sexta-feira, 18 de dezembro de 2015

Sacola feita de gelatina é biodegradável e comestível

Um trabalho, que está sendo realizado na USP, quer ajudar o meio ambiente criando uma embalagem "plástica". Só que essa não demora mais de 100 anos para se decompor
POR Ana Luísa Fernandes EDITADO POR Camila Almeida ATUALIZADO11/2015
As sacolas plásticas figuram na lista de grandes vilãs do planeta: são feitas de derivados do petróleo, poluem os mares, matam animais e entopem bueiros. Por isso, a demanda por embalagens reutilizáveis, como as ecobags, aumentou bastante nos últimos anos. Criar uma sacolinha que imita a plástica, mas sem os danos ambientais, é uma das metas de um time da USP.
O coordenador do projeto, Paulo José Sobral disse que a gelatina "é uma proteína produzida no mundo inteiro, pois se origina de matéria prima abundante e, no geral, de custo reduzido; por isso foi escolhida. Além disso, ela tem boas propriedades, como a de formar filmes, por exemplo". O meio ambiente agradece: "Se a pessoa não consumir e descartar, ele vai desaparecer em cerca de seis semanas, em contato com o solo".
Eles já conseguiram chegar a um material bem parecido com o plástico, mas ainda enfrentam algumas dificuldades, como a umidade. Como os produtos utilizados têm origem natural, possuem grande poder de retenção de água, o que pode fazer com que a embalagem fique grudenta se não funcione corretamente. Para isso, eles já estão trabalhando com nanopartículas de argila, que podem diminuir o problema.
Além disso, a equipe visa adicionar outras funcionalidades ao produto, como ação antimicrobiana e antioxidante, "adicionando à estrutura do material óleos essenciais e outros produtos naturais. Os óleos essenciais de orégano e de alecrim, por exemplo, são excelentes conservantes?, finaliza.
fonte: http://super.abril.com.br/

quinta-feira, 17 de dezembro de 2015

16/12/2015 19:25
Rodrigo Janot e Eduardo Cunha
Rodrigo Janot e Eduardo Cunha


O Procurador Geral da República, Rodrigo Janot protocolou durante a tarde no STF pedido de suspensão do mandato de deputado de Eduardo Cunha, com consequente afastamento da presidência da Câmara. O Brasil inteiro está vendo Cunha usar o cargo e mandato para obstruir todas as investigações que o envolvem. O MPF entendeu da mesma forma (vide a nota oficial abaixo).

Hoje mesmo Cunha se recusou a receber citação do Conselho de Ética em mais uma manobra protelatória. Cunha esticou a corda demais. Agora vai se enforcar.


"O procurador-geral, Rodrigo Janot, pediu ao Supremo Tribunal Federal (STF), nesta quarta-feira, 16 de dezembro, que o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, seja afastado do seu mandato parlamentar e, como consequência, da presidência da Casa. Segundo Janot, Cunha vem utilizando de seu cargo para interesse próprio e fins ilícitos. A medida é necessária para garantir a ordem pública, a regularidade de procedimentos criminais em curso perante o STF e a normalidade das apurações submetidas ao Conselho de Ética.

Conforme o pedido, tanto as acusações de corrupção e lavagem de dinheiro (Inq 3983), quanto a investigação por manutenção de valores não declarados em contas no exterior (Inq 4146), podem acarretar a perda do mandato de Eduardo Cunha, seja pela via judicial ou no campo político-administrativo, o que autoriza a medida cautelar de afastamento do cargo. Para o PGR, os fatos retratados na petição são anormais e graves e exigem tratamento rigoroso conforme o ordenamento jurídico.

O PGR aponta em seu pedido onze fatos que comprovam que Eduardo Cunha usa seu mandato de deputado e o cargo de presidente da Câmara para constranger e intimidar parlamentares, réus colaboradores, advogados e agentes públicos, com o objetivo de embaraçar e retardar investigações contra si. Os documentos apreendidos nas buscas realizadas na data de ontem, 15 de dezembro, reforçaram as provas já reunidas pela Procuradoria-Geral da República."
 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

Como fazer tijolo sem queima

Método milenar de produção de adobe é ecologicamente correto e mais barato que o do tijolo convencional

