quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Ônibus anfíbio começa a receber turistas no Rio

Ônibus anfíbio começa a receber turistas no Rio


As árvores do Aterro do Flamengo e as águas da Baía de Guanabara podem ser vistas em um único passeio partir deste sábado (1) e só quem precisará trocar de assento é o motorista, que cede lugar ao marinheiro quando o ônibus anfíbio Duck Copacabana desce a rampa da Marina da Glória e entra no mar. Projeto de empresários brasileiros, o veículo é o primeiro do Brasil a percorrer água e asfalto em um trajeto turístico.
"Tivemos a ideia quando fizemos o passeio em Boston. Conversando, até pensamos em comprar um lá fora, mas achamos melhor fazer aqui mesmo. Somos engenheiros", conta Ilídio Soares, um dos sócios da Duck Tour Brasil. "Isso há cinco anos. Começou como uma brincadeira, para a gente mesmo andar."

O passeio custa R$ 100 por pessoa e dura uma hora e meia. O valor supera os R$ 55 dos Trens do Corcovado, e os R$ 62 do Bondinho do Pão de Açúcar. Cariocas com comprovante de residência, crianças de até 10 anos e idosos pagam meia. Como o ônibus só tem 28 lugares, a empresa recomenda que os interessados cheguem antes da hora do passeio. O primeiro horário do dia é às 10h, e, o último, às 17h.
O percurso começa no bairro da Urca, contorna a Enseada de Botafogo e entra no Aterro do Flamengo, passando apenas 20 centímetros abaixo das passarelas do parque. Pelas janelas, passam algumas das paisagens mais características da cidade, como o Cristo Redentor, o vai e vem dos teleféricos entre o Morro da Urca e o Pão de Açúcar e o paisagismo de Burle Marx. Quando passa para o mar, o veículo sai da Marina da Glória e faz uma volta que mostra, além das montanhas do Rio, a orla de Niterói ao longe, os aviões que pousam e decolam no Aeroporto Santos Dumont e a Praia do Flamengo.

O ônibus não tem ar-condicionado, e Ilídio defende a opção afirmando que as janelas garantem a brisa e colocam o passageiro em contato com a paisagem: "Faz parte da aventura". Na primeira parte da viagem, por terra, a velocidade pode passar dos 60 quilômetros por hora, mas, na segunda, o ônibus passeia a 3,5 nós, o que equivale a cerca de seis quilômetros por hora.
"A ideia é que as pessoas possam fotografar e contemplar bastante", diz Paulo Vasconcellos, que também é sócio da empresa. Na descida e na subida pela rampa, a transição é suave, e a sensação é a de uma ladeira comum.
Para oferecer o serviço, os empresários tiveram que registrar o veículo no Departamento de Trânsito (Detran) e na Capitania dos Portos. A autorização para navegar levou oito meses para ficar pronta: "Eles exigiram muito porque é um veículo novo e quiseram ter certeza. Testaram de todas as formas e inclinações", diz Ilídio Soares.

O grupo pensa em expandir o serviço em números de ônibus e já trabalha no desenvolvimento de um carro de passeio com as mesmas capacidades.
Com toda a família, Patrícia Schimitt elogiou o investimento depois de participar de um passeio experimental nessa sexta-feira (31): "É uma vista privilegiada e não habitual até para o carioca. A cidade está precisando de mais atrações diferentes. Vêm a Copa do Mundo e as Olimpíadas e a gente tem que caprichar, porque vamos viver disso."
Por Vinícius Lisboa - Repórter da Agência Brasil

