quinta-feira, 25 de dezembro de 2014

Nazaré

Igreja
Nazaré, ou Natsrat, como o nome é pronunciado em hebraico, é o berço do cristianismo, a cidade na qual, de acordo com a tradição, o anjo Gabriel anunciou a Maria que ela iria receber a missão de conceber pelo Espírito Santo, e o lugar onde Jesus passou a sua infância e juventude. Nazaré, na Galileia Baixa, está localizada no centro de um vale rodeado por montanhas que abraçam vários dos mais importantes sítios cristãos no mundo. Esta é uma cidade de religião e fé, de espiritualidade e santidade, mas também uma cidade com uma história rica, uma arqueologia fascinante, uma cultura moderna e cheia do charme do Oriente Médio.

Nazaré, que começou como um pequeno vilarejo judeu a cerca de dois mil anos atrás, se tornou um baluarte do cristianismo no período bizantino, depois de apenas poucos séculos.  Durante este período o nome Nazaré se espalhou pelo mundo, e o desejo de ver o lugar no qual a Virgem Maria e Jesus Cristo viveram tornou a cidade um popular sítio de peregrinação.  Estas visitas fizeram com que se construísse a primeira igreja da cidade, a Igreja da Anunciação, no local onde tradicionalmente ficava a casa de José e Maria.  Muitas outras igrejas foram construídas pela cidade, e foram destruídas e reconstruídas conforme as mudanças nos domínios muçulmanos e cristãos durante os séculos.  No século XIX Nazaré tornou-se novamente uma cidade atrativa e os cristãos voltaram a viver nesta cidade e a reconstruir igrejas e monastérios.  Hoje em dia Nazaré é a maior cidade árabe em Israel, e tem cerca de 20 igrejas e monastérios, além de mesquitas e sinagogas antigas.

Fazer uma excursão por Nazaré é como reviver os seus diversos períodos. Cada era passada deixou um símbolo poderoso que se tornou um local turístico agradável e popular na era moderna. A maior parte das atrações turísticas se concentra na Cidade Velha de Nazaré, que foi construída no meio do século XIX em um estilo arquitetônico charmoso, do Oriente Médio. Um passeio pelas estradas estreitas, entre as casas pitorescas, é uma experiência impressionante, e vale a pena caminhar lentamente para desfrutar de toda a beleza. 

Existem muitas igrejas antigas na Cidade Velha, com a Igreja da Anunciação no topo da lista. A igreja reconstruída retém partes das igrejas anteriores, dos períodos cruzado e bizantino. A igreja também abriga uma impressionante coleção de pinturas.

Ao lado desta igreja se encontra a Igreja de S. José, construída nas ruínas das estruturas agrícolas nas quais, de acordo com a tradição, José, marido de Maria, tinha a sua carpintaria.  Enquanto que a Igreja da Anunciação foi construída no local da casa de Maria, a Igreja da Anunciação grega ortodoxa foi construída sobre o Poço de Maria, do qual se diz que a mãe de Jesus bebeu.  Esta é uma estrutura do período das cruzadas, e tem afrescos interessantes. Ao lado do Poço de Maria se encontra a Igreja grega ortodoxa da Anunciação, dentro de um hall do período cruzado.  De acordo com a tradição aí se encontrava a sinagoga na qual Jesus rezou. 

Entre as muitas outras igrejas de Nazaré há a Igreja Mensa Christi
, a Igreja Maronita, a Igreja de S. Gabriel e a Igreja Salesiana.  A Cidade velha também tem edificações importantes do período otomano, incluindo a Saraya, ou a Casa do Governo, construída por Daher El Omar, o governador da Galileia no século XVIII, e a Mesquita Branca, que hoje em dia é usada como uma casa de orações e um centro educacional e cultura. A Mesquita Branca abriga um museu que exibe a história documentada de Nazaré.

Nenhum passeio à Cidade Velha estará completo sem uma visita ao mercado local, que se tornou uma atração popular e bem-conhecida graças às barraquinhas coloridas e a variedade de mercadorias. No Mercado é possível desfrutar de um banquete visual de tecidos iguais aos usados em períodos antigos, provar os condimentos e a comida local, e ver os trabalhos de arte e os souvenires. Todos os sons, as visões, os odores e os sabores prometem uma vivência autêntica do Oriente Médio.

