domingo, 5 de abril de 2015

Economia de água – O seu condomínio é consciente?

Conheça as dicas que vão gerar economia de água e reduzir custos no condomínio

Mais um Dia Mundial da Água chegou e nunca é demais dizer o quanto é importante preservar este recurso natural tão essencial para a vida. A data, criada pela ONU e celebrada anualmente no dia 22 de março, tem por objetivo ampliar as discussões sobre todos os temas que envolvem a preservação da água no planeta. O debate vem a calhar: apesar do aumento do volume de água das bacias hidrográficas que abastecem a região Sudeste ter subido nas últimas semanas, o momento ainda é de atenção e deve servir de lição para que a população entenda cada vez mais o seu papel no cenário de economia de água.
E se a economia de água precisa acontecer, os condomínios cariocas precisam criar sistemas de gestão e manutenção dos edifícios que proporcionem não apenas a economia de água, mas também uma reeducação sobre o uso da água aos seus síndicos e moradores. Assim, reunimos algumas dicas valiosas que prometem ajudar na redução do consumo e na economia de água do seu edifício.
Confira:
10-mandamentos-ajustados
Fica combinado assim: você imprime esse cartaz, leva para o mural de comunicados do condomínio e participa da iniciativa, fazendo com que estas informações sobre economia de água sejam disseminadas para os moradores, síndicos, amigos, vizinhos, funcionários de portaria… A gente quer fazer do seu condomínio um Condomínio Consciente. Quem topa?

sábado, 4 de abril de 2015

O que está ao alcance da Presidente Dilma fazer para atenuar a crise hídrica?


