terça-feira, 2 de setembro de 2014

Produção de Nutella está ameaçada por mudanças climáticas

Produção de Nutella está ameaçada por mudanças climáticas
 Agosto de 2014 • Atualizado às 16h36


Um dos itens preferidos dos chocólatras, a Nutella, pode entrar em crise devido às mudanças climáticas. Uma primavera chuvosa e cheia de geadas prejudicou muito as colheitas de avelã na Turquia. O país é o principal fornecedor da matéria-prima para a Ferrero, empresa responsável pela fabricação da Nutella.
Devido ao meu tempo, os turcos tiveram a pior safra dos últimos dez anos. O impacto disso na produção do chocolate é enorme, já que são eles que produzem 70% de toda a avelã do mundo. O reflexo dessa situação pode ser sentido diretamente no bolso do consumidor, pois com a produção reduzida, os preços tendem a aumentar.
No entanto, em declaração ao jornal norte-americano The Huffington Post, um porta-voz da Ferrero garantiu que a colheita ruim ainda não prejudicou a produção na empresa. Mas, a marca já estuda buscar avelã de outros produtores para suprir a demanda.
Não são apenas as questões climáticas que têm preocupado a companhia. Assim como acontece com outros fabricantes de chocolate, a Ferrero utiliza o óleo de palma para produzir Nutella. A Nestlé já sofreu acusações de usar fornecedores que desmatam áreas que abrigam animais selvagens ameaçados de extinção. Para evitar o mesmo problema, a Ferrero garante ter 90% de suas compras provenientes de empresas com base em plantações responsáveis.
Redação CicloVivo

segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Ambientalistas e nativos criticam exploração descontrolada do Ártico

Ambientalistas e nativos criticam exploração descontrolada do Ártico


Em menos de dois meses, três conferências internacionais sobre o Ártico foram realizadas consecutivamente: a primeira em Reykjavik, na Islândia; a segunda em Salejard, na Rússia; e a terceira em Bruxelas, sede das principais instituições europeias. O que mais se ouviu nos bastidores destas reuniões é que a corrida pelo “ouro do Ártico” começou. Por um lado, empresários visam à exploração energética da região, ao turismo e a um lucrativo atalho marítimo para comércio exterior. Do outro lado da balança, ambientalistas se preocupam com a manutenção do equilíbrio climático no planeta e do nível dos mares; a defesa do lar de comunidades nativas, como também a proteção do habitat de animais em vias de extinção, como ursos e raposas polares, além de espécies marinhas.
Segundo o presidente da Islândia, Olafur Ragnar Grimsson, o Ártico se tornou o “novo terreno de jogo global”. Em entrevista ao canal CNN, ele observa que as conferências costumavam ser especializadas e reunir poucas pessoas, mas este panorama mudou. A reunião do Círculo Ártico realizada na segunda e na terça-feira na Islândia, por exemplo, contou com a presença do secretário-geral da ONU, Ban Ki-Moon, e a da ex-secretária de Estado americano, Hillary Clinton. Em Bruxelas, a conferência “Futuro do Ártico”, ocorrida entre quinta e sexta-feira, exigiu registro prévio e teve lotação esgotada para receber funcionários europeus, acadêmicos, cientistas e empresários.
Com o gradativo derretimento do gelo do Ártico, uma corrida econômica – e ecológica – se desdobra neste espaço geopolítico. As fontes de petróleo e gás escondidas sob as águas geladas atiçam as potências do Conselho Ártico, criado em 1996 e que reúne Rússia, Islândia, Finlândia, Estados Unidos, Canadá, Dinamarca, Noruega e Suécia. A China, interessada em projetos regionais, foi admitida este ano como observadora do Conselho.
Além de novo espaço para exploração energética, o Ártico também aparece como atalho para a navegação global. Em agosto deste ano, a China enviou seu primeiro navio quebra-gelos à região, chamado “Dragão da Neve”, que viajou de Xangai ao norte da Rússia e até a Islândia. Já o cargueiro chinês “Yong Sheng” foi o primeiro navio mercante a tomar um atalho pelo norte. Saiu de Xangai direto para o porto de Roterdã, na Holanda, cortando um trajeto de duas semanas se tivesse seguido pela costumeira passagem pelo canal de Suez no Egito.
No fim de setembro, a Rússia realizou sua própria reunião sobre o Ártico em Salejard. Na ocasião, o presidente da Rússia, Vladimir Putin, defendeu as atividades de perfuração das empresas russas Gazprom e Rosneft em explorar a plataforma continental ártica do país. Putin também admitiu que os ativistas do navio Arctic Sunrise, da ONG ambiental Greenpeace – inclusive a bióloga brasileira Ana Paula Maciel – não são “piratas”, mas teriam infringido o Direito Internacional. Os ambientalistas defendem o protesto pacífico realizado no Ártico russo, uma vez que as empresas não contam com os recursos tecnológicos necessários para reagir em situações de emergência de vazamento de petróleo no Ártico ou explorar de forma sustentável um ambiente sensível para todas as nações do planeta.
Fonte: Terra