Nazaré está cheia de cantinhos fascinantes e adoráveis, que irão abrir o seu coração para a sua beleza. Outro local que vale a pena visitar durante o passeio a pé é o passeio no cume de Nabi Sain, para desfrutar da vista maravilhosa da Galileia. Pode-se visitar a antiga casa de banho turca, que foi descoberta durante a renovação de uma das lojas da cidade, dar uma olhadinha numa mansão senhorial elegante que exibe as riquezas e os costumes da classe alta otomana no século XIX, incluindo alguns afrescos incríveis. É também interessante visitar a casa do bispo grego-ortodoxo, onde se pode andar através de uma série de passagens subterrâneas que foram descobertas no pátio. Outro local interessante é o complexo construído pelos russos como um albergue para os peregrinos.

Nazaré, que acolheu peregrinos por séculos, tem hotéis cristãos e hotéis elegantes, para o conforto dos turistas que invadem este local importante, especialmente na época do Natal. Dezenas de restaurantes servem comidas deliciosas, com aromas maravilhosos, que atraem visitantes durante o ano todo. Nazaré é gloriosa no Natal, quando a cidade está decorada para as festas e suas cores e excitamento se juntam a atmosfera e aos sons das orações que emanam das igrejas da cidade.

Crise hídrica em SP é resultado de anos sem planejamento

Crise hídrica em SP é resultado de anos sem planejamento

Uma crise hídrica da gravidade dessa enfrentada por São Paulo é reflexo de anos de falta de planejamento, e não apenas de um ano com escassez de chuvas. O país cuida pouco de seus mananciais, de seu potencial hídrico. Mas um lugar como São Paulo tem que ter visão de longo prazo, deve se preparar para anos com secas extensas e outros com muita chuva. Os especialistas tem alertado para esse clima de extremos.
Qualquer administrador público precisa ouvir seus especialistas de cada área para se preparar para os cenários. A situação hidrológica em São Paulo veio se deteriorando enquanto o governo do Estado negava estar fazendo racionamento, mesmo com o noticiário repleto de casos de falta d´água na casa das pessoas.
Se daqui há muitos anos alguém analisar os índices de inflação de 2014 vai pensar que São Paulo vivia com fartura de água. Isso porque o governo do estado baixou a tarifa para quem diminuiu o consumo. Mas não fez a outra parte, a punição a quem consumiu mais. O resultado é que, por escolha do governo, um produto escasso ficou mais barato.

Prumo assumirá estaleiro da OSX no Açu em acordo da recuperação judicial

A grande área prevista para uso do estaleiro (Unidade de Construção Naval - UCN) da OSX no Açu sempre foi questionada. Na ocasião a área de 3,2 milhões de m² cedida pela LLX à OSX já era considerada absurda, mesmo diante de tudo que se projetava.

Me recordo quando numa das audiências públicas na Alerj para debater o Porto do Açu, no final de 2013, no auge da crise, quando o fundo americano EIG tinha acabado de assumir o controle da LLX, um dos membros do conselho de administração da LLX disse que aquela área era maior do que a área somada de todos os estaleiros brasileiros naquela época. (Veja aqui)

Pois bem, agora, com a divulgação dos acordos sobre a recuperação judicial da OSX, oficialmente passa a se saber que a Prumo tem interesse em explorar comercialmente o estaleiro (UCN) da OSX.

A informação do a cordo para exploração da área no Porto do Açu está previsto no plano de recuperação judicial da empresa foi confirmada pelo site Brasil Energia. O contrato foi previsto no plano de recuperação judicial da companhia, aprovado no dia 17/12.

A revista afirmou ainda que:

1 - A OSX contratará a Prumo para gerenciar a exploração comercial do estaleiro da empresa, no Porto do Açu.. O acordo será fechado com a Porto do Açu, subsidiária da Prumo, que terá exclusividade para prospectar novos investidores para a área.

2 - O arrendamento da área de 3,2 milhões de m² será usado para que a OSX volte a pagar o aluguel mensal original do contrato com a Porto do Açu, além de ajudar no pagamento de demais credores. As dívidas com a Porto do Açu são abrangem ainda o rateio dos investimentos em infraestrutura realizados para a construção do terminal 2.

3 - O plano de recuperação judicial ainda está sujeito à aprovação da Caixa Econômica Federal, o que deve ocorrer em 31 de janeiro de 2015. A OSX vai disponibilizar todos os seus ativos para o cumprimento dos compromissos e tem como meta pagar integralmente 65% dos credores até 24 meses após a homologação do plano.

