sábado, 25 de outubro de 2014

Aposentado constrói casa sustentável com menos de R$ 600

Aposentado constrói casa sustentável com menos de R$ 600
Outubro de 2014 • Atualizado às 15h26


O professor aposentado Michael Buck juntou diversos materiais reciclados para erguer sua própria casa, uma pequena toca segura e confortável na cidade de Oxfordshire, na Inglaterra. Na construção, o professor gastou apenas 150 libras (o equivalente a 575 reais), apostando seu tempo livre e sua criatividade para erguer a nova residência, localizada em meio a uma área verde do município britânico.

Buck tinha 59 anos quando deu início à construção, baseada numa técnica milenar denominada COB, que utiliza apenas terra, areia e palha para erguer as estruturas. Mesmo com a simplicidade dos materiais, as construções baseadas na antiga técnica são resistentes ao fogo e aos abalos sísmicos. Segundo informou oCatraca Livre, um dos objetivos do britânico era mostrar para as pessoas que, para ter uma moradia, não é necessário gastar muito dinheiro e nem prejudicar o meio ambiente.

Antes de colocar a mão na massa para erguer a estrutura, o professor passou cerca de dois anos coletando resíduos possíveis de serem reaproveitados. Na lista de materiais, constam ripas de madeira, pedaços de ferro, vidros retirados da janela de um caminhão velho e o assoalho de um barco abandonado no quintal de seu vizinho.

Na casinha de Buck, as refeições são preparadas num fogão a lenha, que também serve de aquecedor para os ambientes durante os dias mais frios. Um rio que corre nas proximidades da residência fornece a água utilizada na casa, por meio de um sistema de encanamento convencional. Outro exemplo de arquitetura de baixos custos e com reaproveitamento de materiais é um centro comunitário autossustentável construído com garrafas plásticas, pneus e outros resíduos sólidos, que irá atender à população do Malawi, na África.
Redação CicloVivo

Desmatamento volta a crescer em agosto e setembro

Desmatamento volta a crescer em agosto e setembro
 Outubro de 2014 • 


O desmatamento da Amazônia em setembro deste ano teve um aumento de 290% em relação ao mesmo período do ano anterior. Foram detectados 402 quilômetros quadrados de desmatamento na Amazônia Legal em 2014, já em 2013 esse número somava 103 quilômetros quadrados.
A maior parte das ocorrências se concentra na região Norte do país: Rondônia (33%), Pará (23%), seguido pelo Mato Grosso (18%) e Amazonas (12%), com menor ocorrência no Acre (10%), Roraima (4%) e Tocantins (1%). Os números foram levantados pelo Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), de Belém, Pará.
As florestas degradadas (florestas intensamente exploradas pela atividade madeireira e/ou queimadas) na Amazônia Legal somaram 624 quilômetros quadrados em setembro deste ano. Em um ano, houve aumento de 3.797%, pois em 2013 a degradação florestal somou 16 quilômetros quadrados.
Uma das causas que podem explicar números tão diferentes é que, neste último monitoramento, foi possível monitorar 93% da área florestal na Amazônia Legal, enquanto que em setembro de 2013 o monitoramento cobriu uma área menor (79%) do território. Por meio do sistema SAD, que é usado no monitoramento, ainda ficaram de fora 7% do território florestal, pois estavam cobertos por nuvens - o que dificultou a detecção do desmatamento e da degradação florestal.
Em setembro de 2014, a maioria (59%) do desmatamento ocorreu em áreas privadas ou sob diversos estágios de posse. O restante do desmatamento foi registrado em Assentamentos de Reforma Agrária (20%), Unidades de Conservação (19%) e Terras Indígenas (2%).
Redação CicloVivo

sexta-feira, 24 de outubro de 2014

curso tecnico em logistica


O CAMINHO PARA A JUVENTUDE TRILHAR  UM FUTURO MELHOR É A EDUCAÇÃO.


PBA apresenta Complexo Logístico a alunos da Faetec

PBA apresenta Complexo Logístico a alunos da Faetec nesta sexta

O Complexo Logístico e Industrial Farol/ Barra do Furado será apresentado nesta sexta-feira (24) para jovens alunos da Fundação de Apoio à Escola Técnica (Faetec), como uma das ações do Plano de Comunicação Social e Responsabilidade Social do Plano Básico Ambiental do empreendimento, que ficará nas margens do Canal das Flechas, entre os municípios de Campos e de Quissamã.

