quarta-feira, 9 de dezembro de 2015

Plásticos biodegradáveis não são a resposta para reduzir o lixo marinho, diz PNUMA


Novo relatório explica que a completa biodegradação de plásticos ocorre em condições que raramente, ou nunca, se vê em ambientes marinhos. Todos os anos, cerca de 20 milhões de toneladas de plástico são despejadas nos oceanos.
Cerca de 20 milhões de toneladas de plásticos acabam nos oceanos a cada ano. Foto: Flickr/ National Ocean Service Image Gallery (CC)
Cerca de 20 milhões de toneladas de plásticos acabam nos oceanos a cada ano. Foto: Flickr/ National Ocean Service Image Gallery (CC)
A adoção generalizada de produtos rotulados como ‘biodegradável’ não vai diminuir significativamente o volume de plástico que entra no oceano ou os riscos físicos e químicos que os plásticos representam para o ambiente marinho, concluiu um relatório do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) divulgado nesta terça-feira (17).
O relatório “Plásticos biodegradáveis e Lixo Marinho. Equívocos, preocupações e impactos nos ambientes marinhos” acredita que a completa biodegradação de plásticos ocorre em condições que raramente, ou nunca, se vê em ambientes marinhos, com alguns polímeros exigindo instalações industriais e temperaturas prolongadas acima de 50°C para serem desintegrados. Há também alguma evidência que sugere que os produtos de rotulagem como ‘biodegradável’ aumentam a propensão do público de despejar o lixo em locais impróprios para tal.
O relatório foi lançado para marcar o 20º aniversário do Programa Global de Ação para a Proteção do Ambiente Marinho de Atividades Situadas em Terra (GPA, na sigla em inglês), um mecanismo intergovernamental, organizado pelo PNUMA.
“Estimativas recentes do PNUMA mostraram que cerca de 20 milhões de toneladas de plásticos acabam nos oceanos a cada ano. Uma vez no oceano, o plástico não vai embora, mas se quebra em partículas de microplástico”, explicou o diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner, solicitando uma abordagem mais responsável na gestão de vida dos plásticos.
Em 2014, um estudo feito pelo PNUMA e parceiros estimou que cerca de 280 milhões de toneladas de plástico são produzidas globalmente a cada ano e que apenas uma pequena porcentagem é reciclada. Em vez disso, parte desse plástico acaba nos oceanos, custando vários bilhões de dólares anualmente em danos ambientais. Nos últimos anos, cresceu a preocupação com relação aos microplásticos, partículas de até 5 milímetros de diâmetro, usados, especialmente, em produtos cosméticos. Esse material é ingerido por espécies marinhas, podendo causar sua morte.
fonte: http://nacoesunidas.org/

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