quarta-feira, 23 de outubro de 2013

Para mudar o olhar e encantar a alma

Para mudar o olhar e encantar a alma

Incentivados pela professora Vera Cristina Terrabuio Lucato, alunos do interior de São Paulo foram ao campo conhecer e fotografar a realidade dos trabalhadores rurais

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Beatriz Vichessi Nova Escola - 01/2013

Guilherme Mazzieiro

Marina de Camargo

Certa vez, o fotógrafo francês Henri Cartier Bresson (1908-2004) disse: "Temos de ver, olhar. É tão difícil fazer isso. Estamos acostumados a pensar, todo o tempo. É um processo muito lento e demorado, aprender a olhar. Um olhar que tenha certo peso, um olhar que questione". 


A ideia expressa pelo artista está refletida no trabalho da professora Vera Cristina Terrabuio Lucato, da EMEFEI Oscar Novakoski, em Dois Córregos, a 255 km de São Paulo. Seu objetivo era levar os estudantes do 9º ano a fotografar o trabalhador rural de modo que, por meio da arte, eles fossem tocados pela realidade e refletissem sobre ela. "Os alunos, ainda que inconscientemente, tinham preconceito contra o homem que trabalha no campo." 

O primeiro passo foi convidar a moçada para organizar uma exposição fotográfica sobre o assunto. Até então, fotografar era uma prática mecânica para os jovens. Eles clicavam freneticamente a si mesmos e aos colegas e as fotos eram publicadas nas redes sociais. "Ninguém pensava no motivo de fazer essa ou aquela foto", diz Vera. A turma adorou a ideia. 

A etapa seguinte foi de apreciação de imagens que tinham o trabalho camponês em foco. A seleção reuniu três pintores: o francês Jean-Baptiste Debret (1768-1848) e os brasileiros José Ferraz de Almeida Júnior (1850-1899) e Candido Portinari (1903-1962), além do fotógrafo contemporâneo Sebastião Salgado. Eles retrataram o assunto em diferentes épocas. Wladimir Fontes, fotógrafo e professor de Fotografia do Serviço Nacional de Aprendizagem Comercial (Senac), diz que a importância de apreciar pinturas para trabalhar com foto se dá pelo fato de as primeiras serem precursoras do registro fotográfico e de ambas se valerem da relação entre luz e sombra. 


Em grupos, os estudantes foram orientados a pesquisar a vida e a obra de um dos artistas e preparar uma apresentação com destaque para uma pintura ou fotografia. 

Na biblioteca da escola, consultaram os livros da coleção Mestres do Brasil (Ed. Moderna), para conhecer mais sobre a bibliografia dos pintores, além de livros de Salgado. O laboratório de informática também foi visitado: Vera orientou os alunos a acessar sites para que conhecessem em detalhes as obras dos artistas. Questionadora, ela fez intervenções durante a pesquisa e as apresentações. "Ela instigou a turma sobre coisas que iam para além do que os olhos podem ver", fala Marisa Szpigel, coordenadora de Arte da Escola da Vila, em São Paulo. Assim, surgiram interpretações sofisticadas sobre o trabalho escravo, por exemplo.

Na sequência, a professora deu aulas expositivas sobre a história da fotografia e aspectos técnicos. Era preciso explorá-los para que os jovens alcançassem bons resultados na hora de fotografar. Fontes ressalta a importância de, nesse momento, destacar que a escolha do foco, do enquadramento e dos outros elementos deve ser feita de acordo com a intenção do fotógrafo. Ou seja, não existe certo ou errado - tudo depende da imagem que se quer obter. 

Depois disso, a ideia era liberar os estudantes para clicar. Mas Vera notou que eles tinham dúvidas. Então, reorganizou o planejamento e propôs uma saída fotográfica. Todos foram até a feirinha do agricultor, um espaço onde os produtores locais vendem frutas, verduras e outros alimentos à população. O grupo fotografou à vontade, praticando o que foi visto em sala, e a professora ficou à disposição para orientações.

