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terça-feira, 21 de abril de 2020
CORONA E PROBLEMA NAS RELAÇÕES DE CONSUMO: ONDE RECLAMAR?
Sua cidade não tem PROCON? Onde reclamar nesse momento de problemas e mudanças provocado pela crise do corona? Você pode reclamar no site: consumidor.gov.br.,plataforma do governo federal.Somente online e com cadastro. Pode reclamar no site do PROCON.RJ. PROCON.RJ.GOV.BR ou pelo tel. 151
CUIDADOS: VERDADES E MENTIRAS
O vírus pode estar nas minhas coisas? Saiba o risco de contaminação pelas roupas, sapatos e correspondências
Especialistas explicam por quanto tempo o novo coronavírus fica no ar e nos objetos que entram na sua casa
Tara Parker-Pope, do "New York Times"
20/04/2020 - 04:30
Muitas pessoas têm medo de deixar o coronavírus entrar em suas casas pelas roupas, sapatos, correspondência e até mesmo pelo jornal. Infectologistas, especialistas em aerossóis e microbiologistas respondem às perguntas sobre os riscos de entrar em contato com o vírus durante saídas essenciais de casa ou até pacotes de entregas.
FONTE JORNAL O GLOBO
Devo trocar de roupa e tomar banho quando chegar em casa do supermercado?
Para aqueles que podem ficar em casa e em isolamento social, saindo apenas ocasionalmente para ir ao supermercado ou à farmácia, os especialistas concordam que não é necessário trocar de roupa ou tomar banho ao voltar da rua. No entanto, a recomendação é de sempre lavar as mãos. Embora seja verdade que um espirro ou a tosse de uma pessoa infectada possa lançar gotículas virais e partículas menores pelo ar, a maioria delas cairá no chão.
Estudos mostram que algumas pequenas partículas virais podem flutuar no ar por cerca de meia hora, mas é pouco provável que cheguem até você. "É improvável que uma gota pequena o suficiente para flutuar no ar por algum tempo seja depositada nas roupas devido à aerodinâmica", disse Linsey Marr, cientista especialista em aerossóis do Instituto Politécnico e Universidade Estadual da Virgínia (Virginia Tech), nos EUA. "Elas seriam tão pequenas que se moveriam no ar ao redor dos corpos e das roupas".
Por que pequenas gotículas e partículas virais normalmente não pousam em nossas roupas?
Linsey Marr dá uma pequena lição de aerodinâmica: "Essas partículas seguem o fluxo de ar em torno de uma pessoa porque nos movemos relativamente devagar. À medida que andamos, empurramos o ar para fora do caminho, e a maioria das gotículas e partículas também é empurrada para fora. Alguém teria que borrifar grandes gotas conversando - um cuspidor -, tossindo ou espirrando para que pousassem em nossas roupas. As gotículas precisam ser grandes o suficiente para desviar de seu curso natural".
Então, se você está fazendo compras, e alguém espirra em você, melhor ir para casa, trocar de roupa e tomar banho. No mais, considere que seu corpo "lento" está empurrando o ar e as partículas virais para longe de você, resultado explicado pela física.
Existe o risco de o vírus estar no meu cabelo ou na barba?
Por todas as razões descritas acima, você não deve se preocupar com a contaminação viral de seus cabelos ou da barba, se estiver praticando isolamento social. Mesmo se alguém espirrasse na parte de trás da sua cabeça, qualquer gota que caísse no seu cabelo seria uma fonte improvável de infecção.
"Pense no processo do que precisa acontecer para alguém se infectar", propõe Andrew Janowski, professor de doenças infecciosas pediátricas do Hospital Infantil St. Louis, da Escola de Medicina da Universidade de Washington, nos EUA: "Se alguém espirra, é necessária uma quantidade X de vírus nesse espirro. Diversas gotas têm que cair sobre você. Então você precisa tocar exatamente na parte do cabelo ou da roupa onde estão essas gotículas, que já apresentam uma redução significativa nas partículas virais", disse Janowski. “Depois de tocá-las, teria que encostar em qualquer parte do seu rosto para entrar em contato com ele. Seria preciso passar por essa sequência de eventos, um grande número de coisas precisa acontecer de maneira exata. Isso torna o risco muito baixo.”
Devo me preocupar ao lavar ou manusear as roupas? Corro risco de espalhar partículas virais das roupas pelo ar?
Depende se você está lavando roupas da rotina normal ou de uma pessoa doente. A roupa da rotina normal não deve causar preocupações - lave-a como faria normalmente. Embora alguns tipos de vírus possam ser difíceis de limpar, o novo coronavírus, assim como o vírus da gripe, é cercado por uma membrana gordurosa que é vulnerável ao sabão. Lavar suas roupas com sabão comum e depois secá-las é mais do que suficiente para remover o vírus - se é que ele está lá.
“Sabemos que os vírus podem se depositar na roupa (a partir de gotículas) e, em seguida, serem soltos no ar com o movimento, mas você precisará de muitos vírus para que isso seja uma preocupação, muito mais do que uma pessoa comum encontraria ao sair para passear ao ar livre ou ir a um supermercado”, disse Marr.
A exceção é se você estiver em contato próximo a uma pessoa doente. Os Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA recomendam o uso de luvas ao limpar itens de alguém que esteja doente, além de tomar cuidado para não sacudir peças de vestuário e roupas de cama. Se possível, use água bem quente e seque completamente. Você pode misturar as roupas de uma pessoa doente com as do restante da casa, mas deixe a roupa secando por um tempo maior para minimizar os riscos. "Sabemos que esses tipos de vírus tendem a se deteriorar mais rapidamente no tecido do que em superfícies sólidas e duras, como aço ou plástico", disse Linsey Marr.
Por quanto tempo o vírus pode permanecer ativo em tecidos ou outras superfícies?
A maior parte do que sabemos sobre quanto tempo esse novo coronavírus vive em superfícies vem de um importante estudo publicado no New England Journal of Medicine em março. A pesquisa descobriu que o vírus pode sobreviver, em condições ideais, até três dias em superfícies de metal duro e plástico e até 24 horas em papelão.
Mas o estudo não analisou tecidos. Ainda assim, a maioria dos especialistas em vírus acredita que a pesquisa em papelão oferece pistas sobre como o vírus provavelmente se comporta em panos. As fibras naturais absorventes do papelão parecem fazer com que o vírus seque mais rapidamente e as fibras do tecido provavelmente produziriam um efeito semelhante.
Um estudo de 2005 sobre um outro tipo de coronavírus, o que causa a Sars (Síndrome Respiratória Aguda Grave), dá mais garantias. Naquela pesquisa, os cientistas testaram quantidades cada vez maiores de amostras virais em papel e em um vestido de algodão. Dependendo da concentração do vírus, foram necessários cinco minutos, três horas ou 24 horas para que ele se tornasse inativo. "Mesmo com uma carga de vírus relativamente alta na gota, foi observada uma rápida perda de inatividade para papel e material de algodão", concluíram os pesquisadores.
Devo me preocupar com correspondência, pacotes ou jornal?
O risco de ser infectado ao manusear correspondências ou pacotes é extremamente baixo e, neste momento, apenas teórico. Não há casos documentados de alguém ficar doente ao abrir um pacote ou ler um jornal.
Mas isso não significa que você não deva tomar precauções. Após manusear cartas, pacotes ou ler o jornal, descarte a embalagem e lave as mãos.
Devo me preocupar com a contaminação ao sair para passear com o cachorro ou fazer exercícios?
Suas chances de pegar o vírus quando você sai são extremamente baixas desde que você mantenha uma distância segura das outras pessoas. "Ao ar livre é seguro e certamente não há nuvens de gotículas carregadas de vírus", disse Lidia Morawska, professora e diretora do Laboratório Internacional de Qualidade e Saúde do Ar na Universidade de Tecnologia de Queensland, em Brisbane, na Austrália.
"Em primeiro lugar, qualquer gota infecciosa exalada em ambiente externo seria rapidamente diluída no ar, então a concentração se tornaria rapidamente insignificante", afirma Morawska. “Além disso, a estabilidade do vírus ao ar livre é significativamente menor do que em ambientes fechados. Portanto, não é realmente um problema, a menos que estejamos em um local muito movimentado - o que não é aconselhado agora de maneira nenhuma. É seguro dar um passeio e correr sem se preocupar com o vírus no ar, e não há necessidade de lavar imediatamente as roupas.”
Ao voltar da rua, devo remover meus sapatos e limpá-los?
Os sapatos podem abrigar bactérias e vírus, mas isso não significa que eles sejam uma fonte comum de infecção. Um estudo de 2008 encomendado pela marca de calçados americana Rockport Shoes encontrou muita sujeira, incluindo bactérias fecais, nas solas dos sapatos. Outra pesquisa recente da China descobriu que, entre os profissionais de saúde, metade tinha coronavírus detectado em seus sapatos, o que não é inesperado, pois eles trabalhavam em hospitais com pacientes infectados.
