sexta-feira, 12 de agosto de 2016

Ministro reforça Política de Resíduos Sólidos

Sarney Filho destaca, em seminário na Câmara, avanços da Lei 12.305/10 e afirma que buscará alternativas para ajudar municípios a implantá-la.

WALESKA BARBOSA

O ministro do Meio Ambiente, Sarney Filho, afirmou que o ministério está revisando a destinação dos recursos de fundos que financiam o meio ambiente e a maneira com que estão sendo gastos nos País. O objetivo é incluir ou priorizar alocação de recursos para a gestão de resíduos sólidos. Sarney Filho também se comprometeu em discutir, no âmbito da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO), a concessão de emendas parlamentares para a mesma finalidade.

“Nós vamos fazer com que esses recursos dos fundos, que não são orçamentários, possam beneficiar as populações e o meio ambiente de municípios, priorizando aqueles no entorno de unidades de conservação, com ações de ganho socioambiental”, afirmou o ministro.

O anúncio foi feito nesta quarta-feira (3/8), na Câmara dos Deputados, durante evento da Frente Parlamentar Ambientalista para debater o sexto ano da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), instituída pela Lei nº 12.305/10.

Na ocasião, Sarney Filho disse que era uma alegria participar do evento, pois a Frente Parlamentar Ambientalista é um espaço importante para a atuação legislativa, do qual ele participou por muitos anos e que ajudou a criar. “Foi a Frente Parlamentar Ambientalista que tomou a dianteira para a aprovar a PNRS”, reforçou. Para o ministro, apesar de a Lei ser muito boa, não é fácil implantá-la na integralidade. “Entendemos que grande parte dos municípios brasileiros esbarra em falta de estrutura, recursos e corpo técnico. Mas pelo fato de existir, a legislação já trouxe avanços palpáveis. Agora, é importante que os poderes municipal, estadual e federal possam contribuir e cooperar de forma mais efetiva para a implementação da Política Nacional.”

AVANÇOS
O gerente de Resíduos Sólidos do MMA, Eduardo Santos, apontou os avanços após a implantação da Lei e as perspectivas para o futuro. Entre os avanços, ele destacou a inclusão dos catadores de materiais recicláveis na cadeia produtiva do resíduo sólido; a responsabilidade compartilhada dos geradores de resíduo e o marco legal para a atividade.

Também foram destacados a criação de metas para a eliminação de lixões; a instituição de instrumentos de planejamento nos níveis nacional, estadual, microrregional, intermunicipal, metropolitano e municipal; e a necessidade de Planos de Gerenciamento de Resíduos Sólidos.

CATADORES
O representante do Movimento Nacional de Catadores de Materiais Recicláveis (MNCR), Severino Lima Júnior, considera o catador o ator principal da cadeia produtiva em questão. “Há seis anos a gente discutia essa participação e hoje ela está sendo vivida”, destacou.

De acordo com Severino, a atuação dos catadores na Copa do Mundo de 2014, no Brasil, ajudou a acabar com a desconfiança com o trabalho da categoria. “Demonstramos excelência e hoje participamos da economia circular. Investimos em formação, equipamentos, logística. Nosso trabalho hoje é procurado e temos o reconhecimento da população e de dirigentes de órgãos públicos e privados”.

INTERLOCUÇÃO
Para o coordenador da Frente Parlamentar Ambientalista, deputado Ricardo Tripoli (PSDB/SP), ter como ministro do Meio Ambiente alguém com facilidade e conhecimento do funcionamento do parlamento é um avanço na interlocução com o governo federal. Ele destacou que, no sexto ano de implantação, há motivos para comemorar. “O tratamento adequado dos resíduos sólidos é uma questão de saúde pública. Quanto mais lixo tratado, menos leitos de hospitais ocupados. Há ainda um componente econômico que é o valor agregado aos resíduos secos e orgânicos.”

