terça-feira, 19 de janeiro de 2016

Aproveite o Carnaval sem abrir mão da sustentabilidade

ATITUDE

FOLIÃO CONSCIENTE

Aproveite o Carnaval sem abrir mão da sustentabilidade

Carnaval deve ser sinônimo de festa e alegria e não de destruição e irresponsabilidade. Confira 10 dicas supersimples para curtir esse feriado, sem deixar rastros de insustentabilidade por onde passar


Débora Spitzcovsky e Marina Franco Planeta Sustentável - 

Xavier Donat/Creative Commons

Os brasileiros já estão em clima de Carnaval. Viagens, desfiles de escolas de samba, blocos de rua, trios elétricos, festas à fantasia... o feriado pode ser aproveitado de várias maneiras, mas no fundo todos querem a mesma coisa: divertir-se!

Curtir o Carnaval, no entanto, não precisa ser sinônimo de irresponsabilidade destruição - e, muito menos, de ecochatice. Dá para aproveitar os quatro dias de festa com muita alegria e sem contribuir para a depredação do meio ambiente e da cidade onde você está. Quer ver?

Reunimos 10 dicas supersimples para os foliões que estão dispostos a aproveitar o Carnaval sem deixar de lado a consciência socioambiental.

1- SEJA UMA BOA VISITA Não importa se você vai viajar nesse feriado ou ficará na sua cidade: quando estiver curtindo o Carnaval, na rua, respeite o espaço público! Fazer xixi no asfalto, destruir placas de sinalização, subir em cima de árvores e depredar monumentos não tem nada a ver com diversão, mas sim com falta de cidadania. Aproveite o feriado sem destruir os lugares por onde passar - até porque, muitos deles, como Ouro Preto, em Minas Gerais, e Salvador, na Bahia, são cidades históricas, que abrigam construções centenárias que não merecem ser destruídas em quatro dias de festa.

2- FAÇA DO DITADO UMA MARCHINHA: LUGAR DE LIXO É NO LIXO
sujeira que o Carnaval deixa nas cidades é um dos maiores problemas do pós-feriado: latas de alumínio, garrafas de vidro, copos plásticos e panfletos de divulgação são facilmente encontrados nas ruas, entupindo bueiros e aumentando o risco de enchentes. Até mesmo os mares são feitos de lixeira pelos foliões, o que polui a água e prejudica a biodiversidade marinha. Em 2010, a ONG internacional Global Garbagepostou fotos chocantes do fundo do mar de Salvador, 10 dias depois do Carnaval: mais de 1.500 latinhas e garrafas, além de pedaços de abadás e outros objetos plásticos, foram encontrados por mergulhadores. Jogar o lixo no lixo, durante a folia, daria muito menos dor de cabeça na ressaca do pós-Carnaval!

3- GASTE ENERGIA, APENAS, NAS COMEMORAÇÕES
Se você for viajar, não esqueça de tirar da tomada todos os aparelhos eletroeletrônicos - como televisão, computador e microondas. Segundo o Instituto Akatu pelo Consumo Consciente, tirar esses equipamentos da tomada, quando eles estão fora de uso, pode reduzir a conta de luz em até 25%. Com o dinheiro que você economizar, dá até para trazer umas lembrancinhas de artesanato para os amigos e, de quebra, incentivar a economia local da cidade que você visitar.

4- NÃO TOLERE A EXPLORAÇÃO O problema acontece o ano inteiro, mas no Carnaval – por conta do aumento da circulação de pessoas nas cidades e, também, do clima de “pode tudo” – a incidência de crimes sexuais contra crianças e adolescentes aumenta. Para tentar mudar essa realidade, o governo preparou para 2014 a campanha Proteja Brasil. Divulgada por todo o país, a ação incentiva a população a denunciar qualquer tipo de violência contra menores no Disque 100, que funciona 24h por dia. Portanto, já sabe: se você presenciar alguma cena de exploração neste feriado, não exite em colocar a boca no trombone. Apesar do número de denúncias de abuso sexual contra crianças e adolescentes ter caído 15,6% em 2013, a situação ainda é grave: a Secretaria de Direitos Humanos (SDH) registrou mais de 26 mil casos no ano passado, principalmente no período carnavalesco. Então, fique de olho. Carnaval não combina com sofrimento! 
5- ABUSE DA CRIATIVIDADE PARA SE FANTASIAR Viagens e abadás já custam tanto dinheiro que economizar na hora de se fantasiar é uma ótima ideia. Que tal liberar a criatividade e utilizar materiais usados para confeccionar sua roupa de Carnaval? Além de poupar o bolso, você dá uma trégua para o meio ambiente e, depois da folia, dá para reciclar a fantasia ou, então, trocá-la com amigos. Aproveite e já combine com eles o roteiro do próximo Carnaval!

