terça-feira, 16 de agosto de 2011

Transformando com consciência 15.08.11

Nada se perde, tudo se transforma. Com essa filosofia, grupo voluntário de Campos formado por um engenheiro químico e acadêmicos de Engenharia de Produção transforma óleo doméstico saturado em biodiesel, que já abastece tratores da secretaria municipal de Agricultura e Pesca, a um custo 70% menor que o diesel petroquímico. Do óleo usado recolhido pela Prefeitura, ainda é retirada a glicerina para fabricação de sabão.
Tudo começou há cerca de três meses, com um convite do diretor executivo da Cooperativa Mista dos Produtores Rurais Fluminenses (Cooplanta), Maurício Carvalho, ao engenheiro químico Luiz Paulo Vailant para a reativação da unidade de Planta Piloto de Biodiesel, situada na Fazenda Angra, pertencente à Empresa de Pesquisa Agropecuária do Estado do Rio de Janeiro (Pesagro), o que aconteceu na segunda quinzena de junho.
Entusiasmado com a possibilidade de um trabalho de importância técnica, econômica e ecológica, Vailant convidou alguns de seus alunos do curso de Engenharia de Produção da Universidade Salgado de Oliveira (Universo) para fazerem parte do grupo, que reaproveitou todo equipamento já existente na planta e a colocou para funcionar.
Com a reativação do espaço, cerca de seis toneladas de óleo saturado armazenadas no local há quase quatro anos começaram a ser submetidas ao processo de transesterificação, procedimento pelo qual o óleo vegetal é misturado a um tipo de álcool e a catalisadores para a produção do biocombustível. O estoque atual é de cinco mil litros de óleo e a ca-pacidade da planta é de produção de mil litros de biodiesel por dia, a partir do óleo usado.
— Estimamos que a Prefeitura colete mensalmente 15 mil litros de óleo, o que ainda representa cerca de 30% da produção de óleo de fritura do município. Nosso trabalho ainda está no início, mas tem grande importância do ponto de vista ecológico e produtivo, já que deixamos de despejar 15 mil litros de óleo no esgoto sa-nitário todo mês e o biodiesel tem um custo equivalente a 30% do diesel petroquímico, num processo que até o álcool utilizado é reaproveitado. Sem falar na oportunidade para os universitários praticarem — ressaltou Vailant, que participa do projeto como voluntário e nessa primeira fase conta com a colaboração de três alunos, mas prevê a participação de 30 acadêmicos.

Fonte: http://www.fmanha.com.br/#1219359853/1313414009

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