A mesa de abertura do evento contou ainda com a participação do diretor de Políticas Públicas da Fundação SOS Mata Atlântica, Mário Mantovani, e do presidente do Compromisso Empresarial para Reciclagem (CEMPRE), Victor Bicca.
Fonte: Ministério do Meio Ambiente. 
Disponível em: http://www.mma.gov.br/index.php/comunicacao/agencia-informma?view=blog&id=1758

quinta-feira, 11 de agosto de 2016

Nova York ganhará primeiro parque urbano subterrâneo do mundo

Espaço será construído em área onde ficava um terminal de bondes.
Obras estão previstas para 2018 e inauguração deve ocorrer até 2021

Debaixo de uma área onde ficava um terminal de bondes, no sul de Manhattan, a cidade de Nova York ganhará o que promete se tornar uma de suas grandes atrações turísticas e de lazer: o primeiro parque subterrâneo do mundo.
Inspirado no famoso parque High Line – construído em cima de uma antiga linha férrea elevada que estava abandonada desde 1980 , o Lowline foi idealizado em 2011 pelo arquiteto e ex-engenheiro James Ramsey, da Nasa.
A diretora adjunta do projeto, Robyn Shapiro, disse que o projeto conta com o apoio da prefeitura, e com isso o parque "deve abrir as portas entre 2020 e 2021".
O Lowline ficará onde agora está o antigo terminal da ponte de Williamsburg, inaugurado em 1903 e que cancelou seu serviço em 1948. Por enquanto, uma primeira demonstração do espaço, chamada "Lowline Lab", está em exibição no antigo mercado da rua Essex e serve como aperitivo para os curiosos.
Este "laboratório" piloto custou US$ 200 mil, que seus fundadores arrecadaram graças a uma campanha de financimento coletivo pelo site Kickstarter. Ele pode ser visitado todos os fins de semana até março de 2017.
A direção do projeto tem até meados deste semestre para arrecadar os recursos necessários para a construção do projeto final, que conta com um orçamento aproximado de US$ 70 milhões.
As obras devem começar no primeiro semestre de 2018, quando o atual proprietário do espaço, a Autoridade Metropolitana de Nova York (MTA, na sigla em inglês), cederia a licença do lugar.
Plantas no subsolo
No "Lowline Lab", que não fica debaixo da terra, mas em um espaço fechado e escuro, os visitantes podem apreciar até 3 mil tipos de plantas diferentes e que ajudarão os organizadores a "estudar e determinar que tipos de plantas crescem melhor no subsolo", ressaltou Shapiro.
O segredo para manter com vida e bem nutrida toda esta vegetação subterrânea? Uma inovadora tecnologia de fibras ópticas e espelhos consegue refletir a luz solar desde o terraço do edifício até o interior.
Assim, na rua "se instalarão coletores de luz solar ao longo do dia todo que refletirão a luz de forma homogênea para todo o espaço sob terra", afirmou a diretora adjunta do projeto impulsionado pelos arquitetos James Ramsey e Dan Barasch
A quantidade de luz absorvida diariamente possibilitaria, por sua vez, que a vegetação do Lowline faça sua fotossíntese de forma natural.
Passeio no inverno
O projeto, apresentado pela primeira vez em 2011, já é visto como um estímulo para Nova York e suas poucas áreas verdes.
"Nova York nunca deixa de inovar, isso é o que a faz a maior cidade do mundo", disse a secretária de Habitação e Desenvolvimento Econômico da prefeitura, Alicia Glen, em comunicado.
O futuro parque terá, além disso, um terreno irregular e ondulado que ajuda as plantas a se orientarem conforme a necessidade de luz que tiverem.
"É uma boa alternativa para poder passear por jardins repletos de vegetação nos meses mais frios de inverno", destacou Shapiro.
Fonte: G1 Disponível em: http://g1.globo.com/natureza/noticia/2016/07/nova-york-ganhara-primeiro-parque-urbano-subterraneo-do-mundo.html

quarta-feira, 10 de agosto de 2016



Reprodução do G1
Reprodução do G1


Não é que Renan Calheiros não imponha respeito no comando das sessões do Senado, mas ele é da política, e afinal é colega, um dos pares dos senadores. Com o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski comandando a sessão, os senadores são mais comedidos. A tropa de choque do PT, mais a senadora Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), bem que tentaram suspender o processo, mas Lewandowski negou todos os pedidos e questões de ordem. E convenhamos que ninguém vai gritar com o presidente do Supremo, afinal sabem como é que é... Agora começa a fase dos pronunciamentos dos senadores, que vai entrar pela noite. Votação só de madrugada. A previsão do Palácio do Planalto é de 60 ou 61 votos a favor do julgamento final. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

