Faltará neve

Faltará neve

Um estudo da Universidade de Waterloo, no Canadá, apontou que apenas seis das dezenove cidades que receberam os Jogos de Inverno desde 1924 teriam condições ideais de clima para realizar uma nova edição em setenta anos. Mudanças climáticas, que podem aquecer o planeta em até 4 graus no período, devem diminuir a incidência de neve e a extensão da cobertura de gelo nessas regiões

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INFOGRAFIA REVISTA VEJA. Veja - 


Natureza em versão original

QUASE EXTINTA

Natureza em versão original

Ricardo Cardim, especialista em telhados verdes e jardins verticais, montou um espaço que oferece paisagismo com espécies raras da Mata Atlântica

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Rosele Martins Casa Claudia - 

Manu Oristânio
Guaimbês, bromélias e orquídeas decoram a fachada da loja Skygarden e já denotam sua vocação: recuperar a flora nativa paulista. "Quis reproduzir os paredões da serra do Mar", afirma o botânico Ricardo Cardim, dono do espaço e expert em telhados verdes e jardins verticais que dispensam suportes plásticos para fixar as plantas.

Quem quiser compor o paisagismo com espécies da Mata Atlântica e do cerrado encontra lá raridades como a quase extinta palmeirinha-prateada (acima) e outras mudas do tipo. Há também produtos, a exemplo de pisos permeáveis e substratos orgânicos.

segunda-feira, 10 de março de 2014

Doença mata milhares de estrelas-do-mar na América do Norte

Doença mata milhares de estrelas-do-mar na América do Norte
 Fevereiro de 2014 •


No verão passado, cientistas observaram a doença pela primeira vez em Starfish Point, na Península Olympic, em Washington, segundo o site EarthFix, da rede KCTS. Na mesma época, a doença também dizimou populações de estrelas-do-mar em Vancouver Harbor e Howe Sound, no Canadá, segundo o Aquário de Vancouver. A doença já foi detectada em uma faixa que se estende do sul da Califórnia ao Alasca, e na costa leste dos Estados Unidos.
Os biólogos ainda não sabem a origem da doença nem como combatê-la. Os primeiros sintomas consistem em lesões cutâneas; em seguida, os braços da estrela-do-mar se retorcem até se separar do corpo. O desmembramento provoca a expulsão das vísceras da cavidade central do animal, provocando sua morte. Normalmente, as estrelas-do-mar conseguem regenerar os braços perdidos acidentalmente, mas não quando são acometidas pela doença.

Foto: Reprodução / EarthFix
A primeira espécie vitimada foi a Pycnopodia helianthoides, e em seguida, a Pisaster ochraceus. Agora, os mesmos sintomas já foram observados em ao menos doze espécies.
Depois de ouvir os relatos do Canadá, a mergulhadora e cinegrafista Laura James filmou a devastação das estrelas-do-mar na costa de Seattle, informou a PBS. James criou um site, www.sickstarfish.com, para ajudar a monitorar a disseminação da doença. Qualquer pessoa que observar uma estrela-do-mar doente pode relatar nas redes sociais, usando a hashtag #sickstarfish. A Universidade da Califórnia também mantém um site de monitoramento.

Foto: Reprodução / EarthFix
Deter a disseminação da doença pode ajudar a salvar os ecossistemas marinhos da América do Norte, já que as estrelas-do-mar impedem a proliferação excessiva de herbívoros, como os ouriços-do-mar. Se sua população crescer descontroladamente, os ouriços podem devorar grande parte das florestas de algas marinhas da costa oeste da América do Norte.

Projeto usa pele de tomate para revestir embalagens de alimentos

Projeto usa pele de tomate para revestir embalagens de alimentos
20 de Fevereiro de 2014 •


