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ROMA - Enquanto o Papa Bento XVI se despedia dos fiéis, o prefeito de Roma, Gianni Alemanno, fazia contas. A estrutura de segurança e a organização da última audiência pública do Pontífice custaram aos cofres públicos € 500 mil. Mas nos cálculos do prefeito, este é só o começo de uma série de despesas ainda maiores para garantir a estrutura necessária durante a realização do conclave, os dias de expectativa pela fumaça branca que sinaliza a escolha do novo Pontífice e sua entronização. Alemanno já se antecipou e pediu € 4,5 milhões ao governo italiano para cobrir os gastos. Mas num país que não sabe nem mesmo se terá de voltar às urnas após conturbadas eleições parlamentares e que, mesmo assim, ainda tenta convencer os investidores de uma possível estabilidade, por enquanto, o prefeito ficou sem resposta.
- Todo o peso fica nas nossas costas. Esperamos ter alguma resposta por parte do governo nesta semana sobre nosso pedido de fundos para o próximo conclave - reclamou o prefeito, que, ao final da audiência desta quarta-feira compareceu à Praça de São Pedro, no Vaticano, para a missa e se reuniu durante alguns minutos com o Pontífice, de quem recebeu um rosário de presente.
Alemanno alega que uma das principais dificuldades no planejamento da cidade é que não há como saber quanto tempo durará o conclave. Para os próximos dias, a prefeitura criou duas unidades especiais: uma apenas para cuidar da organização e da acolhida aos fiéis e outra, em parceria com o Estado, responsável pela vigilância e ordem pública.
Para garantir que a audiência transcorresse de forma tranquila, foram mobilizadas duas mil pessoas entre forças de segurança e voluntários. Deste total, centenas de policiais tentaram organizar o tráfego em razão do fechamento de ruas de acesso ao Vaticano. Outras providências incluem um serviço de ônibus que leva os fiéis direto da estação ferroviária Termini até a Praça de São Pedro, além do aumento de linhas rumo ao Vaticano.
O presidente da Associação de Hoteleiros de Roma, Giuseppe Roscioli, afirmou que a previsão é de um aumento de 10% no total de fiéis que visitam a cidade nesta época do ano. Diante da crise e do número de quartos vazios, ele afirma que não haverá problema para obter acomodação.
Roma não é o único lugar a organizar preparativos. Em Castelgandolfo, para onde Bento XVI seguirá após a renúncia hoje, os moradores o receberão com uma procissão e se reunirão diante do palácio onde ele deverá fazer sua última saudação. Ele ficará nesta residência de verão até que sejam concluídas as obras no mosteiro no Vaticano, onde passará a morar.
fonte:http://oglobo.globo.com/mundo/ultima-audiencia-de-bento-xvi-custa-500-mil-aos-cofres-de-roma-7687590
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