quarta-feira, 2 de maio de 2012

Nápoles, Itália: a cidade campeã da sujeira


Chrisjohnbeckett / Creative Commons







Há anos que ninguém recolhe os detritos que os napolitanos descartam nas calçadas, cada vez mais abarrotadas. E, mesmo que alguém os recolhesse, não teria para onde levá-los, porque os lixões na região estão no limite da sua capacidade

Cercada de cenários deslumbrantes, a cidade de Nápoles, no sul da Itália, tem 1 milhão de habitantes e mais de 2 000 toneladas de lixo acumulado nas calçadas. Alimentada por anos e anos de disputas políticas, burocracia e paralisações promovidas pela máfia local, a Camorra, que controla os serviços de limpeza urbana na região, a montanha de sacos de plástico provoca sujeira e mau cheiro por toda parte, inclusive em volta da catedral e de outros prédios históricos. 


Para chamar atenção, a população várias vezes pôs fogo nas pilhas de lixo durante a noite. Em duas ocasiões o Exército foi acionado para limpar as ruas - que, no entanto, voltam rapidamente à sujeira habitual. Os lixões de Nápoles estão abarrotados e os napolitanos resistem à construção de novos, por temer que se tornem depósito de imundície vinda de todo o país. Em junho, a União Europeia ameaçou com "sanções pecuniárias" caso o governo não encontre "uma solução adequada e definitiva" para o problema. 

O novo prefeito, Luigi De Magistris, eleito neste ano, anunciou um ambicioso plano de limpeza, que inclui a transferência de lixo para aterros na Holanda. Mas, com o país mergulhado em problemas econômicos, a crise do lixo em Nápoles continua na mesma. Os detritos pelas calçadas e o mau cheiro, também. 

Reproduzido do site Planeta Sustentável

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