sexta-feira, 8 de agosto de 2014

A casa sustentável: o futuro que já chegou

A casa sustentável: o futuro que já chegouSuzana Camargo - 07/2014 

casa honda
Aquecimento global e mudanças climáticas são termos que deixaram de fazer parte somente da conversa de cientistas. Hoje estão integrados no nosso dia a dia. Sabemos que para enfrentar a transformação que o planeta vem sofrendo, precisamos nos adaptar e viver de forma diferente.
Para atender esta demanda, pesquisadores da Universidade da California Davis (UC Davis), a fabricante de veículos Honda e uma equipe de arquitetos e engenheiros criou a Honda Smart Home, a casa com emissão de carbono zero.
A construção foi erguida na cidade universitária de Davis, a cerca de 25 quilômetros de Sacramento. Tem 180 m2, com três quartos e dois banheiros. No total, o projeto levou dois anos para ser concluído.
A concepção da planta partiu da técnica conhecida como passive design. Ao estudar o movimento da rotação da Terra e, consequentemente, a direção dos raios do sol nas diferentes épocas do ano sobre o terreno onde a casa iria ser construída, os arquitetos projetaram a planta, que utiliza da melhor forma possível a luz solar. Com isso, reduziu-se a necessidade do uso de aquecimento ou ar-condicionado.
casa honda - luz naturalMáximo uso da luz natural para economizar energia
Desta maneira, durante o verão, o telhado da casa bloqueia mais o sol e mantem o ambiente fresco e no inverno possibilita o maior uso de calor natural. “É fundamental otimizar a colocação de janelas, portas e escadas ao projetar um ambiente eficiente energeticamente”, explica Michael Koenig, líder do projeto.
A mesma lógica do ciclo natural – dia versus noite, foi utilizada para a iluminação, que respeita e acompanha o ritmo e o relógio biológico dos moradores. Lâmpadas LED – cinco vezes mais eficientes que as tradicionais, se revezam automaticamente com tons mais quentes nas primeiras horas da manhã, tornando-se mais frias durante a tarde e mudando para um tom mais azulado e calmante à noite, para que os moradores possam relaxar e ter uma boa noite de sono.
casa honda - iluminaçãoIluminação LED digital muda os tons conforme passam as horas do dia
O telhado de metal – mais durável e reciclável – recebeu uma centena de paineis solares. Toda a madeira utilizada para erguer o “esqueleto “ da casa é certificada. No piso, concreto polido, que além de durar mais e ser fácil de limpar, acumula menos poeira e provoca menos alergias respiratórias.
A água da chuva e das tempestades que cai do telhado, escorre através de calhas em pequenas rochas no quintal. À medida que a água penetra na terra, a poluição é naturalmente filtrada pelo solo. Além disso, as plantas escolhidas para o jardim são nativas da região e praticamente não precisam ser regadas. Quando isso se faz necessário, é utilizada água de reuso purificada, proveniente de pias, vasos sanitários e máquina de lavar.
casa honda jardimPlantas nativas e água de reuso no jardim
Um dos pontos mais impressionantes do projeto é que através do uso inteligente de recursos naturais – sol, vento e água, a casa produz mais energia do que consome. No subsolo, foram instaladas bombas de energia geotérmica. O sistema de aquecimento e resfriamento distribui esta energia uniformemente através da  circulação de água, feita por uma rede de tubos instalados nos pisos, paredes e tetos.
Na garagem, uma bateria de lítio de 10kWh armazena energia solar para que ela possa ser usada à noite, quando normalmente ocorre o pico da demanda doméstica e veículos elétricos são geralmente recarregados.
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O mais bacana é que projeto sustentável foi feito para ser disseminado. No site da Honda Smart Home é possível fazer download de todas as plantas da casa inteligente e saber mais sobre os materiais empregados. “Nossa intenção é que todas as pessoas conheçam nosso projeto e de alguma maneira possam aplicar alguma coisa em suas casas”, revela Koenig.
Mas o americano ressalta que governos devem estimular aqueles que investem em construções sustentáveis. “Deve haver algum incentivo financeiro, redução nas contas ou ainda, que seja criado um mercado de compra e venda de energia para estes tipos de casas”.
A casa do futuro já existe. Agora precisamos colocar em prática o mercado regulado pela economia verde.

Fotosdivulgação

quinta-feira, 7 de agosto de 2014

AUDIÊNCIA PÚBLICA DO EIVE:Resolução CMMAU:Procedimentos para realização da Audiência Pública do EIV/RIV

Dia 13 de agosto ,temos mais uma audiência pública,para análise de projeto de loteamento na grande Penha.
PARTICIPE !
REGULAMENTO APROVADO PELO CONSELHO DE MEIO AMBIENTE E URBANISMO,PARA REALIZAÇÃO DAS AUDIENCIAS PÚBLICAS PARA DISCUSSÃO DO EIVE/RIV.