Segundo Fontes, essa é uma chance para a turma perceber, por meio de discussões, que o mesmo assunto pode ser tratado de muitos jeitos. Na escola, as imagens foram analisadas coletivamente no que diz respeito à técnica e ao valor do trabalho camponês. Uma nova visão despontava! Na feira, os alunos conheceram e conversaram com quem cuidava dos legumes e queijos saboreados na casa deles. Falaram sobre a rotina e as dificuldades do campo.
Lucas Scaranelo
Na hora de produzir as imagens que iriam compor a exposição, os alunos foram liberados para, em grupos ou individualmente, visitar hortas, cafezais, canaviais, galinheiros e outros ambientes. As imagens foram mostradas para Vera, que as expôs na lousa digital para uma segunda análise, dessa vez coletiva. A turma elegeu as que seriam expostas e deu um título a cada uma delas. 

Para a educadora, já estava claro que a consciência dos estudantes sobre as dificuldades, a pouca valorização e a importância do trabalho no campo tinha sido despertada. "Não só as fotos revelavam isso. Eles ficaram encantados com as conversas que tiveram com os trabalhadores durante as visitas e repensaram seus conceitos e suas atitudes." 

Embora a fotografia seja um tema trabalhado todos os anos, Vera não é especialista e enfrentou um problema: as imagens não tinham resolução suficiente para impressão. A dificuldade se transformou numa oportunidade. Ela reorganizou o planejamento para explorar o conceito e aprendeu com a turma. Por fim, algumas fotos foram manipuladas e outras refeitas. 

Questão resolvida, os jovens montaram a exposição em um supermercado da cidade e as obras ficaram ao alcance dos olhos do público. Vera observou e avaliou tudo durante o processo. Com imagens delicadas e intensas, os alunos mostraram o que aprenderam com Debret, Almeida Júnior, Portinari e Salgado e também com quem, de sol a sol, faz da terra seu ganha-pão. 

PINTORES DO CAMPO
1. Debret
Retrata o trabalho escravo, incluindo o que é feito no campo e vendido na cidade. Sobre a mão de obra escrava, admite que é fundamental para a riqueza brasileira da época.
Para apreciar: O Vendedor de Cestos e Pequena Moenda Portátil. 



2. Almeida Júnior
Apresenta os hábitos e o ambiente do caipira e o valoriza moralmente. Destaca seu corpo, no modo com que o enquadra na tela, ao mesmo tempo que o confunde com o chão de terra batida. 
Para apreciar: Caipira Picando Fumo, Cozinha Caipira e Derrubador Brasileiro. 



3. Portinari
Filho de camponeses, evidencia a força física do homem do campo e o retrata de modo agigantado. Com isso, também aproveita para reforçar sua força simbólica. 
Para apreciar: O Mestiço e O Lavrador de Café. 