Londres estuda aplicar segundo imposto para automóveis que circulam no centro da cidade

Londres estuda aplicar segundo imposto para automóveis que circulam no centro da cidade


Por Constanza Martínez Gaete; tradução de Luana Copini
O prefeito de Londres, Boris Johnson, lançou o "Manifesto pela qualidade do ar", um documento que prevê uma série de medidas para enfrentar a contaminação ambiental que, segundo o Departamento de Saúde, influenciou no aumento de doenças respiratórias que só em 2010 ocasionaram a morte de 3.389 pessoas na cidade.
Uma das medidas para diminuir a poluição do ar, segundo os estudos, é desincentivar o uso de automóveis. Por este motivo, uma das propostas do manifesto consiste em cobrar um segundo imposto para veículos a diesel que circulam pelas “Zonas de Baixas Emissões”, criadas no centro da cidade, e que se somam às “Zonas de Congestão”, que fizeram com que Londres fosse uma das primeiras cidades do mundo a implementar o pedágio urbano.
Esta ação busca reduzir os níveis de contaminação (CO2, NOx e MP10), o trânsito de automóveis e aumento no uso do transporte público.
Estima-se que, desde 2003, quando o pedágio urbano foi implantado no centro de Londres, os automóveis diminuíram em 36% e o tráfego em 21%. Consequentemente, as emissões de CO2 foram reduzidas em 19%, de NOx em 16% e de MP10 em 15%.
Para chegar a estes resultados, a cidade decidiu que os veículos, ao entrarem no centro durante os dias úteis (de segunda à sexta, das 7h às 18h) devem pagar pedágio de 14 euros, o equivalente a R$ 42.
A medida, recém anunciada e que ainda não foi aplicada, considera que os veículos a diesel paguem um segundo imposto por entrarem nas “Zonas de Baixas Emissões” em qualquer dia e horário. Neste caso, o imposto custaria 12 euros, o equivalente a R$ 36.
Com esta medida, o prefeito de Londres busca limitar a circulação de automóveis no centro, independente do tipo de motor que tenham. A partir desta iniciativa, o prefeito propôs também que os centros das cidades europeias só deveriam permitir a circulação de veículos elétricos ou híbridos em 2020.

Fontes alternativas já respondem por 8,9% da matriz do Chile


Fontes alternativas já respondem por 8,9% da matriz do Chile

08/2014   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil


De acordo com um relatório do Ministério de Energia chileno divulgado nesta quinta-feira (15), mais de 600 MW em energias renováveis não convencionais (ERNC) foram instalados neste ano, elevando a capacidade desse tipo de fonte para 1,716 GW, ou 8,9% da matriz energética do país.

Desse total, a energia eólica responde por 680 MW (40%), seguida por biomassa, com 461 MW (27%), pequenas centrais hidroelétricas (PCHs), com 342 MW (20%), solar, com 189 MW (12%), e biogás, com 43 MW (3%).