Há três anos, pesquisadores europeus deram início a um experimento que busca criar uma alternativa sustentável para proteger as embalagens de metal utilizadas nos alimentos. O principal objetivo é desenvolver o que eles chamam de “bio-laca” – uma espécie de revestimento produzido com resíduos alimentícios.
A substância deve proteger a saúde do consumidor e ser economicamente viável. A ideia é “valorizar e reduzir os resíduos produzidos pela indústria de conservas”. Assim foi criado o projeto Biocopac.
Os pesquisadores desenvolveram então uma laca natural com a pele do tomate, que é obtida durante a produção de molhos. O subproduto é aplicado nas superfícies internas e externas das embalagens, substituindo o verniz que é utilizado atualmente no revestimento das latas de metal pela indústria alimentícia.
O projeto é coordenado por Angela Montanari, profissional do ramo de conservação de alimentos na Itália. Trata-se de uma parceria público-privada, que inclui quatro centros de pesquisa.
“Todos os anos são usados milhões de toneladas de tomates e grandes quantidades de subprodutos (como a pele) são tratados como resíduos. Em vez de, simplesmente, aterrar este material, a Biocopac vai desenvolver um leque de alternativas para a indústria de alimentos enlatados”, afirma os pesquisadores em comunicado à imprensa.
De acordo com o site Inovação Tecnológica, o novo revestimento promete substituir o bisfenol A, um composto do plástico muito utilizado pela indústria devido à sua resistência ao calor e impacto, mas que causa danos à saúde humana.
Após avaliação das propriedades físico-químicas e para a saúde dos consumidores, de acordo com a legislação da União Europeia, serão confirmadas as vantagens econômicas e ambientais do novo verniz ecológico.

domingo, 9 de março de 2014

Oceano ácido mata 10 milhões de vieiras só em uma praia no Canadá

Oceano ácido mata 10 milhões de vieiras só em uma praia no CanadáJosé Eduardo Mendonça - 

oceano-acido-canada-560acidificação da água do mar começa a produzir desastres que tendem a se reproduzir em escala maior. A morte em massa de vieiras perto da praia de Qualicum, na Ilha de Vancouver, no Canadá, está sendo relacionada ao fenômeno, que ameaça a vida marinha e a economia que dela depende na costa leste da América do Norte.
Rob Saunders, CEO da Island Scallops, estima que, nos últimos anos, sua empresa perdeu U$ 10 milhões com os moluscos, forçando-o a demitir cerca de metade de seus funcionários. “Não estou certo de que nós ou o setor iremos sobreviver. É uma coisa dramática”, disse ele.
A acidificação do oceano, um dos males do aquecimento global, ocorre porque atividades humanas fazem com que o mar absorva uma quantidade crescente de dióxido de carbono (CO2). Organismos como vieiras ou ostras têm cada vez menor chance de formar carbonato de cálcio para suas conchas.
O noroeste do Pacífico é um hotspot da acidificação e os níveis declinantes de pH, o fator de acidez, estão atingindo especialmente as populações mais jovens de moluscos, que lutam para construir suas cascas protetoras. Elas gastam mais energia e ficam mais vulneráveis a predadores e infecções.
A crescente taxa de acidificação “pode ter empurrado as águas locais para um ponto de virada, além do qual estas espécies não podem sobreviver”, afirmou Chris Harley,ecologista marinho da Universidade da Colúmbia Britânica, ontem.
Os oceanos não estão apenas absorvendo CO2, mas ainda mais de 90% do aquecimento global – a energia equivalente a 12 bombas de Hiroshima por segundo apenas em 2013. Ostras e vieiras não serão as únicas vítimas. Pesquisadores acreditam que recifes de corais estão sendo levados à extinção e que diversas espécies de peixes estão desaparecendo a uma taxa alarmante.
“Está acontecendo em todo o mundo. Há pouca esperança para nós”, afirmou Saunders.
Foto: Michael Horne/Creative Commons

Pesquisadores desenvolvem modelo sobre a origem da água na Terra

Pesquisadores desenvolvem modelo sobre a origem da água na Terra

Elton Alisson - Agência Fapesp 2014
guilhermegrespan/flickr



Pesquisadores da Universidade Estadual Paulista (Unesp), campus de Guaratinguetá, em colaboração com colegas da Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) e do Instituto de Astrobiologia da agência espacial norte-americana (Nasa), desenvolveram um modelo mais preciso para determinar a origem da água e da vida na Terra.

Realizado no âmbito do projeto de pesquisa "Dinâmica orbital de pequenos objetos", apoiado pela FAPESP, o modelo foi descrito em um artigo publicado no The Astrophysical Journal, da Sociedade Americana de Astronomia, e apresentado nesta segunda-feira (24/02) no UK-Brazil-Chile Frontiers of Science.

