terça-feira, 21 de julho de 2015

Minas Gerais: usina de triagem de resíduo conta com a parceria de presídio
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Usina de Triagem
Detentos de Visconde do Rio Branco trabalham no local por meio de parceria.
Objetivo é investir na ressocialização e reinserção no mercado.


Presidiários de municípios do Estado de Minas Gerais/BH têm a oportunidade de mostrar que é possível a ressocialização à sociedade. Uma parceria entre o presídio de Visconde do Rio Branco e a Prefeitura de São Geraldo promove a reintegração social de oito presos. Eles trabalham na Usina de Triagem e Compostagem (UTC) em São Geraldo há quatro semanas e, em breve, mais dois detentos serão incluídos no grupo.

Para os presos esta é uma oportunidade. "O serviço nos ajuda a mostrar para a sociedade que a gente quer mudar de vida”, comentou um dos jovens.

Segundo a Secretaria de Estado de Defesa Social (Seds), os detentos trabalham de segunda a sexta-feira na usina. Eles saem de Visconde do Rio Branco em um ônibus de São Geraldo e cumprem uma jornada de oito horas, fazendo a triagem de resíduos em quatro toneladas de lixo urbano.

A usina existe desde 2007 na BR-120, na entrada da cidade, e faz a triagem dos resíduos dos mais de 12 mil habitantes. “O que é considerado reciclável é vendido em leilão. O que não tem como aproveitar é levado para a vala do aterro controlado, seguindo as normas dos setores do meio ambiente, com as devidas autorizações”, explicou o prefeito Marcílio Moreira Barros.

De acordo com o diretor do presídio de Visconde do Rio Branco, Luis Carlos de Almeida, parte do salário pago ao preso vai para o Estado. "Este ressarcimento gera uma fonte de receita para os gastos com os próprios presos. A parceria com São Geraldo fechou dez vagas para esta primeira turma. Dependendo da avaliação e da demanda, novas vagas podem ser abertas. É um caminho interessante. Oito que encaminhamos a uma mineradora foram contratados depois que foram soltos”, destacou.

O prefeito de São Geraldo diz que a intenção de parceria já existia há alguns anos e se tornou viável com a nova direção do presídio. Os primeiros presos começaram em junho. “É uma oportunidade de aprender uma função e ocupar a cabeça com trabalho. O impacto econômico é importante. A Prefeitura paga três quartos do salário, sem os encargos trabalhistas, e pode encaminhar os funcionários que estavam lá para outros setores onde são necessários. Ainda tenho três funcionários da Prefeitura na usina, que serão remanejados para novas funções com a chegada dos últimos dois presos para compor a equipe”, comentou.

De acordo com o diretor do presídio, as parcerias são firmadas em Visconde do Rio Branco, São Geral e Guiricema. A Comissão Técnica Classificadora (CTC) reúne servidores de diferentes setores para fazer a análise de perfil do preso. "Ele precisa ser um preso condenado, cumprindo pena. O perfil define se tem condições de ser ressocializado, qual a melhor abordagem. Temos o trabalho interno na unidade, a escola e as parcerias como opções para abordagem”, ressaltou.

O Presídio de Visconde do Rio Branco fica no Centro, tem 130 vagas e atualmente recebe 179 homens e mulheres. Noventa e seis deles, segundo o diretor, são provisórios, ou seja, aguardam julgamento e não podem ser incluídos na parceria, que oferece 70 vagas, ainda não preenchidas. “Atualmente temos 17 presos, incluindo uma mulher, trabalhando na limpeza urbana e em obras da Prefeitura de Visconde do Rio Branco. Outros 13 estão na mineradora de feldspato, rocha utilizada na fabricação de louças, pisos e azulejos, localizada na estrada para Guiricema. E oito na UTC em São Geraldo. Os demais 32 realizam trabalhos internos. Se houvesse mais 40 presos condenados aptos ao trabalho, todos estariam empregados nas parcerias já existentes”, explicou o diretor.

Essa ação também acontece em Juiz de Fora, onde 70 presidiários realizam a limpeza nas ruas. O projeto faz parte do pacote de ressocialização de detentos da Seds em todo do Estado. A cada três dias trabalhados, um é absolvido da pena do detento.


fonte :site professor resíduo

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