POR GUSTAVO LAREDO
Uma técnica de mais de cinco mil anos usada na fabricação de tijolos de barro vem trazendo bons resultados para quem quer fazer construções ecológicas e com conforto térmico. Os adobes, como são chamados, foram empregados em vários monumentos do Egito e até na igreja mais antiga de São Paulo, a Capela de São Miguel, erguida em 1622. Segundo o arquiteto César Augusto da Costa, da empresa Espiralando Arquitetura, os adobes, diferentemente dos outros tijolos, não são queimados e, portanto, não emitem o gás carbônico responsável pelo aquecimento global. Além disso, a matéria-prima do adobe é a terra, cuja extração não causa impactos ambientais. “Ele é perfeito para habitações humanas, porque também proporciona conforto térmico”, explica César.
Cada tijolo custa entre 25 e 80 centavos de real, dependendo do material usado e da mão de obra. O tijolo convencional custa em média 28 centavos, mas o adobe é quatro vezes maior. Sem contar que, com ele, pode-se fazer de tudo: construir uma casa inteira, pilares de uma varanda, fogão de lenha e até um curral.
O importante é não utilizar somente o adobe como estrutura principal. Para construir uma parede, por exemplo, o alicerce deve ser feito de material convencional, como pilares de eucalipto tratado, postes de madeira ou dormentes previamente impermeabilizados e a 20 centímetros acima do solo. A primeira fiada de adobes deve ser assentada com argamassa comum, e as demais podem ser fixadas com o próprio barro usado na fabricação dos tijolos.
Antes de fazer o assentamento, porém, mergulhe totalmente o adobe num balde com água para evitar a secagem abrupta do barro, o que pode gerar trincas. A massa de barro entre os adobes não pode ultrapassar dois centímetros de espessura. E, como em qualquer parede, deve-se observar prumo, alinhamento e nível.
PASSO A PASSO


como_fazer_tijolo_sem_queima (Foto:  )

quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Pequim emite 1º alerta vermelho da história por poluição


A cidade de Pequim, capital da China, emitiu nesta segunda-feira o primeiro alerta vermelho de sua história por poluição, o nível mais grave de uma escala que vai até quatro, segundo anunciou a agência oficial "Xinhua".
Moradores de Pequim usam máscaras devido à alta poluição do ar.


Moradores de Pequim usam máscaras devido à alta poluição do ar.
Foto: EFE
O Escritório de Meio Ambiente de Pequim advertiu que o alerta permanecerá ativo das 7h locais de amanhã (21h de hoje em Brasília) até às 12h da quinta-feira (2h do mesmo dia em Brasília).
A cidade tinha declarado no domingo o alerta laranja, o segundo mais grave abaixo do vermelho, pouco depois do registro, há uma semana, dos piores níveis de qualidade do ar do ano. O anúncio inclui uma série de medidas para reduzir a poluição e combater seus efeitos na população.

FONTE: http://noticias.terra.com.br/

terça-feira, 15 de dezembro de 2015


Reprodução do G1
Reprodução do G1


Desde o primeiro momento defendi o voto aberto. Em primeiro lugar porque a Constituição não determina voto secreto. Se fosse para ser secreto estaria expresso na Constituição. Mas Eduardo Cunha insistiu no voto secreto para "incendiar" o cenário político. Impeachment é coisa muito séria para deputados ou senadores quererem esconder suas posições atrás do voto secreto. Nesse caso o voto secreto só pode servir a quem tem interesses escusos ou quer jogar para a galera. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

OMS revela tamanho do impacto que a mudança climática poderá provocar na saúde dos brasileiros



Em parceria com o Secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) e vários parceiros, a agência da ONU trabalhou com o Ministério da Saúde do Brasil para elaborar o perfil do país, que apresenta evidências na correlação entre aquecimento global e saúde.

