sexta-feira, 4 de março de 2016

País avalia vulnerabilidade ao clima

Paulo de Araújo/MMA
Praia do Saco (SE): área costeira invadida
MMA e Fiocruz desenvolvem sistema que medirá os riscos a que estão expostos os moradores de diversas localidades do Brasil.

Por: Lucas Tolentino - Edição: Alethea Muniz
O Ministério do Meio Ambiente (MMA) e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) avaliaram, nesta quinta-feira (25/02), um novo sistema de aplicação do Índice Municipal de Vulnerabilidade Humana à Mudança do Clima. A ferramenta está em fase de construção por meio de projeto financiado pelo Fundo Clima. Ao todo, R$ 2,8 milhões serão investidos. O objetivo é criar indicadores dos riscos gerados pelo aquecimento global para a população brasileira.
O sistema será usado, de forma inicial, em seis estados. Já foram apresentados os resultados da aplicação dos índices de vulnerabilidade no Espírito Santo e em Pernambuco. Os outros quatros estados são Paraná, Mato Grosso do Sul, Amazonas e Maranhão. De acordo com o diretor-substituto de Licenciamento e Avaliação Ambiental do MMA, Pedro Christ, a estratégia deve ser expandir o uso do sistema futuramente.
MAPAS
A partir da inserção de dados, serão gerados mapas temáticos que permitirão o cálculo de índices como o de vulnerabilidade sociodemográfica, além de mostrar as sensibilidades e os riscos de exposição futura. “A construção desse sistema é uma oportunidade de levar a discussão para os estados e trazer elementos práticos para que sejam desenvolvidas ações em adaptação à mudança do clima”, explicou Pedro Christ.
Ações de adaptação se referem a iniciativas e medidas capazes de reduzir a vulnerabilidade dos sistemas naturais e humanos frente aos efeitos atuais e esperados da mudança do clima. Ou seja, são uma forma de resposta para lidar com possíveis impactos e explorar eventuais oportunidades. A elaboração de uma estratégia de adaptação envolve, entre outras coisas, a identificação da exposição a esses impactos com base em projeções e cenários climáticos.

Assessoria de Comunicação Social (Ascom/MMA)

MPF cobra reparação total de danos ambientais do Porto do Açu (RJ)

Publicado em março 2, 2016 por 


O Ministério Público Federal (MPF) se opôs, no Superior Tribunal de Justiça (STJ), aos recursos especiais do estaleiro OSX e do Porto do Açu Operações, responsáveis pelo complexo logístico portuário em construção em São João da Barra, no Norte fluminense. O MPF/RJ processou o grupo empresarial EBX para paralisar as obras por salinizarem o Canal de Quitingunte com danos ao meio ambiente e ao consumo humano. As empresas questionaram a decisão judicial que considerou como área atingida todo o 5º distrito (Pipeiras), como quis o MPF (o juiz em Campos considerou inicialmente apenas os danos comprovados ao canal).
A Procuradoria Regional da República da 2ª Região (PRR2) argumentou, em suas manifestações (contrarrazões aos agravos), que a delimitação da área pelo juiz de primeira instância representa risco de graves danos de difícil reparação ao meio ambiente. A partir de um inquérito civil antes restrito aos danos no canal, o MPF avaliou que a salinização pode alcançar áreas do solo, de águas doces em canais e lagoas e águas tratadas para a rede de abastecimento em toda a região.
“Considerar os eventuais efeitos da salinização do canal só em relação ao abastecimento humano de água, como na decisão inicial, desprezaria as áreas de solo e recursos hídricos de águas doces de canais e lagoas, também possivelmente atingidos”, afirma o procurador regional da República Luiz Mendes Simões, autor das manifestações ao STJ, que rebateu o argumento da defesa de que a ação deveria se restringir ao canal por ele ter sido o objeto inicial do inquérito civil. “Se o inquérito civil é desnecessário para propor a ação civil pública, não há que se falar, nem raciocinar, em qualquer restrição da ação civil pública ao objeto do inquérito civil.”
Na ação contra as empresas do grupo EBX e os institutos ambientais IBAMA e INEA, o MPF levou em consideração pesquisas da Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF) quedetectaram um índice de salinidade sete vezes maior ao permitido para o consumo na água fornecida à região pela Companhia Estadual de Águas e Esgotos (Cedae). Oaumento da salinidade no solo e em águas doces destrói a vegetação, inutiliza o solo para plantio e torna impróprias ao consumo as águas dos mananciais, entre outros danos.
Fonte: Procuradoria Geral da República
in EcoDebate, 03/2016