O Secretário Municipal de Meio Ambiente, Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo

Resolução CMMAU 04/2013
                                      
                              Estabelece procedimentos para a realização da audiência pública do EIV/RIV,com base no art. 204 da Lei 7972/2008.



O CONSELHO MUNICIPAL DE MEIO AMBIENTE E URBANISMO DO MUNICIPIO DE CAMPOS DOS GOYTAXCAZES/RJ, no uso de suas atribuições legais RESOLVE:


Art.1 º. O empreendedor ao fazer a entrega do Estudo de Impacto de Vizinhança (EIV) e o respectivo Relatório de Impacto e Vizinhança (RIV) à equipe multidisciplinar, deverá também apresentar um relatório síntese do Estudo, elaborado de forma objetiva e adequada à sua compreensão e as informações devem ser traduzidas em linguagem acessível, ilustrado por mapas, cartas, quadros, gráficos e demais técnicas de comunicação visual, de modo que se possa entender o empreendimento, bem como as conseqüências sobre o espaço urbano.

§1º- A Equipe Multidisciplinar instituída pelo Decreto 253/2009, tem como objetivo principal estabelecer o termo de referência e a respectiva instrução do EIV/RIV, tendo a seguinte composição de órgãos.

1-  Secretaria Municipal de Meio Ambiente;
2-  Secretaria Municipal de Obras Infra-estrutura e urbanismo;
3-  Instituto municipal de tráfego e transporte;
4-  Empresa Municipal de Habitação e Saneamento.
5-  Cidac.


§2º- O Estudo de Impacto de Vizinhança deverá ser entregue em três volumes impressos e três cópias em arquivo digital à Equipe Multidisciplinar, contendo todos os mapas, documentos, planilhas eletrônicas, apresentações e demais elementos contidos no EIV.

Art.2° - Após o recebimento do EIV, a Equipe Multidisciplinar instituída pelo Decreto n.º 253/2009 e sob coordenação da Secretaria Municipal de Obras, Urbanismo e infra-estrutura terá o prazo máximo de 20 (vinte) dias úteis para efetuar uma análise prévia do Estudo e encaminhar ao empreendedor, caso necessário, dúvidas e questionamentos referentes ao conteúdo do EIV.
§ 1º. - A resposta aos questionamentos deverá ser encaminhada à Equipe Multidisciplinar, pelo empreendedor, no prazo máximo de 45 dias úteis, sob pena de arquivamento do processo.
Art. 3° - Poderão ser efetuados questionamentos referentes a cada EIV, por no máximo três vezes.
§ 1º. Após a terceira emissão de questionamentos, caso as exigências não venham a ser atendidas, o EIV será indeferido.
§ 2º. O interessado poderá recorrer a Secretaria de Obras, Urbanismo e Infra-estrutura contra o indeferimento, mediante justificativa fundamentada, no prazo máximo de 20 dias.
Art. 4º- Cumpridas as exigências, a equipe multidisciplinar do EIV/RIV terá o prazo máximo de 30 (trinta) dias úteis para a análise fundamentada do EIV.
 Art. 5 º- Após analise fundamentada a equipe multidisciplinar enviara o EIV/RIV com o parecer conclusivo para o Presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (CMMAU) na forma de ofício.
Art. 6 ° Após receber o parecer enviado pela Equipe Multidisciplinar o Presidente do Conselho Municipal de meio ambiente- CMMAU terá 30 (trinta) dias marcação da Audiência Publica para apresentação do EIV por parte do empreendedor.
§ 1° O empreendedor será notificado por e-mail, por escrito e/ou via telefone sobre a marcação da data de apresentação do estudo.
§ 2° O empreendedor terá 07 (sete) dias para manifestar se sobre a data de apresentação marcada pelo CMMAU.
Art.7° - O Presidente do Conselho de Meio Ambiente e Urbanismo, disponibilizará o EIV/RIV na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente - Coordenação de Licenciamento Ambiental - para consultas e manifestações pelo prazo máximo de 14 (quatorze) dias, contados a partir da convocação da audiência pública no Diário Oficial do Município. 
Parágrafo único- Todas as manifestações e comentários deverão serem apresentados por escritos e protocolados na sede da Secretaria Municipal de Meio Ambiente até as 12 horas do dia útil anterior a realização da audiência pública. 
Art. 8 º- A audiência pública será aberta pelo Presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo.
Parágrafo único- O Secretário Executivo do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo ou o Coordenador (a) da audiência pública divulgará o escopo da audiência e os seus procedimentos. 
Art.9º- Será facultado a Secretaria Municipal de Obras, Urbanismo e Infra- estrutura expor em um prazo de até quinze minutos, de forma sucinta aspectos relevantes do processo administrativo referente ao Licenciamento do empreendimento em análise.  
Art.10 - Os proponentes do projeto e seu consultor deverá em ate 60 (sessenta) minutos expor aos presentes o conteúdo do produto em analise, seu EIV/RIV e suas conclusões.
Art.11- O Secretário Executivo do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo ou o Coordenador (a) da audiência pública poderá formular observações sobre o conteúdo do produto em analise e respectiva conclusões em até 15 (quinze) minutos, assegurada a réplica ao proponente do projeto e seu consultor com posterior tréplica  do secretário executivo do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo ou o Coordenador (a) da audiência pública.
Art.12- Será dada palavra aqueles tempestivamente tiverem apresentados na Secretaria Municipal de Meio Ambiente manifestações e comentários escritos ao EIV/RIV por ordem cronológica de apresentação, em até três minutos para cada manifestação, assegurada a réplica ao secretário executivo do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo ou o coordenador (a) da Audiência Pública e ao proponente do projeto e seu consultor, bem como a tréplica ao apresentante dos comentários escritos.
Parágrafo único- As manifestações deverão cingir-se aos comentários escritos apresentados a Secretaria de Meio Ambiente no prazo de manifestações ou comentários.
Art.13- Qualquer pessoa poderá, durante 3 (três) minutos e oralmente, tecer comentários ao EIV/RIV, apresentado, mediante inscrição prévia, na Secretaria da Audiência, assegurada  a réplica ao Secretário Executivo do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo ou o coordenador (a) da Audiência Pública e ao proponente ao projeto e seu consultor, com posterior tréplica da pessoa que efetuou os comentários orais.
Parágrafo único- As inscrições para os comentários orais, estarão abertas desde o inicio da Audiência Pública, encerrando-se 5 (cinco) minutos após o termino da apresentação do RIV.
Art.14- Não será permitida cedência de tempo e nem apartes em qualquer etapa da audiência.
Art.15- A audiência pública poderá ter o encerramento prorrogado ou antecipado, bem como suspensos os seus trabalhos, a critério do secretário executivo do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo ou o coordenador (a) da Audiência Pública,ouvidos o Secretário de Obras e Secretário de Meio Ambiente e Urbanismo e o proponente do projeto.
Art.16- Deverá ser lavrada uma ata sucinta, sendo anexados a esta todos os documentos escritos e assinados que forem entregues ao coordenador da Audiência durante a realização da mesma. 