A apresentação do projeto do Complexo será feita pelo secretário de Petróleo, Energias Alternativas e Inovação Tecnológica, Marcelo Neves, cuja secretaria faz parte do Grupo de Trabalho do PBA.

De acordo com a fiscal do meio ambiente, Patrícia Fantinatti, nomeada pela prefeita Rosinha Garotinho coordenadora do Grupo de Trabalho do PBA, a apresentação do Complexo Logístico, que será feita pelo secretário Marcelo Neves, é importante para a juventude, porque vai passar informações importantes sobre o empreendimento, as empresas que ele atrairá, e porque vai mostrar as profissões demandadas e as muitas oportunidades de empregos que o complexo já começa a ofertar para Campos e cidades da região.

O secretário Marcelo Neves adianta que durante a palestra para os alunos dos cursos profissionalizantes, vai priorizar as informações para que os alunos tenham a assimilação da concepção do complexo logístico e industrial.

- Após fazer explanação e tirar dúvidas dos alunos, vamos passar para professores e alunos, informações do andamento das obras de infraestrutura, como o baypass e a preparação para dragagem do Canal das Flechas – disse Marcelo.

Ele vai informar que as obras que estão sendo realizadas através de parceria viabilizada por um consórcio intermunicipal, formado pelas Prefeituras de Campos e Quissamã, e que terá contrapartida do governo do Estado e do governo federal, conforme convênio já assinado pela prefeita Rosinha Garotinho com o ministro dos Portos, César Borges.

- Vamos mostrar o novo panorama que começa a ser formado no mercado de trabalho de Campos e região, tendo em vista a instalação de empresas do setor naval e portuário na área do Complexo Logístico Farol/Barra do Furado, que abrigará estaleiros e uma base de apoio offshore - adiantou o secretário Marcelo Neves.

Por: Jualmir Delfino - Foto: secom -  23/10/2014 11:28:45

O desafio do novo acordo climático globalSuzana Camargo - 08/2014 

desafio-novo-acordo-climatico-global-blog-climaAs evidências são claras. Em 2013, vimos o frio recorde que castigou o norte dos Estados Unidos, enquanto os organizadores do Jogos Olímpicos de Inverno de Sochi, na Rússia, temiam que a falta de neve provocasse o cancelamento de competições. “Cada vez mais acontecem eventos deste tipo, confirmando as alterações climáticas no planeta”, disse Tasso de Azevedo.
mudancas-climaticas-especialistas-debatem-tasso-azevedoCurador do Blog do Clima, o engenheiro florestal é coordenador geral do Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa do Brasil e membro do Painel de Assessores de Alto Nível da Presidência da COP20. Ele  é responsável pela curadoria – e ontem foi o primeiro palestrante – da série de debates “Mudanças Climáticas: Rumo a um novo Acordo Global“, promovido pelo Instituto CPFL Cultura, em parceria com o Planeta Sustentável e o GT de Clima do Pacto Global.
Tasso explicou de maneira bem didática a relação direta entre o que fazemos e que está acontecendo no mundo. Como emitimos quantidades exorbitantes de gases de efeito estufa na atmosfera, a energia enviada pelo sol à Terra fica aprisionada por estes gases e é refletida de volta ao planeta.
Leves variações climáticas, que no passado demoravam milhares de anos para acontecer, agora são sentidas em pouquíssimo tempo. “A temperatura vai continuar a subir por décadas, mesmo se reduzirmos nossas emissões. O carbono é ainda pior. Estará na atmosfera por séculos ainda”, alerta.
E o que, até então, era questionado por muitos – se seria o homem o responsável pelo aquecimento planetário – os cientistas do Painel Intergovernamental sobre Mudança do Clima (IPCC) já afirmam é certo: sim, nós estamos desequilibrando a harmonia climática na Terra.
Em 2009, o IPCC recomendou que seria necessário definir limite máximo para a elevação da temperatura global e a emissão de gases na atmosfera. O 4º relatório elaborado pelo painel recomendava que o limite deveria ser de 2 graus até o final do século. Entretanto, estudos revelam que no Ártico e numa pequena cidade do estado do Piauí a temperaturajá subiu 2 graus. “Já vamos ter estourado nosso orçamento quando chegarmos em 2100”, diz Tasso. “Em 2050, nossas emissões terão que ser negativas! Será preciso um esforço monumental”.
Devemos levar em conta, que além dos atuais 7 bilhões de habitantes, o planeta ganhará mais moradores. E, hoje, ainda há um contingente de 1 bilhão de pessoas que não emitem nada. Como vivem em zonas de miséria, não têm acesso à energia, não consomem. E quando elas saírem da linha de pobreza, o que acontecerá?
Globalmente, o setor energético – tanto aquele que gera eletricidade como combustíveis – é o que mais emite carbono na atmosfera. Em poucos menos de 40 anos, ele dobrará de tamanho, mas as emissões terão que ser reduzidas pela metade.
Este certamente é o grande dilema do momento. Temos um orçamento planetário finito e como dividiremos o que nos resta para podermos sobreviver? “Que critérios vamos usar para fazer esta divisão”, questiona o especialista.
Países desenvolvidos, como Estados Unidos e Japão, são responsáveis por 60% das emissões dos gases de efeito estufa. O Brasil aparece na média anual da emissão per capita, mas vem aumentando sua parte também. A Índia emite menos que a média global.
Serão muitos desafios e transformações nas próximas décadas. Para Tasso de Azevedo, no futuro não haverá espaço para o veículo de hoje, práticas agrícolas precisarão ser diferentes e a indústria terá de ser reinventada. Algumas iniciativas, como Climate Works*, provaram que com tecnologias e conhecimentos que já dominamos podemos reduzir as emissões de carbono.
A principal constatação é que nossas ações agora vão impactar a vida das futuras gerações. “As decisões precisam ser tomadas agora”, ressalta. Em abril do ano que vem, líderes mundiais vão anunciar suas propostas de contribuições para definir um novo acordo climático. Para Tasso, elas precisão ser muito ambiciosas.
O impacto das mudanças climáticas será sentido por todos, mas certamente os países pobres irão sofrer mais. Soluções tecnológicas não serão criadas por governos, mas certamente são eles que definirão o novo arranjo global que aponte a direção para a qual a sociedade deve se mover e criar um ambiente propício para isso.
Contemporâneo” serão o climatologista Carlos Nobre, o economista Pavan Sukhdev e a presidente do comitê de mudanças climáticas do IPCC, Suzana Kahn. Veja a programação e acompanhe pela Agenda do Clima
Foto: Tommy Clark/Creative Commons