Um discurso possível Fonte: G1 – Blog Mundo Sustentável

“Minhas amigas e meus amigos,
Como se sabe, o Brasil vem enfrentando uma das piores estiagens de sua história, especialmente na região Sudeste, a mais rica e populosa do país.
Acompanhamos de perto a evolução dos acontecimentos nos estados e municípios castigados pela seca, sempre respeitando a autonomia federativa que confere a governadores e prefeitos, dependendo da localidade, a gestão dos recursos hídricos.
De nossa parte, monitoramos a situação dos rios federais que atravessam mais de um estado, como é o caso do Paraíba do Sul, que corta os estados de São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Apesar de o país dispor de uma Lei Nacional de Recursos Hídricos, da Agência Nacional de Águas, dos Comitês de Bacias Hidrográficas e de outros instrumentos de gestão e governança, este governo entende que é preciso fazer mais. Nesse sentido, a atual crise hídrica representa uma excelente oportunidade para avançarmos ainda mais na direção de um modelo mais inteligente e eficiente de gerenciamento de recursos hídricos.
Decidimos, portanto, tomar as seguintes providências:
- Estou instituindo um Conselho de Notáveis com os mais prestigiados hidrologistas, cientistas e representantes das mais importantes instituições de pesquisa e universidades brasileiras (com pessoas de todos os estados) para que possam instruir o governo sobre como tornar o Brasil não apenas o país com o maior volume de água doce superficial de rio do mundo, mas também o mais eficiente no uso dessa água. Nosso compromisso é o de ampliar este debate com consultas públicas e trabalhar pela implementação das medidas sugeridas ainda este ano.
- Instruí o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação, Aldo Rebelo, a convocar representantes da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC), Academia Brasileira de Ciências (ABC) e da Agência Nacional de Águas (ANA) para que reapresentem as críticas formuladas por essas instituições contra o novo Código Florestal, no que se refere aos riscos que ele representaria às bacias hidrográficas. Em se confirmando que as alterações aprovadas pelo Congresso no texto original dessa lei carecem de estudos devidamente embasados sobre o seu impacto na resiliência dessas bacias, meu compromisso é o de mobilizar todos os esforços possíveis no sentido de reabrir o debate e, se for o caso, defender uma nova mudança na legislação.
- Ordenei ao ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que apresente no prazo de uma semana propostas de novos estímulos fiscais a produtos e serviços que promovam a drástica redução do consumo de água e energia nos mais diversos setores da economia. É preciso elevar os parâmetros já existentes e apoiar quem já investe em inovação.
- Determinei à ministra da Agricultura Kátia Abreu que realize um amplo levantamento das técnicas mais eficientes no uso de água pelo setor agrícola. Aproximadamente 70% das águas doces em nosso país são usadas nas lavouras, nem sempre com o devido cuidado ou orientação. O Brasil não pode continuar promovendo o uso perdulário de água nas irrigações com a utilização de pivô central, aspersores ou culturas de inundação, para citar apenas alguns exemplos de técnicas que já estão sendo abandonadas em muitos países. Há muito o que se avançar neste setor e pretendo ainda neste governo condicionar a concessão de crédito agrícola à eficiência no consumo de água no campo.
- Encomendei ao ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio, Armando Monteiro, um estudo identificando quais os empreendimentos que mais consomem energia elétrica hoje no país. Nossa intenção é condicionar a liberação de recursos públicos, via Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) ou outros órgãos de fomento públicos, à apresentação de planos que confirmem a disposição desses setores em serem exemplos de eficiência e inovação.
- Declaro que este governo apoiará ostensivamente a ampla disseminação da água de reúso em todo o território nacional. Instruí o diretor-presidente da ANA, Vicente Andreu, a realizar os esforços necessários para a tão esperada regulamentação técnica da água de reúso, definindo seus parâmetros e características para que não haja mais nenhuma hesitação do mercado em investir nessa direção. Queremos apoiar todas as atividades que utilizem água de reúso em suas rotinas.
- É nosso desejo que todas as companhias públicas ou privadas de água e esgoto no país sejam mais eficientes. Não é possível que registremos em média 37% de perdas de água potável nas redes, desperdiçando preciosos recursos públicos. Para estimular a maior eficiência do setor, pretendemos condicionar a liberação de recursos federais à redução dessas perdas no sistema. Acertaremos caso a caso quais são as metas possíveis e aplicaremos as novas regras de financiamento.
- Este governo deverá encaminhar ao Congresso, logo após a votação para a Presidência da Câmara e do Senado, um projeto de lei determinando a criação de linhas especiais de crédito para todas as construções que sejam comprovadamente eficientes no consumo de água e energia elétrica, e que possuam certificações reconhecidas internacionalmente.
Encerro meu pronunciamento reconhecendo que esta terrível estiagem nos estimula a sermos ainda mais propositivos na Conferência do Clima, que terá lugar em dezembro em Paris. Infelizmente, ao que tudo indica, eventos extremos como esse poderão ser tornar cada vez mais frequentes em função das mudanças climáticas. Mas é meu dever, enquanto Chefe de Estado da maior potência “mega biodiversa” do planeta, preparar o país para qualquer um dos cenários previstos pelos cientistas. Sinto-me pronta para esta missão.
Convoco todos os brasileiros a unirem forças em favor das nossas águas – o bem mais precioso e indispensável à vida, sem o qual nenhuma atividade humana é possível – que a natureza generosamente nos proporcionou e que mantêm o Brasil em condição ainda invejável perante o mundo neste século XXI.
Boa noite.”
OBS: A Presidente Dilma não escreveu esse discurso. Mas neste momento em que a crise hídrica impacta uma população estimada de 46 milhões de brasileiros, qualquer manifestação propositiva da maior autoridade da República seria muito bem-vinda.

André Trigueiro

Energia mais barata, perto de quem consome


Porque a microgeração e seu consumo próximo da produção são o caminho inevitável e moderno” escreve Washington Novaes, jornalista

Por Washington Novaes, jornalista
Fonte: IHU

Passo importante para enfrentar a questão energética no Brasil foi dado há poucos dias pelo Ministério de Minas e Energia, ao autorizar (pela Portaria 44/15) distribuidoras de energia elétrica a contratar em leilão a “energia excedente de autogeradores“, como shopping centers, indústrias, hotéis , cooperativas e outros. E é importante por dois motivos centrais:1) libera a compra de cerca de 3,2 GW já disponíveis nesses setores e não utilizados, que certamente ajudarão a enfrentar a atual crise energética, decorrente de vários fatores, a começar pela redução de água nos reservatórios (que levou à utilização da cara energia de termoelétricas, movidas principalmente a carvão e diesel); e 2) conduz em direção a um modelo mais adequado e necessário para a matriz energética nacional.
Hoje, a compra da energia produzida por microgeradores e sua distribuição – além do consumo no local da produção – depende de autorização em cada Estado. Mas a autorização em nível nacional certamente induzirá a produção no rumo desejável em todo o País. Porque a microgeração e seu consumo próximo da produção são o caminho inevitável e moderno. Megaobras, que exigem também megalinhas de transmissão caríssimas, são uma via cada vez mais anacrônica. Seja pelos vultosos capitais que exigem – e que precisam ser remunerados pelos consumidores -, seja pelos altos investimentos na transmissão e na distribuição, seja pelo desperdício e pelo não uso em certas etapas.
Além disso, a microgeração e o consumo no local disponibilizam essa energia, sem custos elevados, também nas propriedades rurais e comunidades isoladas. Com o adicional de permitirem a geração da energia a partir de resíduos – inclusive de animais como bovinos, suínos, aves – disponíveis nos próprios estabelecimentos rurais. E que podem contar também com bagaço e palha de cana, casca de arroz, efluentes no processamento de produtos como a mandioca, entre outros. Eles podem resultar em biogás e, por meio deste, na geração de energia. E ainda na redução da demanda por lenha em processos industriais, como a secagem de grãos; a produção de biofertilizantes; a refrigeração de granjas, evitando a morte de animais. Não bastasse, a microgeração ainda pode proporcionar renda adicional ao produtor, ao vender à distribuidora mais próxima o excedente que não utilizaria em sua própria área. Não pagará pelo consumo de energia e ainda terá renda adicional.
Caminhos como esse ficaram claros no Estado do Paraná, a partir do Centro Internacional do Biogás, que associou Itaipu àOrganização das Nações Unidas para o Desenvolvimento Industrial (Onudi), a várias universidades aqui e fora e também à Embrapa. Por aí se caminhou para a instalação de microgeradores em vários condomínios de agricultores associados e também agricultores individuais de grande porte – e o modelo já foi exportado até para o Uruguai.
Agora, caberá à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) medir o potencial da microgeração, instalar equipamentos de controle dessa geração, padronizar modelos para os contratos e autorizar o início das chamadas públicas.
Grande parte do mundo caminha a passos rápidos para a adoção das chamadas energias renováveis, diante da impossibilidade de seguir com os modelos poluentes, baseados principalmente na queima de petróleo e carvão. A geração de energia solar, eólica e de biomassas, em especial, cresce em alta velocidade. Com a resistência de alguns países e produtores nos formatos antigos, mas diante de circunstâncias incontornáveis, como a inegável contribuição dessas fontes poluentes para o aumento da temperatura e das mudanças climáticas no planeta. A transformação já levou até mesmo a uma queda de mais de 50% nas cotações do petróleo. Levou também à geração de energia – principalmente nos Estados Unidos – a partir do gás resultante do fraturamento de rochas. Mas que enfrenta forte e crescente resistência, diante dos efeitos indesejados – problemas com recursos hídricos, poluição química resultante de produtos usados nessa técnica e outros.
O Brasil também tem avançado na produção de energia eólica, apesar da falta de linhas de transmissão e outras estruturas (já tem 4.888 MW implantados, mais 126,7% em 2014; para 2015 estão previstos mais 3.267 MW; para 2021, nada menos que 15.563 MW). As geradoras de energia a partir de radiação solar evitaram já há dois anos a emissão de 11.229 toneladas equivalentes de dióxido de carbono. Em 2014 a geração de energia a partir de biomassas chegou a 20,8 mil GWh, ou 21% mais que em 2013. E ainda poderemos ter usinas movidas pelas marés, por bagaço de cana e outros resíduos. Sem deixar de mencionar a possibilidade de utilizar briquetes - resultantes da compactação de resíduos vegetais – para substituir a lenha. Principalmente na região do Semiárido, ainda é forte o uso de lenha nas cozinhas domésticas.
As agências reguladoras Aneel e ANP (Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis) e a Empresa de Planejamento Energético (EPE) publicaram recentemente resoluções normativas discutidas em audiências públicas, de suma importância para termos no País um bom arcabouço regulatório, determinando as condições para investimentos em microgeração, que, localizada nos centros de carga, como dizem os especialistas, ou junto ao consumo, não necessitam de investimentos em transmissão e distribuição.
E ainda é preciso avançar, sob este ângulo, nas questões entrelaçadas dos recursos hídricos e do clima, tão graves e urgentes. Cientistas têm advertido: sem desmatamento zero na Amazônia e no Cerrado não haverá solução para as questões do clima no Brasil; e já somos um dos países mais atingidos por desastres climáticos (a área urbana exposta a inundações no mundo triplicará até 2030, diz o Global Change). Também não se deve esperar uma solução milagrosa para os problemas da água. Eles ainda estarão presentes nos próximos anos.