Campos dos Goytacazes, 03 de dezembro de 2013.






Mudanças Climáticas

O conteúdo do Instituto CarbonoBrasil possui direitos reservados, porém é liberado para organizações sem fins lucrativos desde que seja citada a fonte e incluída a URL para o portal. Em caso de dúvida, entre em contato. http://www.institutocarbonobrasil.org.br/#mudancas_climaticas#ixzz37RWHsHlJ

Mudanças Climáticas

Verões mais quentes e invernos mais rigorosos, maior número de enchentes, secas e incêndios florestais, aumento da intensidade e freqüência de tempestades e furacões, derretimento de geleiras e calotas polares e elevação do nível do mar são algumas das conseqüências das mudanças climáticas previstas pelo Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC - Intergovernamental Pannel on Climate Change) caso a temperatura do planeta continue subindo.

Estudos científicos comprovaram um aumento de 0,8ºC na temperatura média da Terra no último século, passando de aproximadamente 13,8ºC para 14,6ºC. Segundo os 2,5 mil cientistas do IPCC, o aquecimento global seria "muito provavelmente" causado pelo excesso dos chamados gases do efeito estufa lançados pelas atividades humanas na atmosfera desde 1750 e que, agora, ultrapassam “em muito” os valores pré-industriais.

Os três principais gases do efeito estufa são o dióxido de carbono (CO2), o metano (CH4) e o óxido nitroso (N2O).

A partir da revolução industrial, no século 18, as fábricas passaram a substituir a energia do vapor pela queima do carvão, que libera CO2. Com a descoberta do petróleo mais dióxido de carbono foi lançado para atmosfera, pois a queima de seus derivados, como a gasolina, também emite esse gás.

Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), desde o começo da era industrial, em 1750, a concentração média de CO2 teria aumentado 41%, a de CH4, 160%, e a do N2O, 20%.

“O aquecimento do sistema climático é inequívoco, como está agora evidente nas observações do aumento das temperaturas médias globais do ar e do oceano, do derretimento generalizado da neve e do gelo e da elevação do nível global médio do mar”, declararam os cientistas no quarto Relatório de Avaliação do IPCC, publicado em 2007.