6 - PROGRAME O FERIADO DOS SEUS ANIMAIS Acredite: tem gente que planeja a viagem de Carnaval com tanto entusiasmo e fica tão ansioso para os dias de folia que acaba esquecendo dos cuidados que deve tomar com os animais de estimação enquanto estiver fora. Ou, pior, os abandona na rua. Se seu bicho não o acompanhar na viagem, lembre de deixá-lo aos cuidados de um vizinho ou parente. O ideal é que alguém passe na sua casa todos os dias, para brincar com ele, passear e limpar a sujeira. Também há a opção de hotéis para animais domésticos, que dispensam a preocupação do viajante.

7 - ECONOMIZE COM O TRANSPORTE Se optar por viajar de carro, lembre de oferecer carona para amigos e parentes que vão ao mesmo destino ou, então, que passem pelo seu caminho. Com mais gente no carro, todos economizam dinheiro e também poupam o meio ambiente, que deixa de receber os gases do efeito estufa liberados pela queima d combustível. A carona ainda alivia o trânsito, que pode ser infernal em feriados prolongados. Quão desagradável não é uma viagem que dura o dobro - ou mais - do que o necessário por causa do excesso de veículos?

8 - PREPARE O SEU CARRO Para pegar a estrada e dirigir de forma confortável, lembre-se de fazer uma vistoria geral no seu veículo. A atitude garante mais segurança para você e, também, para os outros motoristas. Pneus calibrados, água no depósito do limpador pára-brisa, nível certo do óleo e parte elétrica em dia são, apenas, alguns dos itens necessários. Não se esqueça também do kit macaco, triângulo e chave de roda, para o caso do pneu furar.

9 - CAMISINHA NA CABEÇA E SAMBA NO PÉFaça as contas: nove meses depois do Carnaval, o número de bebês chegando ao mundo cresce bastante. Além de evitar a gravidez indesejada, a camisinha previne dacontaminação de doenças sexualmente transmissíveis. Por isso, como faz todos os anos, o Ministério da Saúde já lançou sua campanha para 2014: a Se tem festa, festaço ou festinha, tem que ter camisinha, que lembra os foliões a respeito da importância de usar preservativo nas relações sexuais. Não dá nem para usar a desculpa de que esqueceu de levar a camisinha para a festa: o governo anunciou que distribuirá, gratuitamente, até março 104 milhões de unidades de preservativos por todo o Brasil.

10 - MANEIRE NO ÁLCOOL Lembre-se que condutores de veículos são proibidos de consumir bebidas alcoólicas. A lei que mudou o Código de Trânsito Brasileiro não é à toa: o álcool altera a capacidade de reação e prolonga a resposta do motorista. Trata-se de um poderoso catalisador de acidentes. De acordo com especialistas, não existe uma quantidade segura para se beber e dirigir. Então, para se divertir sem preocupação, combine com a turma quem será o motorista da vez e não beberá - ou pegue um taxi. Também é importante ter em mente que o álcool desidrata o organismo: para evitar a ressaca, beba água, isotônicos e sucos naturais.

*Essa reportagem foi, originalmente, publicada em 2011 e atualizada em 2014


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segunda-feira, 18 de janeiro de 2016


Reprodução do Brasil 247
Reprodução do Brasil 247


Houve um tempo em que os políticos acreditavam que a troca de mensagens de texto por celular lhes garantia privacidade, e mais, impunidade. A Lava Jato mostrou que ninguém estava a salvo. Emails já vêm caindo em desuso há algum tempo, afinal qualquer hacker pode invadir. Agora pelo menos 20 políticos que trocaram mensagens com o dono da OAS devem estar à beira de um ataque de nervos, afinal a PF ainda tem mais de 80 mil mensagens do dono da OAS para analisar, ou seja, as mensagens nunca foram apagadas porque o empreiteiro achava que estava a salvo. As negociatas da política vão ter que arrumar um novo meio de comunicação. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

Carbono pode se tornar moeda no mercado financeiro internacional

Green bonds’ têm potencial para movimentar US$ 100 tri


Jan / 2016


LONDRES E RIO - O mundo financeiro se prepara para uma nova era econômica: a do clima. Bancos centrais e instituições incluíram a mudança do clima nas equações que medem os riscos para a estabilidade financeira global. O histórico acordo de combate ao aquecimento global firmado por 195 países no fim de 2015 em Paris abriu as portas para o que pode se tornar um Bretton Woods verde, com permissão para que o carbono se torne moeda de troca num futuro próximo. Esta é uma das interpretações do artigo 117, que fala no “valor social e econômico das ações de mitigação”. Bretton Woods é a cidade americana que recebeu, em 1944, representantes de mais de 40 nações para firmar acordo monetário e financeiro que serviria como parâmetro para a economia após a Segunda Guerra Mundial. O acordo definiu o dólar como moeda de referência internacional com valor atrelado ao ouro.