“Os números mostram que estamos vivendo o auge do desenvolvimento das energias renováveis não convencionais. Também é um sinal claro de que a agenda de energia limpa da presidente Bachelet está sendo cumprida”, afirmou Máximo Pacheco, ministro de Energia.

O governo chileno anunciou ainda a entrega de 76 novas concessões, sendo 70 projetos solares e seis eólicos. Esses projetos, que juntos somam 3,1 GW, significam que US$ 7 bilhões em investimentos privados serão aportados no Chile nos próximos anos.

“As energias alternativas estão fazendo sua parte para ajudar na recuperação econômica do país. Além disso, são essenciais para o estabelecimento de uma matriz equilibrada, diversificada e sustentável”, destacou Pacheco.

O Chile possui a meta de ter 20% de sua matriz composta por fontes alternativas até 2025.

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domingo, 31 de agosto de 2014

Cuidado com as baterias botão

Cuidado com as baterias botãoAfonso Capelas Jr. -/06/2014 

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Parece alarmismo demais, mas não é. A Secretaria Nacional do Consumidor do Ministério da Justiça (Senacon-MJ) acaba de aderir a uma campanha global pela conscientização sobre o uso de pilhas e baterias. Ela foi lançada na segunda quinzena de junho por órgãos de proteção à saúde e segurança do consumidor em diversos países que integram a Rede Consumo Seguro e Saúde das Américas e a Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O perigo é real. Nos centros de controle de envenenamento dos Estados Unidos todos os anos são registrados cerca de 3 500 casos de crianças que ingerem acidentalmente baterias de lítio – aquelas pequeninas do tipo botão.
Em uma casa elas estão em toda a parte porque são largamente usadas em diversos aparelhos eletrônicos com os quais as crianças têm contato diário: controles remotos, relógios, calculadoras, tocadores de MP3 e até tênis e roupas infantis que têm luzes pisca-pisca. Inclusive brinquedos. Uma criança morreu recentemente na Austrália, país onde são relatados quatro casos de ingestão acidental por semana.
Engolir essas baterias causa lesões gravíssimas e permanentes, de acordo com os especialistas. O índice registrado de casos de letalidade é considerado alto50% das crianças que ingeriram essas baterias morreram. Aqui no Brasil já foram aconteceram vários casos semelhantes. Por isso, juntam-se à campanha o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e a organização não governamental Criança Segura.
“Muitos pais desconhecem o risco que essas baterias representam para as crianças. Ao mesmo tempo fazemos um alerta à classe médica, em função da dificuldade no diagnóstico em caso de acidente”, disse o assessor da diretoria de Avaliação da Conformidade do Inmetro, Paulo Coscarelli. “Os sintomas apresentados pela criança, como febre e dor de estômago podem ser facilmente associados a resfriados, viroses ou alergias e não ao fato dela ter ingerido ou introduzido uma bateria na narina”, complementou.
De acordo a ONG Criança Segura, as pequenas baterias podem se alojar na garganta da criança e desencadear uma corrente elétrica causada pela saliva. A reação química provoca queimaduras no esôfago em menos de duas horas. As queimaduras podem se agravar, mesmo depois da remoção da bateria.
ONG Criança Segura sugere estas medidas de segurança, caso um acidente com baterias botão aconteça:
- Deixe equipamentos com baterias botão fora de alcance quando o compartimento da bateria não for seguro e trave as baterias frouxas;
- Se a criança engolir a bateria botão, imediatamente procure atendimento médico de emergência. Não a deixe comer ou beber e não estimule o vômito;
- Os sintomas podem ser similares aos de outras doenças, como tosse, ‘babação’ e desconforto. Como as crianças conseguem respirar normalmente, o diagnóstico pode ser difícil;
Relate o caso no Sistema Inmetro de Monitoramento de Acidentes de Consumo (www.inmetro.gov.br/acidenteconsumo), o que poderá fundamentar uma possível regulamentação do uso de baterias.
Imagem – Creative Commons