quinta-feira, 3 de março de 2016

Mais de 60 pessoas participaram, no último final de semana, do projeto Vem Passarinhar no Parque Estadual da Pedra Branca, administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Os observadores de aves conseguiram avistar mais de 80 espécies, incluindo algumas raras, como a ariramba-de-cauda-ruiva – que, no município do Rio, só ocorre na região do parque , o limpa-folha-coroado e o vissiá.

A programação começou no sábado, com uma caminhada de três quilômetros ao Açude do Camorim, em Jacarepaguá, que reuniu 27 participantes, além da equipe de técnicos e guarda-parques do Inea e agentes da Unidade de Polícia Ambiental (UPAm) Pedra Branca. À noite, no núcleo do Pau da Fome, também em Jacarepaguá, puderam ser observadas espécies como a corujinha-do-mato e do murucututu-de-barriga-amarela.

No domingo pela manhã, cerca de 40 pessoas compareceram ao núcleo Rio da Prata, em Campo Grande, onde puderam avistar o tucano-de-bico-preto, o miudinho e o arapaçu-de-garganta-branca, entre outras aves. Foram observadas ao todo 83 espécies.

O chefe do Parque da Pedra Branca, Andrei Veiga, considerou positiva a participação no Vem Passarinhar, destacando que a cada ano o público interessado na atividade vem aumentando.

- O Vem Passarinhar nas unidades de conservação tem um valor extraordinário como ferramenta de gestão para a conservação das espécies da Mata Atlântica – afirmou.

A próxima etapa do Vem Passarinhar será realizada nos dias 19 e 20 deste mês, na Reserva Biológica Estadual de Araras, em Petrópolis. Confira mais detalhes sobre o projeto e a programação completa no site do Inea (www.inea.rj.gov.br), na seção de Biodiversidade e Áreas Protegidas.

quarta-feira, 2 de março de 2016

Reprodução do G1
Reprodução do G1


A Procuradoria Geral da República abriu o terceiro inquérito contra Eduardo Cunha. Agora pela suspeita de que ele recebeu R$ 52 milhões em propinas do consórcio do Porto Maravilha. Em delação premiada os donos da Carioca Engenharia, Ricardo Pernambuco e Ricardo Pernambuco Júnior, uma das empresas do consórcio, confirmaram e apresentaram planilha com depósitos no valor de R$ 4 milhões em contas de Eduardo Cunha no exterior.

Mas ontem a defesa de Cunha entrou com pedido de adiamento da decisão do STF sobre a primeira denúncia. Está na pauta de amanhã o caso que pode transformar Cunha em réu na Lava Jato, o primeiro com foro especial. O ministro Teori Zavascki deve anunciar sua decisão ainda hoje. Cunha tenta evitar o inevitável. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

terça-feira, 1 de março de 2016


Reprodução da Folha de S. Paulo online
Reprodução da Folha de S. Paulo online


Na prática o recado de Lula a Dilma, enviado via ministro Jaques Wagner é que a partir de agora, ele e o PT vão adotar, como se dizia antigamente, a "lei de Murici, cada um cuida de si". Ou seja, a conclusão de Lula é de que não dá para salvar ele e o PT e ao mesmo tempo o governo. Então Dilma que se prepare. O mais engraçado é que a turma de Lula nem pensa em deixar as "boquinhas" que tem no governo. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