Enquanto se busca dar um preço para a captura de carbono, o mercado de green bonds, os títulos verdes, avança. São papéis que financiam empresas que investem em tecnologias de baixa emissão e reduzem o consumo de água, energia e matérias-primas. Os papéis verdes têm potencial de movimentar US$ 100 trilhões, de acordo com estimativa da Climate Bonds Initiative, organização sem fins lucrativos inglesa. Ela tomou como base declarações públicas de gestores que movimentam US$ 45 trilhões e deslocariam recursos a projetos sustentáveis. A organização considerou nas projeções a demanda por esses títulos, sempre maior que o montante oferecido no mercado. Em 2015, foram emitidos US$ 41,84 bilhões desses papéis, 14%a mais que em 2014.

— É um mercado crescente. Muitas das emissões de green bonds tiveram mais interesse por parte dos investidores do que originalmente pensado — disse Annelise Vendramini, coordenadora do Programa de Finanças Sustentáveis da Fundação Getulio Vargas (FGV) de São Paulo.

Foi o que aconteceu com a BRF, dona de marcas como Sadia e Perdigão. Ela ofereceu ao mercado europeu € 500 milhões em títulos verdes, com prazo de sete anos e juros de 2,82% ao ano. A procura pelos papéis foi mais de quatro vezes maior. A empresa poderia ter captado € 2,3 bilhões se atendesse a toda a demanda. Foi a única brasileira a emitir green bonds, selo que garante a gestão sustentável.

— Queríamos dar transparência e visibilidade para o mercado do que já está implícito dentro da companhia. Tivemos o benefício da diversificação. A BRF já é conhecida no mercado de dólares — afirmou Elcio Ito, diretor de Finanças.
Segundo o secretário de Mudanças Climáticas do Ministério do Meio Ambiente, Carlos Klink, os green bonds são tema recorrente no ministério.

— A discussão está no Meio Ambiente, na Fazenda, no BNDES, na Febraban (Federação Brasileira dos Bancos). Discutimos também debêntures (títulos de dívida).
O economista francês Jean Charles Hoularde diz que as empresas que reduzirem emissões podem emitir certificados, que poderiam usar para pagar financiamentos ou vendê-los no mercado:

— Fundos de pensão podem comprar esses papéis para investir, assim como o cidadão comum, no lugar de aplicar na poupança.
Uma força-tarefa acaba de ser criada para desenvolver critérios e indicadores sobre riscos financeiros relacionados ao clima. O anúncio foi feito por Mark Carney, presidente do Banco da Inglaterra, o BC britânico, e do Financial Stability Board (FSB). É o primeiro passo para a criação de um sistema universal de dados. O assunto está na agenda dos bancos centrais, do Brasil inclusive. Para isso, é preciso existir regulamentação internacional.

— Seriam muitos trilhões de dólares para financiar projetos. Seria uma nova moeda, como já foi o padrão ouro no passado — afirmou o ex-deputado Alfredo Sirkis, diretor do Centro Brasil no Clima, que participou de debate sobre o tema na COP21.
Isso explica a presença de mais de cinco mil bancos e companhias em Paris. Dados do banco BNY Mellon indicam que, nos últimos três anos, a movimentação de ativos para energia, clima e ações sociais chegou a US$ 2,8 trilhões. O diretor-geral da Agência Internacional de Energia Renovável, Adnan Amin, passou a conferência em campanha por um marco regulatório global. Ele quer que os recursos que serão depositados no Fundo do Clima sejam usados como garantia aos patrocinadores dos projetos. Segundo a agência, os investimentos em energias renováveis somaram US$ 240 bilhões em 2014, 14% a mais que em 2013:
— Não quer dizer que o dinheiro será usado. Mas vai reduzir os juros e estimular retornos milionários.