quinta-feira, 23 de outubro de 2014

Polinização é analisada por pesquisadores de 119 países

Polinização é analisada por pesquisadores de 119 países

Primeira avaliação da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos será sobre polinizadores, polinização e produção de alimentos. Trabalho é coordenado por pesquisador inglês e por brasileira

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Wikimedia Commons

Um grupo de 75 pesquisadores de diversos países-membros da Plataforma Intergovernamental de Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (IPBES, na sigla em inglês), que reúne 119 nações de todas as regiões do mundo, fará uma avaliação global sobre polinizadores,polinização e produção de alimentos.

O escopo do projeto foi apresentado em São Paulo, no auditório da FAPESP, em encontro de integrantes do organismo intergovernamental independente, voltado a organizar o conhecimento sobre a biodiversidade no mundo e os serviços ecossistêmicos.

"A ideia do trabalho é avaliar todo o conhecimento existente sobre polinização no mundo e identificar estudos necessários na área para auxiliar os tomadores de decisão dos países a formular políticas públicas para a preservação desse e de outros serviços ecossistêmicos prestados pelos animais polinizadores", disse Vera Imperatriz Fonseca, do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo e do Instituto Tecnológico Vale Desenvolvimento Sustentável, à Agência FAPESP.

"Já estamos conhecendo melhor o problema [da crise da polinização no mundo]. Agora, precisamos identificar soluções", disse a pesquisadora, que coordena a avaliação ao lado de Simon Potts, professor da University of Reading, do Reino Unido.

De acordo com Fonseca, há mais de 100 mil espécies de animais invertebrados polinizadores no mundo, dos quais 20 mil são abelhas. Além de insetos polinizadores -que serão o foco do relatório -, há também cerca de 1,2 mil espécies de animais vertebrados, tais como pássaros, morcegos e outros mamíferos, além de répteis, que atuam como polinizadores.

Estima-se que 75% dos cultivos mundiais e entre 78% e 94% das flores silvestres do planeta dependam da polinização por animais, apontou a pesquisadora.

"Há cerca de 300 mil espécies de flores silvestres que dependem da polinização por insetos", disse Fonseca. "O valor anual estimado desse serviço ecossistêmico prestado por insetos na agricultura é de US$ 361 bilhões. Mas, para a manutenção da biodiversidade, é incalculável", afirmou.