terça-feira, 9 de agosto de 2016

OBSERVAÇÃO DE PÁSSAROS

7 dicas para começar a praticar birdwatching

Guia especialista em observação de aves há 15 anos, Victor Nascimento dá dicas para quem deseja iniciar a atividade

por Fábio Paschoal
Daiani Scapini
Victor do Nascimento "passarinhando" em seu tempo livre
Vitinho "passarinhando" em seu tempo livre
O Brasil está entre os três países com as maiores diversidades de aves no mundo, com 1825 espécies, de acordo com o Comitê Brasileiro de Registros Ornitológicos (CBRO). Esse potencial vem chamando a atenção dos turistas brasileiros e estrangeiros para o birdwatching, prática de observação de aves, no país. Segundo Guto Carvalho, organizador do Avistar (o maior evento de birdwatching da América Latina), no ano de 2012 cerca de 13 000 participantes acompanharam o evento em São Paulo. Em 2006 foram aproximadamente 1000 pessoas. “Quando você desperta o interesse pela observação de aves você está abrindo as portas para um novo mundo”, diz Victor do Nascimento, guia especialista em observação de aves há mais de 15 anos.
Victor, mais conhecido como Vitinho, nasceu no Pantanal, onde trabalhava como motorista de uma pousada da região. Acompanhava guias estrangeiros que traziam grupos de birdwatchers para o Brasil. Com o tempo aprendeu o nome dos animais em inglês e passou a sair em seus dias de folga para “passarinhar”. Começou a aprender os cantos, o comportamento das aves e os melhores lugares para encontrar cada espécie. Sempre aprendia algo novo que o deixava fascinado. Um guia americano, percebendo essa paixão pelas aves, deu um binóculo e um guia de identificação de aves para Vitinho. Com muito esforço, e ajuda de turistas e amigos, ele aprendeu a falar inglês e se tornou um dos guias de birdwatching mais conhecidos do Pantanal do Mato Grosso do Sul.
Victor do Nascimento, guia de birdwatching há mais de 15 anos
Hoje, Vitinho trabalha como guia de observação de aves em Bonito (MS) e no Pantanal Sul (para entrar em contato, mande um email para vitinhopantanal@gmail.com). Ele dá dicas para quem quer começar a atividade:
1 - Comece pelas aves que estão à sua volta
“Aves estão em todos os lugares, basta ter tempo para observá-las”. Para saber se você tem um interesse na atividade observe as aves que passam por você durante o seu dia. Bentevi, urubu e joão-de-barro são aves muito comuns em cidades, mas se você observar bem vai achar beija-flores, periquitos e até gaviões.
2 - Respeite a distância de conforto do animal
“A ave tem que aprender que você não representa uma ameaça”. É preciso construir uma relação de confiança com o animal para poder se aproximar. Quando uma ave percebe que você está por perto ela para o que está fazendo e começa a observá-lo. Nesse momento o animal está julgando se você representa um perigo ou não. Você deve ficar parado, imóvel e em silêncio para que ela passe a confiar em você. Se ela voltar a fazer o que estava fazendo antes significa que ela se sente confortável com a sua presença e você pode chegar mais perto. Se ela parar para observá-lo novamente você repete o mesmo procedimento. É preciso construir uma relação de confiança com o animal para poder se aproximar. Algumas aves são mais ariscas que outras e com o tempo você vai prender a distância de conforto de cada espécie.
3 - Use roupas com cores discretas
Cores chamativas, como vermelho ou amarelo, destoam do ambiente e denuncia a sua presença. Prefira cores discretas, que se camuflem com o lugar onde você se encontra. Isso deixará o animal mais confortável e diminui a distância de conforto
4- O binóculo deixa o passeio mais interessante
Com o binóculo é possível ver detalhes que seriam impossíveis de observar a olho nu. Binóculos pequenos são leves e práticos, binóculos maiores permitem a observação em ambientes com pouca luz. Segundo Vitinho, Bushnell, Nikkon e Swift são marcas com bom custo benefício. No Brasil é um pouco difícil de comprá-los. A melhor saída é pedir para alguém que está indo para o exterior trazer um pra você.
5 - Guias de aves ajudam na identificação
Quando olhamos uma ave pela primeira vez percebemos a característica mais marcante. Como o peito amarelo por exemplo. Mas existem várias espécies que possuem o mesmo peito amarelo. Para identificar a espécie é necessário ficar atento para outras características que não são tão óbvias, e um guia de identificação de aves pode ajudar muito no passeio. “É muito gostoso quando você identifica seu primeiro passarinho”.
6 - Ande devagar e em silêncio
Aves não gostam de barulho. É preciso andar devagar, com cuidado para não quebrar galhos. Se precisar se comunicar, fale baixo porque a conversa pode espantar os animais.
7 - Cuidado onde pisa
Quando procuramos por aves olhamos constantemente para cima. Lembre-se de que existem buracos e você pode torcer o pé se cair em um deles. Vitinho recomenda o uso de perneiras para evitar acidentes com cobras.