Segundo o IPCC, os aumentos globais da concentração de CO2 se devem principalmente ao uso de combustíveis fósseis e à mudança no uso da terra. Já os aumentos da concentração de CH4 e N2O são devidos principalmente ao agronegócio.

O IPCC é a autoridade científica das Nações Unidas responsável pelas informações oficiais sobre o aquecimento global. A entidade reúne centenas de cientistas atmosféricos, oceanógrafos, especialistas em gelo, economistas, sociólogos e outros especialistas que avaliam e resumem os principais dados sobre mudanças climáticas. Durante a sua história, o IPCC publicou quatro "relatórios de avaliação".

O que o Brasil está fazendo?
(Fonte: IPAM)

No dia 9 de dezembro de 2010, o Brasil deu um importante passo com a assinatura do Decreto Nº 7.390, que regulamenta a Política Nacional de Mudança do Clima, que indica uma meta de corte de emissões entre 36,1% e 38,9%, com base numa projeção para o ano de 2020. Segundo esse documento, as emissões totais projetadas para 2020 no Brasil serão de 3.236 milhões de toneladas de CO2eq, compostas pelos seguintes setores:

I - Mudança de Uso da Terra: 1.404 milhões de t de CO2eq;

II - Energia: 868 milhões de t de CO2eq;

III - Agropecuária: 730 milhões de t de CO2eq; e

IV - Processos Industriais e Tratamento de Resíduos: 234 milhões de t de CO2eq.

O Decreto detalha o caminho que o Brasil pretende trilhar para atingir suas metas de redução de emissões de gases de efeito estufa para o ano de 2020 através do estabelecimento de metas setoriais de redução de emissão.

As ações elencadas para que se atinja esta meta são:

I - Redução de 80% dos índices anuais de desmatamento na Amazônia Legal em relação à média verificada entre os anos de 1996 a 2005;

II - redução de 40% dos índices anuais de desmatamento no Bioma Cerrado em relação à média verificada entre os anos de 1999 a 2008;

III - expansão da oferta hidrelétrica, da oferta de fontes alternativas renováveis, notadamente centrais eólicas, pequenas centrais hidrelétricas e bioeletricidade, da oferta de biocombustíveis e incremento da eficiência energética;

IV - recuperação de 15 milhões de hectares de pastagens degradadas;

V - ampliação do sistema de integração lavoura-pecuária-floresta em 4 milhões de hectares;

VI - expansão da prática de plantio direto na palha em 8 milhões de hectares;

VII - expansão da fixação biológica de nitrogênio em 5,5 milhões de hectares de áreas de cultivo, em substituição ao uso de fertilizantes nitrogenados;

VIII - expansão do plantio de florestas em 3 milhões de hectares;

IX - ampliação do uso de tecnologias para tratamento de 4,4 milhões de m3 de dejetos de animais; e

X - incremento da utilização na siderurgia do carvão vegetal originário de florestas plantadas e melhoria na eficiência do processo de carbonização.

Outras metas serão construídas até novembro de 2011 para aqueles setores que não foram citados no decreto.

No âmbito das negociações internacionais, essas iniciativas são classificadas como NAMAs (Nationally appropriate mitigation actions, ou Ações de Mitigação Nacionalmente Apropriadas), que representam um conjunto de ações com o objetivo de reduzir os gases de efeito estufa de um país nacionalmente e que estão em discussão no âmbito da Convenção do Clima (UNFCCC).

O Brasil foi o pioneiro dentre os países do bloco não Anexo I do Protocolo de Quioto a assumir metas de redução de emissões, mesmo sem ter compromissos obrigatórios de redução. Após o anúncio do Brasil, outros países que também fazem parte desse bloco, como Indonésia, Índia, África do Sul e China também declararam suas metas voluntárias de redução das emissões até o ano 2020.

Em junho de 2013, dados divulgados pelo governo federal apontaram para uma queda na liberação de  gases do efeito estufa, sendo que o país já teria atingindo 62% da sua meta de redução. O ministro da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), Marco Antonio Raupp, declarou que entre 2005 e 2010 houve redução de 38,7% de CO2 equivalente nas áreas de energia, indústria, agropecuária e resíduos.