É ainda importante lembrar que o Fundo EIG que hoje já controla cerca de 60%  (subiu de 52,9% para 59,6%) das ações da Prumo Logística Global S.A. (ex-LLX) tem também participação no consórcio Sete Brasil que concentra as atividades de contratação de construção naval de embarcações para operar atividades offshore de exploração de petróleo no litoral brasileiro.

A Prumo tem avançado no controle das ações comprando participação que antes era do Fundo de Previdência dos professores da província de Ontário no Canadá (OTPP). 

Os investidores minoritários que hoje detém 19,3% começaram a especular que o maior percentual de controle da Prumo poderia ter por trás informações sobre melhorias e contratos futuros que ainda não são conhecidos. (Veja abaixo a atual participação acionária na empresa Prumo Logística Global S.A.)



Isto explicaria porque as ações da Prumo estariam ainda tão desvalorizadas, mesmo após os embarques de minério de ferro e do início de atividades das empresas de apoio offshore junto ao terminal 2 do Porto do Açu.

É certo que a Prumo vislumbra outras possibilidades de negócios com essa área retomada da OSX e que foi fruto da desapropriação de terrenos e áreas rurais, já que a OSX há muito deixou de honrar com o pagamento de aluguéis. As alternativas vinculadas às atividades de apoio offshore são muitas. 

Além disso, as instalações inconclusas da Unidade de Construção Naval (UCN) da OSX junto ao terminal 2 do Porto do Açu podem vir a ser bases de construção naval de projetos atualmente desenvolvidos nos estaleiros das empresas que estão sendo investigadas na Operação Lava a Jato.

Continuamos, mesmo de longe, acompanhando o desenrolar das negociações sobre o Porto do Açu e das consequências delas para toda a região. O blog abre espaço para maiores informações.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Empresas tratam esgoto e conseguem reutilizar a água

Estratégia é barata e ajudou empresas no período de seca do Sudeste.
Shopping em SP economizou ao tratar o esgoto de todos os sanitários.

André Trigueiro
Para enfrentar a seca no Sudeste, algumas empresas desenvolveram uma estratégia de baixo custo: tratar o próprio esgoto e reutilizar a água.
A água de reuso já é um bom negócio, especialmente em São Paulo, castigada por uma das piores estiagens da história. É o caso de uma locadora de roupas e toalhas para salões de beleza, onde lavam-se 2 milhões de peças por mês. Para isso, é preciso muita água: 20 mil litros por dia. A solução foi reaproveitar a água despejada pelas máquinas.
No espaço pequenininho nos fundos da empresa, com apenas 7 metros quadrados, é suficiente para abrigar uma miniestação completa de tratamento de esgotos.
A água ensaboada da lavanderia é filtrada e se transforma em água de reuso. Essa é a etapa final do tratamento. A água é devolvida às máquinas de lavagem, com menos custo e menos desperdício para a empresa. O investimento foi de R$ 80 mil. A água reutilizada aliviou as contas da empresa.
“Eu gastava uma média de R$ 8 mil por mês para a manutenção da minha água e hoje eu estou gastando entre os produtos químicos, o tratamento, eu estou gastando R$ 3 mil. Então, se você fizer um cálculo bem rápido, eu estou levando uma vantagem de R$ 5 mil por mês”, conta Adolfo Buttler, dono da lavanderia.

Uma parte importante do processo de tratamento de esgoto dentro da empresa é o lodo residual, que é aquilo que é retido pelos filtros e tem uma cor acinzentada. O lodo do afluente de tratamento em estado semi-sólido tem uma porcentagem significativa de água. Não é um resíduo perigoso.
Quando esse resíduo está seco, como ele tem 90% de algodão, pode servir como biomassa e pode ser agregado com artefatos da construção civil fazendo um tijolo ecológico, que é uma das alternativas que eles buscam.