Navio viking atravessa o Atlântico à moda antiga - e tem de pagar taxa de R$ 1,3 milhão

Réplica arqueológica refez o trajeto milenar dos exploradores nórdicos, mas arranjou problemas com a guarda costeira americana
POR Ana Carolina Leonardi EDITADO POR Bruno Garattoni
Navio vikingPeder Jacobsson | Reprodução
Draken Harald Hårfagre é o maior navio viking da atualidade, com 34,5 metros de comprimento, 8 de largura e um mastro de 24 metros de altura. O barco é uma obra de arte da arqueologia: a construção dele, que ficou pronto em 2012, foi baseada em tudo que se sabe sobre a cultura naval nórdica, dos materiais às técnicas de montagem. Até seu nome é uma homenagem à história norueguesa: draken significa dragão, enquanto Harald Hårfagre foi o rei que uniu os povos nórdicos para criar um país.
A missão da embarcação é recriar a viagem transatlântica de Leif Eriksson, explorador dinamarquês que teria chegado à América do Norte no ano 1.000, 492 anos antes de Cristóvão Colombo descobrir oficialmente o continente. Eriksson também é famoso pelo descobrimento da Groenlândia. A viagem empolgou voluntários do mundo todo: mais de 4 mil pessoas se inscreveram para compor a equipe de 32 marinheiros do Draken.
Mas existe um motivo para a construção naval ter evoluído nos últimos mil anos: os navios vikings não eram nada práticos nem seguros. Logo no começo da viagem, o Draken, só com suas velas e remos, teve grandes dificuldades para atravessar regiões cheias de icebergs e ondas revoltas no norte do Atlântico. A travessia partiu da Noruega em 26 de abril e só terminou no dia 1º de junho, quando a embarcação chegou a Newfoundland, no Canadá.
A equipe conseguiu chegar com esforço até o continente. O plano era participar de exposições marítimas no Canadá e nos EUA e terminar o tour em Duluth, Minnesota, em um grande festival. Mas aí o barco encontrou um inimigo bem pior que os icebergs: a burocracia.
A região americana dos Grandes Lagos exige que o barco viking contrate um piloto licenciado para navegar as águas da região. Como é um navio pequeno para os padrões comerciais, a equipe do Draken Harald Hårfagr acreditou que conseguiria uma dispensa dessa exigência, como acontece em outros países para embarcações com menos de 35 metros de comprimento.
Mas nos EUA, nem os poderes de Odin resolveram o problema. De acordo com a guarda costeira americana, a lei federal não permite exceções e só o Congresso poderia liberar a passagem do barco sem um piloto local. Os pilotos são pagos por hora e, com uma longa viagem pela frente, o custo total seria de US$ 400 mil (R$ 1,3 milhão). O barco foi construído e é mantido por uma organização sem fins lucrativos, que já afirmou não ter como arcar com a despesa.
O Draken Harald Hårfagr fez sua última parada em Bay City, Michigan, para uma exposição. Dali para frente, precisa ir para casa na Noruega ou começar a pagar as taxas de pilotagem. Os ingressos para os festivais já estão vendidos, então a pressão do público sobre a guarda costeira para que o navio seja tratado como exceção é grande.
O problema é que visitas a navios vikings atraem um público limitado - a organização do evento de Duluth, um dos maiores, espera faturar R$ 300 mil - bem menos do que custaria só para o barco chegar lá.
A esperança dos marinheiros são campanhas de crowdfunding criadas por americanos de origens nórdicas no Minnesota. A equipe se comprometeu a percorrer todo o caminho possível com as doações que receber online e nos festivais a caminho de Duluth, onde é a atração principal. Se a grana acabar no meio do caminho, os vikings modernos vão voltar tendo deixado apenas uma pequena marca no continente americano - mais ou menos da mesma forma que seus antepassados fizeram mil anos atrás.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