Em Brasília, a ideia de criar regras para um mercado de certificados do chamado carbono positivo, ou seja, da redução das emissões enfrentou resistências de técnicos da Fazenda. Uma das premissas para estimular o mercado é que os governos deem garantias para os papéis emitidos. Os técnicos avaliam que isso elevaria a dívida pública.
Segundo Mário Sérgio Vasconcelos, diretor de Relações Institucionais da Febraban, a meta brasileira de reduzir as emissões de carbono em 37% até 2025 vai mudar a dinâmica da economia:

— Serão necessários investimentos privados ou títulos emitidos por empresas para alcançar uma economia de baixo carbono, com menos uso de energias fósseis, eficiência no uso da água. Vai exigir tempo e investimento.

Vasconcelos diz que projetos de economia verde vêm ganhando espaço na carteira dos dez maiores bancos brasileiros. Em 2014, 9,6% dos financiamentos foram para projetos de energias renováveis. Em 2013, a parcela era de 8,8%. Recursos para atividades poluentes ainda dominam: representavam 33,2% em 2014 contra 33,5% em 2013.

— Se todos os países cumprirem suas metas para diminuir a emissão de gases de efeito estufa, o Brasil será o segundo país com a menor emissão do mundo em 2030 — disse Vasconcelos, que articula com o governo e empresários instrumentos financeiros para fazer frente às metas brasileiras, que incluem o reflorestamento de 12 milhões de hectares de áreas degradadas até 2030.

Para o ex-ministro do Meio Ambiente da França Pascal Canfin, o sistema financeiro se prepara para o que pode ser a maior mudança desde a Segunda Guerra Mundial. Responsável pelo relatório encomendado pelo presidente François Hollande para buscar fontes de financiamento, Canfin diz que empresas e bancos que não correrem, ficarão para trás. No relatório, ele diz que governos e bancos de desenvolvimento — e cita o BNDES — devem guiar o movimento com novos produtos financeiros.

Canfin defende a criação de uma taxa do clima. A ideia, que foi abraçada por dez países e deve se tornar diretiva apresentada pela Comissão Europeia em junho, é taxar operações financeiras em 0,01%. Estima-se arrecadação de € 10 bilhões a € 15 bilhões. A taxa seria cobrada de qualquer empresa com sede ou filial nos países que firmarem acordo.
No Brasil, o governo subsidia crédito. Há cerca de cinco anos, são destinados anualmente R$ 4,5 bilhões ao Programa Agricultura de Baixo Carbono (ABC) e a projetos integrados de agricultura, pecuária e reflorestamento — uma das metas brasileiras é aumentar em cinco milhões de hectares as áreas integradas. Annelise, da FGV, diz que só 60% são tomados por agricultores, diante da mudança de gestão que o programa impõe:

— O programa é inovador, incluindo toda a cadeia. O setor será afetado pelas mudanças climáticas, é necessário buscar nova fronteira de produtividade ligada ao baixo carbono.
A Cocamar Cooperativa Agroindustrial, de Maringá, no Paraná, integra lavoura de soja, pecuária e floresta desde 1997.

— Quase ninguém vinha nas palestras. De três anos para cá, são 200, 300 produtores. Quem não fizer assim (manejo integrado), principalmente na nossa região, que tem solo arenoso e degradado, verá a produção cair — diz Luiz Lourenço, presidente da Cocamar.
A produtividade da pecuária é multiplicada por dez, diz ele. No Noroeste do Paraná, onde está a Cocamar, são produzidas três arrobas de carne por hectare, com a integração, o número sobe para 30 arrobas:

— A área de produção rural no sistema é pequena, mas está avançando rápido. Quem está fazendo está ganhando dinheiro.
A implantação do Código Florestal é outra frente. Os produtores têm até maio para apresentar o cadastro rural ambiental. Segundo Vasconcelos, o que se estuda é criar cota de reserva, quem tem excesso legal emite cota para quem tem déficit.
Para Gustavo Diniz Junqueira, presidente da Sociedade Rural Brasileira, o agronegócio está no centro da estratégia brasileira para cumprir os compromissos assumidos em Paris:


— Temos que ter mais produtividade, mais proteção ambiental e isso demanda operar com satélites, drones, ter uma agricultura de precisão. Não se pode mais pensar em pegar o dinheiro no BB (Banco do Brasil), plantar, cuidar, colher, vender e pagar. Serão duas a três safras por ano, integradas com pecuária intensiva, tem que incluir floresta no manejo. A meta é que todo sistema migrasse para esse modelo de financiamento de baixo carbono.
Israel Klabin, presidente da Fundação Brasileira para o Desenvolvimento Sustentável, avalia que o setor privado está se acostumando ao novo cenário:

— O setor privado tem que estar na frente e reinventar seu modelo. Essa é a vantagem do Cadastro Ambiental Rural. A implementação é totalmente privada com aliança profunda com o governo.