Há agora um vasto conjunto de evidências de que as ações humanas, principalmente a queima de combustíveis fósseis, causaram mudanças significativas no sistema climático. “Nosso planeta está perdendo sua capacidade de sustentar a vida humana com boa saúde”, disse a diretora-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margaret Chan. “A melhor defesa é a mesma que nos protegerá de surtos de doenças infecciosas e da crescente carga de doenças não transmissíveis: sistemas de saúde fortes, flexíveis e resilientes.”
Segundo o Perfil de País Climático e de Saúde 2015 da OMS, divulgado nesta segunda-feira (30) a menos que consideráveis medidas protetoras sejam tomadas, inundações causadas pelo aumento do nível do mar poderão afetar mais de 618 mil brasileiros todos os anos durante o período de 2070 a 2100. Estima-se que mortes associadas ao aumento da temperatura em idosos (acima de 65 anos) crescerão para quase 72 mortes por 100 mil habitantes em 2080, comparado com 1 por 100 mil ao ano, de 1961 a 1990.
A OMS, em parceria com o Secretariado da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança Climática (UNFCCC) e vários parceiros, trabalhou com o Ministério da Saúde do Brasil para elaborar o perfil do país, que apresenta evidências na correlação entre mudança climática e saúde, assim como as oportunidades que o Brasil poderia aproveitar para melhorar a saúde enquanto reduz as emissões de gás de efeito estufa.
“O perfil é importante para ajudar o país a proteger a saúde de suas populações frente às mudanças climáticas, pois apresenta orientações para conter as ameaças e seus potenciais riscos à saúde”, afirmou o representante da Organização Pan-Americana da Saúde/Organização Mundial da Saúde (OPAS/OMS) no Brasil, Joaquín Molina.
Ações-chave para o Brasil
Enquanto o governo do Brasil já está tomando iniciativas substanciais para implementar programas de adaptação à saúde e desenvolver capacidade técnica para atuar em mudanças climáticas e saúde, o perfil do país identifica oportunidades adicionais para ações.
A OMS recomenda que o país amplie atividades para aumentar a resiliência climática da infraestrutura de saúde e desenvolva uma estratégia nacional para a mitigação das mudanças climáticas que considere suas implicações para a saúde.
Isto deve orientar as medidas protetoras. Por exemplo, se o país fortalecesse as medidas contra o aumento do nível do mar e a inundação costeira, o número de pessoas afetadas poderia se limitar a 3.200 pessoas por ano. A melhoria da vigilância e resposta a doenças poderia fornecer proteção eficaz contra o risco de doenças, como malária, mesmo com o aquecimento climático.
No Brasil, 5% das 336 mil mortes por doença isquêmica do coração, acidente vascular cerebral, câncer de pulmão, doença pulmonar obstrutiva crônica (em pessoas de 18 anos ou mais) e baixas infecções respiratórias agudas (em menores de 5 anos) são atribuíveis à poluição do ar doméstico.
Esses riscos podem ser evitados por domicílios que usam combustíveis mais limpos ou tecnologias mais eficazes para cozinhar, aquecer e iluminar – o que também reduz suas contribuições para as mudanças climáticas. Outros benefícios são a redução de custos para os sistemas de saúde e a melhoria da produtividade econômica com uma força de trabalho mais saudável e produtiva.
Entre as medidas-chave que o Brasil já tomou estão: assinatura da UNFCCC em 1992 e ratificação do Protocolo de Kyoto em 2002, além da instituição da Política Nacional sobre Mudança do Clima em 2009 e do Fundo Nacional sobre Mudança do Clima em 2010.
fonte: http://nacoesunidas.org/

domingo, 13 de dezembro de 2015

O grande salto tecnológico que pode acabar com a sede no mundo

sábado, 12 de dezembro de 2015


O tempo está se esgotando para Eduardo Cunha (Charge de Aroeira, do jornal O Dia)
O tempo está se esgotando para Eduardo Cunha (Charge de Aroeira, do jornal O Dia)


Muita gente está intrigada com a demora para o acatamento da denúncia contra Eduardo Cunha pelo Supremo Tribunal Federal. As provas contra ele são contundentes, fartas, incontestáveis. Elas dão veracidade às delações premiadas de Fernando Baiano, Julio Camargo e de mais três de investigados da Lava Jato que afirmam que Eduardo Cunha levou propina do esquema de corrupção da PETROBRAS. Entre as provas estão cópias do passaporte de Eduardo Cunha no banco suíço, assinaturas de próprio punho nas contas onde estão depositados os milhões que ele diz que não são seus, e ainda transferências dessas contas para outras contas, a fim de cobrir gastos da esposa e da filha no exterior. Tudo documentado pelo Ministério Público da Suíça, onde Eduardo Cunha já vinha sendo acusado de cometer crime. Por que será que o STF está tendo tanta cautela em acatar o pedido do MPF e transformar Cunha em réu?