ONU alerta sobre o desaparecimento de polinizadores e pede medidas urgentes

Cerca de 75% das plantações precisam total ou parcialmente do trabalho de insetos como abelhas e borboletas

POR AGÊNCIA EFE
abelha-polinização-mel-apicultura-desaparecimento (Foto: Divulgação)
Uma grande gama de fatores está contribuindo para o desaparecimento de animais polinizadores no mundo todo, o que ameaça a produção de alimentos para o ser humano, revelou nesta sexta-feira (26/2)  um relatório do organismo da Organização das Nações Unidas (ONU) encarregado de proteger a biodiversidade.
O documento da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas (IPBES) identificou uma série de medidas que governos e o setor privado deveriam tomar de forma "urgente" para remediar o desaparecimento animais como abelhasborboletas e alguns mais complexos como as aves.

"Há uma série de razões que explicam o declive, como a mudança do uso do solo, o uso de pesticidas e a mudança climática. Não se pode dizer que há uma ameaça maior que outra para cada animal polinizador ou para cada lugar do mundo onde estão desaparecendo. É um conjunto de ameaças", disse.De acordo com o vice-presidente do IPBES, Robert Watson, não existe um fator único que seja responsável pelo desaparecimento dos polinizadores.
O relatório, intitulado "Avaliação Temática sobre Polinizadores, Polinização e Produção de Alimentos", é o primeiro feito pelo IPBES e é fruto de dois anos de trabalho do organismo da ONU que foi fundado há quatro e é integrado por 124 países, incluindo o Brasil.
Existem milhares de espécies que são polinizadoras, animais que transportam pólen do órgão masculino de uma flor ao estigma, o órgão feminino, o que permite a fertilização. Nos últimos anos, os cientistas observaram o alarmante desaparecimento das abelhas, das que existem mais de 20 mil espécies silvestres, e borboletas, especialmente na Europa Ocidental e na América do Norte, o que foi atribuído apesticidas e ao crescente uso de plantas modificadas geneticamente.
O relatório confirmou que pesticidas, incluindo os neonicotinoides - quimicamente relacionados à nicotina -, representam uma ameaça mundial para os polinizadores, apesar de seus efeitos em longo prazo ainda não serem conhecidos.
O IPBES destacou a importância econômica dos organismos polinizadores ao assinalar no estudo que 75% dos cultivos para alimentos do mundo dependem, pelo menos parcialmente, da existência de polinizadores. O valor anual dos cultivos diretamente afetados por polinizadores é estimado entre US$ 235 bilhões e US$ 577 bilhões.
"Os polinizadores são grandes colaboradores da produção mundial de alimentos e segurança nutricional", disse Vera Lúcia Imperatriz Fonseca, professora de Ecologia no Instituto de Biociências da Universidade de São Paulo e uma das diretoras do relatório de IPBES.
Segundo ela, o relatório "oferece opções sobre o que fazer de acordo com o problema específico de cada lugar do mundo em relação aos polinizadores, a polinização e a produção de alimentos". Entre as soluções estão a criação de uma maior diversidade dos habitat dos polinizadores tanto no ambiente rural quanto no urbano, o apoio a práticas tradicionais de rotação de cultivo e manutenção de áreas não exploradas e a redução da exposição dos polinizadores a pesticidas.
O professor holandês Koos Biesmeijer, um dos autores do relatório, reconheceu que existem "vazios de conhecimento" com relação com a finalidade dos pesticidas e outros fatores que impactam negativamente nos polinizadores. "Embora não saibamos tudo, em muitos casos, há claras conclusões", afirmou.
A professora da USP, por sua vez, destacou a gravidade da situação. "Deveríamos atuar agora para deter o declive dos polinizadores", afirmou.
Já o vice-presidente do IPBES acrescentou que todas as ações, desde as que podem ser tomadas por agricultores até às que podem ser feitas pelos governos, poderiam começar o quanto antes. "Não precisamos de novas tecnologias. Todas estas são opções que podem nos ajudar a sair na frente", alertou.
Ele deu com exemplo o efeito negativo que têm as grandes extensões de monoculturas.
"Necessitamos uma agricultura mais sustentável. Eliminemos esses enormes extensões de monoculturas e asseguremos que estão salpicadas com zonas de habitat natural que atrairão os polinizadores nos campos de cultivo", concluiu.