Abelhas são monitoradas por sensores na Austrália

Abelhas são monitoradas por sensores na Austrália



O monitoramento de enxames está prestes a se tornar realidade na Austrália. Cientistas estão equipando milhares de abelhas com minúsculos sensores para descobrir o que está causando o colapso de suas colônias.
Cerca de 5 mil sensores serão instalados em abelhas melíferas de Hobart, na Tasmânia. Cada sensor mede apenas 0,25cm e contém um sistema de identificação por radiofrequência. Sempre que uma abelha passa por determinados pontos de controle, conecta-se ao sistema de monitoramento e os dados são enviados a um centro de pesquisas local, segundo um release sobre o projeto.
A pesquisa é chefiada por Paulo de Souza, cientista responsável pelos sistemas e tecnologias de microsensoriamento da Comunidade Científica e Organização para Pesquisas Industriais (CSIRO). Ele colabora com a Universidade da Tasmânia, Associação dos Apicultores da Tasmânia e de Hobart e produtores de frutas para testar a nova tecnologia. Seu objetivo é visualizar como as abelhas se deslocam na região e talvez descobrir por que o número de colmeias está diminuindo.
O distúrbio do colapso das colônias é um problema conhecido, que afeta populações de abelhas em todo o mundo. Por uma estranha razão, as abelhas operárias estão desaparecendo, mas ninguém conseguiu desvendar o mistério até o momento.
Não se preocupe: os sensores não causam danos às abelhas. Antes de sua instalação, elas permanecem em um espaço confortável e são induzidas a um estado de repouso, segundo Souza. O sensor é preso ao corpo com uma pequena quantidade de adesivo e, em seguida, a abelha é acordada e liberada.
“O processo é não-destrutivo e os sensores parecem não ter qualquer impacto sobre sua capacidade de voar e de realizar funções normais”, explica o pesquisador.
A tecnologia de microsensores é só o começo. Um dia, talvez os cientistas usem câmeras ou smartphones. Precisamos ser colaboradores melhores das abelhas, se quisermos protegê-las e salvá-las. Todas as nossas plantações estão em risco.

Dê mais cor ao seu prato!

Dê mais cor ao seu prato!


Todo mundo já ouviu que o prato deve ser colorido, mas porque?
Saiba o que existe em cada alimento de acordo com seu grupo de cores.


Além de tornar a refeição mais atraente, brincar com as cores das frutas, verduras e dos legumes no seu prato é uma forma de preservar a saúde. Para entender o que há por trás dessa afirmação, basta pensar um pouquinho na ação dos fitoquímicos, justamente as substâncias responsáveis por pigmentar os alimentos. Na natureza, são elas que defendem os vegetais das ameaças externas. “Os fitoquímicos presentes nos alimentos são os responsáveis por protegê-los contra o ataque de fungos e bactérias. Uma vez no organismo humano, assumem ações específicas no metabolismo, com amplos benefícios à saúde”, explica a nutricionista funcional Roseli Rossi, da Clínica Equilíbrio Nutricional.

Em suma, dentro da gente eles continuam funcionando como fiéis guarda-costas, minimizando muito o risco de doenças. “Os pigmentos naturais estão relacionados com importantes atividades biológicas. Eles possuem propriedades antioxidantes, antiinflamatórias e fortalecem o sistema imunológico, afastando o risco de sofrer de doenças crônicas não transmissíveis, como o colesterol e o diabetes”, diz a nutricionista Jocelem Mastrodi Salgado, professora na Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz (ESALQ -USP) e autora do livro Guia dos Funcionais (Ed. Ediouro). “Os fitoquímicos também são reconhecidos por atuarem de forma mais específica como calmantes, digestivos, moduladores hormonais, laxantes e até expectorantes”, complementa a nutricionista Roseli.

Daí a importância de que diversas cores sejam misturadas num mesmo prato. Assim, os alimentos verde-escuros contêm altos níveis de magnésio, mineral presente na clorofila e que é essencial para a saúde do coração e a manutenção da pressão em níveis estáveis. “Já o licopeno do tomate diminui a oxidação das moléculas de DNA que contribuem para a proliferação das células cancerosas”, garante a nutricionista Fernanda Vaz, da Clínica Patricia Davidson (RJ).

Mesmo os alimentos com pouca cor são recheados de nutrientes. “Os alimentos de coloração branca, por exemplo, têm efeito anti-inflamatório e antialérgico, bloqueando a histamina, uma substância que provoca as famosas coceiras e os espirros. Eles também ajudam a prevenir doenças cardiovasculares e a reduzir o colesterol ruim. Estamos falando de vegetais como os cogumelos”, diz Jocelem.

E se você quer tirar proveito dessa farmácia natural no seu dia a dia, o primeiro passo é conhecer as propriedades dos principais grupos de alimentos, a partir da classificação por cor.