Há sete anos um shopping em São Paulo começou a transformar a água o esgoto que vem dos sanitários e  da praça de alimentação. Resultado: a conta de água, que era de R$ 80 mil por mês, caiu para R$ 20 mil. Até o momento já foi possível economizar R$ 2,5 milhões.
"Esse sistema me permite eu consumir 30% a menos de água da rede pública reutilizando a água que tenho aqui internamente no shopping e que normalmente seria descartada", diz Ricardo Gonçalves Omar, gerente de operações do shopping.
No resultado final do tratamento na microestação, a água que é reutilizada no shopping tem uma coloração meio amarelada. Mas, para evitar o risco de algum cliente ou funcionário fazer uso dessa água como água potável, eles têm o cuidado de misturar um corante da cor azul para que o resultado final fique com a coloração meio azul esverdeada que a água de reúso que circula pelo shopping.
Ninguém estranha o uso dessa água na limpeza do shopping, nos equipamentos ou no ar condicionado. Mas, e nos banheiros? 
"Estranhei até o momento em que eu tive que fazer o trabalho da escola que eu descobri o porquê que era daquela cor. Sobre o reúso da água. Eu fiz sobre o shopping e levei uma nota muito boa por isso", afirma a balconista Cristina Domingues.
Uma fábrica de remédios em Itapevi, na Grande São Paulo, produz 9 milhões de litros da água de reúso por mês. O que não é usado na indústria é doado para a prefeitura local para limpar ruas e regar canteiros.
"Nós disponibilizamos durante um ano cerca de 220 mil litros de água e esse recurso nós temos a intenção de aumentar gradativamente conforme nós aumentarmos o volume nosso de tratamento", explica Isamara Garcia Freitas, gerente de gestão ambiental.
Na coluna Sustentável, já foi mostrado o maior projeto de água de reuso da América Latina. É o Projeto Aquapolo, uma parceria da Sabesp, a companhia de águas e esgoto de São Paulo com a iniciativa privada, que distribui água de reuso para 10 fábricas da região do ABC.
A economia de água potável equivale ao consumo diário de uma cidade com 500 mil habitantes. E poderia ser maior. O Aquapolo tem capacidade de produzir 1.000 litros por segundo de água de reúso, mas só entrega 650 mil porque faltam interessados.
Um outro problema, segundo os técnicos do setor, é que as leis não são suficientemente claras no Brasil quando o assunto é água de reúso.
 "No Brasil, a legislação não é específica para reúso, ao contrário de outros países do mundo que praticam isso há muito tempo e têm legislações específicas que criam parâmetros que dão ordem como fazer isso atribuindo responsabilidades, dão segurança às áreas executivas para que elas possam agir", diz Paulo Nobre, superintendente de tratamento de esgoto da Região Metropolitana da Sabesp.
Hoje, menos de 0,1% da água produzida no país é de reúso. Em Cingapura, por exemplo, o percentual de água reciclada chega a 30%. Para Luciano Borges, especialista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), quando água de reúso vira política pública, os resultados aparecem rápido.
"Israel consegue utilizar 70% do esgoto tratado, o sul da Europa, cerca de 40 a 50%. O mesmo número alcançado em alguns estados americanos", aponta Luciano Borges, professor de engenharia química da Coppe/UFRJ.
No Brasil, até as comunidades rurais poderiam ser beneficiadas com a água de reúso. Pelas contas da Ana (Agência Nacional de Águas), com o esgoto tratado de uma cidadezinha de 20 mil habitantes seria possível assegurar água para irrigar uma área equivalente a 60 campos de futebol.    
Evitar o desperdício de água não é o suficiente. O Brasil precisa fazer muito mais para evitar falta d'água e prestar mais atenção na riqueza escondida nos esgotos.

O Mapa do Carbono

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,impacto-de-desastres-naturais-recai-sobre-pobres,1577479O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,impacto-de-desastres-naturais-recai-sobre-pobres,1577479O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,impacto-de-desastres-naturais-recai-sobre-pobres,1577479

O Mapa do Carbono



Esta ferramenta mostra onde estão os maiores emissores e consumidores de combustíveis fósseis e quais são as populações mais afetadas
Por Marina Maciel Fonte: Planeta Sustentável


