quarta-feira, 25 de dezembro de 2019


Por SP1 — São Paulo
 

Bruno Covas (PSDB) em setembro desta ano, quando anunciou que tarifas de ônibus poderiam ser pagas com cartão de crédito — Foto: Beatriz Magalhães/G1Bruno Covas (PSDB) em setembro desta ano, quando anunciou que tarifas de ônibus poderiam ser pagas com cartão de crédito — Foto: Beatriz Magalhães/G1
Bruno Covas (PSDB) em setembro desta ano, quando anunciou que tarifas de ônibus poderiam ser pagas com cartão de crédito — Foto: Beatriz Magalhães/G1
O Instituto de Defesa do Consumidor (Idec) protocolou uma carta na Prefeitura nesta sexta-feira (20) solicitando que o prefeito não reajuste a tarifa da passagem do ônibus. A proposta do secretário de Mobilidade e Transportes Edson Caram apresentada na quinta-feira (19) ao prefeito Bruno Covas (PSDB) era de reajustar o valor da passagem em R$ 0,10 no próximo ano.
A tarifa atual de passagem ônibus é de R$ 4,30. O Idec argumenta que a Prefeitura pode segurar esse aumento reajustando o valor de subsídio para o sistema e que um aumento no preço da passagem do ônibus tem um grande impacto para a cidade. O instituto também argumenta que a Prefeitura não gerencia o sistema de transporte da cidade maneira eficiente.
A reportagem pediu um posicionamento da Prefeitura e aguarda resposta.
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Capital poderá ter reajuste na tarifa de ônibus em janeiro

Menos verba

O prefeito não tem prazo para analisar a proposta, mas disse, em nota, que já recebeu a sugestão. O percentual de aumento calculado como necessário pela pasta, de 2,33%, fica abaixo da inflação acumulada no período desde o último reajuste.
No entanto, o orçamento previsto para transportes será apenas 2% maior que o deste ano, também abaixo da inflação. O repasse da prefeitura às empresas de transporte também será menor. Além disso, o valor da compensação tarifária, subsídio que a prefeitura dá ao sistema, vai cair de R$ 2,9 milhões atuais para R$ 2,5 milhões em 2020, uma redução de mais de R$ 600 milhões.
Para o secretário, apesar das diversas reduções, o aumento de R$ 0,10 será suficiente por conta de readequações no sistema.
"Em função da mexida que nós vamos fazer, dentro do novo contrato, com o novo sistema e com as novas linhas e com as adaptações que serão feitas, R$ 0,10 na nossa conta é o suficiente pra não onerar demais a população", afirma o secretário Edson Caram.
Para Rafael Calabria, integrante do Conselho Municipal de Transporte e Trânsito (CMTT), é um erro da prefeitura reduzir o subsídio e aumentar as passagens.
"Esse aumento é ruim e a Prefeitura de São Paulo tem total condição de segurar com um impacto menor no subsídio, uma economia de R$ 100 milhões no subsídio", afirma o coordenador de mobilidade do Idec e membro do conselho.
"A Prefeitura está colocando R$ 800 milhões em asfaltamento, então ela pode remanejar um pouquinho pro transporte porque o custo do transporte impacta muito a vida, a economia da cidade. É essencial que a prefeitura reorganize o orçamento pra garantia da estabilidade da tarifa sem aumento nesse período", acredita Calabria.

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