O velho sofá revive em bolsas customizada 

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selo-economia-criativa-especial-XTirar o couro de sofás descartados foi a melhor ideia da designer Anneke van der Heide, de Amsterdam (esta é mais uma reportagem da série especial de Economia Criativa, realizada a partir de convite do Ministério das Relações Exteriores de Amsterdam). A ideia virou meio de vida: ela deixou seu trabalho como estilista e montou uma empresa de reciclagem de couro – chamada Xofa – onde também dá aulas, organiza oficinas e acolhe estagiários dispostos a transformar resíduos nobres em bolsas, carteiras, porta-niqueis e pastas customizadas.
Tudo começou em 2012, quando Anneke pedalava rumo ao trabalho, no centro da capital holandesa, e passou por um sofá de couro branco disposto na calçada, no dia de coleta seletivade móveis e utensílios domésticos. Ela já havia reparado no descarte de sofás de couro antes e isso a incomodava: muitas vezes o couro estava em bom estado e a destinação para o lixo não parecia certa. No dia do sofá branco, porém, o incômodo passou da conta. Anneke voltou para casa em busca de uma faca e retirou todo couro do sofá ali mesmo, na rua. Depois colocou a criatividade de designer para funcionar e fez as primeiras nove bolsas.
O teste mostrou que cada bolsa ou pasta levaria, em média, duas a três horas para ficar pronta. O consumidor poderia encomendar o modelo e acrescentar ou tirar bolsos, divisórias e fechos. O preço de venda ficaria entre 169 e 450 euros. E fazer carteiras e porta-níqueis aumentaria a taxa de aproveitamento dos retalhos.
Daí para calcular o descarte de todo aquele couro como fonte potencial de matéria prima foi um pulo: entre 300 e 400 sofás de couro são destinados ao lixo todos os anos, apenas em Amsterdam, a maioria em bom estado e com grande variedade de cores. Mesmo que algumas partes estejam danificadas, sempre tem um pedaço aproveitável, cuja vida útil pode ser prolongada. Para as empresas responsáveis pela coleta, pulverização e incineração dos sofás, a retirada do couro é um favor, pois o material não queima bem e ainda emite muito carbono.
A designer então montou um plano de negócios; fez um acordo com as empresas de coleta; levantou o capital inicial por meio de “vaquinha virtual” ou crowdfunding (16 mil euros); arrumou um espaço para funcionar como estoque de couro, oficina de costura e escola de design e largou o emprego para montar a Xofa. Hoje a retirada do couro é feita por moradores de rua e grupos sociais assistidos pelo exército da salvação, que ganham por quilo retirado. As peças customizadas são produzidas pela própria designer ou por seus alunos de design.
“Iniciamos com vendas online e fizemos um trabalho de divulgação no aeroporto de Schiphol, com bons resultados. Aos poucos, as lojas estão descobrindo a marca e a história desustentabilidade por trás dela”, comenta Anneke van der Heide. “Isso mostra como até as pequenas mudanças podem ter grandes impactos”.
Na primeira imagem, que abre este post, a designer Anneke van der Heide em sua oficina de reciclagem de couro. Abaixo, mais algumas imagens e um vídeo que produzi – Do sofá ao Xofa -, que revela mais detalhes de seu trabalho.
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O “esqueleto” do antigo sofá agora exibe os produtos do couro reciclado
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Nas fotos acima e abaixo, a paleta de cores é variada e a qualidade do couro, excelente
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Acima e abaixo, os retalhos que sobram da fabricação de bolsas servem para fazer carteiras
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A marca Xofa começa a ser conhecida como símbolo de sustentabilidade
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Economia Criativa

Esta reportagem faz parte do Especial que apresenta uma série de 10 reportagens sobre reciclagem de resíduos na Holanda que realizei a convite do Ministério das Relações Exteriores daquele país. Lá, visitei empresas recicladoras holandesas que podem nos servir de exemplo e inspiração para o desenvolvimento de uma Economia Circular brasileira.