Nos últimos anos registrou-se uma perda de espécies nativas de insetos polinizadores no mundo, causada por, entre outros fatores, desmatamento de áreas naturais próximas às lavouras, uso de pesticidas e surgimento de patógenos.

Se o declínio de espécies de insetos polinizadores se tornar tendência, pode colocar em risco a produtividade agrícola e, consequentemente, a segurança alimentar nas próximas décadas, disse a pesquisadora.

"A população mundial aumentará muito até 2050 e será preciso produzir uma grande quantidade de alimentos com maior rendimento agrícola, em um cenário agravado pelasmudanças climáticas. A polinização por insetos pode contribuir para solucionar esse problema", afirmou Fonseca.

Segundo um estudo internacional, publicado na revista Current Biology, estima-se que o manejo de colmeias de abelhas utilizadas pelos agricultores para polinização - como as abelhas domésticas Apis mellifera L, amplamente criadas no mundo todo - tenha aumentado em cerca de 45% entre 1950 e 2000.

As áreas agrícolas dependentes de polinização, no entanto, também cresceram em mais de 300% no mesmo período, apontam os autores da pesquisa.

"Apesar de ter aumentado o manejo de espécies de abelhas polinizadoras, precisamos muito mais do que o que temos no momento para atender às necessidades da agricultura", avaliou Fonseca.

O declínio das espécies de polinizadores no mundo estimula a polinização manual em muitos países. Na China, por exemplo, é comum o comércio de pólen para essa finalidade, afirmou a pesquisadora.

"Na ausência de animais para fazer a polinização, tem sido feita a polinização manual de lavouras de culturas importantes, como o dendê e a maçã. No Brasil se faz a polinização manual de maracujá , tomate e de outras culturas", disse.



FALTA DE DADOS Segundo Fonseca, já há dados sobre o declínio de espécies de abelhas, moscas-das-flores (sirfídeos) e de borboletas na Europa, nos Estados Unidos, no Oriente Médio e no Japão.

Um estudo internacional, publicado no Journal of Apicultural Research, apontou perdas de aproximadamente 30% de colônias de Apis mellifera L em decorrência da infestação pelo ácaro Varroa destructor, que diminui a vida das abelhas e, consequentemente, sua atividade de polinização nas flores, em especial nos países do hemisfério Norte.

Na Europa, as perdas de colônias de abelhas em decorrência do ácaro podem chegar a 53% e, no Oriente Médio, a 85%, indicam os autores do estudo. No entanto, ainda não há estimativas sobre a perda de colônias e de espécies em continentes como a América do Sul, África e Oceania.

"Não temos dados sobre esses continentes. Precisamos de informações objetivas para preenchermos uma base de dados sobre polinização em nível mundial a fim de definir estratégias de conservação em cada país", avaliou Fonseca. "Também é preciso avaliar os efeitos de pesticidas no desaparecimento das abelhas em áreas agrícolas, que têm sido objeto de estudos e atuação dos órgãos regulatórios no Brasil."

Outra grande lacuna a ser preenchida é a de estudos sobre interações entre espécies de abelhas polinizadoras nativas com as espécies criadas para polinização, como as Apis mellifera L.

Um estudo internacional publicado em 2013 indicou que, quando as Apis mellifera L e as abelhas solitárias atuam em uma mesma cultura, a taxa de polinização aumenta significativamente, pois elas se evitam nas flores e mudam mais frequentemente de local de coleta de alimento, explicou Fonseca.

De acordo com a pesquisadora, uma solução para a polinização em áreas agrícolas extensas tem sido o uso de colônias de polinizadores provenientes da produção de colônias em massa, como de abelhas Bombus terrestris, criadas em larga escala e inclusive exportadas.

Em 2004, foi produzido 1 milhão de colônias dessa abelha para uso na agricultura.

Na América do Sul, o Chile foi o primeiro país a introduzir essas abelhas para polinização de frutas e verduras. Em algumas áreas onde foi introduzida, entretanto, essa espécie exótica de abelha mostrou ser invasora e ter grande capacidade de ocupar novos territórios.

"É preciso estudar mais a interação entre as espécies para identificar onde elas convivem, qual a contribuição de cada uma delas na polinização e se essa interação é positiva ou negativa", indicou Fonseca.