Catador usa o lixo para transformar sua vida e das pessoas

Catador usa o lixo para transformar sua vida e das pessoas


As pessoas que têm o nobre trabalho de transformar toneladas de resíduos em dinheiro e oportunidades muitas vezes se passam por invisíveis, escondidas entre milhões de garrafas de plástico e de vidro, caixas e embalagens usadas, latinhas, papel e tudo aquilo que um dia já foi jogado fora. Transformando as sobras do consumo em matéria-prima, os catadores cumprem papel fundamental para a sociedade, para o meio ambiente e para a economia.
Muito antes de as empresas adotarem ações e ideologias voltadas para a sustentabilidade, homens e mulheres já percorriam as ruas em busca das sobras desprezadas nas residências, indústrias, empresas e locais públicos. Enfrentando o preconceito na própria pele, a profissão de catador tem remuneração obrigatória e significa oportunidade de vida para milhares de brasileiros.
“Com a coleta seletiva, é possível gerar muitos postos de trabalho, tirando muita gente da situação de rua, da dependência do álcool e das drogas. Lixo não existe: uma sucata que você acha, você transforma”, afirma Sérgio Bispo, presidente da Cooperativa de Catadores Cooperglicério, em São Paulo.
Bispo nasceu em Salvador e se mudou para a capital paulista em busca de melhores condições de vida, motivado por uma propaganda de margarina. Depois de 80 dias de viagem, o catador chegou a aproveitar os resíduos até mesmo em sua alimentação. No entanto, com o tempo, os rumos de sua vida mudaram completamente: aos 50 anos, é presidente da cooperativa e já fez mais de 280 palestras no Brasil e no exterior, sendo considerado como referência em reciclagem e ecologia.
“Com o lixo, a ideia não é fazer só a minha vida mudar, mas a transformar a realidade de várias pessoas”, conta. “Quero viver até os cem anos. Daqui a mais cinquenta, quero que o CicloVivo publique mais uma matéria mostrando que ainda sou capaz de mudar a vida das pessoas”, contou à reportagem o presidente da cooperativa, que lutou para que os carrinhos de tração humana fossem substituídos por caminhonetes, e, depois, por caminhões.
Bispo é um dos personagens retratados na exposição itinerante “Reciclarte”, que fica abrigada no Memorial da América Latina até o dia 19 de outubro e reúne materiais multimídia sobre as histórias da reciclagem em São Paulo. Peter Milko, curador da mostra, conta que um dos objetivos é quebrar preconceitos na sociedade. “A exposição vem tirar do anonimato tanto os catadores, como outras pessoas que fazem parte da cadeia produtiva da reciclagem”, diz o curador. “É preciso respeitar o trabalho digno dos catadores, e, até, ajudando a vida deles sem jogar as coisas no meio da rua, e separando o lixo”, finaliza Milko.

Aplicativo ajuda a monitorar problemas urbanos

Aplicativo ajuda a monitorar problemas urbanos


Da revista Exame
Estudantes e ex-alunos da Universidade Federal de São Carlos (UFSCar) e da Universidade de São Paulo (USP) desenvolveram um aplicativo que possibilita a identificação e o mapeamento de irregularidades nas cidades.
Chamada de Cidadera, a plataforma permite que qualquer pessoa aponte problemas como buracos nas ruas, entulho e falta de iluminação. O aplicativo foi desenvolvido para funcionar em smartphones com sistemas IOS e Android e ainda de forma on-line por meio do site.
A ideia é construir um mapa colaborativo que mostre a localização e as fotos dos problemas encontrados nas cidades. E seja um facilitador na divulgação das reclamações, além de auxiliar no processo das soluções.
Lançado em agosto, o Cidadera, em apenas uma semana, registrou mais de cem problemas mapeados só na cidade de São Carlos, no interior de São Paulo.
“Também já estamos com uma presença forte em cidades da região como Ribeirão Preto, Rio Claro e Piracicaba, o que aconteceu muito mais rápido do que esperávamos”, afirmou Carlos Fialho, aluno do curso de Ciências da Computação da USP.
Segundo Victor Morandini Stabile, engenheiro físico formado pela UFSCar, “com o Cidadera é possível ter uma visão geral de tudo que está errado na cidade e há quanto tempo as coisas estão sem solução”. “Isso cria uma pressão maior para que a prefeitura trabalhe rápido”, afirmou.
Como a plataforma não é exclusivamente direcionada ao Brasil, até o fim do ano os idealizadores pretendem estar presentes em outros países. O Cidadera está disponível para download gratuito na App Store e no Google Play Store.
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Espionagem: Dependência, Insegurança e Invasão de Privacidade

