domingo, 4 de janeiro de 2015

Museu de História Natural de Nova York será ampliado em mais de 200 mil m² até 2019

Museu de História Natural de Nova York será ampliado em mais de 200 mil m² até 2019

Obra custará cerca de R$850 milhões e vai ficar pronta para o 150º aniversário da instituição

POR 12/2014 

Um modelo do museu como é atualmente - Karsten Moran para o The New York Times
NOVA YORK — O Museu de História Natural, de Nova York, um complexo que ocupa cerca de quatro quarteirões da cidade, está planejando uma grande transformação. A ampliação, que custará cerca de U$ 325 milhões, cerca de R$ 850 milhões, terá seis andares projetados para promover a expansão do papel da instituição como um centro de pesquisa científica e educação. O novo Centro de Richard Gilder de Ciência, Ensino e Inovação deve ser construído em uma área perto do museu, na West 79th Street, que agora é um espaço aberto.
Richard Gilder é um corretor da bolsa e doador de longa data do museu. Ele está contribuindo com mais US $ 50 milhões. Um terço do custo já foi levantado a partir desta e de outras fontes. Gilder esteve envolvido em todas as principais iniciativas do museu nos últimos 20 anos. Durante o período de ampliação, a previsão é que ele contribua com totais US$ 125 milhões, tornando-se o maior doador individual na história da instituição.
O acréscimo será de 218 mil metros quadrados. Desse total, 180 mil metros quadrados seriam novos, o resto iria incorporar espaços já existentes. Fundado em 1869 e instituído pelo Estado de Nova York como um museu e biblioteca, o museu hoje emprega 200 cientistas de pesquisa que a cada ano promovem mais de 100 expedições ao redor do mundo.
A ampliação está prevista para ser concluída já em 2019, no 150º aniversário do museu, e será a mudança mais significativa para o campus histórico da instituição desde que, há 17 anos, o edifício Art Deco Hayden Planetarium tornou-se o prédio de vidro do Rose Center, espaço sobre a Terra e o espaço. A obra, ainda não foi definida, mas já se sabe que servirá para exposições apresentando temas científicos, bem como para laboratórios e teatros de apresentações do mesmo tema. Desde 2008, o museu, através da Richard Gilder Graduate School, concede um Ph.D. em biologia comparada, algo raro para um museu. Em 2011, o museu também estabeleceu um programa de mestrado em separado no ensino de ciência.
"Nós temos uma verdadeira lacuna na compreensão pública da ciência, ao mesmo tempo em que muitas das questões mais importantes têm a ciência como a sua fundação - a saúde humana, biologia, meio ambiente, biodiversidade, mudanças climáticas, extinção em massa. Este museu tem um papel a desempenhar na sociedade em termos de reforço do papel da ciência", disse Ellen V. Futter, presidente do museu.
Com seus dioramas, corredores cavernosos e baleia gigante, o edifício é um dos mais conhecidos da cidade, muito por conta das tradicionais excursões escolares, parte integrante de uma infância em New York. Muitos outros o visitam interessados em conhecer a locação do filme "Uma Noite no Museu". Com a expansão, o museu também quer acomodar melhor seus vários visitantes. A frequência aumentou para cinco milhões por ano, em comparação com os três milhões na década de 1990, além de uma coleção que passará a incluir mais de 33 milhões de espécimes e artefatos.
A expansão provavelmente enfrentará um exame minucioso dos moradores de Upper West Side. O bairro é conhecido por suas ferozes batalhas urbanísticas, como a de 1956, na luta em torno do Parque Aventura na West 67th Street, no Central Park, queria poderia ser transformado em novo estacionamento. Mais recentemente, houve conflitos sobre a renovação do museu da Sociedade Histórica de Nova York.
Embora o Central Park seja apenas em um quarteirão do museu, as propostas para reduzir qualquer espaço aberto na cidade também podem ser particularmente controversas. Autoridades do museu dizem que enquanto ainda não há o projeto para a ampliação definido, eles precisam entender essa questão e reconhecem o interesse em preservar o parque da cidade.
“A grande maioria do espaço aberto no lado oeste do museu permanecerá como um espaço aberto quando o projeto for concluído", disse Ann Siegel, vice-presidente sênior do museu para as operações e programas de capital.

O museu é um veterano de tais debates, tendo resistido com sucesso diante dos protestos contra seu Rose Center, quando alguns vizinhos argumentavam que o projeto arruinaria o bairro.
"Nós levamos isso muito a sério, e eu tenho certeza que vai ser uma discussão importante.", disse Futter.
Como o museu é um marco de propriedade da cidade, sua ampliação deve ser aprovada por várias agências municipais, incluindo a Comissão de Preservação, do Departamento de Assuntos Culturais e do Departamento de Parques. Mas o apoio preliminar da cidade já se reflete em U$15 mil, cerca de R$40 mil, incluídos no orçamento da cidade para a obra. As informações são do “The New York Times”.

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