Nas estimativas, as emissões geradas pelo setor agropecuário aparecem com um aumento de 5,2% de 2005 a 2010. O percentual, no entanto, representa um ritmo abaixo do verificado na década anterior. Já o setor de energia foi responsável pela maior taxa de crescimento entre 2005 e 2010 – 21,4% –, mantendo o ritmo da década anterior, quando ampliou seus valores em quase 42%. No período analisado, as emissões de processos industriais aumentaram praticamente na mesma proporção que as do setor agropecuário: 5,3%.
O tratamento de resíduos ampliou seus números em 16,4% de 2005 a 2010. “Embora seja observado um aumento, é importante lembrar que o setor ainda representa somente 4% das emissões”, ressaltou a diretora de Políticas e Programas Temáticos do MCTI, Mercedes Bustamante. “Além disso, a estimativa se refere ao ano de 2010, e é provável que a gente tenha na próxima edição do relatório algum impacto da Política Nacional de Resíduos Sólidos.”

Ao longo de 2013, o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas, organismo científico criado pelo governo federal em 2009, publicou três estudos sobre os impactos do aquecimento global no Brasil. 
O primeiro volume do relatório, que avalia os aspectos científicos do sistema climático e suas mudanças, alerta que as projeções, de forma geral, mostram que haverá alta nas temperaturas do país no decorrer do século, diminuição das chuvas no Norte e Nordeste e aumento de chuva no Sul e Sudeste. Veja na figura ao lado as Áreas do Brasil mais suscetíveis às mudanças climáticas segundo o índice misto para
medir a vulnerabilidade socioclimática de uma região (SCVI). Áreas mais suscetíveis às alterações do clima estão em vermelho, correspondendo às áreas de maior densidade populacional. 

Em outubro, a segunda parte do relatório - que avaliou a vulnerabilidade dos sistemas natural e sócio-econômico, as consequências positivas e negativas das mudanças climáticas, e as opções de adaptação a elas - apontou que a agricultura deve ser o setor da economia mais afetado pelas mudanças climáticas ao longo do século 21. 

O terceiro documento, focado nas opções para mitigação das mudanças climáticas, traz propostas de redução da emissão de gases poluentes nos setores de energia, indústria, transporte, edificações, agropecuária e uso da terra. A publicação mostra que o Brasil, em 2010, reduziu as emissões para 1,25 bilhão de toneladas de dióxido de carbono (CO2), em comparação com as emissões de 2,03 bilhões de toneladas em 2005 por causa do êxito no combate ao desmatamento.  As liberações de dióxido de carbono no Brasil passaram, a partir de 2010, a serem determinadas pelos setores de energia, por causa da queima de combustíveis fósseis, e da agropecuária. 

Uma ferramenta muito interessante sobre o cenário brasileiro das emissões em cinco setores - Agropecuária, Energia, Mudanças de Uso da Terra, Processos Industriais e Resíduos (Veja a figura abaixo) - , o 
Sistema de Estimativa de Emissões de Gases de Efeito Estufa, foi lançada pelo Observatório do Clima em novmebro de 2013.

A intenção é que o sistema seja continuamente atualizado, se consolidando assim como uma importante fonte de informação para legisladores, jornalistas, especialistas e interessados em geral.


CONVITE ABERTO:REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA DE ESTUDOS DE IMPACTO DE VIZINHANÇA


REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA

O Presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Zacarias Albuquerque Oliveira, no uso de suas atribuições legais e regimentais, convida os membros do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo e público em geral para Audiência Pública, 

a ser realizada no dia 13 de agosto, às 15h, no auditório da Secretaria Municipal de Educação,


 referente à apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV, pela empresa MIRANDA FERNANDES EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS LTDA – Loteamento Vivenda Dos Coqueiros IV. A área do empreendimento está localizada no Jockey Club, ao lado dos Vivendas dos Coqueiros III. 

 Estará disponível para consulta prévia, cópia impressa e digital do referido EIV, na Coordenação de Licenciamento Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, entre os dias 25/07/2014 e 11/08/2014. O munícipe e/ou conselheiro interessado poderá obter cópia digital do EIV mediante a entrega de um CD.





Garotinho: “Sou ficha limpa e meu registro foi deferido”

Em sessão realizada na noite de hoje (04) o Tribunal Regional Eleitoral (TRE) deferiu o registro de candidatura do deputado federal Anthony Garotinho (PR), que tenta voltar ao governo do estado. Em seu blog, ele comemorou e garantiu que é ficha limpa. “O TRE acaba de deferir o meu registro de candidato ao governo estadual. Sem nenhuma pendência ou exigência, o registro deferido acaba com as invenções e mentiras das ‘viúvas de Cabral e Pezão’, que passaram o dia espalhando que minha candidatura seria vetada. Se alguém tinha a mínima dúvida agora está claro, sou ficha limpa, candidato ao governo do Estado com registro deferido pelo TRE, e vamos junto com o povo para a vitória!”, postou o candidato. 
Em seu blog “Na Curva do Rio” (aqui), a jornalista Suzy Monteiro postou nota sobre a decisão do TRE, que havia sido repercutida no Facebook pelo presidente do PR em Campos, Wladimir Garotinho.
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quarta-feira, 6 de agosto de 2014