"Além disso, a propagação de doenças para as espécies nativas de abelhas causa preocupação e deve ser um foco da pesquisa nos próximos anos", indicou.

PROBLEMA GLOBAL De acordo com Fonseca, a avaliação intitulada Polinizadores, polinização e produção de alimentos, do IPBES, está em fase de redação e deverá ser concluída no fim de 2015.

Além de um relatório técnico, com seis capítulos de 30 páginas cada, a avaliação também deverá apresentar um texto destinado aos formuladores de políticas públicas sobre o tema, contou.

"A avaliação sobre polinização deverá contribuir para aumentar os esforços de combate ao problema do desaparecimento de espécies de polinizadores no mundo, que é urgente e tem uma relevância política e econômica muito grande, porque afeta a produção de alimentos", afirmou.

A avaliação será o primeiro diagnóstico temático realizado pelo IPBES e deverá ser disponibilizada para o público em geral em dezembro de 2015. O painel planeja produzir nos próximos anos outros levantamentos semelhantes sobre outros temas como espécies invasoras, restauração de habitats e cenários de biodiversidade no futuro.

Uma estratégia adotada para tornar os diagnósticos temáticos mais integrados foi a criação de forças-tarefa - voltadas à promoção da capacitação profissional e institucional, ao aprimoramento do processo de gerenciamento de dados e informações científicas e à integração do conhecimento tradicional indígena e das pesquisas locais aos processos científicos -, que deverão auxiliar na produção do texto final.

"O IPBES trabalha em parceria com a FAO [Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura], Unep [Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente], CBD [Convention on Biological Diversity], Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] e todos os esforços anteriores que trataram do tema de polinização", afirmou Fonseca.

A polinização foi o primeiro tópico a ser escolhido pelos países-membros da plataforma intergovernamental, entre outras razões, por ser um problema global e já existir um grande número de estudos sobre o assunto, contou Carlos Joly, coordenador do Programa FAPESP de Pesquisas em Caracterização, Conservação, Restauração e Uso Sustentável da Biodiversidade e membro do Painel Multidisciplinar de Especialistas do IPBES.

"Como já há um arcabouço muito grande de dados sobre esse tema, achamos que seria possível elaborar rapidamente uma síntese. Além disso, o tema tem um impacto global muito grande, principalmente por estar associado à produção de alimentos", avaliou Joly.

Os 75 pesquisadores participantes do projeto foram indicados pelo Painel Multidisciplinar de Especialistas do IPBES, que se baseou nas indicações recebidas dos países-membros e observadores da plataforma intergovernamental.

Dois do grupo são escolhidos para coordenar o trabalho, sendo um de um país desenvolvido e outro de uma nação em desenvolvimento.

"O convite e a seleção da professora Vera Imperatriz Fonseca como coordenadora da avaliação é reflexo da qualidade da ciência desenvolvida nessa área no Brasil e da experiência dela em trabalhar com diagnósticos nacionais", avaliou Joly. "Gostaríamos de ter mais pesquisadores brasileiros envolvidos na elaboração dos diagnósticos do IPBES.
"

10 paisagens inacreditáveis e que merecem ser preservadas

10 paisagens inacreditáveis e que merecem ser preservadas
 Outubro de 2014 • 


Existem diversas paisagens magníficas espalhadas pelo mundo a fora. O CicloVivo separou uma lista com dez dos lugares mais bonitos do planeta. As belas imagens só comprovam o quão importante é preservar o meio ambiente, para que as gerações futuras tenham a mesma oportunidade de desfrutar destas maravilhas naturais.
1. Monte Roraima
A montanha está localizada na fronteira entre Brasil, Venezuela e Guiana. A área é protegida e é um dos pontos preferidos para trilhas na América do Sul. O ponto mais alto da montanha está em território venezuelano, a 2810 metros de altitude. A região possui altos índices pluviométricos, que resultaram na formação de cavernas, e diversas espécies da fauna e flora.

Foto: Martin Gysler/Flickr
2. A rua mais bonita do mundo
A Rua Gonçalo de Carvalho está localizada em Porto Alegre e ficou conhecida como “a rua mais bonita do mundo”. A justificativa é o fato de ser praticamente um túnel de árvores em meio à capital gaúcha. São aproximadamente 500 metros de rua e mil árvores, da espécie Tipuana.