Organizado pela Royal Society, do Reino Unido, em conjunto com a FAPESP e as Academias Brasileira e Chilena de Ciências, o evento ocorre até quarta-feira (26/02) em uma propriedade da Royal Society em Chicheley, vilarejo do condado de Buckinghamshire, no sul da Inglaterra. E tem como objetivo fomentar a colaboração científica e interdisciplinar entre jovens pesquisadores brasileiros, chilenos e do Reino Unido em áreas de fronteira do conhecimento.

"Desenvolvemos um modelo em que analisamos todas as possíveis fontes espaciais de água e estipulamos qual seria a provável contribuição de cada uma delas na quantidade total de água existente hoje na Terra", disse à Agência FAPESP Othon Cabo Winter, pesquisador do Grupo de Dinâmica Orbital & Planetologia da Unesp de Guaratinguetá e coordenador do estudo.

De acordo com Winter, até recentemente se acreditava que os cometas, ao colidir com a Terra durante a formação do Sistema Solar, haviam trazido a maior parte da água existente hoje no planeta.

Simulações computacionais da quantidade de água que esses objetos celestes compostos de gelo podem ter fornecido para a Terra - baseadas em medições da quantidade de deutério (o hidrogênio mais pesado) da água deles - revelaram, no entanto, que os cometas não foram as maiores fontes. E que eles não poderiam ter contribuído com uma fração tão significativa de água para o planeta como se estimava, explicou Winter.

"Pelas simulações, a contribuição dos cometas no fornecimento de água para a Terra seria de, no máximo, 30%", disse o pesquisador. "Mais do que isso é pouco provável", afirmou Winter.

No início dos anos 2000, segundo o pesquisador, foram publicados estudos internacionais que sugeriram que, além dos cometas, outros objetos planetesimais (que deram origem aos planetas), como asteroides carbonáceos - o tipo mais abundante de asteroides no Sistema Solar -, também poderiam ter água e fornecê-la para a Terra por meio da interação com planetas e embriões planetários durante a formação do Sistema Solar.

A hipótese foi confirmada nos últimos anos por observações de asteroides feitas a partir da Terra e de meteoritos (pedaços de asteroides) que entraram na atmosfera terrestre.

Outras possíveis fontes de água da Terra, também propostas nos últimos anos, são grãos de silicato (poeira) da nebulosa solar (nuvem de gás e poeira do cosmos relacionada diretamente com a origem do Sistema Solar), que encapsularam moléculas de água durante o estágio inicial de formação do Sistema Solar.

Essa "nova" fonte, no entanto, ainda não tinha sido validada e incluída nos modelos de distribuição de água por meio de corpos celestes primordiais, como os asteroides e os cometas.

"Incluímos esses grãos de silicato da nebulosa solar, com os cometas e asteroides, no modelo que desenvolvemos e avaliamos qual a contribuição de cada uma dessas fontes para a quantidade de água que chegou à Terra", detalhou Winter
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sábado, 8 de março de 2014

Qual país tem participação maior da energia eólica?

Qual país tem participação maior da energia eólica?José Eduardo Mendonça - 29/01/2014 às 11:27

qual-pais-participacao-energia-eolica
Pequena Espanha lidera ranking
energia eólica quadruplicou sua capacidade de geração nos EUA nos últimos cinco anos, trazendo uma economia de 84.7 milhões de toneladas de CO2 apenas em 2012.
A Alemanha, que vinha batendo recordes contínuos de instalação, agora vê uma situação de potencial crise no setor, com o fim paulatino dos subsídios governamentais e a nova política energética da chanceler Angela Merkel, que prevê utilização mais intensa de combustíveis fósseis. Em 2013, a China instalou 16.1 GW da fonte renovável, e o país hoje responde por cerca de um terço da geração eólica mundial.
Enquanto isso, na Península Ibérica, e um tanto longe das manchetes a respeito, uma pequena Espanha que tenta se recuperar da crise iniciada em 2008 e induzida pelo sistema financeiro, traz surpresas. No país, a energia eólica é agora a fonte primária de eletricidade.
Pela primeira vez, ela domina a produção de eletricidade em um país. A energia nuclear chegou perto, com 20.8%, mas a eólica forneceu 20.9 da demanda em 2013, de acordo com a operadora Red Eléctrica de España. A energia solar fotovoltaica respondeu por 3.1%.
A geração espanhola aumentou 13.2% no ano passado, produzindo um recorde de 54.478 gigawatts/hora de eletricidade, o bastante para alimentar 15.5 milhões de lares, ou 90% deles, de acordo com a associação do setor. A fonte nuclear na verdade produziu 2377 GWh a mais,  mas como ela consome mais eletricidade em suas operações, suas contribuição com a grade foi menor.
A associação nota que os preços da eletricidade caíram. “A influência da energia eólica nos preços do atacado é muito clara, se considerarmos o mercado em dias de mais ou menos vento”, afirmou a entidade, segundo o Green Biz.