Então, o que devemos fazer com nossos sapatos? Se seus sapatos são laváveis, você pode lavá-los. Limpar com lencinho ou pano não é recomendado porque traz germes que permaneceriam na sola ou no chão diretamente para as mãos. Então você pode simplesmente deixá-los do lado de fora de casa ou em um local específico da entrada. Se você tem uma criança que engatinha ou brinca no chão, um membro da família com alergias ou um sistema imunológico comprometido, uma casa sem sapatos pode ser uma boa ideia para a higiene geral.
BRASÍLIA - A presença do presidente Jair Bolsonaro na manifestação em frente ao Quartel General do Exército contra o Congresso e o Supremo Tribunal Federal (STF), na tarde deste domingo, provocou um "enorme desconforto" na cúpula militar. Ao jornal O Estado de S. Paulo, oficiais-generais destacaram que não se cansam de repetir que as Forças Armadas são instituições permanentes, que servem ao Estado Brasileiro e não ao governo.
Na avaliação dos generais ouvidos, o protesto que chegou a pedir intervenção militar não poderia ter ocorrido em lugar pior. "Se a manifestação tivesse sido na Esplanada, na Praça dos Três Poderes ou em qualquer outro lugar seria mais do mesmo", observou um deles. "Mas em frente ao QG, no dia do Exército, tem uma simbologia dupla muito forte. Não foi bom porque as Forças Armadas estão cuidando apenas das suas missões constitucionais, sem interferir em questões políticas."
Eles observaram que a presença de Bolsonaro em frente ao QG teve outra gravidade simbólica. Pela Constituição, o presidente da República é também o comandante em chefe das Forças Armadas. Mesmo com cuidados para evitar críticas diretas, os generais ressaltaram que o gesto foi uma "provocação", "desnecessária" e "fora de hora".
À reportagem, os generais não esconderam o mal-estar. Afinal, Bolsonaro os deixou em "saia justa". Chefes militares não podem se pronunciar. O Estado ouviu sete oficiais-generais, sendo cinco do Exército, um da Aeronáutica e um da Marinha. Eles lembraram que o País tem uma "verdadeira guerra" a ser vencida e que não é possível gastar energia com alvos diferentes. Houve quem observasse que o presidente enfrenta "resistências", inclusive do Congresso, mas todos avaliam que a presença dele na manifestação provocou ainda mais a ira dos representantes do Executivo e do Judiciário.
Atos pró-Bolsonaro pedem fim do isolamento social
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Apoiadores do presidente da República, Jair Bolsonaro, se concentram em ato diante do Comando Militar do Nordeste (CMNE), no Recife (PE) Foto: RODRIGO BALTAR / AGÊNCIA PIXEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Ato diante do Comando Militar do Nordeste (CMNE), no Recife (PE), na manifestação denominada "Mega Carreata Nacional O Brasil Não Pode Parar" Foto: RODRIGO BALTAR / AGÊNCIA PIXEL PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
Por conta da presença do presidente na manifestação, houve necessidade de reforço da guarda do QG. Isso acabou passando uma imagem que também foi considerada ruim pelos generais. Os soldados deslocados para a guarda estavam de plantão e tiveram de sair às pressas para o local da manifestação e, de certa maneira, proteger Bolsonaro da multidão.
No momento, os militares da ativa do Exército, da Marinha e da Aeronáutica, sob a batuta do Ministério da Defesa, tentam focar seus trabalhos no combate à pandemia do novo coronavírus, sem emitir qualquer posicionamento político sobre as polêmicas.
A atitude do presidente, ainda segundo a análise de um dos militares, passa um sinal trocado para a sociedade. As avaliações tiveram uma dose de desabafo por parte dos generais. Eles ressaltaram passam o tempo todo tentando separar o governo do Exército, já que há sempre quem lembre da presença de militares em cargos de ministro no Palácio do Planalto.
Um general contemporizou lembrando que "não é a primeira vez" que acontece uma manifestação em frente a um quartel. Outro emendou que "as manifestações pacíficas e ordeiras são expressões legítimas da democracia". Um terceiro lembrou que podem pegar as gravações que não vão ver o presidente atacando ninguém, mas falando de liberdade e de emprego. O clima, porém, era de desconforto.
segunda-feira, 20 de abril de 2020
Bolsonaro transmite live com Roberto Jefferson para explicar o ‘golpe’ de Rodrigo Maia fonte: site 247
Bolsonaro faz uma longa live em que o ex-deputado condenado Roberto Jefferson explica como Rodrigo Maia estaria preparando um golpe contra Bolsonaro
247 - Em meio à pandemia de coronavírus, Bolsonaro transmitiu neste domingo 19 uma live pelo Facebook que o mostrava assistindo a uma fala do ex-deputado Roberto Jefferson em que ele explicava como o presidente da Câmara, Rodrigo Maia, estaria articulando um golpe para tirar Bolsonaro do governo.