Mudanças climáticas põem em risco segurança hídrica na América do Sul

Mudanças climáticas põem em risco segurança hídrica na América do Sul

04/2014 Por Elton Alisson
Agência FAPESP – As mudanças climáticas já observadas e as projetadas para as Américas do Sul e Central colocarão em risco a segurança hídrica das regiões e terão impactos diretos no abastecimento doméstico e industrial e em setores fortemente dependentes de água, como o de geração de energia hidrelétrica e a agricultura.
O alerta é do Relatório sobre Impactos, Adaptação e Vulnerabilidades às Mudanças Climáticas do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), apresentado no dia 31 de março em Yokohama, no Japão, e em seguida no dia 1º de abril, na Academia Brasileira de Ciências (ABC), no Rio de Janeiro.
O capítulo 27 do documento, que aborda as projeções das mudanças climáticas paras as Américas do Sul e Central, destaca que a vulnerabilidade atual de abastecimento de água nas zonas semiáridas das duas regiões e nos Andes tropicais deverá aumentar ainda mais por causa das mudanças climáticas. E o problema poderá ser agravado pela redução das geleiras andinas, pela diminuição de chuvas e pelo aumento da evapotranspiração nas regiões semiáridas das Américas do Sul e Central, previstos pelo IPCC.
Se essas previsões forem confirmadas, elas afetarão o abastecimento de água das grandes cidades e de pequenas comunidades nas duas regiões. Além disso, comprometerão a geração de energia hidrelétrica e a produção de alimentos, aponta o relatório.
“No fim das contas, os principais impactos das mudanças climáticas previstos para as Américas do Sul e Central estão relacionados com a água”, disse Marcos Buckeridge, professor do Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo (USP) e um dos autores do capítulo 27 do relatório, durante a apresentação da publicação, no Rio de Janeiro.
“Todos os setores que dependem, de alguma forma, de água poderão ser afetados”, estimou Buckeridge. De acordo com o relatório, as Américas do Sul e Central contam com boa disponibilidade de água, mas o recurso hídrico é distribuído de forma desigual nas duas regiões.
O principal usuário de água nas Américas do Sul e Central é a agricultura, seguido pelo abastecimento dos 580 milhões de habitantes das duas regiões, excluídos os 14% que hoje nem sequer têm acesso ao recurso, aponta o documento.
Ainda de acordo com a publicação, a energia hidrelétrica é a principal fonte de energia renovável nas duas regiões, correspondendo a 60% de suas matrizes energéticas, enquanto em outras regiões essa contribuição é, em média, de 20%.
Como a projeção é de aumento de chuvas em algumas regiões do Brasil, os sistemas de energia hidrelétrica baseados principalmente no Rio Paraná poderão ter um ligeiro aumento na produção de energia.
No entanto, o restante do sistema hidrelétrico do país – especialmente os localizados no Nordeste – poderá enfrentar diminuição na geração de energia, comprometendo a confiabilidade de todo o sistema, aponta o relatório.
“Imagine se eventos climáticos extremos, como os períodos de seca combinados com altas temperaturas que ocorreram no início deste ano na região Sudeste do Brasil, também acontecerem eventualmente na região Sul do país. Eles poderiam afetar fortemente o funcionamento de usinas hidrelétricas como as de Itaipu”, disse Buckeridge à Agência FAPESP.
Impactos nos alimentos
Na agricultura, as mudanças climáticas previstas para as duas regiões poderão causar diferentes impactos na produção de alguns tipos de alimentos e na segurança alimentar das populações, indica o relatório.
Mesmo com a diminuição prevista da disponibilidade de água, a cana-de-açúcar e a soja são mais propensas a responder positivamente ao aumento das emissões de gás carbônico e às mudanças de temperatura e aumentar a produtividade e a produção.
No Nordeste do Brasil, contudo, deverá cair o rendimento de culturas de subsistência para a população da região, como feijão, milho e mandioca, e haverá redução de áreas atualmente favoráveis para o cultivo de feijão caupi.
E um aquecimento de 5,8 °C em 2100 (o pior dos cenários previstos) poderia tornar a colheita de café inviável em Minas Gerais e São Paulo – os dois maiores produtores do grão no Brasil.
“O que tem se observado em termos de impacto das mudanças climáticas na agricultura em regiões de latitudes médias e tropicais é que, à exceção da soja, haverá redução na produção principalmente de trigo, arroz e milho cultivados nessas regiões”, disse José Marengo, pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e um dos autores do capítulo 27, durante o evento de lançamento no Rio de Janeiro.
“E essas culturas agrícolas compõem, basicamente, a cesta básica da maioria dos países em desenvolvimento”, afirmou.
O relatório pondera que, como resultado de taxas de crescimento mais elevadas e melhor eficiência do uso da água, algumas culturas nas Américas do Sul e Central, incluindo soja, feijão, milho e cana-de-açúcar, poderão até responder com uma produtividade cada vez maior.
A qualidade nutricional desses alimentos, no entanto, deve diminuir em razão do teor de açúcar mais elevado em grãos e frutas e a redução do teor de proteína em cereais e leguminosas, apontam pesquisadores da área.
“Estudos mais recentes demonstram que, com aumento de gás carbônico na atmosfera, as plantas crescem mais e ficam mais robustas. O teor de proteínas delas diminui, em média, 7% e isso gera uma queda na qualidade dos alimentos”, avaliou Buckeridge.
Algumas práticas de adaptação sugeridas pelo relatório do IPCC são avanços no melhoramento genético para o desenvolvimento de culturas agrícolas mais bem adaptadas a eventos climáticos extremos e para atender a demanda mundial por alimentos nas próximas décadas.
Segundo projeções do relatório, até 2040 será preciso aumentar, no mínimo, 70% a produção mundial de alimentos, e a América do Sul e a África são as únicas regiões no mundo que dispõem de terra agriculturável disponível para atender parte dessa demanda.
“Não terá como aumentar a produção da maioria das espécies de vegetais por meio da genética clássica”, disse Buckeridge. “Será preciso utilizar a biotecnologia para transformar as plantas de modo que produzam mais alimentos e sejam mais bem adaptadas às mudanças climáticas”, avaliou. 