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Um mapa mundi interativo e muito dinâmico – lançado durante a Cúpula do Clima, em Nova York – revela a performance (causas e riscos) de cada país no quadro da smudanças climáticas.
Neste Mapa do Carbono, é possível visualizar as nações que mais emitem gases de efeito estufa e as que estão mais vulneráveis aos impactos das alterações climáticas. Além disso, o aplicativo exibe as responsabilidades de cada país frente ao aquecimento global e permite comparar área, população e riqueza das nações.
As informações são exibidas de forma clara conforme a área dos países aumenta ou diminui, dependendo da métrica escolhida. A imagem abaixo é exemplo disso: ela mostra como cada região ou nação está em termos de emissões históricas – observe que os países ricos aparecem inflados, como o Reino Unido, revelando assim seu papel na Revolução Industrial movida a carvão.
mapa-carbono-quais-paises-maiores-poluidores_historica
Outra abordagem possível pelo mapa é a correlação de métricas. Isso significa que você pode aplicar mais de um filtro ao mapa para ver a relação entre eles por meio da distorção do tamanho dos países e de diferentes cores. As duas imagens abaixo exemplificam, respectivamente, a correlação entre a pegada de carbono ecrescimento populacional (baixa) e entre crescimento populacional e pobreza (muito alta).
mapa-carbono-quais-paises-maiores-poluidores_pegada
mapa-carbono-quais-paises-maiores-poluidores_pobreza
No entanto, o Mapa do Carbono não exibe pequenas ilhas insulares – grandes prejudicadas pelo aumento do nível do mar – porque leva em conta o número total de pessoas expostas em cada categoria, e não a proporção. Como as populações das ilhas são pequenas, as nações não aparecem no cartograma.
Produzido originalmente pelo jornalista Duncan Clark e pelo programador e matemático Robin Houston para a competição Apps for Climate 2012*, do Banco Mundial, o mapa foi adaptado recentemente para o The Guardian e lançado durante a Cúpula do Clima, realizada no final de setembro na sede da ONU, em Nova York.

Baixa vazão do Rio Piracicaba revela novas paisagens; veja 'antes e depois'

Baixa vazão do Rio Piracicaba revela novas paisagens; veja 'antes e depois'

Volume de água estava 85% abaixo da média para outubro nesta quinta (9).
Imagens da cheia do manancial, cinco anos atrás, mostram a força da água.

Do G1 Piracicaba e Região


A baixa vazão do Rio Piracicaba revelou novas paisagens ao longo do trecho do manancial que passa pela área central de Piracicaba (SP). Famoso pela antiga abundância no volume e ainda por preocupar moradores em época de cheia, o rio sofre com a falta de chuvas desde o início do ano devido à crise hídrica. Em vários pontos, como no salto e na turística Ponte Pênsil (foto acima), a imagem da seca desta terça-feira (7) contrasta com a de cinco anos atrás.
Essa falta d'água revelou as pedras do fundo do manancial e provocou mudanças na paisagem. Na imagem do salto do rio, local famoso do manancial, a força da água se destaca em meio a um cenário praticamente sem pedras. Na foto abaixo, tirada também na terça, no Parque do Mirante, no entanto, há mais pedras do que água e é possível ver bastante vegetação do fundo do Rio Piracicaba. A imagem da cheia foi registrada também em 2009.Nesta quinta-feira (9), a vazão do manancial às 7h era de 11,21 mil litros de água por segundo, valor 85% abaixo da média para dias de outubro, conforme dados do Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee) do Estado de São Paulo. No mesmo dia em 2013, o volume de água era de 64 mil litros de água por segundo. O nível também apresentou índices ruins nesta quinta, pois a profundidade era de 80 centímetros, quando o normal para esta época do ano é 1,60 metro. No mesmo dia, em 2013, o nível era de 1,57 metro.
Na comparação acima, por exemplo, a mesma árvore no lado direito da imagem está em situações distintas. A diferença é que na foto tirada em 2009, a água cobre parte da planta. Além disso, ao fundo, é possível ver a mudança entre a distância do rio e a Ponte Pênsil. O registro da imagem foi feito no Aquário Municipal.
A distância da água chama ainda mais atenção nesta terceira imagem, com fotos desta quarta-feira (8) e de 2011. Nesse ponto, onde fica uma das entradas do Engenho Central, na Avenida Beira Rio, atualmente é possível caminhar por pedras que estão aparentes no manancial devido à forte estiagem.
Rio Piracicaba nesta sexta-feira (3) (Foto: Fernanda Zanetti/G1)'Tapete verde' se formou em ponto do
Rio Piracicaba (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
Bacias prejudicadas
Ministério Público Federal e Estadual moveram uma ação civil contra os gestores do Sistema Cantareira porque consideram que houve "vazio de regras" na gestão, o que prejudicou as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), Agência Nacional de Águas (ANA) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) são réus no caso e acusados pelos promotores de terem faltado no cumprimento no planejamento do uso da água, o que deixou a situação da maneira que está atualmente.
Tapete verde
A vegetação inclusive formou uma espécie de "jardim" no trecho do manancial próximo à ponte do antigo anel viário que liga as rodovias Deputado Laércio Corte (SP-147) e Luiz de Queiroz (SP-304). O "tapete verde" formado no local tem aproximadamente 150 metros de comprimento e cobre o rio de uma margem à outra. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), por meio da assessoria de imprensa, informou que esse tipo de vegetação é muito comum em rios quando estão com baixa vazão.
Menor vazão em 30 anos
No dia 16 de setembro, o Rio Piracicaba teve recorde de menor vazão em 30 anos. O recorde anterior havia sido estabelecido 37 dias antes, segundo dados do sistema de telemetria do Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee). No trecho da Rua do Porto, próximo à área central de Piracicaba, a vazão era de 9,45 mil litros por segundo, e o nível era de 76 centímetros, no último dia 16.
Rio Piracicaba em 2009 (Foto: Bolly Vieira/Arquivo pessoal)Salto do Rio Piracicaba em 2009 (Foto: Bolly Vieira/Arquivo pessoal)
Região do Salto do Rio Piracicaba nesta terça (7) (Foto: Leon Botão/G1)
Salto do Rio Piracicaba, em 2009, durante período de cheia (Foto: Bolly Vieira/Arquivo pessoal)Salto do Rio Piracicaba, em 2009, durante período de cheia (Foto: Bolly Vieira/Arquivo pessoal)


terça-feira, 23 de dezembro de 2014

Sete maneiras de incentivar o deslocamento sustentável no local de trabalho

Sete maneiras de incentivar o deslocamento sustentável no local de trabalho
Post originalmente publicado em inglês por Alyssa Fischer no TheCityFix.

Empregadores têm um papel importante em encorajar modais mais sustentáveis de transporte. (Foto: Dylan Passmore/Flickr)
Cidades orientadas para o carro têm uma série de custos para saúde e o bem estar de seus cidadãos. A queima de combustível dos automóveis é responsável por 75% da poluição atmosférica urbana. Dados mostram que, em 2012, a morte de 3,7 milhões de pessoas esteve relacionada à poluição. Diversos estudos também têm mostrado que um estilo de vida sedentário e com muito uso do carro contribui para maiores taxas de diabetes, obesidade e doenças relacionadas a essas questões.
Trocar o carro por meios de transporte sustentáveis no dia-a-dia – como o transporte público, a caminhada e a bicicleta – implica naturalmente em mais atividade física, proporcionando mais saúde e felicidade ao indivíduo. Um estudo descobriu que se a cidade de Atlanta, na Geórgia, tivesse o uso misto do transporte público e da caminhada, o risco de obesidade entre os habitantes seria 17% menor. Com isso, gastos com planos de saúde dos funcionários seriam menores, e os colaboradores seriam mais engajados e felizes. Algumas pessoas têm preocupação com o transporte ativo, especialmente em grandes centros urbanos, mas uma pesquisa da Holanda mostra que os benefícios da atividade física superam possíveis riscos. Todos esses fatos geram uma pergunta nos empregadores: como posso encorajar meus colaboradores a adotarem o deslocamento sustentável?
O diretor da EMBARQ (produtora do TheCityFix), Holger Dalkmann, recentemente participou de um painel do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), em que analisou este tema como parte da No Impact Week. Algumas estratégias para responder à pergunta foram discutidas:

Melhorar o custo-benefício do transporte coletivo

A maioria das empresas de transporte público já contam com programas para que empresas forneçam vale-transporte aos funcionários. Além de baratear o transporte dos funcionários, as empresas conseguem obter benefícios fiscais através desses programas.

Facilitar o uso do transporte ativo

Uma das barreiras primárias para o transporte ativo – bicicleta, caminhada, corrida e outras atividades físicas – é a falta de infraestrutura no local de trabalho. Ao prover acesso a estacionamento de bicicletas, chuveiros, cadeados e outras facilidades semelhantes, empresas acabam com a preocupação do funcionário sobre onde largar a bike e tomar um banho, por exemplo.