segunda-feira, 29 de fevereiro de 2016

Especialista tira dúvidas sobre Cadastro Ambiental Rural

Em ação no Facebook, a advogada Samanta Pineda conversou com leitores da Globo Rural sobre o temido CAR

POR REDAÇÃO GLOBO RURAL
fazenda_sustentavel_cadastro (Foto: Ernesto de Souza/Ed. Globo)
Para esclarecer todas as dúvidas sobre o Cadastro Ambiental Rural (CAR), nós decidimos realizar uma ação em nossa página do Facebook com a advogada Samanta Pineda, especializada em Direito Ambiental. Neste FaceToFace, espaço reservado para os leitores postarem todas as perguntas que quiserem nos espaços dos comentários, Samanta contou como funciona o CAR para os produtores.
Confira abaixo tudo que rolou no nosso FacetoFace:
1 - Quando o cadastro é feito pelo sistema próprio, há possibilidade de saber se será unificado?
Estados como o Pará, Mato Grosso do Sul e São Paulo têm seu próprio CAR, mas este deve obrigatoriamente estar sincronizado com o CAR federal. Ou seja, todas as informações colocadas no SILAM integrarão o SICAR que é federal.
2 - Como fazer quando a escritura estiver no nome dos herdeiros e já registrada a parte de cada um, porém de usufruto dos pais enquanto tiverem vida?
A lei diz que o CAR é feito por imóvel, então embora as áreas estejam em nome dos herdeiros, há uma só fazenda física, portanto é um só CAR que deverá ter o nome de todos os herdeiros e as matrículas que formam aquele imóvel.
3 - Caso o profissional não tenha realizado o geoprocesamento da propriedade rural, ele tem que colocar a ART dele como responsável ?

Sim, a responsabilidade de quem preenche o CAR é pelo lançamento das informações e não pela produção dos mapas, estes deverão ter suas próprias ARTs.
4 - Há problemas se deixarmos de delimitar a área, deixando ela "em branco"?

É sempre importante delimitar a área consolidada, pois é a garantia da manutenção do uso e da possibilidade de usar as novas regras do Código com diminuição das faixas de APP. Caso haja erro no sistema, sugiro completar todas as outras: APP, reserva legal e uso restrito.
5 - Se a área de reserva legal também são as de PP, qual área devo cadastrar no CAR? ?
No sistema você deve indicar como APP somente as áreas que são realmente alguma modalidade de APP (margem de rio, entorno de nascente e outras do artigo 4º) e na indicação da reserva legal deve colocar novamente as áreas de APP e mais a vegetação que vai formar a RL, ou seja, as APPs estarão indicadas duas vezes.
6 - Quando um terreno está em meio a vários herdeiros, posso cadastrar no nome apenas do requerente, sem constar todos que estão na escritura?
Pode sim, o CAR pode ser feito até mesmo por posseiro, pois não gera nem extingue direitos fundiários ou reconhece propriedade, é somente cadastro de dados ambientais.
7 - Uma propriedade que foi comprada após 2008, menor que 4 Módulos fiscais, necessita ter 20% de Reserva legal ?
O critério para não precisar completar os 20% de RL é que a área tenha, atualmente, menos de 4 módulos fiscais, que tenha sido desmatada antes de 22 de julho de 2008 e que tenha menos de 4 módulos antes desta data também, mesmo que tenha sido adquirida depois.

sexta-feira, 26 de fevereiro de 2016

Como fazer bambu plastificado

Pequeno produtor de leite teve uma ideia ecologicamente sustentável para proteger o bambu e usá-lo como alternativa à madeira na construção de piquetes