O Brasil decente não consegue entender que hajam dois critérios: um para Delcídio, outro para Cunha. Um pode ter dito bravatas ao insinuar conversas com ministros do Supremo, e também ao prometer ajuda a quem poderia incriminá-lo (Cerveró). Está preso. Cunha além das provas trazidas da Suíça visivelmente fez da presidência da Câmara uma trincheira para impedir que a investigação contra ele no Conselho de Ética se aprofunde. Não precisa ser deputado, juiz ou ministro do STF para ver isso. Basta assistir as sessões do Conselho de Ética para perceber que há uma manobra para proteger Cunha de qualquer investigação, passando por cima da Constituição, do Regimento Interno da Câmara, do regulamento do conselho, de tudo. Quem conhece Cunha, e eu conheço bem porque o demiti da presidência da Companhia Estadual de Habitação (CEHAB) sabe que ele não tem limites, e será capaz de fazer as maiores loucuras para não cair nas mãos do juiz Sérgio Moro.

A nação espera uma decisão do STF rápida, dentro da lei, para reafirmar que ninguém está acima da lei, nem mesmo o "poderoso chefão" Eduardo Cunha. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

Plantar árvore é o suficiente para combater o aquecimento global?

Adiantaria sair plantando árvores por aí?

Plantar árvore é o suficiente para combater o aquecimento global?
 