Deserto encantado

Deserto encantado

Vento e chuvas esculpiram a paisagem dos Lençóis Maranhenses. Mas esse parque enfrenta problemas

por Ronaldo Ribeiro
     
George Steinmetz

Maranhão: paisagem de dunas e lagoas

O vento e a água esculpiram um improvável mundo de dunas e lagoas na costa do Maranhão. É como uma miragem, mas é real
No litoral do Maranhão, no Nordeste do Brasil, as dunas têm formato de lua crescente e, vistas do céu, lembram lençóis brancos expostos para secar sob o sol em tarde de ventania. É uma terra mágica, onde cardumes de peixes prateados nadam em lagoas que se formam depois das chuvas, pastores conduzem rebanhos de cabras sobre montanhas de areia branca, em caravanas bíblicas, e pescadores saem para enfrentar o mar tempestuoso sob a orientação das estrelas e de fantasmas de velhos naufrágios.
"A sensação é a de estar numa espécie de mundo paralelo, onde elementos distintos da natureza se encontram, com montanhas de areia e lagoas, rios e oásis de vegetação, tendo o mar como moldura ao fundo", descreve a analista ambiental Carolina Alvite, ex-diretora do Parque Nacional dos Lençóis Maranhenses, uma área de 155 mil hectares demarcada em 1981 para proteger o ecossistema das dunas e a vegetação de restinga no entorno. No coração do deserto, aos olhos de forasteiros entorpecidos pelo verde ou azul intenso das lagoas, a sensação é a de que o mar das Bahamas ou das Maldivas foi, num passe de mágica, transportado para o meio do Saara.
Este é um deserto onde as miragens são reais.
Há 27 anos, o geógrafo Antônio Cordeiro Feitosa, professor da Universidade Federal do Maranhão, tenta entender a singular dinâmica dos Lençóis, caminhando pelas areias com seus alunos, medindo a direção e a velocidade do vento, a temperatura e a umidade do ar e da superfície do solo. As dunas fixas mais antigas, descobriram os pesquisadores, foram formadas até 12 mil anos atrás, e nos contam histórias de oscilações climáticas em que períodos mais secos foram intercalados por outros mais úmidos. "Os Lençóis são, acima de tudo, um palco de processos sedimentares raros e intensos, pelos quais a paisagem é transformada radicalmente por rigorosos ciclos sazonais", conta Cordeiro.
Todas as respostas vêm da água. A própria areia vem da água. A marcha de acontecimentos naturais que alimenta o cenário insólito começa quase 100 quilômetros a leste, no delta do rio Parnaíba, cujo leito caudaloso carrega para o mar muita areia e argila desde o interior do continente - outros rios, como o Preguiças, são coadjuvantes no mesmo trabalho. Essa massa de sedimentos é depois empurrada por correntes marinhas que fluem no sentido leste-oeste, e a maior parte dela acaba depositada nos 70 quilômetros da orla dos Lençóis, na área do parque nacional. Aqui, assim como em uma vasta faixa de costa no norte do Brasil, as marés são altas, vão a 7 ou 8 metros, e desenham praias muito largas e planas. Entra em ação a seguir um vento que sopra sem trégua na direção nordeste, sobretudo na estação seca, entre julho e dezembro, e se encarrega de conduzir a areia de volta ao interior por uma distância de quase 50 quilômetros, esculpindo dunas a perder de vista, cujas maiores podem alcançar 40 metros de altura. Grande parte delas é de um tipo conhecido como barcana, em formato de meia-lua, em que a parte convexa é sempre voltada para o vento.
Seria um deserto típico, arenoso e estéril, de horizontes amplos e luzes ofuscantes, mas então chove, e muito. A cada ano, entre janeiro e junho, a região recebe cerca de 125 centímetros de chuva, ao passo que, por definição científica, desertos têm precipitações que não superam 25 centímetros por ano. Um subsolo argiloso facilita a retenção da umidade e, em alguns lugares, o desenvolvimento de vegetação perene - há dois oásis habitados no interior dos Lençóis. Quando as areias ficam saturadas, liberam água para o lençol freático. Como a argila não permite a percolação da água para zonas mais profundas, a drenagem ocorre horizontalmente para aflorar em depressões entre as dunas, formando as la-goas. Algumas têm mais de 90 metros de comprimento e até 3 metros de profundidade. No início de julho, época em que estão mais cheios, esses corpos d’água chegam a interligar-se entre eles e com alguns rios que avançam pelas dunas, como o Negro. Com isso, os peixes podem migrar para as lagoas, onde se alimentam de outros peixes ou de larvas de insetos depositadas na areia. Certas espécies, como a traíra, passam toda a estação seca dormentes na lama, só despertando quando recomeçam as chuvas. Na seca, com a evaporação causada pelo calor equatorial, a água pode baixar 1 metro por mês, até que a maioria das lagoas seca completamente, à espera da volta das águas. "Na verdade, pelos critérios técnicos mais rigorosos, os Lençóis não são uma região desértica", diz Cordeiro.
Tal como as dunas e as lagoas, a gente dos Lençóis muda de acordo com a época do ano - além da população dos vilarejos existentes no entorno do campo de dunas, cerca de 90 homens, mulheres e crianças vivem no interior do parque, nos oásis de Queimada dos Britos e Baixa Grande. Na estação seca, os nativos criam galinha, cabra e vaca; cultivam mandioca, feijão e caju; e extraem a fibra de buriti e carnaúba, as palmeiras generosas que brotam nas margens dos alagados. Quando chegam as chuvas, a piscosidade das águas aumenta, assim como o plantio se torna mais árduo. Muitos partem para o litoral, onde vivem da pesca em cabanas improvisadas na praia deserta. Ali salgam e secam a carne do camarupim e de outras espécies para intermediários que, depois, vendem o pescado nas cidades.
O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, que administra os parques nacionais brasileiros, aplica atualmente uma política de populações tradicionais, uma tentativa de estabelecer diálogo e procurar soluções de interesse comum entre as prioridades dos parques nacionais e as pessoas que vivem dentro das áreas protegidas. "Os nativos são importantes, pois preservam um estilo de vida que também é patrimônio, mas é preciso buscar um caminho que permita que esse modo de vida não ameace a biodiversidade local", avalia Carolina Alvite.

