sexta-feira, 8 de novembro de 2013

5 dicas de artesanatos feitos com canos reaproveitados

5 dicas de artesanatos feitos com canos reaproveitados



Os canos são constantemente utilizados em construções e reformas e é bastante comum haver pequenas sobras. Esses resquícios podem ser transformados em novos objetos, da mesma maneira que os canos reaproveitados podem ganhar nova vida.
Os canos são muito versáteis, por isso oferecem diversas possibilidades de combinações para os mais distintos artesanatos. A criação pode variar de acordo com o diâmetro do cano. O CicloVivo separou algumas sugestões:
Suporte para notebook
Esta opção é ideal para quem usa computadores portáteis em bancadas. O suporte feito em PVC mantém o notebook inclinado, facilitando a ventilação. Para fazer um desses é necessário ter canos com diâmetro de dois centímetros, seis conectores, tinta spray e uma pequena serra. Os detalhes do passo a passo estão disponíveis no site SuperZiper.

Fotos: SuperZiper.com    
Estantes para livros
Os canos de ferro com diâmetro baixo podem ser reaproveitados conforme sugestão da designer norte-americana Stella Bleu, que os transformou em estantes para livros. A ideia dá margem a diversas opções de estéticas. Em geral, é necessário apenas fixar os canos a uma distância curta da parede, para que os livros permaneçam apoiados entre ela e o suporte.

Fotos: Stella Bleu    
Sapateira
Os canos com maior diâmetro podem ser úteis para acomodar calçados. A ideia foi publicada inicialmente no site norte-americano Apartment Therapy. Para replicá-la é necessário ter canos no mesmo diâmetro, cortados no mesmo comprimento, para permanecerem uniformes. A quantidade de “cubos” pode variar de acordo com a disponibilidade e para fixá-los basta usar uma tira de borracha.

Fotos: Apartment Therapy    
Adega
A adega pode ser feita de duas maneiras: com canos em diâmetro próximo ao das garrafas de vinho ou reaproveitando latas de alumínio. A técnica aplicada pode ser a mesma da sapateira. Para fazer uma adega menor, é possível colar os canos em formato de pirâmide, conforme mostrado na imagem abaixo.

Fotos: Planet Forward    
Flauta
Os canos de PVC podem se transformar até mesmo em instrumentos musicais. Além de serem úteis à percussão, eles podem originar flautas. A sugestão é do colombiano Mauricio Diaz, que ensina em seu site o passo a passo de um modelo baseado na flauta tradicional irlandesa Tin Whistle.

Clique aqui para ver como fazer uma cadeira de rodas para cães utilizando canos de PVC.

MINISTRA DO MEIO AMBIENTE LANÇA CADASTRO AMBIENTAL RURAL NO RJ

MINISTRA DO MEIO AMBIENTE LANÇA CADASTRO AMBIENTAL RURAL NO RJ
01/ 11/ 2013
Fotografia de Luiz Morier
O produtor rural do Rio de Janeiro que regularizar sua propriedade terá alguns benefícios, dentre os quais, facilidade na obtenção de créditos agrícolas e até o recebimento de recursos por preservar o meio ambiente.

Isto será possível a partir de agora, com a implantação do Sistema Nacional de Cadastro Ambiental (SiCar) no Estado do Rio de Janeiro, que foi oficialmente lançado hoje (1/11) na capital fluminense, em cerimônia na sede da Secretaria de Estado do Ambiente, no Centro, com a participação da ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do secretário do Ambiente, Carlos Minc, entre outros.

O Estado do Rio de Janeiro possui, aproximadamente, 67 mil explorações rurais, das quais, 90% estão na ilegalidade. Com o apoio do Governo do Estado, o Rio de Janeiro é o terceiro estado a receber o lançamento dessa ferramenta, que permite o registro público dos imóveis rurais e faz parte do processo de implantação do Cadastro Ambiental Rural (CAR) em todo o país.

O CAR é um dos instrumentos fundamentais para a implementação do Código Florestal e a promoção de iniciativas de preservação ambiental. A implantação do CAR é uma importante iniciativa para a regularização das terras em conformidade ao Código Florestal. O acordo para a implantação do cadastro prevê uma série de ações conjuntas de apoio à regularização ambiental das propriedades rurais fluminenses.

REGISTRO ELETRÔNICO

O CAR é um registro eletrônico de âmbito nacional que será obrigatório para os proprietários rurais de todos os estados. O cadastro reunirá todas as informações ambientais pertinentes às propriedades e às posses no campo, como a delimitação das áreas de reservas legais e das APPs (Áreas de Proteção Permanente), formando, assim, um precioso banco de dados para o controle, monitoramento, planejamento ambiental e econômico e combate ao desmatamento.

