- Planta que deu o nome à filha do Rei David – Tamar - floresce em Israel após 1.500 anos
Moeda da série intitulada "Judea Capta", emitida pelo imperador romano Vespasiano para comemorar a captura da Judeia e da destruição do Segundo Templo por seu filho Tito, no ano 70 da Era Comum. Foto: Wikipédia.Uma botânica israelense conseguiu fazer uma planta extinta há 1,5 mil anos brotar novamente. A planta, que tem o nome de Tamar, floriu e vive saudável, como uma recordação viva da vida na Judeia dos tempos do Rei David.Uma espécie de tamareira era alimento básico na Judeia e foi mencionada diversas vezes no Antigo Testamento. A filha do Rei David, Tamar, recebeu o nome da planta em hebraico.Após a invasão da Judeia pelo Império Romano, no século primeiro da Era Comum, as plantações foram destruídas - acabar com um dos recursos primordiais dos judeus era uma questão estratégica para os romanos. A planta se extinguiu completamente por volta do ano 500.Uma série de moedas intitulada "Judea Capta" foi emitida pelo imperador romano Vespasiano para comemorar a captura da Judeia e da destruição do Segundo Templo por seu filho Tito, no ano 70 da Era Comum. O reverso das moedas mostra uma mulher sentada em atitude de luto, na base de uma árvore de Tamar, junto a um homem cativo que provavelmente representa Judá.É interessante notar que a moeda diz "Judea capta" e não "Palestina capta". Foi o imperador Adriano, após a revolta de Bar Kochva, no ano 135 da Era Comum, quem decidiu rebatizar a Judeia de Palestina, como maneira adicional de afastar os judeus sobreviventes e desvinculá-los de seu passado - a referência do nome Palestina eram os filisteus, povo bíblico não árabe. Note-se também que os árabes só vieram a ocupar a área muitos séculos depois.As sementes, da espécie tamareira da Judeia, foram descobertas nos anos 1960, como informa a revista Galileu. Elas estavam em um vaso de mais de 2.000 anos, encontrado por arqueologistas israelenses durante escavação no palácio de Herodes. E ficaram guardadas por mais de 40 anos, em uma gaveta na Universidade Bar-Ilan, em Tel Aviv.Em 2005, a botânica Elaine Solowey, do Instituto Aravá de Estudos Ambientais, teve a ideia: por que não tentar plantar uma delas? Para surpresa geral, a planta cresceu.
A tamareira vive até hoje e produziu sua primeira florada em 2011. Foi a semente mais antiga a brotar que se tem conhecimento.
Árvore de Tamar que refloresceu em Israel. Foto: Wikipédia.
Por Edgard Júnior, do Instituto Carbono Brasil
O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma), alertou que 3,5 bilhões de pessoas, metade da população mundial, não têm acesso ao manejo do lixo. Segundo o Pnuma, essa situação representa riscos à saúde e ao meio ambiente, além de prejudicar a economia.
Guia
A informação consta do Guia de Estratégias Nacionais para o Manejo do Lixo: Mudando de Desafios para Oportunidades, preparado com o apoio do Instituto da ONU para Treinamento e Pesquisa, Unitar.
O documento fornece um guia estratégico aos países cujos sistemas de manejo do lixo estejam desorganizados, com poucos recursos ou passando por alguma revisão.
Lixões
Segundo o Pnuma, os lixões, como são chamadas as áreas abertas onde os dejetos são despejados, podem causar sérios problemas de saúde para as pessoas que vivem perto desses locais.
Além disso, o Guia afirma que um manejo ruim do lixo pode causar a contaminação do solo e da água. A queima do material pode poluir o ar e o fato de não se utilizar materiais reciclados pode acelerar o esgotamento dos bens naturais.
Coleta
O Pnuma calcula que todos os anos são coletados 1,3 bilhão de toneladas de lixo sólido no mundo. Essa quantidade deve aumentar para 2,2 bilhões até 2025, principalmente, por causa dos países em desenvolvimento.
O mercado global do lixo, desde a coleta até a reciclagem, movimenta um mercado de US$ 410 bilhões por ano, mais de R$ 820 bilhões. As atividades de reciclagem na União Europeia geraram mais de 500 mil empregos em 2008.
Desperdício
O Guia do Pnuma diz ainda que o desperdício de alimentos chega a 1,3 bilhão de toneladas por ano. Praticamente um terço da comida destinada ao consumo humano é perdida ou jogada no lixo anualmente.
Para combater o problema, o documento diz que o manejo não é o único desafio. Os benefícios aparecem quando o lixo é tratado como um recurso que pode ser recuperado e colocado para uso produtivo e rentável.
O Pnuma reforça a importância da implementação de estratégias nacionais, como também, da necessidade de ajuste dos sistemas tendo como base mudanças das circunstâncias ou do contexto local.
Matéria originalmente publicada em: http://www.institutocarbonobrasil.org.br/?id=735351