(Foto: divulgação/getty imagens)
O reflorestamento é uma das principais estratégias para o combate do aquecimento do global, tema das negociações para um acordo mundial para o clima que ocorrerão em Paris, na COP-21. Mas poderíamos assumir a missão de salvar o mundo por conta própria? Adiantaria sair plantando árvores por aí?
São muitos os benefícios promovidos pelo plantio de árvores em áreas urbanas. Elas ajudam a reduzir o calor da selva de pedra urbana, a evitar enchentes e preservar cursos de água, além de tornarem o ambiente mais agradável com suas cores e sombras. Mas a emissão de gases que intensificam o efeito estufa, responsável pelo aquecimento do planeta, é tão grande que a arvorezinha plantada na praça, apesar de toda sua importância, pouca força tem para combater inimigo tão gigantesco.
"Muito carbono é emitido nas cidades. Seria necessária uma área enorme, bem maior que a disponível para plantio de árvores em praças e ruas, para neutralizar essas emissões"
Pedro Brancalion, professor de recuperação florestal da Esalq
Em uma metrópole como São Paulo, cerca de 3,9 mil toneladas de CO2 são lançados na atmosfera por dia apenas pela frota de 15 mil ônibus que circulam pelas ruas – o cálculo leva em consideração dados da SPTrans e da Faculdade de Tecnologia da Unicamp, que estima que um ônibus movido a diesel emita 2,6 kg de CO2 por litro de combustível.
Já uma área reflorestada do tamanho do parque do Ibirapuera poderia sequestrando do ar até 800 toneladas de CO2 em um ano, considerando-se o sequestro médio, indicado por estudos, de cinco toneladas de carbono por hectare (10.000 m², pouco mais que um campo de futebol). Ou seja, bem menos do que é emitido pelos ônibus em um dia.
"Um parque inteiro não sequestra nem o emitido por dez ônibus em São Paulo", diz Paulo Artaxo, professor do Instituto de Física da USP e integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU (IPCC, na sigla em inglês).
Grande reflorestamento é que conta
O efeito na redução do aumento do aquecimento global é verificado quando o reflorestamento é feito em grande escala. "Estamos tratando de milhões de hectares", frisa Artaxo, ao se referir à recuperação de florestas necessária para mitigar as emissões de CO2.
Os países que se reunirão na COP-21 indicaram voluntariamente medidas para fazerem sua parte na batalha pelo clima. Mais de 170 nações já apresentaram as chamadas INDCs (Contribuições Nacionalmente Determinadas Pretendidas, na tradução em português). O Brasil se comprometeu a, dentre outras coisas, plantar 12 milhões de hectares de vegetação em território nacional até 2030, além de zerar o desmatamento.
"Para que possa sequestrar quantidade grande de CO2, o plantio deve ocorrer em grandes áreas. Plantio de árvores em áreas urbanas é importante, mas pequeno comparado com regiões da Amazônia que foram desmatadas"
Paulo Artaxo, integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU
Essa visão de reflorestamento em grande escala é adotada por quem participa do mercado de plantio de árvores para reduzir emissões de gases de efeito estufa. Lucas Pereira, geógrafo e diretor da Iniciativa Verde, OSCIP que ajuda empresas e pessoas físicas a compensarem plantando árvores suas "pegadas de carbono", ressalta que o plantio para este fim é feito em grandes áreas, que comportem no mínimo 10 mil árvores.
"Nós calculamos o quanto um hectare [10 mil m²] de floresta absorve de carbono. Uma pessoa que queira plantar cinco, dez árvores, irá contribuir para a formação de parte desse hectare que será plantado", afirma Pereira. Segundo ele, cada hectare abriga 1.666 árvores. "De fato ela vai contribuir para a restauração da floresta, compensando diretamente sua emissão", completa.
Reflorestar é única solução atual
A fotossíntese feita pelas árvores retira dióxido de carbono da atmosfera, fixando-o em seus troncos e raízes. Durante a noite, as árvores respiram, liberando CO2. Uma floresta adulta em equilíbrio emite a mesma quantidade de CO2 que captura. Mas quando está em crescimento, período que varia entre 23 e 30 anos na Amazônia, a quantidade do gás retirado da atmosfera pelas árvores é maior que a liberada. Segundo Artaxo, "todos as florestas tropicais, que  possuem taxa de fotossíntese mais rápida e mais eficiente, cumprem essa função".
"Hoje, o plantio de árvores é possivelmente a única estratégia que funciona para reduzir o aumento das emissões de CO2 a curto prazo"
Paulo Artaxo, integrante do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas da ONU
Fazendo uma conta aproximada, seria preciso ter uma floresta em uma área 365 vezes maior do que a do Brasil para anular nossas emissões de um ano.
Assim, para combater o aumento do aquecimento global, políticas públicas de reflorestamento precisam ocorrer de forma paralela à redução do desmatamento, o principal emissor de CO2 na atmosfera no Brasil. Segundo o Observatório do Clima (rede que integra diversas entidades da sociedade civil), a derrubada de florestas emitiu 486,1 milhões de toneladas de gás carbônico, o equivalente a 30% do total de 1,558 bilhão de toneladas de gás carbônico equivalente emitidas em 2014.
Quando uma cobertura florestal é devastada, o carbono fixado em seus troncos e massas volta para o ciclo e termina na atmosfera. Cada hectare de floresta na Amazônia armazena cerca de 100 toneladas de carbono, segundo Artaxo. De 2014 a 2015, a Amazônia perdeu 5.831 km².
Qual árvore plantar para salvar o clima?
Há árvores que contribuem por serem mais eficazes para sequestrar CO2, outras por serem longevas e crescerem lentamente. "Árvores pioneiras, como o mutambo, manacá e monjoleiro, possuem maior capacidade de absorção nos primeiros anos de vida, mas não crescem muito e morrem cedo", diz Pedro Brancalion, professor de recuperação florestal da Esalq (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz), da USP.
"As árvores típicas de florestas maduras e melhor conservadas, como jatobás, ipês e perobas, crescem bem devagar e absorvem pouco carbono por ano. Mas como vivem muitos anos e atingem grande porte, representam os principais estoques de carbono nas florestas", completa.
Os especialistas afirmam que o Brasil ainda não possui projetos vigorosos de recuperação de florestas. Iniciativas como as da Iniciativa Verde, que em 10 anos de atividade plantou cerca 1,3 milhão de árvores principalmente no Estado de São Paulo, representam, no entanto, uma opção para a redução da emissão de gases estufas.
Segundo Pereira, além de sequestrar carbono, o reflorestamento pode provocar efeito indireto na redução do aquecimento global. "A floresta preserva os cursos de água, ajuda a manter vazão mais constante e os lençóis freáticos abastecidos em épocas de estiagem", diz ele. Tal feito ajudaria a evitar crises hídricas, poupando o país, por exemplo, do acionamento de termoelétricas, que em 2014 foram as principais vilãs que impediram redução das emissões de CO2 pelo país.
Fonte: UOL