A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, disse que a expectativa é que seja implantado o Sistema Nacional de Cadastro Ambiental em todo o país até 30 de novembro. Em sua fala, Izabella destacou a importância do CAR para o produtor rural:

“Com a Lei 12.651/2012, que institui o “novo” Código Florestal, foram reconhecidas a história e a importância do setor rural. A nova lei fomenta a regularização ambiental dos imóveis rurais, por um lado, incentivando a recuperação ambiental das áreas mais relevantes e, por outro, garantindo a segurança jurídica ao agricultor para que possa continuar exercendo suas atividades econômicas nas áreas consolidadas, e entre as principais inovações, está o Cadastro Ambiental Rural. Ao se cadastrar, o produtor rural cumpre a legislação brasileira que determina que todo produtor rural tem que fazer o cadastro de sua propriedade. Quem não tiver em sua propriedade áreas preservadas, passará por um programa de recuperação ambiental”, explicou Izabella Teixeira.

DEMANDA ANTIGA

Ao seu lado, o ex-ministro do Meio Ambiente e atual secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, disse que foram aprovados recursos de R$ 2 milhões, do Fundo Estadual de Recursos Hídricos (Fundrhi), para a implantação de sedes operacionais do SiCar nos nove Comitês de Bacias Hidrográficas em que os produtores rurais poderão fazer o cadastro de sua propriedade:

“O Cadastro Ambiental Rural é uma demanda antiga dos ecologistas e da agricultura familiar. Isso porque, no Estado do Rio de Janeiro, 90% dos produtores rurais estão na ilegalidade. Isso significa que, de forma instantânea e gratuita, o produtor poderá regularizar sua situação. E quem tiver preservado a mais vai poder até ganhar algum dinheiro, e poderá compensar, por exemplo, o produtor rural vizinho que preservou a menos. Na Bolsa Verde de Ativos Ambientais, há créditos de ativos florestais. Então, o produtor rural que tiver preservado a mais em sua propriedade poderá negociar com um produtor rural que tenha preservado menos e, com isso, ganhar algum dinheiro”, explicou o secretário.

Também presente ao evento, o secretário estadual de Agricultura, Christino Áureo, destacou que o próximo passo é a regulamentação do SiCar através de decreto a ser assinado pelo governador Sérgio Cabral nos próximos dias:

“Essa regulamentação irá definir os mecanismos de compensação para aqueles que precisam regularizar sua propriedade rural. Nós temos 350 comunidades envolvidas com a preservação ambiental. É o maior programa de agricultura sustentável em execução no Brasil, apoiado pelo Banco Mundial com recursos de US$ 140 milhões, e isso nos permite cumprir a lei de maneira voluntária”, destacou Christino Áureo.

A professora Izabelli Teixeira, 38 anos, recebeu das mãos da ministra o comprovante de cadastro da propriedade rural de seu pai, o produtor rural e pecuarista Israel Badini, 71 anos. Situada no Município de Macuco, na Região Serrana do Rio, a propriedade possui 213 hectares, das quais 79 hectares são de áreas florestadas, ou seja, de vegetação nativa.

Falar um segundo idioma pode retardar o aparecimento de demências

Falar um segundo idioma pode retardar o aparecimento de demências

  • Maior estudo feito sobre o tema até hoje defende que doenças demoram até quatro anos e meio para se manifestar


Segundo idioma exercita área cerebral relacionada a tarefas de atenção
Foto: Arquivo

Segundo idioma exercita área cerebral relacionada a tarefas de atenção Arquivo
MINNEAPOLIS – No maior estudo sobre o tema até hoje, publicado na edição on-line na revista Neurology, pesquisadores mostram que falar um segundo idioma pode retardar o aparecimento de três tipos de demências em cerca de quatro anos e meio, em comparação com aquelas que falam apenas um idioma. A diferença também foi encontrada em analfabetos, e não houve benefício extra para aqueles que falavam mais de dois idiomas.
- Falar mais de um idioma leva a um melhor desenvolvimento de áreas do cérebro responsáveis por funções executivas e tarefas de atenção, que ajudam a proteger dessas doenças - explica o autor do estudo, Suvarna Alladi, do Instituto Nizam de Ciências Médicas em Hyderabad, na Índia.
Para este estudo, foram avaliados 648 indianos com uma média de idade de 66 anos que eram diagnosticados com demência. Desses, 391 falavam dois ou mais idiomas. Um total de 240 tinham Alzheimer, 189 sofriam de demência vascular e 116, demência frontotemporal. Catorze por cento eram analfabetos.
O efeito dois idiomas no aparecimento da demência foi mostrada separadamente de fatores como educação, gênero, ocupação e localização geográfica - cidade ou campo.


