segunda-feira, 6 de julho de 2015

Cai a expectativa de vida das árvores no Rio

Cai a expectativa de vida das árvores no Rio


As árvores centenárias são as mais novas vítimas silenciosas do estresse urbano. O problema atinge o mundo inteiro. Aqui no Rio, algumas dezenas de figueiras plantadas nos anos de 1800, por iniciativa de Glaziou, estão secando e morrendo. Vide as plantadas no Campo de Santana, no Centro da cidade. A situação é tão grave que o presidente da Fundação Parques e Jardins (FPJ), Mauro Duarte, criou um grupo para tratar das doenças fitossanitárias e acompanhar cada árvore da cidade, fazendo uma espécie de carteira de identidade delas.

A engenheira florestal fitossanitarista Denise Baptista Alves, que é consultora da FPJ, diz que uma das espécies mais abaladas é a ficus microcarpa, aquela com folhas pequenas. Há uma grande desconfiança de que o problema seja um fungo oportunista que aproveitaria a fragilidade da planta por conta das péssimas condições em que as árvores estão vivendo, com muito barulho, poluição, solo contaminado. Denise conversou com a repórter da turma da coluna Ana Cláudia Guimarães sobre o tema.

Quantos anos viveria um ficus?

Essas árvores são longevas, algumas atingem 400 anos, como as figueiras (F.religiosa) na calçada da Santa Casa da Misericórdia. Agora que elas sofrem de estresse, o tempo de vida depende muito do nível de contaminação e das condições ambientais.

O que causa o estresse?

Fatores como a dimensão das golas de plantio, compactação do solo, inundações, poluição do ar, sucessivas podas promovidas pelas concessionárias de energia, dentre outros, podem contribuir ou evoluir para uma condição fitossanitária inadequada.

Que medidas se podem tomar para diminuir o risco de morte da árvore?

Os estudos indicam a presença de um fungo que pode estar ou não associado a uma praga. O controle será indicado após a identificação precisa do causador da doença. Mas isso não exclui a necessidade de manejo adequado dessas espécies contaminadas.

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