Espionagem: Dependência, Insegurança e Invasão de Privacidade, artigo de José Rodrigues Filho


 espionagem dos EUA
por Regi para o Amazonas em Tempo cedido ao Humor Político

[EcoDebate] Entre os países que compõem o bloco BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul), o Brasil é considerado como tendo feito os maiores investimentos em tecnologia da informação, ficando atrás apenas da China. Mesmo assim, as últimas notícias de espionagem demonstram a fragilidade do nosso país em termos de dependência, insegurança e invasão de privacidade. A China, por exemplo, tem sua internet própria, dificultando os ataques no ciberespaço praticados pelos Estados Unidos.
Apesar destes elevados investimentos, não se sabe quais as tecnologias de informação que o governo tem dado prioridade, além das tecnologias de controle, a exemplo dos sistemas de informações financeiras, receita federal, voto eletrônico, recadastramento biométrico e outras da educação e previdência social. Boa parte destas tecnologias não só servem para o governo nos controlar e espionar, como para facilitar a espionagem externa, sobretudo dos países de onde elas são adquiridas. O escândalo da espionagem americana e canadense no Brasil e no mundo deixaram claro a capacidade tecnológica destes países, não só de controlarem as tecnologias do nosso país como de invadirem a privacidade individual, das empresas e dos negócios.
Não somos contrários investir em tecnologias de informação, mas o país precisa priorizar os tipos de tecnologias de informação que possam acelerar o desenvolvimento e ampliar a nossa cidadania. Infelizmente, o nosso país tem feito grandes investimentos em tecnologias de informação que contribuem, em muito, para deteriorar a nossa cidadania, a exemplo de voto eletrônico e recadastramento biométrico. Além de serem inseguranças, contribuem para invadir a privacidade das pessoas. Só através de um processo de avaliação destas tecnologias, o que não é feito no país, é possível determinar quais as que merecem grandes investimentos.
As últimas notícias de espionagem evidenciaram a nossa insegurança e de nossas organizações, que vem acontecendo desde há muito tempo. Muitos, em vão, vinham alertando o lado perverso das tecnologias de informação. Mas só com a denúncia de Edward Snowden, enquanto funcionário da Agência de Inteligência dos Estados Unidos, o mundo começa a se preocupar com o tema. Os países dotados de maior competência tecnológica tem se protegido mais. No caso do Brasil ficou evidenciado que a nossa segurança é limitada, conforme demonstrado pelo próprio governo. O governo tem que tomar as providencias para mostrar a sociedade brasileira o que foi espionado na Petrobras e no Ministério das Minas e Energia, deixando de fazer comentários apenas em cima das denúncias de Edward Snowden, noticiadas pela mídia. Snowden deu uma grande contribuição ao mundo, ao denunciar a espionagem americana. Deu a sua vida por isto. Mas, doravante, cada país deve se prevenir e mostrar claramente onde surgem as tentativas de espionagem. Edward Snowden não vai mais voltar para a agência de inteligência americana para dizer como cada país está sendo espionado.
Há poucos dias uma empresa de comunicações da Bélgica denunciou as tentativas externas feitas para espioná-la. Segundo o Jornal alemão, Spiegel, o ataque cibernético à empresa Belgacom foi feito pela agência de inteligência inglesa, denominada de GCHQ. Uma auditoria externa constatou o fato. Como a empresa deveria ter uma boa proteção, os alvos foram seus funcionários. A tentativa, portanto, foi a de penetrar nas tecnologias usadas pelos funcionários da empresa. Neste caso, o fato foi comprovado e, ao contrário do que está acontecendo no Brasil, não dependeu simplesmente de notícias da mídia.
No caso da Petrobras e do Ministério das Minas e Energia, quais as comprovações das tentativas de ataques cibernéticos, além do que a mídia tem comentado sobre o caso Snowden? No tocante ao ataque ao Ministério das Minas e Energia, as autoridades canadenses ficaram surpresas, uma vez que o Brasil parece indicar a ausência de capacidade de contra-espionagem, ou seja, ausência de capacidade de proteger informações valiosas contra a espionagem internacional. Assim sendo, o governo deve demonstrar ao mundo que tem capacidade de se proteger contra a espionagem internacional. Ademais, a sociedade não poderá continuar sendo enganada quando o governo afirma que nossas tecnologias são altamente seguras, a exemplo da tecnologia de voto eletrônico, mundialmente reconhecida como altamente insegura. Já está demonstrado que a capacidade tecnológica dos Estados Unidos permite acessar informações da tecnologia de voto eletrônico sem nenhuma dificuldade. Comenta-se que a proteção tecnológica de nossas organizações por empresas americanas sempre deixa “as portas de fundos” para que a inteligência americana possa entrar.
Por fim, a definição de prioridades é fundamental quando se trata de investimentos em tecnologias de informação, que deve levar em consideração a segurança, desenvolvimento e cidadania e não os modismos, mitos e o chamado determinismo tecnológico, que aumentam a nossa dependência, insegurança e invasão de privacidade. O acervo tecnológico do Brasil ainda é mínimo, quando comparado com outros países. Enquanto a China possui mais de 66 super-computadores, a Suécia 7 e os Estados Unidos 252, no Brasil temos apenas 3 super-computadores. Com esta disparidade de estrutura tecnológica estamos diante de um grande dilema, enquanto país em desenvolvimento: será que poderemos nos manter independentes e suportar os ataques dos Five Eyes? O que nos alegra é a constatação de que programas como Fome Zero e Bolsa Família foram reconhecidos como tendo impulsionado o nosso desenvolvimento nos últimos anos, talvez mais do que o nosso acervo em tecnologia da informação.
A decisão da Presidente Dilma em determinar que a tecnologia de e-mail (Expresso) seja utilizada por órgãos da Administração Federal merece elogios. O que nos alegra é que não conhecemos ainda a nossa capacidade, em termos de tecnologia da informação. Não há dúvidas de que as denúncias de Edward Snowden vão contribuir para uma mudança no setor de tecnologia de informação. É chegado o momento de se mapear este setor no Brasil e privilegiar as empresas brasileiras interessadas em desenvolver ferramentas tecnológicas para ampliar o nosso desenvolvimento e nossa cidadania.
José Rodrigues Filho é Professor da Universidade Federal da Paraíba. Foi pesquisador nas Universidades de Harvard e Johns Hopkins (EUA). Mantém o bloghttp://jrodriguesfilho.blogspot.com/.
EcoDebate, 18/10/2013