Fonte: O GLOBO. http://oglobo.globo.com/economia/negocios/carbono-pode-se-tornar-moeda-no-mercado-financeiro-internacional-18443601

domingo, 17 de janeiro de 2016

TCU alerta: país pode ficar sem transposição e mesmo sem o próprio São Francisco

Auditoria do tribunal aponta que negligência no cumprimento de recomendações sobre as obras vem provocando assoreamento do rio, diminuindo a vazão do Velho Chico e de seus afluentesObras da transposição, feitas sem o devido cuidado, ameaçam o rio | Foto: Divulgação/PAC width=Obras da transposição, feitas sem o devido cuidado, ameaçam o rio.
Uma auditoria do TCU (Tribunal de Contas da União) acionou um alerta: o programa de transposição das águas pode gerar sérios comprometimentos ambientais ao rio São Francisco. De acordo com o relatório, obtido pelo Fato Online, auditores do TCU constataram uma série de irregularidades e negligencias no PRSF (Programa de Revitalização da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco). Mesmo antes de concluída a obra de transposição, os técnicos já perceberam, por exemplo, que a vazão do Velho Chico, como é chamado, e de seus afluentes, pode estar sendo reduzida por causa da erosão das suas margens. 
O PRSF faz parte do projeto de transposição do rio e tem como meta realizar ações voltadas para a sustentabilidade socioambiental. Em 2011, em outra vistoria, o TCU já havia constatado diversas falhas na execução do programa. E pediu providências. Quatro anos depois, porém, pouca coisa mudou.
É no São Francisco que o governo executa uma de suas principais obras. A transposição das águas do rio, que corta os estados de Minas Gerais, Bahia, Pernambuco, Alagoas e Sergipe, numa extensão de 2,7 mil km, é vista como uma solução para as secas constantes no Nordeste. Para acompanhar o empreendimento, o governo desenvolveu um programa para a recuperação das áreas degradadas, a conservação e uso racional dos seus recursos naturais e hídricos, a sua despoluição, entre outras coisas. E, desde 2001, esse projeto vem sendo acompanhado pelo TCU.

Fonte: http://fatoonline.com.br/conteudo/15003/tcu-alerta-pais-pode-ficar-sem-transposicao-e-mesmo-sem-o-proprio-sao-francisco

sábado, 16 de janeiro de 2016


Reprodução do Globo online
Reprodução do Globo online


O senador Lindbergh Farias fala como se não tivesse nada a ver com as práticas condenáveis do PT, como se fosse um paladino da moralidade. Parece que se esquece que é um dos investigados da Lava Jato, que entre outras coisas aparece nas mensagens do dono da OAS, a quem chama de "grande amigo", como tendo recebido R$ 2,35 milhões em propinas. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

Brasil perde R$ 8 bilhões por ano com desperdício de água tratadaSuzana Camargo - 03/2015 