Dar desconto aos usuários de bike-share ou carona solidária

Para algumas empresas, encorajar o transporte ativo pode ser um desafio, especialmente se a localização é longe do transporte coletivo. Nesses casos, patrocinar a bike-share pode ajudar.
Embora possa parecer contraditório, aderir ao carro compartilhado também pode incentivar o uso de transporte sustentável. Alguns colaboradores preferem o transporte público ou a bicicleta, mas querem a garantia de volta pra casa em casos de emergência, ou para viagens de meio dia, como reuniões fora do escritório ou consulta médica, ou uma visita à escola dos filhos. Com acesso ao serviço, os colaboradores ainda podem pedalar ou usar o transporte público para ir ao trabalho com a segurança de que eles terão acesso ao carro em caso de necessidade.

Advocar pela infraestrutura do transporte sustentável no seu bairro

Empregadores podem trabalhar em conjunto com outras organizações de bairro para defender melhorias na infraestrutura, como ciclovias protegidas e rotas de ônibus expandidas que fazem do transporte sustentável mais acessível aos colaboradores, melhoram a qualidade de vida na comunidade e atraem novas contratações. No TheCityFix e TheCityFix Brasil você encontra mais sobre os benefícios dos sistemas BRT (Bus Rapid Transit), desenvolvimento orientado pelo transporte (DOT) e transporte ativo.

Incentivar caronas

Alguns locais de trabalho simplesmente não são adequados para o transporte ativo ou modais de transporte sustentável. Por exemplo, alguns locais de trabalho estão localizados nas periferias das cidades ou em estradas movimentadas. Nesses casos, o incentivo a algum programa de caronas pode ser um longo caminho para tirar carros da estrada.

Desestimular a direção

Outra barreira para o deslocamento ativo e sustentável é que ir de carro pode ter um custo-benefício melhor para alguns colaboradores. Uma maneira de desestimular o uso do carro pode ser reduzir vagas ou eliminar o subsídio de estacionamento, aumentando os preços. Essa receita adicional poderia ser canalizada para melhorar a infraestrutura de bicicleta ou para subsidiar o transporte público.

Criar uma cultura positiva de transporte ativo

Também existe um número de maneiras de incentivar o transporte ativo sem investimentos de capital significativos. Os empregadores podem:
• Criar um grupo de trabalho de transporte sustentável, cujo objetivo é desenvolver materiais com informação sobre opções de transporte sustentável e ativo do escritório;
• Criar uma meta de sustentabilidade para a sua organização em torno de transporte ativo ou sustentável.
• Patrocinar um mês de transportes sustentável ou ativo na primavera, ou uma competição para que as pessoas andem mais
• Incentivar funcionários e gerentes a adotarem horários flexíveis que permitam que usuários do transporte ativo evitem a hora do rush

ESTADO TERÁ NORMAS PARA A CRIAÇÃO DE PÁSSAROS



A Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) derrubou, nesta terça-feira (14/10), o veto total do Executivo ao projeto de lei 2.907-A/14, do deputado Luiz Paulo (PSDB).  Ele normatiza a gestão do manejo de passeriformes da fauna silvestre nativa do estado, que passa a ser de responsabilidade do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), sem prejuízo da competência do Ibama. A lei decorrente da derrubada do veto será publicada nos próximos dias.

O texto trata das etapas relativas à criação, reprodução, comercialização, manutenção, treinamento, exposição, transporte, aquisição, guarda, depósito, utilização e realização de torneios no que se refere aos criadores amadores. Não será mais preciso, por exemplo, a guia de transporte de animal (GTA) do Ibama para conduzir pássaros.

Segundo o deputado, a derrubada do veto foi importante porque o texto buscou adaptar a Instrução Normativa 10/11, do Ibama, à realidade do estado. “Separamos o criador amador do comercial, pois pela IN 10 essa fiscalização era simultânea. O texto trata só de criadores amadores. Também não havia sentido que um criador que fosse participar de uma competição a 200 metros da sua casa viesse ao Ibama para retirar a GTA. Isso agora passa a valer para competições entre estados”, disse.  