Reprodução do Globo online
Reprodução do Globo online


O presidente do TSE, ministro Gilmar Mendes, determinou abertura de processo pedindo a cassação do registro do PT. Segundo Gilmar, há indícios de que o PT foi indiretamente financiado pela Petrobras, que é uma sociedade de economia mista, o que é proibido pela legislação eleitoral. Caso haja condenação será o fim do PT, que terá o registro cassado. Vejam a que ponto a situação chegou. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

sábado, 6 de agosto de 2016


Reprodução do Globo
Reprodução do Globo


Realmente a cerimônia de abertura foi de encher os olhos. A criatividade dos brasileiros realmente merece todos os aplausos. Se os preparativos para a Olimpíada tiveram uma sucessão de problemas por erros de gestão, a começar por Eduardo Paes, a cerimônia de abertura, criada por um time de feras em espetáculos e entretenimento, superou as expectativas. Mas se muita gente perdeu o fôlego com as cenas e imagens impressionantes não foi o suficiente para esquecer dos problemas. E sobrou para o presidente Michel Temer. Conforme eu tinha antecipado era óbvio que não haveria estratégia capaz de esconder as vaias que se ouviram assim que Temer começou a falar, e só não foi maior por Temer se limitou a duas frases declarando abertos os Jogos Olímpicos. E, justiça seja feita, as vaias que Temer levou não podem ser atribuídas ao seu governo. Foram a expressão da indignação com a roubalheira olímpica, com as negociatas, e sobrou para a autoridade maior. Aliás, tanto o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, como Carlos Arthur Nuzman nem citaram o nome de nenhuma autoridade. Limitaram-se a agradecer aos governos federal, estadual e municipal, sem citar nomes dos governantes. E Eduardo Paes acabou relegado a segundo plano nem a televisão o mostrou. 

sexta-feira, 5 de agosto de 2016

Rio de Janeiro será o primeiro estado com política de reaproveitamento de guimbas de cigarro

RIO - O Rio de Janeiro pode se tornar o primeiro estado do Brasil a ter um programa de reciclagem de guimbas de cigarros. Na quinta-feira, a Assembleia Legislativa aprovou em segunda votação o projeto de lei 1547/2016, do deputado Tiago Mohamed (PMDB), que prevê a criação de um programa de reciclagem envolvendo fabricantes, distribuidores e comerciantes de tabaco. Eles terão que disponibilizar recipientes em locais de grande circulação para depósito deste material.
O descarte irregular de guimbas de cigarro produz indicadores que estão longe de virar fumaça. Segundo a Comlurb, desde o início do programa Lixo Zero (em 2013), foram aplicadas 30 mil multas relacionadas ao descarte irregular de guimbas nas ruas do Rio de Janeiro. O valor total das infrações soma R$ 5,1 milhões. Em todo o Estado do Rio de Janeiro, mais de dois milhões de pessoas fumam em média 20 cigarros por dia. Ou seja, são 42 milhões de filtros descartados diariamente.