Postado por Daniela Kussama

Reprodução do Globo online
Reprodução do Globo online


Quando o governo do Rio tinha dinheiro o atendimento nas UPAs já era uma vergonha. Os pacientes chegavam a aguardar 5 horas para conseguir atendimento por causa da falta de médicos e de material básico. Agora a situação é crítica. Falta de tudo nas UPAs e profissionais sem receber há três meses não aparecem para trabalhar. Sem receber, as Organizações Sociais que fazem a gestão das UPAs já demitiram muita gente. O povo sofre sem atendimento médico, mas Pezão se recusa a deixar seus amigos na mão e não corta incentivos fiscais, nem verba de publicidade, nem diminui o absurdo número de 8.800 cargos de confiança para não desagradar seus aliados. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

sexta-feira, 3 de abril de 2015

Pezão sanciona lei que autoriza utilização dos depósitos judiciais

O governador Luiz Fernando Pezão sancionou a lei complementar nº 163/15 que autoriza a integração de até 62,5% dos depósitos judiciais e extrajudiciais do Fundo de Reserva, sob administração do Banco do Brasil, ao orçamento do estado. De acordo com a lei, que foi publicada nesta quarta-feira (01/04) no Diário Oficial, até 25% dos depósitos podem ser destinados para a conta vinculada ao pagamento de precatórios e de requisições judiciais de pequeno valor, como determina a Constituição Federal.
Outros 37,5% serão utilizados exclusivamente para a capitalização do Fundo Único de Previdência Social do Estado do Rio de Janeiro (Rioprevidência).
A lei, aprovada ontem na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), é uma sinalização positiva para o caixa do Estado nesse momento em que enfrenta grandes dificuldades, provocadas pela queda no preço do petróleo, a crise na Petrobras e a desaceleração do crescimento econômico do País.
REPRODUÇAO DO BLOG DO BATOS Fonte: JB 

WhatsApp libera ligação para smartphones Android pela internet

Após um curto período de testes, o WhatsApp liberou as chamadas por voz via internet para todos os smartphones Android. Para habilitar a função, basta atualizar o aplicativo para versão 2.12.5, disponível pela Google Play.
Até agora, era preciso fazer uma atualização com o arquivo APK, disponível pelo site do aplicativo, e receber uma chamada de alguém que já tivesse a função ativada. A companhia, pertencente ao Facebook, ainda não divulgou nenhum comunicado sobre o assunto.
Ao instalar a atualização, uma nova aba será criada no alto do aplicativo, com as opções “Ligações”, “Conversas” e “Contatos”. Para realizar uma chamada, basta clicar no botão “Ligações” e selecionar o contato.
Para donos de iPhones, ainda não existe data para a chegada da novidade, mas, durante a conferência Facebook F8, realizada na semana passada, Brian Acton, cofundador do aplicativo, prometeu a atualização para “as próximas duas semanas”.
Com a nova função, o WhatsApp passa a concorrer diretamente com outros players do mercado, como Skype e Viber, que permitem chamadas pela internet, ideal para contatar pessoas em outros estados ou países. Contudo, ele ainda não possui chamadas por vídeo.
Fonte: O Globo

40 imagens ambientais:REFLITA !O QUE ESTAMOS FAZENDO COM O PLANETA

40 imagens ambientais

São imagens que encontro por aí e sempre pego.
Espero que que gostem, ou pelo menos a façam de Desktop rs!






































Daiane Santana
- See more at: http://vivoverde.com.br/40-imagens-ambientais/#sthash.m6M7n2ZA.dpuf

quinta-feira, 2 de abril de 2015

Obra no Rio Pomba é suspensa

Publicado em 31/03/2015


Glaucia Melo / Blog Pádua Livre / 
Clique na foto para ampliá-la
Obra foi anunciada por Pezão a Josias Quintal em 2014
Por falta de estudos ambientais, o Ministério Público Federal (MPF) em Itaperuna recomendou nesta terça-feira ao Governo do Rio de Janeiro que suspendesse as obras de mitigação de cheias no rio Pomba, em Santo Antônio de Pádua, no Noroeste Fluminense. A falta dos estudos foi confirmada em relatório técnico da 4ª Câmara de Coordenação e Revisão (4ªCCR) do MPF. O Governado do Estado acatou a recomendação, mas diante da chance de se pronunciar sobre o assunto, não respondeu à demanda encaminhada ontem por e-mail.

As obras, com autorização anunciada em junho de 2014 ao prefeito Josias Quintal pelo governador Luiz Fdernando Pezão, só poderão ser retomadas após a realização dos estudos necessários. Segundo o procurador da República Cláudio Chequer, é preciso atenção para a dimensão total da obra (afetando diversos municípios ao longo dos rios Pomba e Muriaé) e para o custo de implantação, hoje estimado em mais de R$ 680 milhões. As obras consistem em rebaixamento e regularização do leito do rio em diversas seções, bem como a construção de diques ao longo das margens.

A medida extrajudicial do MPF é resultado de Inquérito Civil Público instaurado para apurar os potenciais impactos ambientais gerados pelas obras de mitigação de cheias nos rios Pomba e Muriaé e também das conclusões do trabalho de perícia da 4ª CCR.

A partir da documentação processual analisada pelo MPF, constou-se que o projeto das obras no rio Pomba em Santo Antônio de Pádua trata as intervenções de leito e nas margens fluviais de forma incompleta e superficial e não está em nível condizente com o status de projeto básico e nem com porte das obras pretendidas (1.5 milhão de m³ de escavações). Também não há abordagem quanto à solução que se dará aos esgotos sanitários urbanos que hoje são majoritariamente encaminhados diretamente ao Rio Pomba. 
FONTE JORNAL O DIÁRIO

quarta-feira, 1 de abril de 2015

Ano de 2014 é o mais quente já registrado, diz Nasa

Ano de 2014 é o mais quente já registrado, diz Nasa

A agência espacial americana e a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos divulgaram nesta sexta-feira suas avaliações