terça-feira, 22 de outubro de 2013

FLASH:Pomar do conjunto Morar feliz Santa Clara.

"caminhão de árvores " chegando ao local do plantio.
Presença de companheiros da PMCG e vereador Albertinho.

Momento alegre do plantio de 188 árvores frutíferas.
Participação de moradores conjunto morar feliz Santa Clara.Além do pomar,a Prefeita Rosinha Garotinho constrói uma creche padrão e uma quadra de esportes com área coberta .

TUDO SE TRANSFORMA: O resgate do cocô


Desenvolver modos de produção circulares, em que até nossos resíduos são reaproveitados, é a única forma de poupar o meio ambiente

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Cristine Kist Superinteressante - 

Zansky

Há três mil anos, quando um chinês ia jantar na casa de um amigo, ele obrigatoriamente tinha que ir até o quintal desse amigo e fazer um "número dois" por lá mesmo. É que a etiqueta da época dizia que era feio comer na casa de alguém e não "devolver os nutrientes". Faz tanto sentido que, atualmente, o arquiteto William McDonoughe o químico Michael Braungart trabalham para trazer essa ideia de volta à moda, desenvolvendo e divulgando modos de produção circular, em que os resíduos - inclusive o cocô - são usados para criar novos produtos tão bons quanto os originais.


Hoje, quando você puxa a descarga, está automaticamente usando um monte de água potável para enviar tudo para o esgoto, e o cocô provavelmente acabará despejado num rio. Às vezes, no mesmo rio de onde vem a água da sua torneira. É um processo linear, em que a indústria gasta matéria-prima e energia para produzir a lasanha congelada que mais tarde vira o seu cocô, e o seu cocô vira só um monte de lixo.



Baseados na proposta de McDonough e Braungart, pesquisadores do mundo inteiro têm procurado maneiras de aproveitar o nosso "número dois" de cada dia. Na cidade de Didcot, na Inglaterra, um projeto piloto já permite que 200 famílias aqueçam suas casas com biometano fabricado a partir de seu próprio cocô. Além de poupar o meio ambiente, eles economizam dinheiro. Uma ideia que cheira bem. 




Usina Elétrica de Itumirim teve sua licença prévia indeferida


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Brasília (16/10/2013) - O Ibama indeferiu a licença prévia da Usina Elétrica de Itumirim em Goiás em virtude dos eventuais impactos ambientais diretos e indiretos que pudessem afetar o Parque Nacional das Emas. A Usina que é de acumulação,  tem potência instalada de 50 Megawats, formando um reservatório de aproximadamente 33,12 km². O projeto prevê o desvio das águas do rio Correntes, após barramento, por meio de canal de adução até a casa de força, constituindo um Trecho de Vazão Reduzida (TVR) de aproximadamente 2,95km.
Os estudos apresentados foram analisados por meio de parecer conjunto da Secretaria de Meio Ambiente e Recursos Hídricos do Estado de Goiás (SEMARH/GO) e a Superintendência do Ibama /GO que destacou uma série de deficiências. Entre os problemas do estudo está o fato de não ter sido considerado nenhum impacto referente ao Trecho de Vazão Reduzida do empreendimento (TVR).
Além disso, não foi dado o devido tratamento aos impactos socioeconômicos, principalmente os relacionados à comunidade de Itumirim, de 65 pessoas. A previsão era de incremento de até 400 trabalhadores no período de pico de obra.
Quanto aos impactos no meio biótico, não foi apresentado levantamento dos andorinhões no EIA, tampouco de peixes adaptados a ambientes de corredeiras, que compõem outro grupo biológico, que poderiam sofrer impactos devido à redução drástica da vazão no TVR.
Como não foi apresentada outra proposta de projeto, o empreendedor deverá considerar, no momento da concepção do trecho de vazão reduzida, a vazão mínima história do rio Correntes; e (ii) a vazão remanescente de 14,1 m³/s.
fonte: site Ibama


O que é chuva ácida?

Fenômeno é capaz de matar animais e vegetais e comprometer ecossistemas

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Ricardo Schott  Mundo Estranho - 
Ilustra Daniel Rosini

É toda chuva que tem um pH abaixo de 7, o índice normal da água. Se essa regra for levada ao pé da letra, porém, toda chuva poderá ser considerada assim, já que sempre existe alguma concentração de ácidos nas torrentes. O bicho só pega mesmo quando o nível é de 5,6 ou menos: a partir daí, ela se torna capaz de matar peixes, destruir o solo e corroer materiais sólidos. 


O fenômeno rola porque as nuvens de chuva não são formadas só por vapor d’água, mas também por gases diversos. Os componentes gasosos da poluição, como o dióxido de carbono (CO2), o dióxido de enxofre (SO2) e o óxido de nitrogênio (NO), se misturam a eles e podem, inclusive, viajar com o vento e contaminar a chuva de outras cidades. 

Quanto mais poluído o ar, mais ácida é a chuva - cidades com alta atividade industrial têm níveis piores. O governo canadense, por exemplo, estima que mais de 14 mil lagos do país tenham água ácida, por causa da chuva. No Brasil, há chuva ácida em lugares como a região metropolitana do Rio e Cubatão (SP).

DRINQUE CORROSIVO
Beber chuva ácida pode causar hipertensão, problemas renais e pulmonares, mas só se o consumo for constante e por muito tempo. A acidez ocasional não nos causa dano. Um copo de suco de limão, por exemplo, tem pH 2



GOTAS DE MALDADE 
Fenômeno é capaz de matar animais e vegetais e comprometer ecossistemas 



MORTE NO MAR
As piores consequências são para lagos, rios e mares. A água contaminada por metais pesados, como o alumínio, o ferro e o magnésio, se torna tóxica para peixes e outras espécies aquáticas, matando-os. Isso compromete toda a cadeia alimentar da região, afetando pássaros e outros animais