Mal aproveitado no Brasil, telhado de casas pode gerar energia e captar água


Divulgação

Painel fotovoltaico é instalado em residência do Minha Casa, Minha Vida em Juazeiro (BA)
25/07/2016 |
Por André Trigueiro - Especializado em gestão ambiental e sustentabilidade, é jornalista, professor, escritor e conferencista. 
Tente imaginar as cidades brasileiras vistas de cima. Agora repare no desperdício que é a soma dos telhados de todas as edificações.
O modelo construtivo convencional banalizou a função dessa parte de casas, prédios, escolas, ginásios, estádios etc. Ainda hoje, ensina-se em muitos cursos de engenharia e arquitetura que o telhado é apenas um telhado.
Um reles arremate que cobre o que está embaixo. Não seria exagero chamar a isso de crime de lesa-cidade. No século 21, essas áreas ganham progressivamente importância e prestígio na promoção da qualidade de vida de seus donos com múltiplos usos inteligentes. Quem mora em São Paulo aprendeu isso na raça. No auge da crise hídrica, muita gente adaptou às pressas o telhado para captar água de chuva.
Segundo a ANA (Agência Nacional de Águas), uma casa com 100 m² de área de telhado no centro da capital paulista pode captar água suficiente para abastecer uma família de quatro pessoas em suas necessidades de limpeza e descarga do vaso sanitário, por exemplo.
Dependendo da localização, o telhado pode ser uma miniusina solar. Um kit completo, incluindo inversores e outros acessórios, custa cerca de R$ 15 mil e é capaz de reduzir em até 80% a conta de luz, com o retorno do capital investido em, no máximo, 12 anos. É caro, mas o valor vem caindo 5% ao ano.
O telhado verde, com o plantio de certas espécies mais indicadas para esse fim, promove o isolamento térmico e acústico e, se desejar, captação de água de chuva. Tudo isso sem falar no ar caprichoso da casa, que fica parecendo ter saído de um conto de fada dos irmãos Grimm.
Quer experimentar algo mais simples e barato? Pinte todo o telhado com tinta branca reflexiva e reduza em até 70% a temperatura no interior da construção, além de refletir os raios solares que agravam o efeito estufa. Um projeto simples, de eficácia indiscutível e que assegura bem-estar pessoal e munição extra contra o aquecimento global.
Faltou ainda falar das lajes, que permitem ter jardins e hortas. Mas isso já é outra história.
Fonte: G1





quinta-feira, 4 de agosto de 2016

Seca agrava fome de 3,5 milhões de pessoas na América Central

Mais de 3,5 milhões de pessoas carecem de alimentos no chamado Corredor Seco, região de floresta tropical seca da América Central, que inclui Guatemala, El Salvador e Honduras, alertou nesta sexta-feira a enviada das Nações Unidas para as Mudanças Climáticas, Mary Robinson.
A situação humanitária no Corredor Seco alcançou “níveis de crise com mais de 3,5 milhões de pessoas em situação de insegurança alimentar em El Salvador, Guatemala e Honduras”, afirmou a diplomata irlandesa em um comunicado divulgado em Tegucigalpa.
Nos três países, “a seca de 2015 foi muito mais grave em comparação com o ano anterior e o efeito cumulativo se agrava ainda mais pelas condições do (fen��������meno climático) El Niño”, ressaltou.
Robinson visitou os municípios de Pespire e Langue, no sul de Honduras, onde algumas famílias lhe disseram que muitas pessoas só fazem uma refeição por dia e que as crianças deixam de ir à escola por causa da fome.
Ante a situação, insistiu em que estas populações requerem ajuda alimentar urgente.
“Os impactos das mudanças climáticas estão diminuindo a produção agrícola e esgotando as reservas de alimentos, fazendo com que as famílias fiquem cada vez mais vulneráveis ao El Niño”, que se reflete no aquecimento das águas do Pacífico, afirmou Robinson.
A diplomata lamentou que a situação dos pequenos produtores agrícolas se agravou pelo desmatamento e a seca durante dez anos, aumentando a pobreza.
Robinson explicou que a zona apresenta uma alta concentração de terras em poucas mãos, em detrimento dos pequenos produtores, o que agrava as condições de vida da maioria dos habitantes.
Em 2016, a ONU apresentou um plano de resposta humanitária para Honduras, através do qual “espera reunir 44 milhões de dólares para assistir 250.000 pessoas com alimentos, nutrição, cuidados de saúde, água, saneamento, higiene e proteção dos meios de vida”, disse Robinson.
Apenas “12% do plano de resposta está financiado, de modo que as necessidades persistem” e “a necessidade de maiores doações é urgente”, completou. (Fonte: UOL)

Reprodução do Diário do Poder
Reprodução do Diário do Poder


Sobre as acusações de caixa dois na sua campanha, Dilma jogou a culpa no PT e adotou o mesmo "eu não sabia" imortalizado por Lula. Agora Dilma volta a fazer críticas aos desvios do PT, se colocando como não tendo nada a ver com isso. Nas últimas manifestações temos visto cada vez menos petistas levantarem a bandeira de Dilma. Muitos não vêem a hora de se verem livres dela, uma vez que ninguém mais acredita no seu retorno à presidência. No final Dilma e o PT vão ficar rompidos, senão oficialmente, mas na prática.