segunda-feira, 17 de novembro de 2014

Apresentação com 40 imagens ampliadas alerta para a conscientização do meio ambiente


Apresentação com 40 imagens ampliadas alerta para a conscientização do meio ambiente



 
Líder mundial na prestação de serviços relacionados ao tratamento de água e efluentes líquidos, a Veolia Water Technologies Brasil apresenta a exposição “Água” de 10 a 30 de novembro, na Praça da Candelária, no Rio de Janeiro. Organizada pela Cultura Sustentável, a iniciativa tem patrocínio da Piramidal.

A mostra traz 40 fotos focando a água em todo o mundo de autoria de Cristian Dimitrius, cinegrafista, fotógrafo, biólogo e apresentador do quadro Domingão Aventura, na Rede Globo. As imagens retratam Japão, Panamá, Estados Unidos, Costa Rica, África, Argentina, Mongólia, Ilhas Galápagos, Bahamas e as regiões brasileiras. 

Dimitrius recebeu o Emmy Award em 2013 pela melhor direção de fotografia para a série Untamed Americas, da National Geographic. Como documentarista, reuniu um grande acervo de fotografias e vídeos sobre o Brasil ao visitar os principais biomas do país. 

“A arte é um dos meios mais efetivos para despertar o interesse da comunidade para a importância da preservação do meio ambiente. A Veolia sempre investe em ações culturais, por meio da lei FUMCAD, para multiplicar a conscientização da sociedade sobre o atual cenário do nosso planeta”, destaca Béatrice de Toledo Dupuy, Gerente de Marketing & Comunicação América Latina da Veolia.

Além do Rio de Janeiro, a mostra já passou pelo Parque do Ibirapuera e por Indaiatuba e seguirá ainda para São Bernardo do Campo, no ABC paulista, até o final de 2014.

Mudança do clima aumenta risco de conflitos

Mudança do clima aumenta risco de conflitosJosé Eduardo Mendonça -/10/2014 

Uma combinação de mudança do clima e insegurança alimentar, que pode ser exacerbada por alterações nos padrões do tempo, está amplificando os riscos de conflito e protestos em 32 países, de acordo com o Atlas de Risco da Mudança do Clima e Ambiente, publicado pela empresa de análise global de risco Maplecroft.
O novo relatório avaliou 198 nações por diversos parâmetros, incluindo vulnerabilidade, emissões de gases de efeito estufa, regulações e serviços do ecossistema.
Economias emergentes, como as de Bangladesh, Índia e Filipinas, e muitas das africanas, estão entre aquelas qualificadas como mais suscetíveis a problemas. O ranking levou em consideração o perigo para estes países e o quanto a capacidade de seus governos de promover medidas de adaptação pode significar nas próximas três décadas.
Uma das principais características dos países em “risco extremo” é sua forte dependência do setor agrícola, que emprega quase dois terços de suas populações e responde por 28% da receita média. A Maplecroft nota que mudanças nos padrões do tempo já produzem impactos sobre a produção de alimentos, pobreza e estabilidade social.
O relatório aponta Nigéria, Etiópia, Filipinas e Haiti, além de países africanos como Sudão do Sul, Chade, República Centr0-Africana e Eritréia como os 10 no topo da lista. Neles, altos níveis de pobreza, deslocamentos de populações e conflitos deverão aumentar, junto com secas e enchentes, que piorariam a situação.
A empresa afirma que o gasto com iniciativas de resiliência, tais como colheitas resistentes à seca, mais infraestrutura e redução da pobreza podem ajudar na adaptação. Mas alerta que programas para isto exigem vontade política e dinheiro, que pode ser escasso se os países mais ricos não contribuírem com o fundo de U$ 100 bilhões, prometidos por eles até 2020, para ajudar nações em desenvolvimento a combater a mudança do clima, diz o Business Green.
Foto: UK Department for International Development / Creative Commons / Flickr

TRE confirma reeleição de Geraldo Pudim

TRE confirma reeleição de Geraldo Pudim

Arnaldo Neto
Foto: Rodrigo Silveira 
O deputado estadual Geraldo Pudim (PR) está reeleito. De acordo com a assessoria de imprensa do Tribunal Regional Eleitoral (TRE) do Rio de Janeiro, houve mudança no resultado das eleições para deputado estadual: Pudim e Sonia Sthoffel (PRB) entraram nas vagas de Graça Pereira (PRTB) e Milton Rangel (PSD), devido à retotalização dos votos.
O procedimento foi realizado devido ao deferimento, pelo Tribunal Superior Eleitoral ou pelo próprio TRE, dos registros de diversos candidatos que haviam sido rejeitados inicialmente. Na recontagem, os votos desses candidatos foram incluídos, o que provocou a redistribuição das vagas entre os partidos ou coligações.
Com essa retotalização, o PR passa a ser a segunda maior bancada da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro (Alerj), atrás do PMDB. No período pós-eleitoral, como em uma espécie de “terceiro turno” nos tribunais, os nomes dos 70 candidatos eleitos passam por alterações. A posse para o mandato que tem início em 2015 acontece no dia 02 de fevereiro.
Candidato apoiado pela família Garotinho, o campista Geraldo Pudim recebeu 25.881 votos nas eleições deste ano.