Na live, participou também Oswaldo Eustáquio, divulgador contumaz de fake news e também condenado a pagar R$ 15 mil por danos morais a Glenn Greenwald por ter ofendido a mãe dele quando ela estava com câncer terminal.
Setor supermercadista e núcleos de defesa do consumidor firmam acordo para fiscalizar preços abusivos nos supermercados brasileiros. A parceria foi estabelecida por meio da assinatura, nesta sexta-feira, 17, do protocolo de cooperação entre as áreas. A Associação Brasileira de Supermercados (Abras) e a Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) irão atuar juntas na fiscalização de práticas abusivas na revenda dos produtos em supermercados durante a pandemia causada pelo novo coronavírus. O acordo estará em vigor por 60 dias, podendo ser prorrogado, e não acarretará repasse de recursos financeiros entre as partes.
Um conjunto de produtos foram definidos como prioritários para direcionar a análise dos preços de comercialização durante a pandemia. De acordo com o protocolo de cooperação, deverão ser realizadas reuniões mensais entre a Senacon e a Abras. Os encontros serão destinados para o repasse de informações do monitoramento semanal do mercado consumidor e da situação enfrentada pela população ao realizarem compras no que diz respeito a preço e oferta de produtos. Medidas de fiscalização direcionadas regionalmente serão repassadas por meio das 27 associações estaduais filiadas à Abras.
A Senacon ainda se comprometeu a ouvir os dirigentes de supermercados e assumir posicionamentos diante de quaisquer ações administrativas que estejam prejudicando o abastecimento dos produtos essenciais à população e fazendo com que os supermercados aumentem os preços. No protocolo, foi estabelecido a adoção pelo setor de regras de recomendações de autorregulação quanto às cobranças abusivas por parte de fornecedores.
As entidades supermercadistas de comércio de produtos serão orientadas a se cadastrarem na plataforma “consumidor.gov.br”, como meio de assegurar um melhor monitoramento por parte da Abras. A determinação sugere que tais entidades realizem os cursos disponibilizados na plataforma pela Escola Nacional do Consumidor, como forma de se instruírem quanto ao comportamento esperado pelo consumidor e forma de evitar ações abusivas e eventualmente delituosas.
domingo, 19 de abril de 2020
Cientista diz que coronavírus surgiu em laboratório chinês
Vencedor do Nobel de Medicina em 2008, Luc Montagnier acredita que chineses buscavam vacina para o HIV quando criaram o SARS-CoV-2, causador da Covid-19 e falou sobre o assunto em entrevista
PORTAL R7, SÃO PAULO17/04/2020 ÀS 21H
Em entrevista ao podcast Pourquoi Docteur? (Por que, doutor?, em português), o francês Luc Montagnier, vencedor do Nobel de Medicina de 2008, afirma que o coronavírus SARS-CoV-2, causador da covid-19, foi criado em um laboratório de Wuhan, na China. “A história de que ele surgiu em um mercado de peixes é lenda”, diz.
Montagnier disse que o laboratório da cidade de Wuhan se especializou nesse tipo coronavírus desde o início dos anos 2000 – Foto: NIAID/Fotos Públicas/ND
Premiado em 2008 com o Nobel pela descoberta do vírus HIV nos anos 1980, Montagnier disse que o laboratório da cidade de Wuhan se especializou nesse tipo coronavírus desde o início dos anos 2000 e, apesar de ser um local de alta segurança, teria deixado escapar a nova cepa do vírus.
O professor, que diz ter analisado a sequência do vírus com seu colega matemático Jean-Claude Perrez, afirma que pesquisadores indianos já haviam tentado publicar um estudo completo mostrando que o SARS-CoV-2 possui sequências do HIV, o vírus causador da Aids.
No entanto, questionado se tal mutação não poderia ser natural, Montaigner foi categórico. “Não. Esse tipo de mutação precisa de ferramentas, não acontece na natureza”.
CONTA BANCÁRIA; SEUS DIREITOS
Direitos do consumidor: quais serviços bancários podem ser cobrados?
FONTE FINANÇAS FEMININAS COM BR 14 de abril de 2020 - Por Karoline Gomes
Todo mundo sabe que é necessário pagar as contas em dia e manter a conta corrente com saldo positivo. Mas você conhece todas as obrigações que os bancos têm com os clientes, especialmente quando o assunto é direito do consumidor? Com a correria do dia a dia, você tem tempo de acompanhar as tarifas cobradas pelos serviços bancários? Aliás, você sabe quais taxas as instituições podem cobrar?