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No ano em que a questão da segurança hídrica está no centro dos principais debates que acontecem no país, relatório divulgado pelo Instituto Trata Brasil* revela números estarrecedores.  Em 2013, o volume de água tratada desperdiçado no país foi equivalente a 6,5 vezes a capacidade do Sistema Cantareira (1 bilhão de m3 ) ou 17,8 milhões de caixas de água de 1.000 litros perdidas por dia. Toda esta água que foiliteralmente para o ralo causou um prejuízo aos cofres públicos (e ao bolso dos contribuintes) de R$ 8 bilhões.
O estudo “Perdas de Água: Desafios ao Avanço do Saneamento Básico e à Escassez Hídrica”, elaborado em parceria com a GO Associados, leva em conta dois tipos de perdas: as chamadas perdas reais, associadas a vazamentos e as aparentes, aquelas relativas à falta de hidrômetros ou demais erros de medição, ligações clandestinas e roubo de água. O relatório foi desenvolvido com dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS – 2013) do Ministério das Cidades.
As regiões Norte e Nordeste são as que apresentam os índices mais altos de perdas devido a problemas na distribuição da água (50% e 45%, respectivamente).  A média nacional com o desperdício é de 36,9%. As cidades campeãs em perdas são São Luis (MA), Cuiabá (MT) e Jaboatão dos Guararapes (PE). Nesta última, 70% da água tratada não chega até a população.
Em todo mundo ocorrem perdas no processo de distribuição de água. Na Alemanha e Japão, este desperdício é de aproximadamente 8%. Em outros países europeus, a média fica entre 15% e 25%. Em Tóquio, graças a um forte investimento e comprometimento governamental, as perdas com água são de apenas 2%.
Os prejuízos da rede brasileira de água tratada não são novidade. Há anos o fato já é noticiado. Mas com a grave seca que se abate sobre o país a situação fica ainda mais alarmante. Apesar das perdas com faturamento terem se mantido praticamente estáveis nos últimos seis anos, o índice de perdas na distribuição apresentou ligeira queda no mesmo período (confira gráficos mais abaixo). Todavia, ainda está longe de ser aceitável.
Especialistas apontam que as principais cidades do mundo que conseguiram aumentar a eficiência da gestão hídrica investem, entre outras ações, na modernização e substituição frequente de suas redes de distribuição.  No Brasil, capitais como Rio de Janeiro e São Paulo possuem tubulações de água extremamente antigas. Uma projeção realizada pelo estudo da Trata Brasil indica que, se em cinco anos houvesse uma queda de 15% nas perdas do país, ou seja, de 39% para 33%, os ganhos totais acumulados em relação ao ano inicial seriam da ordem de R$ 3,85 bilhões de reais.
O relatório completo  “Perdas de Água: Desafios ao Avanço do Saneamento Básico e à Escassez Hídrica” está disponível online no site do Instituto Trata Brasil.
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Foto: Ibai/Creative Commons
Proteger a floresta é tratar da terra, cuidar da vida e do próximo.
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quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

Crise hídrica: vai faltar água em 2016?

Fabiana Maranhão
Do UOL, em São Paulo
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  • Pedro França/Agência Senado
O fim de 2015 foi marcado por um volume maior de chuva em relação ao resto do ano na região Sudeste. E muitos comemoraram o aumento dos níveis dos reservatórios. Mas, em 2016, vamos continuar dependendo de São Pedro para não termos crise de falta de água? Segundo especialistas consultados pelo UOL, o momento é de cautela, já que a crise hídrica ainda não acabou e, pior, pode se repetir no futuro.
Ao longo do ano, as empresas da região responsáveis pelo abastecimento de água focaram suas ações em trazer água de rios distantes, por meio de construção de adutoras e reservatórios. Leo Heller, relator especial da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o direito à água potável e ao saneamento, acredita que as obras poderão "atenuar um pouco a demanda de água dos reservatórios" que são usados para abastecimento de água.
Já para Pedro Luiz Côrtes, geólogo e especialista em gestão de recursos hídricos da USP (Universidade de São Paulo), essas medidas "não são suficientes porque persistem em um modelo que demonstra estar esgotado".
"Mesmo que voltássemos hoje a uma situação com todos os mananciais com níveis adequados [de água], isso não nos livraria de uma nova crise hídrica nos próximos anos porque a quantidade de usuários vem crescendo muito por conta do crescimento populacional", afirma. Côrtes sugere que os governos "privilegiem o reúso e incentivem e orientem o uso racional da água".

Mais chuvas no verão

Em novembro, choveu em São Paulo 250,2 milímetros, segundo medição do Inmet (Instituto Nacional de Meteorologia). A quantidade é mais que o dobro da registrada no mesmo mês de 2014. Já a estação meteorológica do Rio de Janeiro registrou no último novembro 162,1 milímetros de chuva, cerca de 60% a mais que em novembro de 2014. O aumento no volume de chuva é resultado da incidência do El Niño, causado pelo aquecimento das águas do oceano Pacífico. 
A previsão é que a quantidade de chuva continue acima da média nos próximos meses na região. "A tendência é que chova um pouco acima da média até março, abril, quando começa a reduzir", afirma Neide Oliveira, meteorologista do Inmet. Segundo ela, a pluviometria deverá ser variável nesse período, com alternância entre um mês muito chuvoso e outro com menos chuva.
Luis Moura/ Estadão Conteúdo
Chuvas têm ajudado a aliviar situação dos reservatórios que abastecem o Sudeste