A conservação da biodiversidade também tem seus campeões

A conservação da biodiversidade também tem seus campeõesLiana John - 09/10/2014 às 13:01

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Um indiano, um ganês e uma argentina serão homenageados com o Prêmio Midori de Biodiversidade 2014, em reconhecimento a suas contribuições para a conservação e o uso sustentável dos recursos naturais, em nível local e global, e por promover a conscientização sobre a importância da biodiversidade. O anúncio foi feito nesta quarta feira, 8/10, e os prêmios serão entregues na próxima semana (15), na 12ª Conferência das Partes da Convenção sobre Diversidade Biológica (COP 12 da Biodiversidade), em Pyeongchang, na Coreia.
O indiano é Kamal Bawa, presidente do Truste Ashoka para Pesquisas em Ecologia e Meio Ambiente (ATREE, na sigla em inglês) e professor da Universidade de Michigan, nos Estados Unidos. O ganês é Alfred Oteng-Yeboah, coordenador do Comitê Nacional de Biodiversidade de Gana, e a argentina é Bibiana Vilá, chefe do Conselho de Pesquisa Nacional (Conicet) e diretora do Vicunhas, Camelídeos e Ambiente (Vicam).
O prêmio é atribuído a cada dois anos, coincidindo com as COPs da Biodiversidade. Esta é a terceira edição, promovida pela Fundação Ambiental AEON, do Japão, em parceria com o secretariado da Convenção. Em 2010 e 2012 venceram conservacionistas do Canadá, Chile, Costa Rica, Estados Unidos, Indonésia e Vietnã. Além da festa e de placas comemorativas, cada um dos premiados recebe US$ 100 mil para investir em seus projetos.
Em comum, os três homenageados deste ano têm a habilidade de unir setores aparentemente inconciliáveis, criando pontes que levam ao diálogo e diálogos que levam à conservação. Bawa juntou a proteção à diversidade da vida silvestre com o mundo rural, na Índia, e descobriu novas maneiras de conciliar a biodiversidade com apaisagem agrícola, reduzindo os efeitos perversos da fragmentação florestal.
Oteng-Yebolah representou Gana e a África em muitos encontros internacionais, advogando sempre o estreitamento de laços entre ciência e política. Sua participação fez diferença em vários grupos de experts em florestasoceanosáreas protegidas e capacitação.
E Bibiana liderou iniciativas que integram a ciência moderna sobre conservação dos camelídeos andinos com os conhecimentos tradicionais de comunidades indígenas, conseguindo chegar a modelos de uso sustentável da lã das vicunhas que geram renda e mantêm as populações selvagens dos animais.
A mensagem do Prêmio Midori é clara: acordos e conciliações são possíveis entre conservacionistas e agricultores, entre cientistas e políticos, entre projetos ambientais e demandas sociais. Com criatividade e originalidade, com consciência e perspectiva, com eficácia e influência, os exemplos desses campeões pode se multiplicar pelo mundo afora e levar o mundo a um futuro menos desastroso.

segunda-feira, 22 de dezembro de 2014


Reprodução do Estadão
Reprodução do Estadão


Não se assustem isso é só começo. Esses nomes são relativos apenas à delação de Paulo Roberto Costa. Outros nomes ainda vão surgir. Paulo Roberto Costa era responsável pela diretoria de Abastecimento da PETROBRAS. A outra diretoria que atuou com força no esquema de propinas foi a de Renato Duque, responsável por Serviços, essa envolvia mais diretamente o PT, enquanto a de Paulo Roberto Costa como pode se observar na lista tem o PP. A outra diretoria ocupada por Nestor Cerveró, da área internacional atendia os interesses do PMDB, e é aquela envolvida nos aluguéis de plataformas e navios. Uma das empresas que atuou fortemente foi a holandesa SBM, que já foi condenada em seu país por suborno a autoridades brasileiras. Não será surpresa se alguns nomes delatados por Paulo Roberto Costa apareçam em outras listas também. Os nomes não vão parar por aí, e muito mais gente graúda vai aparecer no decorrer da investigação.

No caso do governador Sérgio Cabral, há muito tempo denunciado como corrupto por mim, algumas pessoas duvidavam, agora não sou eu que estou dizendo, é a Polícia Federal e o Ministério Público Federal. Vão aparecer contas de Cabral e auxiliares seus em vários países. Vocês mesmos leitores do blog se lembram quando publiquei aqui a conta de Wilson Carlos num banco em Hong Kong onde eram feitos depósitos da empreiteira Camargo Côrrea. Cabral hoje é um homem bilionário, mas vai ter que gastar boa parte do dinheiro com bons advogados. 
Não há mais ameaça de extinção para o "Amazona brasiliensis", mais conhecido como papagaio-da-cara-roxa, papagaio-chauá ou simplesmente chauá. Essas penas coloridas estão por aí, voando em plena liberdade pela Mata Atlântica. 
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