Leia mais sobre esse assunto  http://oglobo.globo.com/saude/falar-um-segundo-idioma-pode-retardar-aparecimento-de-demencias-10703903#ixzz2k52PNtp4 

Obras de Belo Monte são novamente paralisadas

Obras de Belo Monte são novamente paralisadas



As obras da usina hidrelétrica de Belo Monte foram novamente paralisadas, graças à ordem dada pelo Tribunal Regional Federal da 1ª Região, em Brasília. O Ministério Público Federal informou que a interrupção é justificada devido à ilegalidade no licenciamento da construção da polêmica unidade de geração de energia do Pará.
Só agora a decisão da Justiça vem atender à ação do MPF, que foi ajuizada em 2011, a qual questionava a emissão de uma licença parcial para os canteiros de obras da usina, que ia de encontro aos próprios laudos técnicos do IBAMA e que causou indignação em boa parte da sociedade. "A licença foi concedida sem que as condicionantes da fase anterior, da Licença Prévia, fossem cumpridas", declarou o MPF.
As obras foram imediatamente suspensas na última sexta-feira (25), pelo desembargador Antonio Souza Prudente, que também proibiu o BNDES de doar recursos para a execução da obra, até que sejam cumpridas as condicionantes. "[Foi determinada a suspensão] até o efetivo e integral cumprimento de todas as condicionantes estabelecidas na Licença Prévia, restando sem eficácia as Licenças de Instalação e as Autorizações de Supressão de Vegetação já emitidas ou que venham a ser emitidas antes do cumprimento de tais condicionantes", diz a decisão.
O Consórcio Construtor Belo Monte (CCBM) e a Norte Energia, companhia elétrica responsável pela usina, alegaram não saber que as obras foram paralisadas. De acordo com a revista Exame, será aplicada uma multa de 500 mil reais por dia caso a decisão estabelecida não seja cumprida no canteiro de obras.
A decisão, que agrada a boa parte da sociedade civil, é encarada com maus olhos pelas empresas que detêm ações sobre a UHE Belo Monte. Na extensa lista de acionistas da Norte Energia, aparecem Eletrobras, Light, Cemig e Neoenergia, além dos fundos Funcef e Petros.
fonte:REVISTA EXAME

Empresas B: movimento global pelos negócios verdes chega ao Brasil

Empresas B: movimento global pelos negócios verdes chega ao Brasil

Débora Spitzcovsky - Planeta Sustentável -




Conscientizar e certificar empresas que, além de lucrar, usam seus negócios para ajudar a resolver problemas sociais e ambientais, é a grande missão do movimento global Empresas B, criado em 2006 nos EUA pela organização sem fins lucrativos 

B-Lab



A iniciativa, que já soma mais de 830 companhias certificadas em 28 diferentes países, chega ao Brasil neste mês de outubro. Em 24/10, o Empresas B será lançado, em evento fechado em São Paulo, com o intuito de ajudar as companhias nacionais a redefinir o conceito de "sucesso". 



"Nosso primeiro passo no Brasil será criar uma comunidade de empresas certificadas, comprometidas em medir o que realmente importa e em usar o poder de seus negócios como acelerador de uma evolução sistêmica", explica Marcel Fukayama, CEO do Comitê para Democratização da Informática (CDI), primeira companhia brasileira a ser certificada como Empresa B.



Junto com o Sistema B - representante da América Latina do movimento Empresas B -, o CDI promove o evento de lançamento da iniciativa no Brasil. O encontro Construindo o Sistema B Brasil contará com a presença de renomados investidores, líderes empresariais, pesquisadores e acadêmicos. 



Entre eles: 
Caco de Paula, diretor do Planeta Sustentável;
Ricardo Abramovay, sociólogo e autor do livro Muito Além da Economia Verde, lançado pelo selo Planeta Sustentável; 
Guilherme Leal, cofundador da Natura; 
Jorge Abrahão, presidente do Instituto Ethos e 
Jay Coen Gilbert, co-fundador do B-Lab. 



Ao longo da semana, o movimento ainda promoverá outros eventos, como encontro com potenciais Empresas B de diferentes setores brasileiros.

quinta-feira, 7 de novembro de 2013

A turma do caviar


Reprodução do site da revista Exame
Reprodução do site da revista Exame


Não sabia que o Ministro da Fazenda, Guido Mantega era da turma do caviar. Aliás, quem gosta muito de caviar é Cabral e a Gangue dos Guardanapos. É um absurdo essa mordomia com o dinheiro público. Canapés de caviar! Acho que a Presidente Dilma vai dar "um puxão de orelhas" no ministro Mantega. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

Primeira escola a adotar cardápio 100% vegetariano comemora rendimento dos alunos

Primeira escola a adotar cardápio 100% vegetariano comemora rendimento dos alunos


Do portal EcoD
Enquanto o Congresso Nacional está para aprovar no Brasil um projeto de lei que proíbe as cantinas das escolas de vender bebidas com baixo teor nutricional ou alimentos com quantidades elevadas de açúcar, de gordura saturada, de gordura trans ou sódio, uma escola pública de Queens, nos Estados Unidos, já colhe os frutos por ter sido a primeira do país a adotar um cardápio 100% vegetariano.
A medida implantada no início de 2013 faz com que as cantinas e o refeitório ofereçam hambúrgeres e cachorros-quentes de tofu, saladas e outros pratos saudáveis para as crianças. O Comitê de Médicos para uma Medicina Responsável reconheceu a escola por seus esforços em prol de um alimentação saudável para os estudantes.
Só para se ter ideia, quase um terço das crianças nos Estados Unidos encontra-se em risco de desenvolver doenças que poderiam ser evitadas, como diabetes e problemas cardíacos, devido ao excesso de peso ou mesmo já por conta da obesidade.
Mudanças positivas
"Houve muitas mudanças positivas na escola: os alunos mostram mais atenção, energia e um melhor desempenho acadêmico", destacou o diretor do colégio, Bob Groff, ao jornal Daily News. "Acreditamos que os alunos melhoram seus desempenhos quando contam com escolhas alimentares mais saudáveis e são informados sobre elas", acrescentou.

São Paulo lança programa para proteger animais silvestres

São Paulo lança programa para proteger animais silvestres



O estado de São Paulo lançará na próxima quinta-feira (30), o Programa Estadual de Destinação e Combate ao Tráfico de Animais Silvestres. A iniciativa visa ampliar a proteção e a conservação da fauna, com ações voltadas para a educação ambiental, recepção e destinação adequada e fiscalização, combatendo e reprimindo o tráfico ilícito e o comércio ilegal de animais silvestres. O programa será lançado em Espírito Santo do Pinhal na Área de Soltura e Monitoramento de Fauna Silvestre (ASM) Fazenda São Pedro.
Em São Paulo, 187.566 animais foram apreendidos ou resgatados em 10 anos pela Policia Militar Ambiental. Na prática, a iniciativa visa melhorar a recepção e a destinação destes animais. Fazendo com que os resgatados cheguem aos Centros de Triagem de Animais Silvestres (CETAS) e Centros de Reabilitação de Animais Silvestres (CRAS), por serem os empreendimentos autorizados e com capacidade de triar e reabilitar adequadamente os animais. Após, a soltura é realizada técnica e adequadamente, nas ASMs.
Resoluções
Uma das resoluções estabelece diretrizes e procedimentos para recepção e destinação de animais silvestres provenientes de apreensão, resgate ou entrega espontânea. A segunda resolução cria o Programa de Identificação de Animais Silvestres. Tal medida é estratégica e permitirá o controle e rastreamento e acompanhamento dos animais por sistema eletrônico.
Proteção de aves
De 2006 a 2012, um total de 82% dos animais silvestres apreendidos ou resgatados pela Polícia Ambiental eram aves. O Governo de São Paulo e a SAVE-Brasil assinam convênio para unir esforços para o estabelecimento de diretrizes voltadas à soltura e monitoramento de aves apreendidas, resgatadas ou entregues espontaneamente, em áreas de soltura e monitoramento cadastradas.
De acordo com o BirdLife International, o Brasil é o quarto país no mundo em número de aves ameaçadas devido a super exploração, o que inclui aves capturadas para servirem como animais de estimação. Quando realizada de maneira planejada e monitorada, a soltura de aves pode ser decisiva na recuperação de populações naturais, resolvendo também o problema dos viveiros lotados e custos de manutenção.
O convênio prevê a geração de um protocolo de soltura e monitoramento de aves nas ASMs do estado. A entidade testará o protocolo em áreas pilotos de São Paulo.

Brasileiros finalmente debatem testes em animais

País parece ter acordado para a questão do uso de animais para o desenvolvimento de remédios, cosméticos e no treinamento de profissionais da saúde


O caso da invasão do Instituto Royal, em São Roque, São Paulo, por ativistas buscando "libertar" Beagles na semana passada trouxe à tona um tema que estava distante das rodas de conversas: os testes em animais.
Utilizados na indústria farmacêutica, de cosméticos e na academia – em faculdades como Medicina, Biologia e Veterinária –, os testes em animais são defendidos por pesquisadores, médicos e empreendedores como necessários para garantir que os efeitos de determinadas substâncias sobre os humanos não sejam prejudiciais e no treinamento acadêmico de profissionais.
Porém, os animais tocam o lado sentimental de muitas pessoas, que acabam por questionar a necessidade desse procedimento e o conhecimento que é gerado por ele. Elas argumentam que os testes não são válidos, usam extrema crueldade e que o ser humano não tem o direito de causar sofrimento a outros animais.
Vídeos e relatos dessas cenas estão por toda a parte, e seria impossível dizer que não há abuso em vários casos.
No caso do documentário ‘Não Matarás’, do Instituto Nina Rosa, a situação se mostra realmente chocante – como em testes de toxicidade em que 50% dos animais morrem em 24 horas ou em outros em que cosméticos são testados nos olhos de um coelho – e diversos especialistas argumentam sobre a quantidade de informações divergentes da alegação de que não há alternativas e de que não seria crueldade.
Uma das práticas mais combatidas é a vivissecção, quando são realizadas intervenções em animais vivos com propósitos científicos, como por exemplo a observação de fenômenos fisiológicos ou comportamentais a partir da administração de substâncias químicas.
Em ‘Não Matarás’, um estudante descreve um inesquecível episódio em que, para demonstrar o efeito da estricnina, um rato foi aberto (vivissecção) e ao ser injetada em seu estômago, a substância provocou uma forte convulsão no animal. Após procedimentos como este, os animais geralmente são mortos e descartados.
Segundo a ONG PETA, anualmente mais de 100 milhões de animais (ratos, camundongos, sapos, cães, gatos, coelhos, macacos, porcos, aves) são mortos apenas nos laboratórios dos Estados Unidos para lições de biologia, medicina, experimentações e testes farmacêuticos e de cosméticos.
Mas, de pouco em pouco, parece que cenário tende a mudar. Além do reconhecimento da senciência – capacidade de sentir dor física e psíquica – dos animais, em meados de 2007 neurocientistas de todo o mundo assinaram um manifesto afirmando que todos os mamíferos, aves e outras criaturas têm consciência. Ou seja, possuem a noção de si mesmos, do ambiente que os cerca e do outro, de sua espécie ou de espécie diferentes.
Ao ser perguntado por jornalistas se as conclusões do manifesto tiveram algum impacto sobre o seu comportamento, o renomado neurocientista canadense Philip Low respondeu: "Acho que vou virar vegano. É impossível não se sensibilizar com essa nova percepção sobre os animais, em especial sobre sua experiência do sofrimento." (Leia a entrevista)
"O mundo gasta 20 bilhões de dólares por ano matando 100 milhões de vertebrados em pesquisas médicas. A probabilidade de um remédio advindo desses estudos ser testado em humanos (apenas teste, pode ser que nem funcione) é de 6%. É uma péssima contabilidade", lamentou Low.
Legislação
A prática de testes em animais é permitida de acordo com a lei nº 11.794, editada em 2008 pelo deputado Sérgio Arouca, sendo chamada de Lei Arouca. Ela permite o uso de animais para ensino e pesquisa, desde que respeitadas acomodações, regras sanitárias e que não haja crueldade.
De acordo com a lei, os testes em animais são regulamentados pelo Conselho Nacional de Controle de Experimentação Animal (Concea), um órgão do Ministério da Ciência e Tecnologia (MCTI).  O conselho deve estabelecer procedimentos para instalação e funcionamento de centros de criação e laboratórios onde há experimentação animal.
Para que o credenciamento ocorra no Concea, é necessário que a instituição crie sua própria Comissão de Ética no Uso de Animais (CEUA). No caso da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), a única cadeira da CEUA ocupada por uma entidade civil é da Associação Catarinense de Proteção aos Animais (ACAPRA).
E, infelizmente, o que a ONG denuncia é que a aplicação dos protocolos aprovados da CEUA não é fiscalizada.
Além da ausência de monitoramento das atividades, a Advogada Renata Fortes, especialista na proteção judicial dos animais, ressalta que a Lei Arouca é inconstitucional diante do sistema legal de proteção à fauna – ponto reforçado pela liminar concedida pelo Juiz Marcelo Krás Borges, da Comarca de Florianópolis, na Ação Civil Pública 009684-86.2013.404.7200/SC contra a UFSC.
Ela argumenta que a legislação nacional, desde 1934, possui normas legais de proteção aos animais, colocando-os como sujeitos de direito, e que isso foi reforçado a partir da Constituição Federal de 1988, "já que a ordem democrática baseia-se em regras de natureza ética, onde o direito à vida é privilegiado em todas as relações".
“Eticamente, não é certo usarmos os animais como meio para atingirmos finalidades que somente a nós interessam, vivemos em uma democracia que repudia a exploração de qualquer ser pelo uso da força. Animais, comprovadamente, possuem o mesmo interesse em viver que nós”, nota.
“Além disso, eles não têm a propensão de se revoltar pela condição de confinamento ou tortura. Da mesma forma que respeitamos idosos ou crianças, devemos fazer com os animais” continua a advogada.
Nesta linha, a Declaração Universal dos Direitos dos Animais (ONU, 1978), da qual o Brasil é signatário, coloca que “todos os animais nascem iguais perante a vida e possuem o mesmo direito à existência”.
Fortes explica que apenas lendo a Constituição Federal é possível notar o quanto a Lei Arouca é equivocada.
Por exemplo, o Artigo 225, discorre que “todos têm direito ao meio ambiente ecologicamente equilibrado, bem de uso comum do povo e essencial à sadia qualidade de vida” e que para assegurar a efetividade desse direito, o Poder Público deve “proteger a fauna e a flora, vedadas, na forma da lei, as práticas que coloquem em risco sua função ecológica, provoquem a extinção de espécies ou submetam os animais à crueldade”.
“Nesse artigo, a Constituição Federal prevê o direito fundamental dos animais ao tratamento livre de crueldade, e para nós o poder público tem o dever de garanti-lo,” ressalta Fortes.
A CF também traz em seu artigo 3º como objetivo fundamental da República Federativa do Brasil “construir uma sociedade livre, justa e solidária” e “promover o bem de todos”.
O Artigo 32 da Lei de Crimes Ambientais (Lei 9605/98) define penas para quem “praticar ato de abuso, maus-tratos, ferir ou mutilar animais silvestres, domésticos ou domesticados, nativos ou exóticos” – ainda que para fins didáticos ou científicos, quando existirem recursos alternativos.
Ou seja, quando para determinado experimento houver um método substitutivo, o animal não poderá ser utilizado.
“Mas, mesmo que haja essa previsão de crime pelo uso de animais quando houver um método substitutivo, pela leitura da Constituição Federal não há como interpretar de forma diversa: qualquer teste em animal significa uma prática cruel, mesmo com o uso de anestesia, ou seja, viola-se a norma constitucional. É fácil percebermos isso, basta trocarmos um animal por uma criança, não seria crueldade?”, pondera a advogada.
No âmbito governamental, a questão começou a ganhar foco com a criação da Rede Nacional de Métodos Alternativos (RENAMA) ao uso de animais, através da portaria nº 491 de 03.07.2012 do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI).
O órgão ainda está sendo implementado, porém é importante ficar claro que há o reconhecimento da validade dos métodos alternativos já que o Ministério da Educação (MEC) homologa os diplomas de universidades que os aplicam.
No caso da UFSC – onde a universidade teve que suspender temporariamente o uso de animais –, citando duas decisões de Tribunais superiores sobre a proibição de animais em circo, o juiz Marcelo Krás Borges afirmou que a retaliação de animais para fins cirúrgicos constitui tratamento ainda mais cruel do que a utilização de animais em circos.
Numa das decisões, o ministro Humberto Martins, do Superior Tribunal de Justiça, relator do Recurso Especial 1.115.916, diz na ementa: ‘‘A condenação dos atos cruéis não possui origem na necessidade de equilíbrio ambiental, mas sim no reconhecimento de que são dotados de estrutura orgânica que lhes permite sofrer e sentir dor.’’
Ensino
O uso dos animais no ensino ainda é extremamente disseminado no Brasil, e também altamente criticado.
Há denúncias que mostram o medo dos estudantes em expressar sua rejeição a esses métodos, já que são notoriamente repreendidos por professores e colegas. A “dessensibilização” dos alunos, para afastar qualquer desconforto, começa com o animal sendo rotulado com termos como “peça”, “modelo”, “material de estudo” e com argumentos como que ele estaria ali para isso.
"O uso de animais expõe o estudante muita vezes a contradições, como a de matar para salvar, ou desrespeitar para respeitar. Impõe a muitos estudantes a decisão de cumprir com a tarefa e deixar para trás seus princípios éticos e/ou minimizar suas condições emocionais", critica Thales Tréz, coordenador da Interniche Brasil e professor da Universidade Federal de Alfenas, Minas Gerais, no livro 'Alternativas ao uso de animais vivos na educação'.
A publicação é de autoria de Sérgio Greif, Biólogo, mestre em Alimentos e Nutrição e um dos principais ativistas pelos direitos animais no Brasil.
"Desconsiderar as diferenças relacionadas à resistência tecidual, coeficiente de sangramento, disposição e tamanhos dos órgãos, reação a anestésicos e outros aspectos fundamentais não pode garantir que estudantes que obtenham sucesso através do treinamento em quadrúpedes o tenham quando o apliquem em seres humanos", ressalta Trés.
Um exemplo da aplicação de métodos alternativos, no caso do ensino, é o da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (FAMED/UFRGS), que em abril de 2007 tornou-se a primeira faculdade de medicina do Brasil a abolir totalmente o uso de animais na graduação, no que foi seguida logo depois pela Faculdade de Medicina do ABC (SP).
A mudança na UFRGS resultou na implantação de um Laboratório de Técnica Operatória, que funciona apenas com réplicas artificiais das partes do corpo humano, explica o diretor. O projeto todo, com reforma de instalações e aquisição dos modelos, importados, custou cerca de R$ 300 mil, contrapondo o argumento de que seria inviável financeiramente a transição.
“Abolimos o uso de animais porque hoje não se precisa mais disso”, destaca o diretor da FAMED, o médico endocrinologista Mauro Antônio Czepielewski (Leia mais na Ecoagência).
A Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Universidade de São Paulo também não utiliza mais animais vivos, apesar de isso se restringir às disciplinas de técnica cirúrgica e ortopedia.
A professora Júlia M. Matera coloca, no documentário ‘Não Matarás’, que antes da decisão ela utilizaria uma média de 260 a 300 cães ou coelhos por ano e agora a média é de 50 cadáveres.
Nos Estados Unidos, cerca de 90% das faculdades de medicina não usam mais animais, a exemplo das Universidades de Harvard, Princeton e Yale.
A escola de veterinária da Western University of Heath Sciences, nos Estados Unidos, foi criada em 1998 sob o princípio de reverência à vida e com o comprometimento de nunca utilizar animais vivos no ensino.
Pesquisas
No caso das pesquisas, o problema parece ser ainda mais complexo, e a resistência a mudanças, mais arraigada.
Em uma declaração posterior ao caso dos Beagles, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da USP lançouuma nota: "Atualmente, não existem alternativas viáveis para a substituição de todos os testes em animais. Em algumas áreas e dependendo da finalidade da pesquisa, há a possibilidade de realizar procedimentos in vitro".
Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) declarou que, "nas condições atuais, a ciência não pode prescindir do uso de animais em experimentação". Em 2012 A Fiocruz e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) criaram o Centro Brasileiro de Validação de Métodos Alternativos (BraCVAM), que atuará em conjunto com a Renama.
De acordo com José Mauro Granjeiro, membro do Concea, a Rede prioriza, em sua etapa inicial, a implementação dos métodos validados e recomendados pela Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD, na sigla em inglês).
“A implantação desses métodos permitirá capacitar pessoal para realizá-los e disseminá-los no país, contribuindo para a maior oferta de laboratórios aptos a fazer os testes para as empresas”, informou ao Jornal da Ciência.
Ainda que no Brasil as alternativas não sejam bem disseminadas, universidades do mundo todo estão trabalhando em novos processos.
O Insituto Wyss de Engenharia Inspirada Biologicamente, da Universidade de Harvard, está desenvolvendo tecidos que imitam funções biológicas de órgãos como o coração, pulmão e intestino para melhorar a forma como se testam novos fármacos.
"Há uma necessidade enorme de métodos alternativos para substituir modelos tradicionais usando animais, já que esses testes nem sempre preveem acuradamente como humanos reagirão à nova medicação", declarou o Instituto.
Ativistas dos direitos animais defendem que, mesmo com algumas deficiências na área de pesquisa, a transição para métodos sem o uso de animais seria gradativa e, contando com maior apoio financeiro, poderia evoluir rapidamente. Com uma regulamentação mais rígida, as empresas também seriam pressionadas a buscar alternativas.
Por exemplo, a União Europeia proibiu no início de 2013 a venda de novos cosméticos testados em animais. A decisão se aplica a todos os novos produtos e seus ingredientes vendidos no bloco de 27 membros, independentemente do local no mundo onde o teste é realizado.
Dentro da Europa, o teste de produtos cosméticos como perfume, pasta de dente e xampu em animais já havia sido proibido desde 2004, porém por pressão das empresas apenas agora a decisão foi ampliada.
Efetividade
Além dos questionamentos éticos, regulatórios e práticos, a real aplicabilidade dos testes em animais também é colocada na berlinda por muitos cientistas e ativistas.
Em um artigo publicado no ‘The Journal of the American Medical Association’, pesquisadores concluíram que tratamentos médicos desenvolvidos em animais raramente se traduziam aos humanos e alertaram que deveria haver cautela ao extrapolar as descobertas provenientes de pesquisas com animais para tratar doenças humanas.
Um caso que ficou conhecido ao redor do mundo foi a administração da Talidomida, introduzida no final dos anos 1950 no Brasil em gestantes – responsável por deformidades em recém-nascidos.
Porém, o escândalo não foi o único desastre verificado em medicamentos que foram exaustivamente testados em animais. A filósofa Sônia Felipe traz em sua obra ‘Ética e Experimentação Animal’ uma lista com mais de 20 substâncias que causaram malefícios aos seres humanos e foram retiradas de circulação.
Felipe informa, ainda, que pelo menos 124 remédios foram retirados do mercado, entre 1968 e 1993, depois de terem recebido certificado público de segurança fornecido pelos laboratórios, ou seja, após terem sido testados em animais.
Crédito imagem: Peta.org
Compartilhar: 

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Caiçaras da Reserva da Juatinga (RJ) temem perder suas casas

Caiçaras da Reserva da Juatinga (RJ) temem perder suas casas



A tradicional canoa caiçara, esculpida em um único tronco de árvore, corre o risco de desaparecer. Utilizada para a pesca por gerações em Paraty, no sul fluminense, a canoa não poderá mais ser feita se os caiçaras forem proibidos de coletar os troncos na Reserva Ecológica da Juatinga. A questão entrou em pauta por meio de uma consulta pública sobre a transformação da reserva em parque estadual, a chamada recategorização, no município.
A proposta de mudança faz parte do esforço da Secretaria Estadual do Ambiente para se adequar à lei federal que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação (Snuc). O modelo não prevê a categoria “reserva ecológica” e sugere 12 modalidades. Entre elas, além do parque, está a reserva de desenvolvimento sustentável (RDS), que tem a preferência de comunidades caiçaras na Mata Atlântica de Paraty.
Um dos últimos mestres canoeiros e vice-presidente da Associação de Moradores do Pouso da Cajaíba, comunidade da região, Francisco Sobrinho, diz que com a mudança fazer canoas não será a única coisa que se tornará mais difícil. Segundo ele, a modalidade inviabilizará a sobrevivência do grupo.
“Se já é difícil com a [lei ambiental] de reserva ecológica, que dificulta a reforma de nossas casas, será ilegal fazer roça, pescar, pegar uma casca [de árvores] para remédio, cipó para artesanato, tirar madeira para a canoa, remo ou passar pelas trilhas de séculos que dão acesso às nossas comunidades [acessíveis somente por barco]”, explicou.

Foto: Miguel Rangel/Wikimapia 
Na proposta do estado algumas áreas serão transformadas em parque e outras em RDS. Porém, nenhuma das duas categorias resolverá de uma vez os problemas locais, na avaliação da geógrafa pela Universidade de São Paulo Lúcia Cavalieri, que estuda o tema na região há 20 anos.
“O parque vai expulsá-los de lá. Já a RDS permitirá um mosaico de propriedades públicas e privadas, beneficiando grileiros que também têm como prática expulsar os caiçaras para a construção de condomínio de luxos ou hotéis”, alerta a pesquisadora. “É a solução mais fácil, mas não resolve”, completou.
Para ela, poderia ser estudada a criação de reserva extrativista, inventada pelo ambientalista Chico Mendes. “O Brasil já colocou esta reserva como modelo para a preservação da Amazônia. Por que não para a Mata Atlântica?”. No projeto atual, ela alerta que as comunidades ficarão confinadas na área costeira.
O diretor de Biodiversidade de Áreas Protegidas da secretaria, André Ilha, defende a recategorização de uma parte em parque e outra em RDS. Ele assegura que não haverá remoção de núcleos familiares como os da Praia do Sono e do Pouso, e que o parque não será contíguo. “Dá para fazer sem abrir mão da preservação da floresta no longo prazo e sem prejudicar o desenvolvimento das comunidades”.
Depois de definir o modelo que substituirá a Reserva da Juatinga, a proposta deve ser aprovada pela Assembleia Legislativa do Estado do Rio. Enquanto a decisão não é tomada, as comunidades caiçaras fazem campanha para que o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) declare a canoa caiçara um patrimônio imaterial. O órgão já julgou o pedido pertinente.
Isabela Vieira - Agência Brasil

Acima da inflação: passagens aéreas subiram mais de 130%

Acima da inflação: passagens aéreas subiram mais de 130%

Imagem: DivulgaçãoO preço das passagens aéreas no Brasil aumentou 131,5% acima da inflação desde 2005, conforme dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A informação será apresentada pelo presidente do Instituto Brasileiro de Turismo (Embratur), Flávio Dino, na reunião marcada para esta quinta-feira (31) entre o governo e representantes das companhias aéreas.

O objetivo do encontro é tentar convencer as empresas de que os preços cobrados no país são altos demais. “Espero que eles colaborem, que haja uma compreensão de que se deve explorar o turismo, não os turistas”, disse Dino à Agência Brasil.
Segundo ele, o desequilíbrio entre demanda e oferta e o aquecimento do mercado faz com que haja práticas comerciais abusivas – que ficam mais evidentes no caso das festas de fim de ano e agora da Copa do Mundo do ano que vem -, sendo verificados aumentos de até 1.000% no preço das passagens. “Não temos nenhum fator econômico objetivo no que se refere a custo ou tributação que justifique esse aumento, que é obviamente abusivo”, acrescentou.
As quatro empresas que operam no Brasil – TAM, Gol, Azul e Avianca – vão participar da reunião de amanhã, além de representantes da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), da Secretaria de Aviação Civil e do Ministério da Justiça. Segundo Dino, se as empresas não atenderem ao “chamado do bom-senso”, é possível que haja mudanças na regulação do setor, inclusive acabando com a chamada liberdade tarifária. “A liberdade tarifária não é um dogma, pode ser revista a qualquer tempo. Esse seria um caminho, voltar a praticar uma administração de preços como já foi feito no passado”, explicou.
Outra medida para reduzir o preço das passagens no país é ampliar a oferta mediante a abertura do mercado para empresas estrangeiras fazerem voos domésticos no Brasil. “Se as empresas atuais não conseguirem ter práticas adequadas e oferecer bons serviços a preços justos, o mercado brasileiro é altamente atrativo para outras empresas”. Segundo ele, não é válido o argumento de que essa ação levaria a uma desnacionalização do setor, porque as empresas atuais também já não são totalmente nacionais. Para essa mudança, seria preciso alterar o Código Brasileiro Aeronáutico.
Os preços da hotelaria também estão na mira da Embratur. Segundo o ranking que será apresentado na reunião, o Rio de Janeiro aparece em quarto lugar nas tarifas de lazer, com diária média de US$ 210, atrás apenas de Miami, Punta Cana e Nova York. “Aí junta passagem aérea, que muitas vezes também é mais barata. É por isso que o cidadão de classe média prefere viajar para o México, para Montevideu, por isso que os voos internacionais estão abarrotados de brasileiros”.
Para a Copa do Mundo, Dino defende que a Fifa e a Match, empresa suíça escolhida para intermediar as vendas de pacotes de turismo para a Copa, liberem os quartos que já foram adquiridos nas cidades-sede para que a oferta aumente e os preços sejam reduzidos. “Constatamos que, além de eles terem o monopólio, colocaram uma taxa de intermediação de 40% sobre o valor que estão pagando, que é abusivo. Se não rompermos esse monopólio, temos uma oferta muito diminuta no mercado”, disse.
Deixe o seu comentário no Verdade Gospel.
* com informações da Agência Brasil