É importante entender quais são as obrigações e limites dos bancos para que você possa detectar erros e reivindicar soluções. Com a ajuda do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e do Banco Central, listamos alguns deveres básicos que você pode cobrar do banco como consumidora e o que a instituição pode cobrar de você.
Entenda os pacotes de serviços bancários
De acordo com a Resolução 3.919/10, do Conselho Monetário Nacional (CMN), e com a Carta Circular 3.594/13, do Banco Central do Brasil, há quatro “pacotes padronizados” de serviços bancários que as instituições têm obrigatoriedade de fornecer aos clientes. Alguns deles podem ser cobrados. Nesse caso, vale conferir quais serviços você realmente precisa e comparar os preços das tarifas entre diferentes instituições:
São aqueles considerados básicos para o banco e que todo o consumidor precisa, como o fornecimento de cartão de débito, até 10 folhas de cheque por mês, o limite de quatro saques e duas transferências por mês entre contas da mesma instituição, além de consultas via internet e fornecimento de dois extratos mensais. Os bancos não podem cobrar pelos serviços essenciais.
2. Serviços Prioritários:
São serviços bancários considerados habituais, como o cadastro para início de vínculo, abertura de conta de depósitos, manutenção de conta corrente, transferências de recursos por DOC ou TED, operações de crédito e de arrendamento mercantil, cartão de crédito básico, débito e operação de câmbio para compra ou venda de moeda estrangeira e viagens internacionais.
Normalmente os bancos não cobram pelo primeiro cadastro do cliente como uma forma de recebê-lo e estabelecer vínculos. Porém, todos os outros serviços citados podem ser cobrados, de acordo com a Resolução.
3. Serviços Especiais:
Estes são vinculados às leis ou normas específicas, como Sistema Financeiro da Habitação (SFH), Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS), PIS/PASEP, entre outros. Por ser direito garantido do consumidor, serviços ligados a essas operações não são cobrados.
4. Serviços Diferenciados
Exigem atendimentos personalizados e um pedido antecipado do cliente para a realização das operações, como serviços de câmbio, administração de fundos de investimento e aluguel de cofres. Estes serviços bancários são cobrados pela instituição. Contudo, é obrigatório informar os preços ao cliente antes de aceitar a solicitação e executar o procedimento.
Abrir conta corrente: como escolher o melhor pacote de serviços bancários?
O valor de cada pacote não pode ser superior à soma de cada tarifa cobrada individualmente. Ou seja, se o banco cobra R$ 15 para a manutenção de conta corrente, o valor total para serviços prioritários não pode ser maior.
Como cliente, você pode escolher um serviço específico ou ainda solicitar o pacote completo e pagar o valor total. Para a segunda opção, o banco deve fornecer um contrato diferente com todas as especificações. Você pode conferir um detalhamento sobre cada serviço oferecido no site do Banco Central.
Quais tarifas podem ser cobradas no cartão de crédito?
Os bancos podem cobrar cinco tarifas referentes à prestação de serviços de cartão de crédito dentro do que são considerados serviços prioritários: anuidade, emissão de segunda via do cartão, uso do cartão no saque em espécie, uso do cartão para pagamento de contas e avaliação emergencial do limite de crédito.
O Idec recomenda que a consumidora fique de olho na sua fatura e conta constantemente para evitar cobranças indevidas.
Quais são as obrigações do banco com os clientes?
É obrigação do banco comunicar aos clientes qualquer alteração na cobrança das tarifas de serviços com, no mínimo, 30 dias de antecedência (45 dias para serviços relacionados a cartões de crédito). No caso dos Serviços Prioritários, os reajustes são proibidos em intervalos de tempo inferiores a 180 dias (365 dias para serviços prioritários relacionados a cartões de crédito).
Além disso, a instituição tem obrigação de informar o valor individual de cada serviço, o total de eventos admitidos por serviço e o preço estabelecido para o pacote já no primeiro contato com o cliente que deseja abrir uma nova conta.
Em caso de cobrança indevida, o consumidor tem direito à devolução em dobro do valor pagou incorretamente, acrescido de correção monetária. Se a cobrança foi por dívida não contraída ou com valor a mais, também é possível solicitar a restituição da quantia em dobro e a indenização por danos morais.
Agora que você já conhece os serviços que podem ser cobrados e aqueles que são gratuitos, fique de olho em seus extratos para não ser cobrada indevidamente.