sábado, 30 de agosto de 2014

REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA:MRV NOVO JOCKEY




ATO DO PRESIDENTE


REALIZAÇÃO DE AUDIÊNCIA PÚBLICA

O Presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo, Zacarias Albuquerque Oliveira, no uso de suas atribuições legais e regimentais, convida os membros do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo e público em geral para Audiência Pública a ser realizada no dia 11 de SETEMBRO, às 15h, no auditório do Centro de Educação Ambiental, referente à apresentação de Estudo de Impacto de Vizinhança – EIV, pela empresa MRV MRL XXXVIII LTDA E MRV MRL XXXIX LTDA KENNEDY 01 E KENNEDY 02, localizado na área da Rua João Cabral de Melo Neto, s/nº , Jockey Club, nesta cidade.  Estará disponível para consulta prévia, cópia impressa e digital do referido EIV, na Coordenação de Licenciamento Ambiental da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, entre os dias 20/08/2014 a 03/09/2014. O munícipe e/ou conselheiro interessado poderá obter cópia do EIV mediante a entrega de um CD.

Campos dos Goytacazes - RJ, 15 de agosto de 2014



Zacarias Albuquerque Oliveira
Presidente do Conselho Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo






Com construção alternativa, casa no litoral de SP é a primeira certificada no Brasil

Com construção alternativa, casa no litoral de SP é a primeira certificada no Brasil
Agosto de 2014 • 

Sendo a construção um setor altamente poluente, a busca por certificações e alternativas mais sustentáveis se torna cada vez mais necessária. O escritório de engenharia LCP é um exemplo brasileiro de que é possível construir com impactos muito menores. A prova disso é que um dos projetos residenciais feitos pelo grupo recebeu durante a 5ª Expo Greenbuilding Brasil o primeiro selo de Referencial GBC Brasil Casa.
Localizada em Maresias, no litoral de São Paulo, a residência é de alto padrão e possui 1.880 m² de área construída. No entanto, seu principal diferencial é a utilização de Painéis de Argamassa Armada com miolo de Poliestireno Expandido (EPS), que substituem as paredes tradicionais de concreto ou tijolo.