Foto: Ricardo Stricher / Prefeitura de Porto Alegre
3. Cavernas de gelo de Mendenhall
A geleira de Mendenhall está localizada no estado norte-americano do Alasca. As belas e frias paisagens da cidade de Juneau recebem anualmente 500 mil turistas, principalmente pessoas que fazem cruzeiros pelas águas geladas do hemisfério norte. O frio é recompensado com uma paisagem fora de série.

Foto: AER Wilmington DE/Flickr
4. Mina de Naica
Localizada em Chihuahua, no México, a mina é um local onde ocorre a extração de chumbo, zinco e prata. Mas, ela mais parece com o refúgio em que o Superman, Clark Kent, costuma encontrar seu pai. Os cristais de selenita são os responsáveis pela bela paisagem da mina.

Foto: Paul Williams/Flickr
5. Antelope Canyon
Este é um dos cânions mais visitados dos Estados Unidos. Localizado no Arizona, ele parece ter sido esculpido à mão. O nome original, Tsé bighánílíní, é proveniente da nação navajo, e significa: o lugar onde a água corre através das rochas.

Foto: Luca Galuzzi/Wikimedia
6. Montanhas Tianzi
Localizado dentro do Parque Nacional de Zhangjiajie, na China, a deslumbrante reserva apresenta muitas montanhas, picos, riachos com águas cristalinas, cachoeiras, fauna e flora abundante, além de várias cavernasNa parte norte do parque existe um local que permite avistar um vale arborizado, com dezenas de agulhas rochosas.

Foto: Ubik/Flickr
7. Zhangye Danxia
Esta cadeia de montanhas coloridas está localizada na China. A paisagem parece uma pintura. A justificativa para tantas cores em meio aos morros é a presença de arenito vermelho e outros minerais depositados naturalmente na região durante os últimos 24 milhões de anos.

Foto: Melinda Chan/Bing Wallpapers
8. Lake Hillier
O lago está localizado na Austrália e o seu principal diferencial é ter águas na cor rosa. O mesmo acontece em outros quatro lagos do país. O Hillier está em meio a um arquipélago e sua água mantém a coloração rosada mesmo quando colocada em algum recipiente.

Foto: Australia.com
9. Salar de Uyuni
Localizado na Bolívia, este é o maior deserto de sal do mundo. Estima-se que lá estejam depositados dez bilhões de toneladas de sal. O Salar de Uyuni também é considerado o maior espelho do mundo.

Foto: Luca Galuzzi/Wikimedia
10. Túnel do amor
O túnel do amor nada mais é que uma ferrovia construída no meio de uma floresta na Ucrânia. O espaço utilizado para a passagem dos trens é a única brecha em meio às árvores, tornando o local um túnel perfeito para caminhadas românticas. Ele possui 1,8 quilômetros de extensão e não se assemelha a nenhuma outra rota ferroviária no continente europeu.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

Mais de mil voluntários participam da 12ª edição do programa Pampulha Viva

Mais de mil voluntários participam da 12ª edição do programa Pampulha Viva
Publicado em 06/10/2014 14:32:55


foto Jamir Nunes

Em comemoração ao Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias, o programa Pampulha Viva reuniu, em sua 12ª edição, mais de mil voluntários, que se espalharam por 14 pontos ao longo da orla da Lagoa da Pampulha para coleta simbólica de lixo e resíduos. O evento, coordenado pelos núcleos Manuelzão, Cascatinha, Brejinho e Engenho Nogueira, teve o apoio da Prefeitura de Belo Horizonte, além de outras empresas parceiras.

Por se tratar de uma ação de responsabilidade social, mobilização e educação ambiental na bacia hidrográfica da Pampulha, estudantes de escolas municipais de Contagem e de Belo Horizonte fizeram a coleta de resíduos em 14 pontos da orla previamente definidos. Munidos de luvas e sacos plásticos, os estudantes foram auxiliados por uma equipe de 48 garis, responsáveis por coletar os resíduos cortantes, pesados e volumosos. A Gerência de Limpeza Urbana da Regional Pampulha ficou responsável pela pesagem do lixo e destinação dos resíduos ensacados para serem reciclados. Além da coleta, outras atividades foram programadas para entreter o público. A Superintendência de Limpeza Urbana promoveu a oficina de garrafas pet para hortas suspensas. O Centro de Educação Ambiental/Propam trabalhou a oficina de bilboquê, feita com garrafas pet.