TERRA EM TRANSE
O solo de matas e florestas é capaz de anular parte do efeito da chuva ácida, mas não todo. Ela dissolve nutrientes, como cálcio e potássio, comprometendo a nutrição da árvore, ao mesmo tempo que deposita materiais tóxicos no solo, como alumínio. A vegetação vai enfraquecendo gradativamente



CIDADE EM RUÍNAS
Pode levar décadas, mas pedras como calcário e mármore não resistem à chuva ácida - o carbonato de cálcio nesses materiais reage com os ácidos. Construções históricas, como o Taj Mahal, sofrem com isso. Metais de pontes, trilhos, canos e afins também desgastam, por oxidação seguida de corrosão.

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Plantio de pomar no Conjunto Morar Feliz do Parque Santa Clara


Por Telmo Filho

A Secretaria de Meio Ambiente realizou nesta sexta-feira (18), o plantio do primeiro pomar no Conjunto Morar Feliz, no Parque Santa Clara, em Guarus. Ao todo foram plantadas 188 árvores frutíferas de 13 espécies, como abacate, araçá, acerola, abricó, abio roxo, jambo, ameixa, caju, entre outras. Segundo o secretário, Zacarias Albuquerque, a idéia é construir dezenas de pomares em todo município para que a população tenha um ambiente sadio.
- A cidade está em constante crescimento físico e, cada vez mais, precisamos plantar árvores nas vias públicas e canteiros. O pomar do Conjunto Habitacional do Parque Santa Clara é mais uma área verde, dentre outras dezenas que estamos planejando e vamos programar ao longo dos próximos meses, priorizando, especialmente, as espécies frutíferas, sem excluir as nativas da Mata Atlântica e Amazonas, para que a população tenha uma arborização urbana bastante rica – ressaltou o secretário. Participou também do plantio o secretário de Limpeza Pública, Praças e Jardins, Jorge Rangel.
A dona de casa, Sebastiana de Oliveira, 40 anos, ajudou a plantar um pé de jamelão e afirmou que a entrada do conjunto será mais valorizada com o pomar. “O grande benefício para todos nós moradores é de que este espaço não ficará ocioso para despejo de lixo e entulho, evitando a proliferação de roedores e mosquitos”, disse.
Sebastiana revelou que o governo da Prefeita Rosinha pensa na população como um todo, principalmente, naqueles que foram beneficiados pelo Programa Morar Feliz. “Aqui no meu bairro, por exemplo, está sendo construída uma creche e, em breve, teremos uma Vila Olímpica, onde as nossas crianças terão uma área de lazer para a prática de esportes”, explicou.
De acordo com a dona de casa, Mônica Enedina Santana, 33, que plantou um pé de jambo, o pomar está sendo um sonho. “Isso é um presente para todos nós e, se depender de mim, todos os dias eu venho molhar todas as mudas”, comentou.
Postado por: Secom - 18/10/2013 10:59:00

Exército vai fazer a segurança de leilão do pré-sal no Rio

Forças Armadas serão convocadas pela presidente Dilma e devem monitorar entorno do hotel Windsor, na Barra da Tijuca, onde ocorrerá o leilão. Ação tentará evitar aproximação de manifestantes