Anta: a jardineira das florestas

Anta: a jardineira das florestas

por Fábio Paschoal / julho de 2014
     
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Anta-sul-americana (Tapirus terrestris) - Foto: Fábio Paschoal
Anta-sul-americana (Tapirus terrestris) – Foto: Fábio Paschoal
Existem 5 espécies de antas conhecidas pela ciência: a anta-da-montanha (Andes), a anta-centro-americana (América Central) e a anta-malaia (Indonésia) – que estão ameaçadas de extinção segundo aIUCN (União Internacional para a Conservação da Natureza, na sigla em inglês). Em território brasileiro encontramos a anta-sul-americana, que é considera vulnerável, e a anta-pretinha, descoberta recentemente.
“A anta [Tapirus terrestris] é o maior mamífero terrestre da América do Sul. Além disso, é a jardineira de nossas florestas por ser uma excelente dispersora de sementes, contribuindo desta forma para a formação e manutenção da biodiversidade dos biomas brasileiros onde vive (AmazôniaPantanal ,Cerrado e Mata Atlântica). E tem mais: estudos recentes mostraram que a espécie tem uma quantidade imensa de neurônios, confirmando que ela é um animal extremamente inteligente. Portanto, a cultura brasileira de usar anta como xingamento, com conotação pejorativa, é completamente injusta e absolutamente infundada. Ser chamado de anta é um elogio!”. As palavras são de  Patrícia Médici, Ph.D. em manejo de biodiversidade e coordenadora da Iniciativa Nacional para a Conservação da Anta Brasileira. O objetivo do projeto é estabelecer um programa de pesquisa e conservação da anta-sul-americana na região do Pantanal e depois expandir as ações para a Amazônia e o Cerrado.
Anta-centro-americana (Tapirus bairdii) – Foto: Santhosh Kumar/iStock/Thinkstock
Anta-centro-americana (Tapirus bairdii) – Foto: Santhosh Kumar/iStock/Thinkstock
Em agosto de 2013, a pesquisadora, em parceria com a  jornalista ambiental Liana John, lançou a campanha Minha Amiga é uma Anta, desenvolvida para o público infanto-juvenil (veja o vídeo da campanha no final do post). A intenção é chamar a atenção sobre a importância da conservação da anta brasileira, despertar o orgulho pela ocorrência da espécie no Brasil e desmistificar o conceito de que “anta” é um ser desprovido de inteligência .
site da campanha traz informações sobre a espécie, materiais para brincar (desenhos para colorir, jogos de palavras cruzadas, ligue os pontos etc.), materiais para estudo e trabalhos de escola, fotografias, ilustrações e vídeos. Também é possível imprimir uma carteirinha de Amigo da Anta e baixar a cartilha educativa da anta brasileira, escrita por Liana John e Patrícia Medici e ilustrada pelo cartunista Luccas Longo.
Tapirus kabomani é a primeira espécie de anta descoberta após Tapirus bairdii, descrita em 1865 - Foto: Divulgação
A anta-pretinha (Tapirus kabomani) é a primeira espécie de anta descoberta após Tapirus bairdii, descrita em 1865 – Foto: Divulgação
O trabalho de Patrícia é reconhecido internacionalmente. Ela foi escolhida este ano para o TED Fellows Program, que seleciona jovens inovadores, engajados e inspiradores e os treina para que façam palestras no TED Talks. O programa é uma iniciativa do movimento global TED (Technology, Entertainment and Design) – organização sem fins lucrativos dedicada ao conceito baseado em Ideas Worth Spreading(ideias que merecem ser espalhadas, na tradução literal do inglês). A pesquisadora irá participar da próxima conferência TEDGlobal, que será realizada no Rio de Janeiro, em outubro, com o tema “Sul!”
Anta-da-montanha (Tapirus pinchaque) – Foto: Diego Lizcano/Creative Commons
Anta-da-montanha (Tapirus pinchaque) – Foto: Diego Lizcano/Creative Commons
Para chamar a atenção para a importância desses animais foi criado o Dia Mundial da Anta (27 de abril). Apesar de dar margem para inúmeros trocadilhos, a data tem um propósito sério: a conservação das cinco espécies de antas encontradas no planeta.
O desmatamento, a fragmentação do habitat, a competição com animais domésticos, a caça ilegal e os atropelamentos em rodovias fazem com que a população das antas continue diminuindo. Nada mais justo do que um dia para lembrar a importância de cuidar bem desses simpáticos animais.
Anta-malaia (Tapirus indicus) – Foto: wathanyu/iStock/Thinkstock
Anta-malaia (Tapirus indicus) – Foto: wathanyu/iStock/Thinkstock