Os resíduos mais encontrados foram coco verde, garrafas pet, sacolas plásticas, garrafas de vidro e embalagens de alimentos, um total de 370 quilos. Gerente de Varrição e Serviços Complementares Pampulha, Jamir Nunes Coelho destacou a responsabilidade de todos na preservação do ambiente. "É necessário despertar tanto população quanto poder público sobre a importância de manter nossos recursos hídricos livres de poluição. É dever e obrigação de cada cidadão proteger o meio ambiente. Cada um pode fazer sua parte. Não jogar lixo na rua e nos cursos d'água contribui para preservar a lagoa", disse.

O Dia Mundial de Limpeza de Rios e Praias foi criado pela fundação australiana Clean Up the World, em parceria com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente. De acordo com Nirma Damas, membro do Núcleo Integrado Cascatinha, Brejinho e Engenho Nogueira, a iniciativa é importante para que as pessoas observem a grande quantidade de lixo que é jogada não apenas ao redor da lagoa, mas também pelas ruas da cidade, causando entupimento dos bueiros e, consequentemente, inundações. “A intenção é contribuir para sensibilizar e incentivar a população para que não haja despejo de resíduos fora das lixeiras, reforçando que um ambiente melhor depende, principalmente, de atitudes individuais”, comentou.

Plantio de florestas é estratégia de enfrentamento do aquecimento global

Plantio de florestas é estratégia de enfrentamento do aquecimento global
Em um artigo publicado na seção de opinião do jornal norte-americano The New York Times, em 19 de setembro, Nadine Unger, professora da Yale University, afirmou serem fracas as evidências científicas sobre os benefícios proporcionados pelo reflorestamento e pela redução do desmatamento na mitigação das mudanças climáticas.

texto causou forte reação na comunidade científica. No dia 22 de setembro, um grupo formado por 31 pesquisadores – vários deles membros do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da Organização das Nações Unidas (ONU) – divulgou uma carta aberta na qual discordam veementemente das declarações feitas por Unger.
Uma versão resumida do texto foi publicada na seção de opinião do The New York Times no dia 23 de setembro, mesma data em que começou em Nova York a Cúpula da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o Clima.

Na carta resposta, o grupo de cientistas contesta a afirmação de Unger, de que estaria incorreta a “sabedoria convencional” segundo a qual o plantio de árvores auxilia no combate ao aquecimento global. Na avaliação dela, a medida poderia até mesmo agravar o problema climático.

De acordo com os cientistas, as florestas promovem um efeito de resfriamento do clima porque armazenam vastas quantidades de carbono em troncos, galhos, folhas e são capazes de manter esse elemento químico fora da atmosfera enquanto permanecerem intactas e saudáveis.

Segundo o grupo, as florestas também resfriam a atmosfera porque convertem a energia solar em vapor d’água, o que aumenta a refletividade da radiação solar por meio da formação de nuvens, fato negligenciado no trabalho de Unger. Concordam, em parte, com a afirmação da professora de Química Atmosférica em Yale, de que “as cores escuras das árvores absorvem maior quantidade de energia solar e aumentam a temperatura da superfície terrestre".

Unger afirmou que plantar árvores nos trópicos poderia promover o resfriamento, mas em regiões mais frias causaria aquecimento.

“Ela (Unger) aponta corretamente que florestas refletem menos energia solar do que a neve, as pedras, as pastagens ou o solo, mas ignora o efeito das florestas de aumentar a refletividade do céu acima da terra, por meio das nuvens. Esse efeito é maior nos trópicos”, afirmaram os cientistas.

Unger disse não haver consenso científico em relação aos impactos da mudança de uso da terra promovida pela expansão da agricultura e se o desmatamento resultante teria contribuído para esfriar ou aquecer o planeta.

“Não podemos prever com certeza que o reflorestamento em larga escala ajudaria a controlar as temperaturas em elevação”, disse ela. Argumentos semelhantes já haviam sido apresentados pela cientista em artigo publicado em agosto na Nature Climate Change.

Ainda segundo Unger, os compostos orgânicos voláteis (VOCs, na sigla em inglês) emitidos pelas árvores em resposta a estressores ambientais interagem com poluentes oriundos da queima de combustíveis fósseis aumentando a produção de gases-estufa como metano e ozônio.

Por último, a cientista de Yale afirmou que o carbono sequestrado pelas árvores durante seu crescimento retorna à atmosfera quando elas morrem e que o oxigênio produzido durante a fotossíntese é consumido pela vegetação durante a respiração noturna. “A Amazônia é um sistema fechado que consome seu próprio carbono e oxigênio”, argumentou.