Fonte: Revista Viva Saúde

Crianças que dormem mais, comem menos

Crianças que dormem mais, comem menos

  • Estudo mostra que elas têm níveis inferiores de leptina, um hormônio regulador do apetite
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Regular o sono da criança previne contra a obesidade
Foto: Stock Photo

Regular o sono da criança previne contra a obesidade Stock Photo
FILADÉLFIA (EUA) - Parece que todos buscam um culpado quando se trata de obesidade infantil: fast food, refrigerantes, embalagens super grandes. Mas parte da culpa pode ser porque elas não apagam as luzes e vão para a cama. Isto de acordo com os resultados de um estudo conduzido por Chantelle Hart, professora associada do Centro de Pesquisa sobre Obesidade e Educação da Universidade Temple, nos Estados Unidos, publicado na revista “Pediatrics”.
Segundo os autores, a pesquisa é a primeira a examinar o impacto do sono nos hábitos alimentares de crianças. Ela envolveu 37 crianças, com idades entre 8 e 11 anos, sendo 27% delas com sobrepeso ou obesidade.
Na primeira semana de estudo, crianças dormiram a quantidade natural de sono. Depois, durante a segunda semana, parte do grupo reduziu ou aumentou a quantidade de sono. Na terceira semana, o padrão de sono que tinha sido modificado foi invertido (para mais ou menos horas).
Os resultados mostraram que na semana em que as crianças aumentaram as horas de sono, elas consumiram uma média de 134 menos calorias, pesavam 220 gramas menos, e tinham em jejum níveis inferiores de leptina, um hormônio regulador do apetite e também relacionado com o tecido de gordura.
- As descobertas deste estudo sugerem que o sono pode ter implicações importantes na prevenção e no tratamento da obesidade - afirmou Chantelle. - O papel potencial do sono deveria ser mais bem explorado.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/saude/criancas-que-dormem-mais-comem-menos-10670125#ixzz2pL54x9nP 
 

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Uma nova Aumenta o número de adoções de bichos deficientes e empresas criam próteses e outros artifícios para ajudá-loschance

Uma nova chance

Aumenta o número de adoções de bichos deficientes e empresas criam próteses e outros artifícios para ajudá-los

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Carolina Giovanelli Veja SP -
Fernando Moraes
O cenógrafo Lee Oliveira e a pinguim fêmea Branca: próteses para ajudá-la a andar

Fernando Moraes
Quando o pinguim-fêmea Branca chegou ao Aquário de São Paulo, há um ano, sua patinha direita sofria com uma grave infecção. Mesmo após exames e tratamentos, não houve jeito: foi necessário amputá-la. A ave até que se virou bem por um tempo andando apoiada em um pé só. Mas os veterinários não estavam satisfeitos. Chamaram, então, o cenógrafo do espaço, Lee Oliveira, para tentar encontrar uma solução. "Pesquisei bastante e bolei um molde da patinha feito de silicone e PVC", diz.

Há cerca de quinze dias, Oliveira chegou ao produto final, após um mês de testes. "Logo que a prótese foi colocada em sua perna, a Branca saiu correndo, algo que eu nunca a tinha visto fazer", conta a veterinária Laura Reisfeld. Depois do sucesso da experiência, a ave ganhou uma coleção de cinco "sapatinhos" coloridos (um deles verde e amarelo, para comemorar a Copa de 2014).

Os animais deficientes físicos contam com cada vez mais novidades para viver melhor. Empresa localizada há quinze anos em Botucatu, no interior de São Paulo, aVetCar* foi uma das primeiras a entrar no mercado de cadeiras de rodas para bichos. "Antes, pets que tinham sequelas muito graves que prejudicavam sua locomoção eram sacrificados", diz o veterinário acupunturista Eduardo Diniz, dono do negócio. "Com o tempo, as pessoas viram que existem outras soluções."

Hoje, a companhia vende, em média, 65 carrinhos por mês, feitos sob medida, que custam entre 480 e 650 reais, para cães, gatos, coelhos e até furões. Cerca de 25% das encomendas são para clientes da capital. É possível fazer pedidos pela internet.

Nas ONGs, os pets especiais ainda não são a primeira opção da maioria das famílias, porém isso vem mudando aos poucos. "Há quem procure exatamente aqueles que têm pouca chance de conseguir um lar", conta Vanice Orlandi, presidente da União Internacional Protetora dos Animais. "Neste ano, doamos seis animais paraplégicos, o dobro de 2012", afirma Cláudia Demarchi, da ONG Clube dos Vira-Latas.
Silvia Garwood e Tony, o "gato foquinha": graças ao esforço da dona, ele não se arrasta mais
Vale lembrar que são pets que demandam mais atenção. "Eu me reviro do avesso para dar a ele uma vida normal, mas faço tudo com muito prazer", afirma a administradora Silvia Garwood, "mãe" de Tony. Uma deficiência de cálcio, que não o deixava se levantar, não impediu que ela o acolhesse em sua casa há cinco meses. Quando ele queria ir a algum lugar, arrastava-se (por isso, ganhou o apelido de "gato foquinha").
Após várias sessões de acupuntura e fisioterapia, Tony passou a andar, ainda que com dificuldade. "Ele mudou minha vida", derrete-se Silvia, que criou uma página no Facebook* para o felino, seguida por mais de 16 mil pessoas. 
Arquivo pessoal
A vira-lata tetraplégica Mocinha: em um passeio à praia, antes de sua morte, em setembro
Outro pet especial que fazia sucesso na rede era Mocinha, uma vira-lata tetraplégica. Entre suas aventuras, aparecia visitando a praia a bordo de um carrinho. Falecida em setembro, por causa de uma doença degenerativa, ela GANHOU um livro escrito pelos donos, a atriz Julia Bobrow e o fotógrafo Daniel Guth, batizado de Desistir Nunca Foi uma Opção, com o lançamento previsto para o dia 16/12. 

P&G elimina fosfatos de seus detergentes produzidos mundialmente

P&G elimina fosfatos de seus detergentes produzidos mundialmente



A P&G, empresa de bens de consumo, anuncia que, dentro de dois anos, removerá por completo os fosfatos de todos os detergentes produzidos pela companhia. O objetivo é oferecer aos seus consumidores um desempenho superior em limpeza e maximizar a conservação de importantes recursos da natureza. No Brasil, os fosfatos já foram completamente removidos das fórmulas de detergentes desde 2007.
Serão ao todo 542 mil toneladas de fosfatos removidos por ano daqui em diante, equivalentes ao peso combinado de cerca de 26 mil contêineres cheios com capacidade média de 21 toneladas.
“Ação fala mais alto do que palavras, essa é a crença no que se refere à sustentabilidade. É parte do nosso plano global criar soluções melhores para todos, incluindo os consumidores, governos, ONGs, meio ambiente e negócios”, afirma Giovanni Ciserani, presidente do setor de produtos para lavagem de roupas.
A empresa tem foco na sustentabilidade como estratégia de crescimento. Por isso, foram traçadas metas e definidas estratégias de sustentabilidade, seguidas em todos os locais onde a companhia está presente.

terça-feira, 4 de fevereiro de 2014

Praia em Punta Cana é reconhecida mundialmente por qualidade socioambiental

Praia em Punta Cana é reconhecida mundialmente por qualidade socioambiental



A Praia de Bávaro, em Punta Cana, na República Dominicana, considerada uma das mais belas do mundo, recebeu a “Blue Flag”, um selo da organização não-governamental Foundation for Environmental Education (FEE), que trabalha em prol do desenvolvimento sustentável em praias e marinas e reconhece o trabalho das empresas nesta área.
O Grand Palladium Bávaro Resort & Spa, assim como todos os empreendimentos do Palladium Hotel Group, comprometido com a sustentabilidade e preservação do meio ambiente, atendeu a todos os 32 critérios da FEE que tratam desde a qualidade da água, educação e informação ambiental até a segurança no local. Pela segunda vez consecutiva, o grupo conquistou a bandeira para a extensão da praia onde o resort está localizado.
Entre as ações desenvolvidas, o Palladium instalou painéis de informação sobre preservação, qualidade da água de banho, mapa com as áreas de cuidado nas proximidades, código de conduta, atividades ambientais, salva-vidas, plano de emergência e reformas para o fácil acesso às pessoas portadoras de deficiência. Para mais informações sobre os hotéis, acesse aqui.

Leridant/CC

PT inventa o “Mensalão Esperança”


Reprodução do Globo
Reprodução do Globo


Depois do “Criança Esperança”, da Globo, o PT lançou sua versão: “Mensalão Esperança”. José Genoino arrecadou mais de R$ 700 mil e Delúbio Soares ultrapassou a marca de R$ 1 milhão em doações. Também pudera, Delúbio arrecadou muito e doou para incontáveis petistas, pelo caixa 2, é claro. Lindbergh Farias que o diga. Aliás, depois vou falar da contribuição de Lindbergh a Delúbio.

Queria ver uma auditoria sobre quem doou para o Mensalão Esperança e origem dos recursos. Dizem que tem muito assessor de petista fazendo doações, mas com dinheiro recebido de terceiros para isso.

Aliás, também não custava uma auditoria no Criança Esperança. A gente só sabe as instituições que receberam dinheiro, louvável iniciativa. Mas não custava abrirem a caixa-preta para saber quantas ligações efetivamente foram feitas e quanto foi doado; quanto a Globo depois descontou no Imposto de Renda; e qual o bônus recebido da operadora telefônica pelo volume de ligações. Mas isso é outra história. 

segunda-feira, 3 de fevereiro de 2014

Para eles, o calor é perigoso

Para eles, o calor é perigoso

Para os animais de estimação, os dias quentes podem trazer muito mais que o mal-estar e a preguiça que acometem seus donos. Em cães e gatos, a hipertermia, ou aumento excessivo da temperatura corporal, pode provocar desmaios e convulsões e até matar.

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Daniela Macedo Veja -

istockphoto

"A hipertermia é o problema mais comum - e o mais grave - para cães e gatos no verão", diz o veterinário Marcelo Quinzani, diretor clínico do Hospital Veterinário Pet Care, em São Paulo. Como eles não transpiram, a respiração é a única forma de controle da temperatura do corpo. No verão, porém, o ar quente e úmido prejudica esse mecanismo. Resultado: o animal ofega na tentativa de intensificar a troca de calor. "O risco é ainda maior para animais obesos, para cachorros com pelagem densa, como bernese e husky siberiano, e para as raças braquicefálicas - aquelas de focinho curto -, como os cães boxer, buldogue e pug e os gatos persas, que já respiram com dificuldade em condições normais", explica Mário Marcondes, diretor clínico do Hospital Veterinário Sena Madureira, em São Paulo. Veja, a seguir, os cuidados para prevenir a hipertermia no animalzinho.

EM CASA
Nada de deixar o animal no quintal constantemente ensolarado ou fechado no apartamento abafado. Sombra (em ambientes arejados) e água fresca são questão de sobrevivência para cães e gatos. Troque a água do bebedouro várias vezes ao dia e certifique-se de que o pote não fique exposto ao sol em nenhum momento - afinal, quem gosta de água morna? Vale até acrescentar umas pedrinhas de gelo ao bebedouro. Para os gatos, que preferem água corrente, um bebedouro eletrônico pode estimulá-los a ingerir mais líquido ao longo do dia.

Dica dos especialistas: borrifar água no dorso e nas patinhas ajuda a resfriar o animal. Se ele ficar ofegante, enrole-o em uma toalha molhada com água fria e deixe-o por um tempinho em frente ao ar-condicionado ou ventilador

NO CARRO
Cachorros são loucos por passeios de carro, certo? O problema é que essa excitação também atrapalha o processo de resfriamento do corpo. Portanto, nos dias muito quentes, o ar-condicionado deve permanecer ligado durante todo o trajeto - e, de preferência, evite viagens longas durante o dia. Outra recomendação dos veterinários: nunca, em hipótese alguma, deixe o bicho preso no carro, nem com uma fresta do vidro aberta e sob uma árvore. Mesmo na sombra, a temperatura no interior do veículo sobe rapidamente, e o animal pode desmaiar ou até morrer em meia hora

PASSEIOS
Cães são leais e nunca recusam um convite do dono para passear, mas se vivessem sozinhos na natureza jamais sairiam da toca sob o sol escaldante. Não é necessário suspender as caminhadas diárias, claro, mas o ideal é reduzir o percurso e restringir os horários das saídas: antes de 10 horas e após as 18 horas. Prefira locais gramados - o asfalto quente pode queimar os coxins, aquelas almofadinhas das patas - e leve água em bebedouros portáteis. A dica das borrifadas de água fria no dorso também se aplica aos passeios. E respeite os limites do cão: interrompa o passeio do animal ofegante, que tenta fugir do sol em busca das áreas sombreadas. Por fim, cães agressivos devem usar focinheira de ferro, um modelo que não impede a abertura da boca. E atenção! Passear com cães de focinho achatado nos dias quentes, com focinheira fechada, é meio caminho andado para uma hipertermia severa

ANTIPULGAS
Com a proliferação de parasitas no verão, os especialistas recomendam a aplicação de produtos que protegem o animal de pulgas e carrapatos a cada três semanas. "Evite dar banho dois dias antes e dois dias depois da aplicação do produto", ensina o veterinário Mário Marcondes

BANHO E TOSA

As salas de banho e tosa das pet shops são ambientes propícios para a hipertermia: o stress prejudica a respiração do animal e, com os secadores ligados o dia inteiro, a temperatura fica sempre elevada. Evite os horários de pico do calor e mantenha o pelo dos animais mais curto que o habitual. Em casa, os banhos semanais devem ser feitos com água morna, pois a água muito fria pode causar choque térmico. Por fim, use apenas a toalha para secar animais de pelo curto, e o ar frio do secador para os de pelo longo

ATENÇÃO!
Se o animal mostrar-se inquieto, permanecer com a respiração ofegante e apresentar língua levemente arroxeada, mesmo após as tentativas caseiras de resfriá-lo, leve-o imediatamente ao veterinário, mantendo-o envolto em uma toalha molhada com água fria e, no carro, posicionado em frente à saída do ar-condicionado. "Em condições normais, a temperatura corporal não ultrapassa 39,5 graus. Se ela chegar a 40 graus, porém, só a respiração poderá ser insuficiente para resfriar o animal. Nesse caso, ele talvez precise de aplicação de soro refrigerado na veia ou até necessite ser sedado e entubado", explica o veterinário Marcelo Quinzani

CUIDADO COM O SOL! 

O câncer de pele não é exclusivo dos seres humanos. A exposição prolongada ao sol é responsável pela incidência de câncer de pele em cães e, principalmente, em gatos - os bichanos são mais propensos em razão do hábito de passar horas tomando banhos de sol. Como os danos dos raios ultravioleta são cumulativos, a maioria dos casos envolve animais idosos.

Sintomas: a doença começa como uma manchinha avermelhada na pele e se torna uma ferida que não cicatriza ou, se cicatriza, volta logo em seguida

Áreas mais afetadas: regiões do corpo com pelagem menos densa. Nos gatos, as lesões malignas tendem a surgir nas pálpebras, no focinho, na parte interna das orelhas e na região entre os olhos e as orelhas. Nos cachorros, a área de risco é o abdômen

Prevenção: é possível proteger as áreas de pouca pelagem com protetor solar FPS 30 tradicional, desde que sem perfume e hipoalergênico. Como os gatos têm o hábito de se lamber constantemente, o ideal seria evitar os longos banhos de sol

Tratamento: consiste na remoção cirúrgica ou na crioterapia, em que a lesão é queimada com nitrogênio líquido. Parece simples e até pode ser, quando ela surge na barriga. Nos gatos, porém, a doença afeta pálpebras, orelhas e focinho, o que pode resultar em deformação da face. Vale frisar que, quanto mais precoce o diagnóstico, maiores são as chances de cura

Raças com maior risco de desenvolver a doença: animais de pelagem curta e branca. Como os tumores malignos costumam aparecer na cabeça, gatos e cães bi e tricolores, como fox paulistinha, bull terrier e whippet, também podem desenvolver a doença

DIETA SEM RISCOS É difícil resistir à carinha de carente do cachorro diante de uma guloseima, não? Quando o alimento em questão for chocolate, ignorá-lo é a opção mais segura. O chocolate contém duas substâncias estimulantes que afetam o sistema nervoso central e fazem muito mal ao bicho de estimação: teobromina e cafeína. "Dependendo da quantidade ingerida, o chocolate pode causar vômito, diarreia, arritmia ou convulsão em cães e gatos", diz Tatiane Marry Sipriani, clínica-geral do Koala Hospital Animal, em São Paulo. Quanto maior a concentração de cacau, maior o perigo para o bichinho. Veja outros alimentos que podem ser tóxicos para eles:

Uva: estudos apontam que a ingestão regular da fruta pode ser responsável por casos de insuficiência renal em cães e gatos

Derivados de leite: para alguns animais, sorvete, iogurte e outros produtos com lactose podem provocar vômito e diarreia

Alho e cebola: o consumo regular de comida temperada com alho e cebola pode afetar a produção de glóbulos vermelhos e levar à anemi
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Vai faltar água em São Paulo?

Vai faltar água em São Paulo?

BRUNO CALIXTO

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Represas do Sistema Cantareira registram menor nível de abastecimento de água dos últimos dez anos (Foto: Reprodução / Facebook / Sabesp)

No começo desta semana, os moradores de São Paulo se assustaram ao ver um comunicado em rádios e TVs. A Sabesp, empresa que cuida do abastecimento de água na região, está veiculando uma propaganda dizendo que o nível de algumas represas que abastece a cidade chegou a um estado crítico. A empresa pede que moradores evitem o desperdício e economizem o máximo de água possível. Os paulistanos devem ficar preocupados com um possível racionamento de água na maior cidade do país?
Segundo Paulo Massato Yoshimoto, diretor da Sabesp para a região metropolitana de São Paulo, sim. O risco de racionamento de água é real. "De fato, temos um risco. Por isso estamos atuando para evitar um possível rodízio", diz. Isso acontece porque o sistema de represas que abastece cerca de 9 milhões de pessoas está com menos de 23% de sua capacidade total.
Yoshimoto afirma que a Sabesp decidiu pedir ajuda da população após análise da temperatura e das chuvas do último mês de dezembro. Os resultados não foram nada animadores. Toda a água usada no abastecimento de São Paulo vem de várias represas que, juntas, formam sistemas. As represas do Sistema Cantareira, que ficam na região de Bragança Paulista, abastecem quase metade da população da Grande São Paulo. A análise mostrou que essas barragens estão na pior situação de abastecimento desde que o sistema foi criado, em 1975.
Segundo Yoshimoto, São Paulo viveu condições climáticas excepcionais nos últimos anos. Nunca fez tanto calor na região – já é o verão mais quente registrado na área do Sistema Cantareira. As chuvas ficaram abaixo da média por dois anos consecutivos. Em dezembro do ano passado, a região bateu o recorde de menor quantidade de chuvas para o mês. Em janeiro de 2014, o recorde deve ser repetido.
Quem acompanha o Blog do Planeta sabe que cientistas preveem maior frequência de eventos extremos, como as condições que São Paulo está enfrentando, no Brasil e no mundo. Não é possível dizer se a falta de chuva foi causada pelo aumento das médias de temperatura no planeta. Mas um dos principais efeitos do aquecimento global no Sudeste brasileiro será uma mudança no ciclo de chuvas, e o país precisará se adaptar e se preparar para enfrentar secas e enchentes.
Segundo Yoshimoto, ainda dá tempo de evitar o racionamento de água neste começo de ano. A Sabesp traçou duas estratégias para tentar contornar a situação. A primeira foi passar bairros inteiros abastecidos pelo Sistema Cantareira para o Sistema Alto Tietê. Grande parte da Zona Leste de São Paulo, por exemplo, passou a receber água das barragens do Tietê. A outra é uma campanha de comunicação para convencer a população a não desperdiçar água. "Se houver uma boa redução no consumo, devemos conseguir postergar a situação crítica até a segunda semana de fevereiro, quando as chuvas devem voltar ao normal."
Os paulistanos devem economizar água mais do que nunca. E a tendência é de que a cada ano isso se torne mais e mais necessário – não apenas para São Paulo.