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

A vida no maior aterro sanitário da América Latina

Lixão da Estrutural, em Brasília, deve ser desativado em 2016

por 


BRASÍLIA - A apenas 15 quilômetros do centro nervoso do poder no país o vai e vem de enormes caminhões carregados de lixo não para. Vinte e quatro horas por dia, sete dias por semana, todo o lixo produzido na Esplanada dos Ministérios, no Congresso, no Palácio do Planalto, assim como em todo o Distrito Federal alimenta o maior aterro sanitário da América Latina, segundo o DWaste, considerado o atlas do gerenciamento do lixo mundial. Criado sob a sombra da cidade projetada e seus monumentos, o aterro do Jóquei, popularmente chamado de "Lixão da Estrutural" se estende por uma área de 200 hectares, e ocupa a 23ª posição entre os maiores em atividade no mundo. Em abril deste ano, uma força tarefa do governo local interrompeu as atividades de um grupo que agia dentro do lixão há mais de uma década desviando alimentos com prazo de validade vencido e abastecendo pequenos mercados do entorno da região.
A comunidade que lhe dá nome surgiu aos poucos. Atualmente, 70% dos moradores da localidade da Estrutural têm relação direta ou indireta com o que o aterro produz. Do topo da montanha de lixo com mais de 50m de altura se enxergam os arranha-céus do bairro de Águas Claras, e o cinturão verde do Parque Nacional de Brasília, onde estudos da Universidade de Brasília (UnB) apontam para uma possível contaminação pelo chorume, o líquido tóxico resultado da decomposição do lixo.

Indiferentes a isso, a terceira geração de catadores mantém sua rotina garimpando oito mil toneladas de lixo despejadas diariamente em busca de papelão, metal e plástico sob a vigilância de urubus, carcarás, pombos e garças. Levantamento do Serviço de Limpeza Urbana do Distrito Federal (SLU), órgão responsável pela administração do lixão, mostra que 600 catadores trabalham diariamente no local. Mas este número pode chegar a duas mil pessoas nos fins de semana. O desemprego e frequentadores esporádicos alongam as fileiras dos que buscam na coleta complemento da renda familiar que pode chegar a R$ 1 mil por mês. Ali, ninguém é privilegiado por sexo ou idade. Todos seguem um silencioso código de conduta: a posição de cada um no monte de lixo despejado é determinada ao se por a mão na caçamba do caminhão assim que este chega ao local de despejo. Os mais rápidos se posicionam na frente e isso pode ser a diferença entre conseguir material melhor ou não. Tratores e pás mecânicas ajudam a espalhar a carga que chega.
Essa proximidade entre homem e máquina tem seu preço. Há relatos de mutilações, atropelamentos e gente soterrada por toneladas de lixo. Crianças têm papel estratégico. Menores e mais leves, ficam no alto das montanhas de lixo, local onde os adultos não chegam, e com visão privilegiada. Algumas estão acompanhadas dos pais, outras andam em grupos. Todas fogem ao menor sinal de câmeras.
Jelington Henrique de Azevedo, o "Galego", funcionário da Secretaria de Limpeza Urbana (SLU) que acompanhou O GLOBO é enfático sobre a presença de crianças no aterro:
— Nem urubus e cães trazem seus filhotes para cá, apenas os homens.
Galego trabalha no lixão há 29 anos. Foi ele quem escutou, num dia de visita, gritos de um homem caído na beira da estrada no meio da espessa nuvem de poeira dos caminhões. Segundo um companheiro de trabalho, Enoque Souza Gonzaga, estava sem comer por dias e desmaiou de fraqueza. Em poucos minutos todos voltaram ao trabalho, enquanto Enoque era levado por uma ambulância do Samu. A cena é corriqueira para os catadores, assim como o tráfico de drogas, o álcool e a violência.


Segundo o SLU, há 34 cooperativas e associações de catadores no Distrito Federal, porém muitas na informalidade. Um projeto prevê a regularização de todas, e posterior contratação para trabalharem no Aterro Sanitário Oeste, após a desativação do Lixão da Estrutural, prevista para o início de 2016. Para o diretor técnico da SLU, Paulo Celso dos Reis, essa transição não será fácil. Segundo ele há resistência por parte dos catadores:


— Haverá redução das quase três mil toneladas de material retirado diretamente no lixão de forma desordenada para 800 toneladas nas centrais de triagem do novo aterro, com rotina de trabalho regrada, horários e tarefas determinadas. Muitos catadores são contra pois trabalham de forma independente na Estrutural, de onde não querem sair.
O prazo estipulado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos para o fim dos lixões no país venceu em agosto de 2014. Em julho, o Senado aprovou um projeto que prorroga esse prazo. A emenda do senador Fernando Bezerra Coelho (PSB/PE) prevê prazos mais longos para municípios e capitais de acordo com sua população e capacidade orçamentária. Capitais e municípios de região metropolitana terão até 31/7/2018 para acabar com os lixões. Municípios de fronteira e os que contam com mais de cem mil habitantes terão um ano a mais para implementar os aterros sanitários. As cidades que têm entre 50 e cem mil habitantes terão prazo até 31/7/2020 e os municípios com menos de 50 mil habitantes, 31/7/2021. O projeto está na Câmara.