Benefícios indiscutíveis

A carta resposta divulgada pelos cientistas ressalta que os próprios estudos de Unger mostraram que qualquer potencial efeito de resfriamento promovido pela redução das emissões de compostos orgânicos voláteis resultante do corte de árvores seria superado pelo efeito de aquecimento promovido pelas emissões de carbono causadas pelo desmatamento.

“Esta semana, as negociações das Nações Unidas sobre o clima abordam a importância de dar continuidade aos esforços para frear a degradação das florestas tropicais, que são uma contribuição essencial e barata para a mitigação das mudanças climáticas. A base científica para essa importante peça da solução do problema climático é sólida. Nós discordamos fortemente da mensagem central da professora Unger. Concordamos, no entanto, com a afirmação feita por ela de que as florestas oferecem benefícios indiscutíveis para a biodiversidade”, concluem os cientistas.

O grupo de autores é liderado por Daniel Nepstad, diretor executivo do Earth Innovation Institute, dos Estados Unidos, um dos fundadores do Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam) e um dos autores do quinto relatório divulgado pelo IPCC.

Também fazem parte do grupo Reynaldo Victoria, professor da Universidade de São Paulo (USP) e membro da coordenação do Programa FAPESP de Pesquisa sobre Mudanças Climáticas Globais, e Paulo Artaxo, professor da USP e um dos autores do quinto relatório do IPCC.

“O artigo divulgado por Unger na revista Nature Climate Change tem erros elementares e não leva em conta aspectos fundamentais, como a importância das florestas tropicais na formação de nuvens, que altera a refletividade da superfície e também atua no controle do ciclo hidrológico”, disse Artaxo à Agência FAPESP.

“Esse episódio mostra como a ciência, quando negligencia aspectos importantes, pode ser muito prejudicial do ponto de vista de políticas públicas. Reflorestamento e redução do desmatamento são umas das melhores estratégias de redução dos efeitos do aquecimento global”, afirmou.

Fonte:

Karina Toledo
Agência FAPESP
08/10/2014

“Carros autônomos chegarão às ruas dentro de 5 anos”

“Carros autônomos chegarão às ruas dentro de 5 anos”, diz Google


Uma resolução do Departamento de Veículos Automotores (DMV) da Califórnia determinou a obrigatoriedade de mecanismos de controle de direção tradicionais em carros autônomos – quando foi concebido, o carro inteligente da Google sequer contava com volante ou pedais. Mas a que se deve tamanha insegurança no que tange à popularização de veículos com tecnologia de locomoção que dispensam as habilidades de motoristas?
Fato é que, apesar de já ter percorrido milhares de quilômetros de forma segura, o carro autônomo da Google deverá chegar ao mercado somente daqui a, no mínimo, cinco anos. Quem faz a previsão é Chris Urmson, diretor do projeto da Gigante das Buscas. E a falta de estrutura adequada à circulação dos automóveis (como estradas bem pavimentadas) não é o único desafio que as fabricantes deverão enfrentar.
“Algumas preparações devem ser primeiramente feitas, tais como mapeamento de pistas e de calçadas – o que determina a rota exata que deverá ser percorrida pelos carros. Dados específicos sobre cada passo que o veículo irá dar devem ser coletados tanto por computadores quanto por humanos. Se uma luz de parada de emergência aparecer no meio da noite, por exemplo, nosso carro não saberia obedecê-la”, comenta o executivo.
Mas desviar de obstáculos de forma ágil e saber identificar uma luz de parada de emergência em plena madrugada não são os únicos desafios que a Google enfrenta. Conheça outros limitadores listados por Urmson e entenda, assim, os motivos que truncam o lançamento de carros completamente autônomos:
Tempo: os carros autônomos da atualidade não são capazes de encarar más condições de tempo, tais como chuvas fortes ou nevascas.
Agentes fiscalizadores: a abordagem policial não é possível junto aos carros inteligentes: se um órgão de fiscalização emitir um sinal para a parada do veículo, o automotor continuará seguindo em frente.
Obstáculos: ajustes devem ainda ser feitos sobre os sensores de obstáculos: “nosso carro ainda não consegue diferenciar uma pedra de um pedaço de papel”. Bueiros abertos e demais adversidades, desta forma, são ignoradas pelo veículo.
Congestionamentos: em locais congestionados ou que exigem atenção maior por parte de motoristas (como os arredores de construções), algumas dificuldades de navegação são enfrentadas por veículos inteligentes.