Desde março o Greenpeace e milhares de cidadãos têm pedido o fim desses descontos, que são injustos por beneficiarem atores de grande poder econômico enquanto a população sofre com falta de água e aumentos na conta. Também trata-se de uma medida insustentável, que estimula o desperdício.
O conteúdo dos contratos, que vinha sendo escondido pela Sabesp há seis meses, traz graves revelações: empresas que lucram bilhões de reais por ano acumulam milhões em descontos, enquanto cidadãos sofrem com aumentos em suas contas de água que já somam 22,7% desde dezembro de 2014. Ao longo de 2014, quando a crise já estava instalada, 36 novos contratos foram firmados, com nove deles tendo vigência até 2019.
Nesta semana, o Ministério Público Estadual (MPE) também abriu uma investigação sobre o assunto, reforçando a necessidade de se questionar o planejamento hídrico da Sabesp.
Pedro Telles é da campanha de Clima e Energia do Greenpeace Brasil.
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