POR ALINE MORAES
como_fazer_bambu_pastificado (Foto:  )
João Luis de Andrade saiu da capital paulista para virar produtor rural há apenas dois anos, quando comprou uma pequena propriedade no município de Tupã, em São Paulo, em busca de qualidade de vida. Lá, ele vive com a família e entrega 80 litros de leite por dia para complementar a aposentadoria. Na mudança, levou para o interior a disposição para transformar sobras em soluções criativas e econômicas. Não há arame, cano de PVC ou peça de ferro-velho que resista ao seu instinto de "Produtor Pardal", como é conhecido entre compadres e comadres por ser metido a inventor.
Com poucos recursos para começar a pequena criação de gado leiteiro, João Luis precisava de uma alternativa ao eucalipto para construir os piquetes. A solução ele encontrou no bambu, que já crescia na propriedade e pôde ser facilmente cultivado. Para aumentar a durabilidade do novo mourão sem precisar usar produtos químicos, João Luis teve a ideia de "plastificá-lo", reaproveitando garrafas tipo PET, que, no contato com o fogo, aderem ao bambu e o protegem dos efeitos do tempo.
Para os 22 piquetes da propriedade, o produtor necessitou de 180 bambus plastificados, que ficam prontos em uma semana. Segundo suas contas, João Luis deixou de gastar cerca de R$ 1.300 ao substituir a madeira nos 6.600 metros quadrados de piquete irrigado. E ainda contribuiu para reaproveitar quase 1.600 garrafas tipo PET. Na conta, porém, ele não considerou sua mão de obra.
Para o engenheiro agrônomo Pedro Avelar, o processo é artesanal e funciona, mas tem um custo e é importante contabilizá-lo. "A diária de um produtor varia de R$ 30 a R$ 40. É um dinheiro que ele poderia ganhar se trabalhasse para fora", pondera Pedro, que trabalha na Coordenadoria de Assistência Técnica Integral (Cati), da Secretaria de Agricultura paulista. Ainda assim, João Luis acredita que o investimento vale a pena. "A ideia é economizar naquilo que o próprio produtor pode fazer. Com criatividade, é sempre possível encontrar soluções e alternativas mais baratas", afirma, com conhecimento de causa.
MÃOS À OBRA
Materiais

• Bambu largo (100 mm de diâmetro e 2 m de comprimento) para o mourão
• Bambu fino (40 mm de diâmetro e 1,15 m de comprimento) para o "balancinho"
• 7 garrafas plásticas de 500 ou 600 ml
• 12 garrafas plásticas de 2 a 2,5 litros
• Mangueira do tipo de chuveiro
• Arame
• Furadeira
• Pedaço longo de tecido
• Cimento e solo
MAIS INFORMAÇÕES: Estância Santa Mônica, Rua Guaianazes, 556, Centro, Tupã, SP, CEP 17601-130. Tels. (14) 9615.5273 e (14) 9707.5977, marcia.rotoli@terra.com.br
bambu_pastificado_como_fazer (Foto:  )

quinta-feira, 25 de fevereiro de 2016

STF decide que Fisco pode ter acesso a movimentações financeiras sem autorização judicial

Maioria do ministros seguiu entendimento da PGR de que não há quebra de sigilo na aplicação da Lei Complementar 105/2001
STF decide que Fisco pode ter acesso a movimentações financeiras sem autorização judicial
Foto: Antonio Augusto/Secom/PGR
O Fisco poderá ter acesso às movimentações dos contribuintes sem a necessidade de autorização judicial. A decisão é do Supremo Tribunal Federal (STF) que concluiu, nesta quarta-feira, 24 de fevereiro, o julgamento do Recurso Extraordinário (RE 601314) em conjunto com as Ações Diretas de Inconstitucionalidade (ADIs 2390, 2386, 2397 e 2859). 

Por maioria de votos, os ministros seguiram entendimento da Procuradoria Geral da República de que não há quebra de sigilo na aplicação da Lei Complementar 105/2001. Em sustentação oral, na sessão de quarta-feira, 17 de fevereiro, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, destacou que a “garantia da aplicação da lei vigente é um dos principais mecanismos estatais de repressão a crimes financeiros”. 