Foto: Divulgação
Apesar de não ser ainda muito famosa no Brasil, esta tecnologia é bastante comum na Europa e Estados Unidos, a própria LCP já a utiliza em projetos nacionais desde 1990 e, inclusive, fabrica o material aqui, em parceria com empresas brasileiras. No ano passado, a empresa construíu um protótipo de habitação popular utilizando este mesmo sistema (veja aqui).
As placas são feitas de poliestireno expandido, tela de aço e argamassa. Ao contrário do que possa se pensar, este é um sistema altamente resistente, criado para suportar terremotos e furacões. Além disso, ele praticamente não deixa resíduos na obra, fator essencial para garantir a sustentabilidade de um projeto.
Em entrevista ao CicloVivo, a engenheira Lourdes Cristina Printes, explicou que este processo é muito mais rápido do que uma construção tradicional. A casa em Maresias foi construída em apenas oito meses. “Nós ganhamos em tempo. Isso chega a economizar 20%, pela redução dos gastos com mão-de-obra”, esclarece a especialista. Os custos durante a fase de construção também são minimizados pela economia em materiais como madeira e cimento, fatores que compensam o investimento na tecnologia.
Para que conseguisse a certificação, o projeto teve que atentar a muitos outros fatores, desde a limpeza no canteiro de obras até a utilização de fontes renováveis de energia. Um dos bons exemplos do projeto, segundo a engenheira, foi a reutilização da água da chuva. O que seria um problema, virou uma ótima saída. Durante as obras choveu muito no litoral paulista, mas isso não foi em vão. Com um sistema de coleta e armazenamento, a água da chuva foi usada em 60% de toda a argamassa usada na residência.
Dentro da casa, os materiais, principalmente relacionados à água e energia, foram os mais eficientes possíveis. A residência conta com sistema de aquecimento solar e também utiliza placas fotovoltaicas para produzir sua própria energia limpa. As medições individualizadas facilitam o controle sobre o consumo de energia e ajudam a minimizar o desperdício. Nas áreas externas foram utilizados pisos drenantes e a economia de água usada para a irrigação do sistema chega a 72%.

Imagem: Divulgação
A utilização das placas de EPS permite que, mesmo em uma obra deste porte, os resíduos gerados sejam mínimos e até reaproveitados. Portanto, quase nada é descartado. Especificamente em Maresias, Lourdes explica que os restos do isopor foram doados às escolas da comunidade e os resíduos do ferro voltam ao fabricante para serem reutilizados.
A engenheira também lembra que em qualquer construção sustentável, o projeto arquitetônico é essencial. Considerar as condições climáticas e geográficas é essencial para aproveitar os benefícios naturais da melhor maneira possível, como a iluminação e ventilação. O impacto disso é sentido da eficiência da estrutura e no bem-estar dos moradores.

Iniciativa Verde planta mais de 1 milhão de árvores na Mata Atlântica

Iniciativa Verde planta mais de 1 milhão de árvores na Mata Atlântica
22 de Agosto de 2014 • Atualizado às 11h23