Momento de cautela

Apesar de o cenário ser favorável à ocorrência de chuva, a situação não pode ser considerada "segura", na opinião de Leo Heller, relator especial da ONU (Organização das Nações Unidas) sobre o direito à água potável e ao saneamento.
"Não creio que possamos anunciar segurança em relação à situação de 2016, com o início da estação chuvosa de 2015. Ainda não está claro se teremos um volume significativamente maior de chuvas neste verão", alerta.
Heller lembra que "importantes reservatórios estavam com volume muito baixo no início do período chuvoso, e a quantidade de chuvas necessárias para recompor esses volumes a uma situação confortável será muito elevada".
A opinião é compartilhada por Côrtes, que cita o caso do Cantareira, um dos maiores sistemas de abastecimento do país, que já chegou a fornecer água para 8,8 milhões de pessoas na Grande São Paulo antes da crise hídrica e que hoje abastece 5,2 milhões de moradores da região.
"O prognóstico para este verão é que se acumule água no positivo, mas não o suficiente para livrar [o Cantareira] de voltar a entrar no volume morto", adverte Cortês.
Zé Gabriel/Greenpeace
No começo de 2015, o reservatório de Paraibuna chegou ao volume morto. A represa é a maior do rio Paraíba do Sul, que abastece a região metropolitana do Rio de Janeiro

Lições da crise

A crise hídrica, que já dura cerca de dois anos, tem deixado muita gente sem água, mas também ensinou lições, tanto para a população quanto para os governos. Hábitos como fechar a torneira durante a escovação dos dentes ou a lavagem da louça estão sendo aos poucos incorporados pelas pessoas. Já governos e concessionárias de água e esgoto afirmam estar investindo em obras. 
A Sabesp, responsável pelo abastecimento da Grande São Paulo, informa que, para tentar reduzir o consumo, passou a conceder bônus para quem economiza água e multar os 'gastões'. A empresa diz ter intensificado a redução da pressão da água para diminuir vazamentos. Além disso, a companhia tem buscado captar água em novos rios.
A Cedae, que abastece o Rio de Janeiro, comunica que tem investido em campanhas educativas sobre economia de água; na renovação de tubulações para conter vazamentos; e na construção de reservatórios, adutoras e estações de tratamento. A Copasa, companhia de água e esgoto de Minas Gerais, afirma que lançou campanha contra o desperdício de água e um programa contra vazamentos, além de ter realizado obras para aumentar a captação de água de rios.
E o Cesan, a empresa de saneamento do Espírito Santo, declara ter criado um comitê hídrico para discutir saídas para a crise. A empresa diz que transformou uma represa, antes usada para geração de energia, em reservatório para fornecimento de água e deu início às obras para construção de um novo sistema de abastecimento. Segundo a Cesan, foram lançadas campanhas de conscientização e feitas parceiras com indústrias para que usem água de poços artesianos e de reúso.

Multa a 'gastões' de água bate recorde em dezembro

 


São Paulo, 08 - O número de consumidores da Grande São Paulo multados por gastar mais água agora do que antes da crise hídrica bateu recorde em dezembro. Segundo balanço divulgado na quinta-feira, 7, pela Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp), 14% dos clientes receberam a sobretaxa de até 50% na conta no mês passado, maior índice desde a criação da tarifa, em janeiro de 2015.

Os dados mostram crescimento no número de consumidores chamados de "gastões" nos últimos meses, marcados por chuvas acima da média nos principais mananciais que abastecem a Grande São Paulo e pela recuperação do volume morto do Sistema Cantareira, no fim do ano. No primeiro mês da sobretaxa, 8% receberam multa. Até novembro, a Sabesp já havia arrecadado R$ 445,1 milhões com multas. Dezembro ainda não foi divulgado.

A sobretaxa de 20% ou 50% na conta é cobrada dos clientes que gastam um volume de água superior à média mensal consumida antes da crise (fevereiro de 2013 e janeiro de 2014). Ela chegou a ser anunciada pelo governo Geraldo Alckmin (PSDB) em maio de 2014, quando a Sabesp iniciava a captação do volume morto, mas só foi implementada em janeiro de 2015, após a reeleição do tucano. A multa continua em vigor neste ano.

Ao todo, o número de clientes que elevaram o gasto com água em dezembro foi de 23%, o maior patamar de 2015. Mas 9% não foram multados porque consomem menos de 10 mil litros por mês. Esse comportamento resultou em uma queda de quase 10% no volume de água economizado por meio do programa de bônus, que dá descontos de até 30% para quem reduzir o consumo.

Em dezembro, o volume poupado foi de 5,6 mil litros por segundo, ou 15 bilhões de litros, o suficiente para abastecer cerca de 1,8 milhão de pessoas, o equivalente às populações somadas das cidades de Sorocaba, Osasco e Ribeirão Preto, segundo a Sabesp. Em novembro, o índice havia sido de 6,2 mil l/s, ou 16 bilhões de litros. Quanto a sobretaxa foi lançada, a meta era atingir uma economia de até 7,3 mil l/s. O recorde, porém, foi de 6,5 mil l/s, em julho. Desde o início do programa, em fevereiro de 2014, quase 280 bilhões de litros foram economizados, o que equivale a 28% da capacidade normal do Cantareira.