Para Janot, a fiscalização deve ser constante como ocorre nos Estados Unidos, onde movimentações acima de dez mil dólares devem ser automaticamente comunicadas à autoridade tributária do país, sem que haja prejuízo das liberdades individuais ou enfraquecimento do Judiciário.

Em manifestação enviada ao STF, a PGR ainda aponta que a declaração de inconstitucionalidade da LC 105/2001 significaria destruir alguns dos principais mecanismos estaduais de repressão a crimes financeiros.

O RE 601314 teve repercussão geral reconhecida, ou seja, o entendimento firmado no julgamento será usado em processos com o mesmo tema.
Secretaria de Comunicação Social
Procuradoria-Geral da República

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2016

/02/2016 14:07
Reprodução do G1
Reprodução do G1


Em janeiro o MP descobriu 700 toneladas de medicamentos e materiais para cirurgias com validade vencida. Ontem uma comissão da ALERJ achou mais 300 toneladas que vão para o lixo. Estavam no depósito da secretaria estadual de Saúde, em Niterói. E sabem quem cuida do depósito, que é terceirizado, a Prol e a Facility, falamos nelas hoje (vide postagem mais abaixo).

Em nota, o secretário estadual de Saúde, Luiz Antônio Teixeira Jr. diz que assumiu a pasta em 4 de janeiro de 2016. Ou seja, joga a culpa para seu antecessor, Felipe Peixoto (PDT). Mas não é admissível que depois de um mês e meio como secretário não tenha informações sobre os estoques. A bagunça continua na secretaria de Saúde, como aliás em todo o governo Pezão.

Aliás, Pezão foi patético hoje na televisão tentando justificar o injustificável. Primeiro mentiu descaradamente dizendo que foi ele que mandou investigar. É um mentiroso patológico. Os dois casos foram descobertos pelo MP e por uma comissão da ALERJ. Por que não te calas, Pezão? E vem com o blablablá de que está criando mecanismos de controle. Ora, está tudo descontrolado, a começar por Pezão, que está completamente à deriva.

Reprodução do RJ TV
Reprodução do RJ TV
fonte BLOG DO GAROTINHO

Cidade equipa urubus com câmeras para identificar lixões clandestinos

  • 24 dezembro 2015
Foto: Gallinazo AvisaImage copyrightGallinazo Avisa
Image captionAves estão sendo treinadas para voar com câmera GoPro
"Durante gerações, temos defendido o homem desses inimigos, armados com nossos sentidos e um estômago capaz de destruir as mais poderosas bactérias, mas o lixo está nos derrotando, a poluição tomou o ar, infectou a água, adoeceu a terra."
Quem "diz" a frase é um urubu em um vídeo da campanha "Gallinazo Avisa", criada para detectar focos de lixo em Lima, no Peru, e chamar atenção das pessoas que o produzem.
Os urubus-de-cabeça-preta que participam da campanha voam pela capital peruana equipados com GPS e estão sendo treinados para levar câmeras GoPro para registrar os lixões em que se alimentam.
Essa ideia nasceu a partir de um projeto de pesquisa da Universidad Nacional Mayor de San Marcos, de Lima, sobre a vida dos urubus, que está sendo feito desde julho.
Foto: Gallinazo Avisa Image copyrightGallinazo Avisa
Image captionUrubu com equipamento; animais monitoram locais de despejo ilegal de lixo com GPS
Os pesquisadores precisavam de equipamentos eletrônicos para monitorar os urubus, explica Letty Salinas, diretora do Departamento de Aves da universidade.
O Ministério do Ambiente, por sua vez, precisava de uma forma de alertar os moradores de Lima sobre o problema de lixo da cidade.
Dessa forma, as agências de publicidade FCB Mayo e SrBurns idealizaram a campanha.
O Ministério do Ambiente do Peru e a Usaid, agência de cooperação internacional dos EUA, entraram com os GPSs e as câmeras GoPro.