A presidente Dilma Rousseff convocará o Exército para garantir a ordem e evitar que as cenas de vandalismo e depredação de patrimônio público e privado registradas durante os protestos no Rio ameacem o leilão do pré-sal no bloco de Libra, segunda-feira, no Hotel Windsor, na Barra da Tijuca. De acordo com o Comando Militar do Leste, o decreto de Garantia da Lei e da Ordem – que autoriza as Forças Armadas a cumprir função de polícia – não foi assinado, mas os militares já estão finalizando o planejamento da ação.
Segundo o Comando Militar do Leste (CML), o Hotel Windsor será submetido a rastreamento para identificação de materiais perigosos. Nas imediações do Windsor, ruas serão bloqueadas para veículos.  A passagem de pedestres também deverá ser limitada em algumas vias, mas o Exército não definiu qual será o perímetro afetado.
Para dificultar a entrada de manifestantes contrários ao leilão, o Exército estuda a possibilidade de exigir credenciamento dos hóspedes e de funcionários.  O grupo militar responsável pelo planejamento, que deverá ser divulgado sexta-feira, não definiu se o espaço aéreo será fechado.
Homens da Força Nacional de Segurança e das polícias Federal e Rodoviária Federal também participarão do esquema de segurança.
Em julho, militares da Força Nacional reforçaram a segurança durante a Jornada Mundial da Juventude (JMJ). A presença da tropa não evitou protestos de mascarados na praia de Copacabana. No dia 26, data em que foi realizada a Via-sacra, um grupo de cerca de 300 manifestantes causou correria, choro e pânico entre fiéis que participavam do evento. Devido ao tumulto, que ocorreu a poucos metros do palco onde estava o papa Francisco, a programação católica foi encerrada antes do previsto.
Em setembro, os grupos Black Bloc e Anonymous convocaram um protesto no Centro do Rio no Dia da Independência. O Exército reduziu em 40% o efetivo do desfile e o policiamento na região central da cidade foi reforçado. O esforço, no entanto, não evitou o confronto entre radicais e a PM, que lançou bombas de gás perto das famílias que assistiam ao desfile. 
Leilão — A ANP estimou que as reservas recuperáveis em Libra poderão atingir entre 8 bilhões e 12 bilhões de barris, o que faria da área a maior do país, superando Tupi, com volumes que foram estimados em 2007 entre 5 bilhões e 8 bilhões de barris de óleo.

Aprenda a fazer uma horta em apenas um metro quadrado




Muitas pessoas que têm pouco espaço em casa acham que não é possível cultivar seus próprios alimentos. Mas, paisagistas ensinam que mesmo em pequenos ambientes é possível fazer hortas caseiras.
Em 2011, a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária), mostrou que 28% dos vegetais consumidos no Brasil  possuem resíduos de agrotóxicos em níveis inaceitáveis. A alternativa então é cultivar seus próprios orgânicos, mesmo que o espaço seja pequeno.
Hoje, o CicloVivo separou o sistema do SERPAR (Serviço de Parques de Lima, no Peru) que ensina a cultivar uma horta quase completa ocupando apenas um metro quadrado.
Ideal para pequenos espaços, esta horta é cada vez mais popular entre os jardineiros urbanos. Ela é suficiente para o abastecimento diário de legumes de uma pessoa por um mês.
Por ocupar um pequeno espaço, a horta permite que o cultivador alcance toda ela para plantar, regar e colher, sem que precise de muito esforço. Além disso, é possível trabalhar na horta ao nível da cintura, o que facilita o cultivo por deficientes físicos.
Este sistema de cultivo é dividido entre quadrados e retângulos menores. Cada espaço tem um legume ou erva diferente.
Veja quais alimentos você pode cultivar e suas categorias:
Plantas pequenas: Rabanete, cenoura, cebola, espinafre, beterraba, alface e salsa.
Plantas grandes: Repolho, brócolis, couve-flor, berinjela e pimentas.
Plantas verticais: Tomate, pepino, vagem, ervilha e feijão.
Imagem: SERPAR (Serviço de Parques de Lima, Peru)
Na construção da estrutura podem ser usados tubos de ferro ou de PVC utilizados em alambrados ou também é possível adaptar e reutilizar algum outro material, como pedaços de madeira.
As plantas maiores ficam nas fileiras de trás e as menores, na frente, para que todas recebam a luz do sol. As plantas verticais, como os tomates, devem ser penduradas na estrutura. Amarre-as bem para que suportem o peso e o vento.
A rotação de cultivos é automática. Por exemplo, um cultivo que leva mais tempo, como o do tomate, pode ser plantado entre outros cultivos de colheita rápida e que seriam colhidas antes que a planta precise de mais espaço.