O relaxamento na economia de água, que caiu de 79% para 77% dos consumidores, teve impacto na produção da Sabesp, que subiu de 53 mil l/s, em novembro, para 55,3 mil l/s em dezembro, a maior média do ano. Consequentemente, o número de clientes que receberam descontos caiu de 67% para 64%, o que deve amenizar as perdas de receita da companhia. O Cantareira tinha ontem apenas 2,6% do volume útil.

Na quarta-feira, 6, a reportagem mostrou que a Sabesp deixou de arrecadar R$ 1,2 bilhão em quase dois anos com o programa. A partir deste mês, contudo, os clientes terão de consumir 22% menos água para manter o mesmo benefício na fatura. Agora, quem consumia 20 mil litros antes da crise e podia gastar até 15,6 mil litros para obter o desconto de 30% não poderá exceder 12,5 mil litros. Na prática, o consumidor que antes precisava reduzir o consumo em 20% para ter o bônus de 30% terá agora de economizar 37,5%. Segundo o presidente da Sabesp, Jerson Kelman, o objetivo da mudança é "dar um estímulo extra" para quem pode economizar mais água, e não recompor o caixa da empresa, que teve prejuízo de R$ 580 milhões no terceiro trimestre de 2015.

As informações são do jornal

O Estado de S. Paulo.

terça-feira, 12 de janeiro de 2016

Cidades Sustentáveis

Martim Garcia/MMA

Brasília
A correta destinação dos resíduos sólidos é condição primordial para uma cidade sustentável. A Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), aprovada em agosto de 2010, trouxe importantes instrumentos para que municípios de todo o Brasil iniciassem o enfrentamento aos principais problemas ambientais, sociais e econômicos decorrentes do manejo inadequado dos resíduos sólidos. PNRS tem como pilar o princípio da responsabilidade compartilhada. Isso significa que indústrias, distribuidores e varejistas, prefeituras e consumidores são todos responsáveis pelos resíduos sólidos e cada um terá de contribuir para que eles tenham uma disposição final adequada.

Buscar um melhor ordenamento do ambiente urbano primando pela qualidade de vida da população é trabalhar por uma cidade sustentável. Melhorar a mobilidade urbana, a poluição sonora e atmosférica, o descarte de resíduos sólidos, eficiência energética, economia de água, entre outros aspectos, contribuem para tornar uma cidade sustentável.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2016


Reprodução do Estadão online
Reprodução do Estadão online


Por essa os petistas não esperavam. Marcos Valério, o operador do Mensalão, condenado a 37 anos de prisão, mandou seu advogado procurar a força-tarefa da Lava Jato. Quer fazer delação premiada em troca de redução da pena. Marco Valério quer revelar os elos entre o Mensalão e Petrolão. Abandonado pelos petistas, Valério pode contar o que sabe. É aí que mora o perigo para o PT. Ninguém tem dúvidas de que Mensalão e Petrolão foram articulados no Palácio do Planalto, na gestão de Lula. E todo mundo sabe que não adianta Valério jogar conversa fiada para cima da força-tarefa da Lava Jato porque não vai arrumar nada. Lula deve estar com as barbas de molho. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

  • TRAGÉDIA AMBIENTAL
  • |  ISTOÉ Online
  • | Jan 16 
"Lama de barragem da Samarco alcança sul da Bahia"
Estadão Conteúdo
A mancha de lama originária da tragédia de Mariana, que vinha se espalhando no litoral do Espírito Santo, sentido sul, agora se dispersou também para o norte, alcançando as proximidades do Parque Nacional Marinho dos Abrolhos, no sul da Bahia. A Samarco, responsável pela barragem de Fundão, que se rompeu em 5 de novembro, já foi notificada a iniciar imediatamente a coleta de amostras na região. A empresa destaca que o material está diluído.

Embora de forma pouco concentrada, os sedimentos somam uma área de 6.197 km². A mancha foi detectada durante sobrevoos feitos por técnicos do Ibama e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio). O “desvio de rota” foi possivelmente ocasionado por um intenso vento sul na última semana. A previsão de um ciclone para os próximos dias amplia a preocupação, pois não se sabe o impacto do fenômeno sobre a mancha.