Com esse resultado, 9 dos 10 anos mais quentes de que se tem registro ocorreram neste século
Com esse resultado, 9 dos 10 anos mais quentes de que se tem registro ocorreram neste século (AFP/VEJA)
O ano de 2014 foi o mais quente já registrado desde o início das medições, em 1880, divulgaram nesta sexta-feira, em duas análises distintas, a Nasa e a Agência Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA). 
“Este é o mais recente em uma série de anos quentes, de décadas quentes. Enquanto o ranking anual pode ser afetado por padrões climáticos caóticos, as tendências a longo prazo podem ser atribuídas à mudança climática”, afirmou Gavin Schmidt, diretor do Instituto Goddard de Estudos Espaciais.
A constatação comprova a previsão feita em dezembro pela Organização Meteorológica Mundial (OMM), da ONU. Com esse resultado, nove dos dez anos mais quentes de que se tem registro ocorreram neste século.
Durante o ano, a temperatura média foi 0,69 grau Celsius acima da média do século XX, ultrapassando em 0,04 grau o recorde anterior de 2005 e 2010. O calor espalhou-se pelo globo, incluindo locais como a Rússia e o Alasca, a maior parte da Europa e o norte da África. De acordo com a NOAA, a temperatura global de dezembro também bateu o recorde, bem como a da superfície dos oceanos, que superou em 0,57 grau a média do século XX.
Ainda de acordo com a agência, a média anual de gelo oceânico no Ártico foi de aproximadamente 28 milhões de quilômetros quadrados, o sexto menor valor nos 36 anos de registro. 
Brasil — Por aqui, segundo o relatório, recordes foram registradas em áreas do Rio Grande do Sul, do Mato Grosso e do Mato Grosso do Sul, enquanto a maior parte do país teve temperaturas "bastante acima da média".
Análise — “A elevação de 0,69 grau é alarmante e reforça as evidências das mudanças climáticas globais”, afirma Magda Lombardo, professora do curso de geografia da Unesp de Rio Claro. Ela compara esse número ao aumento da temperatura da cidade de Nova York ao longo de todo o século passado, calculado em uma pesquisa de sua autoria: 0,8 grau. “Isso em um século, ante 0,69 grau em um ano só.” Magda considera que o dado se deve também à degradação das matas e nascentes de rios.

terça-feira, 31 de março de 2015

10 medidas para evitar que a crise da água piore no ano que vem

10 medidas para evitar que a crise da água piore no ano que vem  BRUNO CALIXTO 11/2014