Dez urubus

Foto: AFPImage copyrightAFP
Image captionLima produz mais lixo que outras cidades de mesmo porte, como Buenos Aires
O departamento de aves da San Marcos reuniu dez urubus para a campanha. Alguns eram animais resgatados e outros foram capturados em suas colônias, atraídos por carniça.
Eles passaram por exames médicos rigorosos, receberam os equipamentos GPS e foram liberados. Alguns estão sendo treinados para usar as câmeras GoPro.
Desde então, voam por toda a cidade de Lima. Suas asas largas permitem que voem por até quatro horas seguidas para encontrar comida, como restos de alimentos e animais mortos.
Em terra, uma equipe permanente da San Marcos recebe e analisa em tempo real as informações que as aves enviam.
Com isso, reúnem informações sobre sua vida social, deslocamentos, hábitos de alimentação, como fazem ninhos e como descansam.
Foto: Cesar AranaImage copyrightCesar Arana
Image captionDez urubus participam do projeto, usando câmeras de vídeo
A informação sobre os focos de lixo localizados pelos urubus chegam ao Ministério do Ambiente, que fará um mapa virtual dos pontos de despejo ilegal de lixo.

Descarte de lixo

A quantidade de lixo em Lima é tamanha que superou a capacidade da cidade de lidar com ela.
Seus cerca de 9 milhões de habitantes produzem mais de 7,4 mil toneladas de lixo por dia, segundo o Órgão de Avaliação e Fiscalização Ambiental (Oefa). É o peso de até 2.300 elefantes africanos.
Essa quantidade supera a que produzem cidades como Buenos Aires, com mais de 14 milhões de habitantes, que gera cerca de 6 mil toneladas diárias de resíduos sólidos.
Em 20 anos, a previsão é que Lima irá gerar o dobro de resíduos.
O lixo coletado é despejado em quatro aterros sanitários da cidade. Mas, segundo a Oefa, eles não são suficientes.
"Como consequência direta da falta de aterros sanitários, os resíduos se colocam em lugares de disposição ilegal de resíduos, chamados lixões, que geram focos infecciosos de grande magnitude", disse o Oefa no informe de abril de 2014.
Foto: Cesar Arana Image copyrightCesar Arana
Image captionApós instalação do equipamento, aves foram libertadas
Em maio deste ano, o Oefa peruano identificou pelo menos 20 pontos ilegais de despejo de lixo na capital.
As subprefeituras dos distritos de Lima são as responsáveis por eliminar os locais de despejo irregular de lixo.
Agora, os urubus ajudam nesta tarefa.
Além da sua capacidade de voo, essas aves contam com uma flora gástrica especial e um sistema imunológico potente que permite que comam alimentos em estado de putrefação sem ficarem doentes.
E eles são capazes de comer até não poder mais voar.
Sua cabeça pelada lhes dá um aspecto desagradável. Mas os mantém a salvo de infecções, já que as bactérias não encontram penas para se alojar.
Assim, podme limpar o ambiente. "Os moradores de Lima reagiram com muita simpatia aos urubus", diz Letty Salinas, de San Marcos. "O mundo seria um lugar mais fedorento sem eles."

terça-feira, 23 de fevereiro de 2016


Reprodução da Folha de S. Paulo
Reprodução da Folha de S. Paulo


A manobra do PT para impedir o MP de São Paulo de tomar depoimento de Lula e Dona Marisa no inquérito do triplex do Guarujá durou só uma semana. O deputado Paulo Teixeira (PT-SP) pediu e conseguiu liminar para suspender o inquérito. Mas hoje o plenário do Conselho Nacional do Ministério Público se reuniu e por unanimidade decidiu que o inquérito pode seguir com o promotor Cásio Conserino. Lula e Dona Marisa vão ter que depor. Só espero que não ocorra nova batalha na frente do fórum da Barra Funda, mas a verdade é que as "torcidas" pró e contra Lula já estão com os ânimos acirrados. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO