domingo, 1 de novembro de 2015

Desperdício piora crise hídrica no RJ:
30% da água não chega a consumidor

Maior parte é causada por 'gatos' e hidrômetros quebrados ou adulterados.
Especialista prevê colapso após 2035 devido à falta de água no estado.

Do G1 Rio

Em meio à crise hídrica, os reservatórios de água do Rio de Janeiro seguem abaixo do nível normal. Algumas cidades estão fazendo rodízio no abastecimento e a produção de indústrias já começa a ser afetada, como mostrou o RJTV nesta sexta-feira (23). Neste contexto, combater o desperdício de água é um dos maiores desafios. De acordo com a Cedae, companhia responsável pelo abastecimento de 64 municípios fluminenses, a cada dez litros de água captados, três se perdem no trajeto até o consumidor (30%).
A empresa diz que a maior parte das perdas é causada por ligações clandestinas e hidrômetros quebrados ou adulterados. Outra parte por vazamentos e questões operacionais.
Um aparelho usado pela Companhia de Águas de Niterói para detectar vazamentos na tubulação. Com o auxílio dele, em 15 anos a empresa conseguiu reduzir a taxa de perda de 40% para 17%.
No Brasil, a taxa de desperdício de água está em 37% por cento. A meta para 2033 é reduzir para 31%.
Em Guapimirim, na Baixada Fluminense, o abastecimento de água tem sido feito em esquema de rodízio. Parte da população recebe água de 13h à meia-noite. Outra parte, no período restante.
Em Santa Cruz, na Zona Oeste da capital, o nível do canal de São Francisco caiu a ponto de prejudicar a produção industrial na região. Falta água para resfriar as máquinas.
Para evitar um colapso por causa da falta d’água, técnicos dão três sugestões: desenvolver uma
tecnologia para tirar o sal da água do mar, reutilização da água das estações de tratamento de esgoto e investimento em saneamento básico, para que os rios fiquem limpos.
“Se essas ações não forem colocadas em pratica em 2035, a demanda de água pela população e pelo setor industrial vai ser superior à oferta. Então, nós teremos um colapso no sistema de abastecimento de agua potável para a Região Metropolitana do Rio de Janeiro”, afirmou Jorge Peron, especialista em meio-ambiente da Federação das Indústrias do Rio.
FONTE: http://g1.globo.com/

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