Débora Spitzcovsky - /2014
Pneus, garrafas com mensagens, pianos, máquinas de lavar roupa, banheiras de hidromassagem e, até, tratores (!) integram a extensa lista de objetos que foram retirados de dentro dos rios dos Estados Unidos por Chad Pregracke. Mergulhador profissional, há 15 anos o norte-americano vive para limpar as águas do país, que estão cada vez mais poluídas.
Tudo começou ainda na adolescência. Pregracke nasceu às margens do Mississipi, onde deu seus primeiros mergulhos, e ficou chocado ao perceber que o rio que havia lhe proporcionado tantos bons momentos na infância estava se transformando em um depósito de resíduos – e pior: ninguém parecia se importar.
Foi então que decidiu arregaçar as mangas e, sozinho, retirar da água todo o lixo que conseguisse. 15 anos depois, a missão solitária de Pregracke se transformou em umacausa coletiva: o mergulhador fundou a ONG Living Lands and Waters, que – com a ajuda de milhares de voluntários – realiza mais de 70 operações de limpeza por ano, não só no Mississipi, mas também em outros grandes rios dos EUA.
As expedições são anunciadas, com antecedência, no
, para que qualquer interessado possa se inscrever e participar. Até agora, a ONG já conseguiu tirar dos rios dos EUA mais de oito milhões de quilos de sujeira, mas Pregracke não está satisfeito. Para ele, mais importante do que limpar é evitar que se suje. Por isso, o mergulhador realiza oficinas de conscientização nos lugares por onde passa.
Tanta dedicação rendeu ao norte-americano o prêmio Herói do Ano 2013, concedido pela rede de notícias internacionais CNN. Aqui no Brasil, também temos nossos super-homens (talvez menos reconhecidos): você se lembra do
? Há mais de 20 anos, o trabalho de José Leonídio Rosendo dos Santos é mergulhar nas águas sujas do Tietê e Pinheiros para limpá-los.
Foto: Sean Suddes/Creative Commons
Nenhum comentário:
Postar um comentário
Obrigado pelo sua participação e opinião !