Fotos de Luis Filipe Melo
Fotos de Luis Filipe Melo


O mês de agosto começou e no próximo dia 18 entra no ar a propaganda eleitoral no rádio e na televisão. Até agora todas as campanhas foram para a rua, mas ainda se estruturando, organizando a logística de distribuição de material. A partir deste mês é que o bloco estará todo na rua.

Esta semana o SBT, a Folha e o UOL fazem a primeira rodada de entrevistas com os candidatos ao governo do Rio. Eu serei entrevistado na quarta-feira (6). E lembrando que o primeiro debate, na Band, acontecerá no dia 14 de agosto.

Mas vamos analisar o quadro eleitoral do momento. Dois fatos são inquestionáveis, de acordo inclusive com as pesquisas do IBOPE (manipulada) e DATAFOLHA (com erro de metodologia): Garotinho lidera e vem crescendo em relação a levantamentos anteriores. Hoje, de acordo com pesquisa para consumo interno, eu estou com 25%; Crivela, 17%; Pezão, 13%; e Lindbergh, 9%.

Outros dois fatos cristalizados é que Lindbergh vem caindo pesquisa após pesquisa, e que Crivella empacou nos 17%, seu teto tradicional, mas deve cair até por conta da declaração desastrada de que os pobres da Baixada vêm roubar na cidade do Rio de Janeiro, que gerou uma reação muito negativa.

Quanto a Pezão teve uma ligeira subida facilmente explicável. Passou a ter ampla exposição diária na mídia como governador, não fez outra coisa a não ser campanha, despejou milhões em publicidade e botou toda a máquina estadual para trabalhar para a sua candidatura. Está hoje na faixa de 13%, muito menos do que planejaram e sonharam seus marqueteiros. Eu mesmo imaginava que Pezão pudesse chegar neste período eleitoral com melhor desempenho. Com todos esses impulsos era de se esperar que Pezão estivesse hoje no patamar de Crivella, mas é fraco, ruim de rua e ainda por cima desastrado. Desgastou-se mais uma vez desnecessariamente ao defender Rodrigo Bethlem, foi o único a levantar a voz para defendê-lo.

A Globo e o IBOPE tentam inflá-lo de qualquer maneira, mas Pezão é pesado e difícil de levantar. Porém com toda a máquina e os milhões da campanha mai cara da história do Rio de Janeiro tende a passar Crivella e disputar o 2º turno comigo.

Esse é o contexto atual. Mas podem estar certos de que não vou ficar comemorando esse quadro favorável de liderança, e em ascensão. Com fé em Deus vou gastar muita sola de sapato, vou ao encontro do povo que é a força que me sustenta, e como disse na reunião que fiz com todos os candidatos na última quinta-feira, vou trabalhar incansavelmente, todos os dias, de manhã até à noite, para conquistar o voto dos eleitores fluminenses. Conto com o apoio de todos vocês para chegarmos à vitória! 

FONTE  BÇOG DO GAROTINHO