A Iniciativa Verde superou a marca de um milhão de árvores plantadas em áreas de preservação e recuperação ambiental. Os plantios são feitos pela organização com o intuito de compensar as emissões de carbono das mais diversas atividades.
O bioma que mais recebeu novas árvores durante os nove anos de trabalho da OSCIP foi a Mata Atlântica. Os projetos desenvolvidos em São Paulo, Paraná, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Bahia e Rio Grande do Sul representam 97,6% do total de áreas árvores plantadas e hectares restaurados pela organização até o momento. O restante se concentra em áreas da Amazônia brasileira.
A Iniciativa Verde garante que os plantios são realizados prioritariamente em áreas degradadas de mananciais e nascentes. Assim sendo, o trabalho ganha ainda a função de ajudar a preservar fontes de água e impactar diretamente a vida da população local e de comunidades distantes, mas que dependem das mesmas fontes de recursos naturais.
A ferramenta que registra e calcula os plantios já marca 1.065.571 novas árvores. Mesmo que o número seja alto, recompor a Mata Atlântica é uma tarefa que ainda exige um esforço muito maior. O bioma brasileiro é um dos mais importantes do mundo, reunindo mais de 20 mil espécies vegetais, 849 de aves, 370 de anfíbios, 200 de répteis, 270 de mamíferos e 350 de peixes.
De acordo com a ONG SOS Mata Atlântica, restam apenas 8,5% da vegetação original do bioma, que era de 1.315.460 km2. Porém, com o passar dos anos a urbanização, agropecuária, exploração predatória, industrialização e poluição, a área foi sendo dizimada. O caminho para compensar essas perdas ainda é bem grande.
Redação CicloVivo

Cidades brasileiras gastam 5 vezes menos em gestão de resíduos sólidos urbanos que estrangeiras

Cidades brasileiras gastam 5 vezes menos em gestão de resíduos sólidos urbanos que estrangeiras


Os municípios brasileiros gastam cinco vezes menos em gestão de resíduos sólidos urbanos (RSU) do que a média das cidades internacionais. A constatação, divulgada ontem (5), é da pesquisa Três Anos Após a Regulamentação da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS): Seus Gargalos e Superação, encomendada pelo Sindicato das Empresas de Limpeza Urbana no Estado de São Paulo (Selur) e pela Associação Brasileira de Resíduos Sólidos e Limpeza Pública (ABLP). O levantamento foi feito pela PricewaterhouseCoopers (PwC).
De acordo com a pesquisa, a média de gastos na gestão de resíduos das cidades internacionais aumentou de R$ 430, em 2009, para R$ 501 em 2012. Já nas cidades brasileiras, a média aumentou de R$ 88,01 (2009) para R$114 (2012). A média dos custos das cidades brasileiras é cinco vezes menor quando comparada à média dos custos das cidades internacionais. A comparação usou como parâmetro de equidade o Índice Big Mac, e considerou que cidades de mesmo porte geram quantidades similares de resíduo.
No total, foram analisadas 52 prefeituras das cinco regiões do Brasil com Índice de Desenvolvimento Humano Municipal (IDHM) na faixa entre bom e ótimo. As cidades internacionais avaliadas foram Tóquio, Cidade do México, Barcelona, Roma, Paris, Nova Iorque, Londres, Buenos Aires e Lima.
O estudo destaca que, entre as cidades analisadas, São Paulo e Tóquio, as mais populosas, produzem volume per capita de resíduos muito similar. No entanto, quanto aos gastos em serviços de limpeza urbana, Tóquio gasta dez vezes mais que São Paulo.
“Os investimentos realizados atualmente pelos municípios brasileiros não são suficientes para alcançar os objetivos da PNRS [Política Nacional de Resíduos Sólidos], tanto quanto os níveis dos sistemas existentes nas cidades internacionais”, ressalta o estudo.
O documento aponta que o grande problema para evolução dos indicadores nas cidades brasileiras é o baixo valor agregado do resíduo sólido no Brasil. “Quanto mais valor é agregado ao resíduo, menos desperdício ocorre no consumo, o que, por sua vez, reduz a probabilidade da geração de passivos. Por outro lado, ao agregar valor ao resíduo, há a possibilidade de criação e manutenção dos mercados de reciclagem, que hoje sofrem pela flutuação dos valores”.

sexta-feira, 29 de agosto de 2014

Guerra por água revela crise de governança no Brasil

Guerra por água revela crise de governança no Brasil

Para especialistas, governo falha em dar respostas adequadas às crises hídricas, o que coloca em risco a própria legitimação de suas instituições

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Vanessa Barbosa
EXAME.com - 18/08/2014
Olearys/Creative Commons/Flickr

O conflito entre Rio de Janeiro e São Paulo em torno do rio Paraíba do Sul é apenas o sintoma mais visível de um problema grave: a crise de governança da água. Para especialistas, o governo brasileiro falha em dar respostas adequadas às crises hídricas, o que coloca em risco a própria legitimação de suas instituições.