domingo, 16 de novembro de 2014

Prumo realiza primeira operação no canal do T2 do Porto do Açu

A Prumo realizou nesta sexta-feira (14), a 1º operação comercial no canal do Terminal 2 (T2) do Porto do Açu, em São João da Barra (RJ). O primeiro navio a atracar no T2 foi o Happy Dynamic, do tipo Heavy Lift, que veio da China e atracou no cais da fábrica da NOV. Com um calado de 7 metros, a embarcação estava carregada com um guindaste, que pesa 520 toneladas. Ele será afixado no cais da NOV e utilizado para movimentar os carretéis de tubos flexíveis.

“Vemos a chegada do navio como um marco de suma importância, já que viabilizará a instalação do nosso guindaste, que tem capacidade de suporte de até 410 toneladas. Esta é uma peça fundamental para as atividades de carregamento e descarregamento de equipamentos no site da NOV Flexibles no Porto do Açu”, explica Marcos Villela, country manager da NOV Flexibles no Brasil.

“Iniciamos uma nova etapa do Porto do Açu com a realização da 1º operação comercial do Terminal 2. Superamos vários obstáculos e trabalhamos muito para chegarmos a este momento, com a obtenção de diversas licenças, desenvolvimento das obras civis e foco em segurança. É uma grande alegria participar do início desta nova fase do empreendimento”, comemora Eduardo Parente, presidente da Prumo Logística.

O cargueiro Heavy Lift é especializado no transporte de estruturas muito pesadas e de difícil manipulação. O descarregamento do guindaste irá durar cerca de três dias e a previsão é que o navio deixe o Porto na próxima segunda-feira (17).

No final de outubro aconteceu a 1º operação de minério de ferro no Terminal 1 (T1), com o carregamento do navio “Key Light”, que tem 14,7 metros de calado e foi carregado com 80 mil toneladas de minério de ferro no píer dedicado.
Fonte: Ascom
REPRODUÇÃO DA FOLHA DA MANHA ONLINE

Professor da UFMG é novo relator da ONU sobre água e saneamento

Professor da UFMG é novo relator da ONU sobre água e saneamento

Leo Heller vai substituir a portuguesa Catarina de Albuquerque; Para ele, gestão de recursos hídricos é feita com pouco planejamento.
Por Raquel Freitas
Um brasileiro será o novo relator especial da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre água e saneamento. A indicação do mineiro Leo Heller para o cargo foi confirmada nesta quinta-feira (6) pela entidade. O professor da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) substitui a portuguesa Catarina de Albuquerque, que exercia o mandato desde 2008.
Aos 59 anos, Heller foi indicado ao cargo pelo presidente do Conselho de Direitos Humanos da ONU, Baudelaire Ndong Ella, no fim de setembro. Ele explica que o processo para escolha foi longo e que concorreu ao cargo com mais de 20 pessoas de várias partes do mundo. O pesquisador nascido em Belo Horizonte conta que soube da notícia pela imprensa e por amigos, mas disse que ainda não foi oficialmente comunicado pela ONU. Segundo ele, Catarina de Albuquerque também lhe escreveu para cumprimentá-lo.
De acordo com Heller, entre as tarefas fixas do relator especial está a realização de, no mínimo, duas missões oficiais em locais onde há indícios de violação de direitos humanos relacionados a água e saneamento. Ele deve também elaborar recomendações para governos, para as Nações Unidas e para outras entidades interessadas sobre o tema.
Segundo o pesquisador, a previsão é que ele comece a atuar no cargo em dezembro. O mandato tem tempo máximo de seis anos.
Atuação
Leo Heller se formou, no ano de 1977, em engenharia civil pela UFMG. “O tema do saneamento é um dos ramos da engenharia civil. Já me formei atuando na área”, afirma. Também pela Universidade Federal de Minas Gerais, ele obteve o título de mestre em saneamento, meio ambiente e recursos hídricos e de doutor em epidemiologia. Na Universidade de Oxford, na Inglaterra, fez pós-doutorado.
Depois de se aposentar em agosto, Heller, que era professor titular da UFMG, passou a atuar como professor voluntário na instituição. Atualmente, na universidade, Heller integra o Grupo de Pesquisa de Políticas Públicas e Gestão em Saneamento e também aguarda a nomeação como pesquisador na Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
No doutorado, o mineiro realizou um estudo epidemiológico em que procurou identificar o impacto da carência de acesso ao saneamento no indicador de morbidade por diarreia infantil em uma cidade da Região Metropolitana de Belo Horizonte. Hoje, além de aspectos da saúde relacionados a água e esgoto, ele tem as políticas públicas como foco de seu trabalho.
Água
Questionado sobre a crise hídrica pela qual passam cidades brasileiras, o novo relator especial da ONU sinaliza um problema que pode ser observado em escala mundial. “Uma marca importante que tem explicado a falta de acesso à água é uma gestão com muito pouco planejamento. Muitos argumentam que são as mudanças do clima, mas a mudanças devem ser incluídas no planejamento e não devem ser surpresa. [...] É um setor [o de água e esgoto] que ainda requer muito aperfeiçoamento, um setor pouco valorizado, mas que, por outro lado, tem enorme impacto social”, afirma.
Sobre a recente polêmica envolvendo Catarina de Albuquerque e governo de São Paulo, Heller concordou com a posição da portuguesa. Em entrevista ao jornal "Folha de S.Paulo" em 31 de agosto, ela responsabilizou a administração pública estadual pela falta de água. “Eu concordo com a posição da Catarina. Não achei correto o governo de São Paulo mandar ofício para ONU, mas é um direito dele. Catarina estava no papel dela e não exorbitou a função”, opina.