Pássaro voa em represa em Itu, que chegou a apenas 2% de sua capacidade. Itu é uma das cidades mais afetadas pela falta de água (Foto: Andre Penner/AP)
..........Segundo Marussia Whately, especialista em gestão de recursos hídricos do Instituto Socioambiental (ISA), a situação mostra o quanto estamos vulneráveis na questão da água. "Um verão de chuvas não será suficiente para recuperar os mananciais. Será um grande desafio conseguir manter a sociedade informada e mobilizada para enfrentar a crise no ano que vem", diz.
Marussia está coordenando um projeto que envolve mais de 30 organizações da sociedade civil para apontar soluções sobre a crise, e levantou informações para fazer um diagnóstico da situação. Com base nesse diagnóstico e nas dezenas de reportagens que publicamos sobre a crise hídrica em São Paulo, o Blog do Planeta preparou uma lista de medidas que podem ser colocadas em prática para evitar que o sistema de abastecimento entre em colapso no próximo ano.
Medidas emergenciais
1. Incentivos (e multas) para reduzir o consumo
Em momentos de crise, o famoso clichê "faça a sua parte" vale mais do que nunca. Os consumidores precisam reduzir o desperdício e utilizar menos água. Mas o peso não pode cair todo nas costas dos cidadãos. O poder público deve criar medidas de incentivo para isso. O bônus para os consumidores que economizaram água já está em curso em São Paulo, mas tem efeito limitado. ONGs defendem uma proposta um pouco mais impopular: multar o consumo excessivo. A medida é polêmica e o governo paulista anunciou que não pretende colocá-la em prática.
2. Os mais pobres também têm direito à água
O governo precisa assegurar que todas as faixas de renda e consumo tenham acesso à água, mesmo em situações de rodízio ou racionamento. Consumidores de maior poder aquisitivo ou grandes empresas podem buscar alternativas, como perfurar poços ou comprar caminhões-pipa. Consumidores de baixa renda não têm essa possibilidade e sofrem mais com os cortes de água.
3. Atenção para a saúde
A crise da água pode desencadear problemas sérios de saúde pública. Uma das preocupações é com os cortes e racionamento. Ao diminuir a pressão da água, possíveis furos ou buracos nos encanamentos podem permitir que a água se contamine no caminho de casa. Outra preocupação é na forma como as famílias armazenam a água da chuva. Deixar em baldes ou recipientes abertos pode ser um perigo no combate a doenças como a dengue (ou o novo vírus chikungunya). O poder público precisa preparar uma forte campanha para conscientizar o público.
4. Uma gestão mais transparente
Tem racionamento ou não tem? Não faltam críticas para a forma como o governo Geraldo Alckmin conduz a crise da água, e uma delas é na questão da transparência. É difícil conseguir as informações sobre o que está de fato ocorrendo, com uma série de denúncias de um "racionamento não oficial". O governo, a Sabesp e as prefeituras precisam ser mais transparentes, divulgando para a população os locais e horários de onde pode faltar água para permitir que a população se prepare.
Médio prazo
5. Implementar medidas "atrasadas"
Um ponto em comum nas análises de vários especialistas em segurança hídrica é de que já se sabia que São Paulo estava em uma situação frágil no abastecimento. Em 2004, por exemplo, houve uma seca muito grave e foram feitos projetos para ampliar o sistema. Esses projetos não saíram do papel, principalmente por conta da burocracia e da falsa sensação de segurança após anos muito chuvosos, como 2010 e 2011. Essas medidas precisam ser implementadas, e devem ser pensadas não apenas em momentos de crise, mas principalmente quando a situação do abastecimento for normalizada.
6. Reduzir perdas
Um estudo do Instituto Trata Brasil mostra que São Paulo perde mais de 30% da água durante a distribuição. A maior parte é causada por vazamentos nos canos e tubulações, mas uma quantidade considerável dessa água se perde por ligações ilegais. Os governos e a Sabesp precisam apresentar políticas de redução de perdas, com metas progressivas, e acabar com o desvio irregular de água.
7. Iniciar a restauração de florestas
Há vários indícios de que, se as matas e florestas brasileiras não estivessem tão degradadas, São Paulo conseguiria resistir melhor à estiagem. As árvores evitam o assoreamento de rios e represas e regulam o clima. Um levantamento mostrou, por exemplo, que a Mata Atlântica está muito mais desmatada na região da Cantareira do que se acreditava antes. Reflorestar é urgente, e o resultado é muito rápido: a cidade de Extrema, em Minas Gerais, pagou para que proprietários reflorestassem as nascentes, e hoje enfrenta a estiagem sem o risco de desabastecimento.
Longo prazo
8. Reutilizar a água
O anúncio de que o governo de São Paulo faria obras para utilizar a água de reúso não foi bem recebido. Para alguns, parece que a Sabesp vai misturar esgoto com água de abastecimento. Não é bem assim. O esgoto tratado pode sim ser usado em muitas situações. Essa água já é utilizada para limpar ruas e parques após eventos ou uma feira, por exemplo. Não faria sentido fazer isso com água potável. Outra medida importante é captar a água da chuva. Hoje, essa água escorre para os rios, que estão poluídos, e se mistura ao esgoto. Um grande desperdício para o abastecimento.
9. Despoluir os rios
O cartunista Laerte Coutinho, em sua conta no Twitter, sintetizou com clareza o problema: "Quando eu penso que S. Paulo está no meio de 2 rios nada secos e que os transformou em esgoto...". Os paulistanos não podem utilizar as águas do Tietê, do Pinheiros, do Tamanduateí e de vários outros córregos na cidade, destruídos pela poluição – desde esgoto urbano até "ilhas" de plástico e latas que são jogadas sem pudor nas ruas. Despoluir os rios é mais do que urgente. É um processo difícil, caro e demorado, mas precisa ser feito, e já há tecnologia disponível para isso. Enquanto isso, os cidadãos precisam parar de jogar lixo na rua. Nem que seja por força da lei, como a multa que a cidade do Rio de Janeiro implantou.
10. O clima extremo está aí
O último relatório do IPCC já alertava: o aquecimento global está aí. E a previsão é de que eventos climáticos extremos se tornem mais frequentes. Não dá pra dizer se a seca atual é causada pelas mudanças climáticas, mas os cientistas acreditam que teremos que aprender a conviver com secas extremas ou chuvas torrenciais. No entanto, nem o governo federal nem os governos estaduais têm planos para enfrentar essa situação. Já é o momento de elaborar esses planos e se preparar para um clima mais hostil no futuro.