Grupo lança métodos e diretrizes para apoiar monitoramento das florestas

Grupo lança métodos e diretrizes para apoiar monitoramento das florestas

25/02/2014   -   Autor: Fernanda B. Müller   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil


A Iniciativa para Observação Global das Florestas (GFOI), uma parceria entre cerca de uma centena de países, lançou um documento com métodos e diretrizes para a integração de dados de sensoriamento remoto com informações coletadas em campo para a estimativa de emissões e remoções de gases do efeito estufa em florestas.

A publicação traz uma série de recomendações relevantes para atividades de redução das emissões por desmatamento e degradação (REDD+) e para a elaboração de sistemas nacionais de mensuração, relato e verificação (MRV) das florestas.

Este é o primeiro de uma série de documentos do GFOI voltados para a estimativa dos futuros estoques de carbono em uma tentativa de dar suporte à construção de sistemas nacionais de monitoramento das florestas. Os métodos apresentados são baseados nas diretrizes do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) e da Convenção Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC).

O GFOI é uma iniciativa intergovernamental do chamado Grupo sobre Observações da Terra (GEO) e foi criada em 2011 para auxiliar os países a produzir relatórios confiáveis, consistentes e comparáveis sobre as mudanças na cobertura e no uso das florestas e as emissões ou remoções de gases do efeito estufa associadas.

O GEO foi lançado em resposta às chamadas para ação da Cúpula Mundial sobre o Desenvolvimento Sustentável de 2002 e pelo G8, que reconheceram a importância da colaboração internacional para explorar o crescente potencial de observação da Terra em apoio à tomada de decisão em um mundo cada vez mais complexo e tenso.

O grupo é liderado pela Austrália, Noruega, Estados Unidos, Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) e o Comitê sobre Satélites de Observação da Terra (CEOS), contando com mais de 90 países-membros.

sexta-feira, 7 de março de 2014

Fazenda urbana


Fazenda urbana

Este prédio em Tóquio contém hortas na fachada e em seu interior. Desse plantio vêm frutas, legumes, hortaliças e até o suco que os funcionários bebem. Para abrigar quatro mil m² de áreas verdes, a construção foi reformada pelo arquiteto Yoshimi Kono, que levou em conta seis pontos. Confira a seguir

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Divulgação

1. PLANTIO 

Nos nove andares, as tradicionais divisórias foram substituídas por floreiras de pínus tratado com resina. Ali são cultivadas algumas plantas.

2. IRRIGAÇÃO

A rega automatizada se dá por meio de tubos que levam os nutrientes diretamente à terra e mantêm as condições certas de umidade.

3. PELE DUPLA
Uma grade de alumínio cobre as vidraças das fachadas e apoia inúmeras floreiras onde pés de laranja, de cereja, de limão e de maracujá se misturam às flores. Sazonal, a vegetação perde folhas no inverno e deixa a claridade entrar. Viçosa no verão, barra o excesso de luz natural.

4. INCUBADORAS 
No primeiro pavimento, as sementeiras e os berçários de mudas das cerca de 200 espécies cultivadas no prédio dividem espaço com o arrozal. Leds e várias lâmpadas HEFL (um tipo de fluorescente com poder de iluminação semelhante ao do Sol) estimulam o crescimento das plantas.

5. ARROZAL 
O grão é cultivado sobre uma camada de casca de coco processada (mais leve do que terra) num canteiro com 20 cm de profundidade.

6. MUTIRÃO 
Funcionários são estimulados a participar do cultivo e das três colheitas anuais. Toda a produção é usada para abastecer o refeitório da empresa
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