FONTE: Jornal O Globo

quinta-feira, 10 de dezembro de 2015

Prefeitura realiza limpeza de bueiros na área central

 (Foto: Divulgação)
A Prefeitura de Campos realiza, de forma permanente, a limpeza de bueiros do município. Além de manter o local limpo, a ação contribui para facilitar o escoamento das águas de chuva. A Secretaria de Desenvolvimento Ambiental realizou a limpeza dos bueiros de toda a região central da cidade, local de grande movimentação neste período do ano, em função das compras de Natal. 

- Temos uma equipe que faz o trabalho rotineiramente. Em época de chuva, a equipe é dobrada para que haja um espaço menor de tempo de limpeza. Gostaríamos de reforçar para toda população os cuidados em não jogar lixo nas ruas. Quando chove, esse lixo é levado pela água e acaba entupindo os bueiros - disse o superintendente de Limpeza Pública, Carlos Morales.
O trabalho no Centro da cidade foi finalizado no último dia 27. Nesta segunda-feira (7), as equipes se deslocaram para a praia do Farol de São Tomé, com vistas ao período de verão. Além disso, equipes trabalham nos Parques Corrientes, Esplanada e Nova Brasília.
Grande parte do material encontrado nos bueiros é reciclável e poderia estar tendo um destino correto, através da coleta seletiva. Por isso, a Secretaria de Desenvolvimento Ambiental vem realizando um trabalho de conscientização para que a população contribua e deixe de colocar o lixo no chão e descarte garrafas pet pela cidade, pois segundo Morales, elas vem contribuindo para a obstrução dos bueiros.

fonte; http://www.campos.rj.gov.br/

Como fazer sementeiras ecológicas

Com a técnica japonesa de dobrar papel, chamada origami, é possível fazer porta-mudas simples sem nenhum custo

POR GUSTAVO LAREDO
O que fazer com jornais, revistas, cadernos, papelão, caixas de leite e de suco que estão usados? Infelizmente, ainda há pessoas que veem a lata de lixo como destino desses materiais. No entanto, vem crescendo no país a consciência de que a reciclagem é uma boa alternativa. O papel reciclado é hoje matéria-prima para a fabricação de inúmeros produtos, como agendas, notas fiscais, embalagens e livros. Segundo a Associação Brasileira de Celulose e Papel (Bracelpa), o consumo de aparas para a produção de papel chegou a 3 milhões de toneladas em 2008.
Se as empresas brasileiras estão mais conscientes da necessidade de preservação ambiental, produtores rurais também levam o assunto muito a sério. Até sites na internet discutem formas mais ecologicamente corretas de se dar fim aos papéis e papelões. Na rede de relacionamentos Orkut, por exemplo, a comunidade Horta e Companhia possui mais de 500 membros, que discutem formas baratas de fazer sementeiras.
Uma delas é fazer copos porta-mudas dobrando papéis de jornal no estilo origami. A outra é cortar a caixa de leite ou de suco ao meio e fazer duas sementeiras muito simples. E isso sem nenhum custo. Há quem sugira sementeiras feitas de garrafas PET e até isopor.
Segundo o engenheiro agrônomo Jean Mark Fonseca, da Emater do Distrito Federal, o papel é mais barato e ecológico. "Enquanto o plástico demora 450 anos para se decompor na natureza, o papel leva apenas seis meses."
MÃOS À OBRA
Material

• Caixas de suco ou de leite de papelão
• Tesoura ou estilete
• Pedaços de jornal de 20 x 20 cm de altura. O tamanho pode variar
Passo a passo
 SEMENTEIRA DE CAIXA DE PAPELÃO

como_fazer_sementeira_papelao (Foto:  )















como_fazer_sementeira_papel (Foto:  )

FONTE: GLOBO RURAL 
Disponível em: .