A investida da companhia de eletricidade de São Paulo (CESP) de reduzir a vazão de água da Usina
Hidrelétrica Jaguari - contrariando determinação do ONS e diminuindo assim a quantidade de água do Paraíba do Sul que segue para o Rio de Janeiro - é indicação clara do problema.

Outro sinal: o risco da disputa em torno da transposição do Paraíba do Sul ir parar no Supremo Tribunal Federal (STF). A proposta enfrenta a resistência do governo fluminense e é tema de uma ação do Ministério Público Federal de Campos.

"Quando a gente chega a esse ponto é porque a crise tem sido de governança. A gestão da água vinha numa crescente focada na administração por bacias hidrográficas, mais descentralizada e mais participativa. Infelizmente, na última década, temos tido uma fragilidade, um desmonte desse tipo de gestão, muito desencadeado pelo governo federal. E isso tem a ver, por exemplo, com o enfraquecimento da ANA, que tem menos poder do que a Aneel", afirma Malu Ribeiro, coordenadora da Rede das Águas da SOS Mata Atlântica.

Para ela, a crise da governança ficou explicita na transposição do Rio São Francisco, "quando todos os comitês de bacias da região foram contra a obra, e mesmo assim ela foi à frente e a questão foi para a justiça, e agora temos uma obra inacabada".

Esse episódio foi, segundo Malu, o primeiro abalo na estrutura do sistema de recursos hídricos no Brasil. "Se os comitês deliberaram contra, por questões técnicas e ambientais, por que foram ignorados?", questiona.

Outro caso problemático, na visão da especialista, foi a expansão de PCHs (pequenas centras hidrelétricas) em Minas Gerais, que estavam sendo licenciadas, mas o Ministério Público teve que revogar as licenças porque não foi feito um estudo de impacto ambiental nas bacias hidrográficas afetadas. "Minas Gerais, que é popularmente conhecida como caixa d’água no Brasil, acabou sendo enfraquecida pelo confronto judicializado entre o setor elétrico e o de água", acrescenta.

RIO X SP Para Márcio Pereira, especialista em meio ambiente do L.O. Baptista-SVMFA, as disputas judiciais não resolvem o problema hídrico. Segundo ele, nem São Paulo, nem o Rio de Janeiro e tampouco o governo federal, têm cumprido com suas obrigações de gestão.

"As nossas agências reguladoras deveriam fazer a mediação de conflitos, mas esse papel ainda não foi implementado. Cabe ao governo fazê-lo. É o processo de integração entre diferentes politicas que está faltando. O setor elétrico tem uma política, o setor de resíduos tem outro, o de água tem outro, assim fica difícil", pontua.

São Paulo e Rio, segundo ele, poderiam aproveitar a oportunidade para reunir todos os atores que fazem uso da água e encontrar uma solução apartidária, buscar uma oportunidade de iniciar um novo modelo de gestão a fim de evitar conflitos nos próximos anos.

"Sem mexer na nossa Constituição, poderíamos criar um sistema único que centralizasse todos os órgãos. Porque a água é continua, ela só vai ter diferentes domínios de forma circunstancial", completa.

Arthur Rollo, advogado e professor da Faculdade de Direito de São Bernardo, alerta para a tendência dos conflitos de água aumentarem à medida que as fontes atuais são exauridas ou poluídas.

"O poder público tem o dever de preservar os recursos naturais. Isso devia ser permanente. Na verdade, países conscientes em relação à água usam essa política de forma permanente. Mas aqui a gente suja a água da represa, e tem que gastar muito dinheiro para tratar e gerar agua potável", diz.

Mas a população também tem papel ativo. "Tem um principio do direito ambiental que é o principio da
participação ambiental, todos têm que participar ativamente da preservação dos recursos naturais para a presente geração e para o futuro. Tem que preservar, fiscalizar e cobrar", finaliza
.