Alckmin recorre ao governo federal para discutir investimentos em água

Governador quer ajuda para obras para minimizar crise hídrica no estado de São Paulo

POR 


Alckmin em Brasília: governador cogita pela primeira vez um pedido de ajuda ao governo federal - Jorge William / Agência O Globo
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SÃO PAULO - O governador reeleito de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSBD), vai até Brasília na próxima segunda-feira para discutir com a presidente Dilma Rousseff (PT) a crise hídrica em São Paulo. Investimento em linhas da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) também está na pauta.
Alckmin vai pedir ajuda do governo federal para executar obras para tentar conter a crise de abastecimento de água no estado de São Paulo. Entre elas, a construção de uma Estação de Produção de Água de Reuso (EPAR), na Zona Sul de São Paulo, para gerar dois metros cúbicos de água por segundo no abastecimento da represa de Guarapiranga.
Outro projeto é a transposição de 5 mil litros por segundo da bacia do Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira. O governador afirmou que está interligando os sistemas de abastecimento da Região Metropolitana de São Paulo para diminuir pela metade a dependência do Cantareira. Segundo o governador, antes da crise, o sistema liberava 33 mil litros por segundo de água para o abastecimento e hoje são 19 mil.
- Nós temos um conjunto de obras e a participação do governo federal é importante. Ou pela OGU, dinheiro do Orçamento, ou por financiamento que também ajuda e é bom - afirmou o governador durante uma campanha de vacinação contra sarampo e poliomelite na Zona Oeste da capital paulista.
As chuvas que caem sobre São Paulo não evitaram a queda no volume dos reservatórios. O nível do sistema Cantareira diminuiu neste sábado, atingindo 11,5%, de sua capacidade. Ontem, o nível era de 11,6%.
Sobre mobilidade urbana, Alckmin afirmou os convênios já estão assinados e os recursos serão liberados. Parte será usado para a construção da Linha 13-Jade e outra para a linha que vai ligar São Paulo ao Aeroporto Internacional de Cumbica, em Guarulhos. A obra, que prevista para 2014, só deverá ser entregue em 2016.
Após a reunião com a presidente, o governador viaja para Nova York onde assinará um financiamento de R$ 770 milhões para investir em rodovias. Entre elas, a requalificação da Rodovia Rio-Santos (SP-055).


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Época é de defeso na água doce

Começou a fase de reprodução dos peixes de água doce, período em que fica proibida a pesca com redes e tarrafas, só podendo ser feita com vara e anzol. Nesta época ocorre o período de defeso, que foi iniciado no dia 1º e prossegue até o final de fevereiro.
De acordo com o comandante do Grupamento Ambiental (GAM), Sávio Tatagiba, é importante que a população se conscientize e respeite o período de reprodução dos peixes. Nesta época, o risco é que filhotes ou adultos em desova sejam pescados.
— Preservando a pesca nesse momento, fica a garantia de uma pesca tranquila durante todo ano, o que beneficia a todos — disse o comandante.
Sávio ressalta, ainda, sobre a fiscalização que acontece para evitar a pesca proibida durante o defeso.
— A fiscalização acontece periodicamente e, nos finais de semana, ela é intensificada. Seguimos um cronograma no qual percorremos diversos locais em busca de materiais inapropriados, que as pessoas estejam utilizando para a pesca neste período. Durante a fiscalização já foi apreendido mais de 1km de rede, seis tarrafas e 18 gaiolas de pescas de lagostas. De acordo com a lei 9.605/98 Art.34, caso a pessoa seja pega em flagrante pode se detida e levada à delegacia — informou Tatagiba.


A.N.
Foto: Divulgação 

sábado, 15 de novembro de 2014

Níveis de todos os mananciais que abastecem a Grande SP caem

Níveis de todos os mananciais que abastecem a Grande SP caemRedação / VEJA.com - 10/11/2014 às 14:09

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Os seis mananciais que abastecem a Grande São Paulo registraram, nesta segunda-feira (10/11), queda no nível de armazenamento, segundo a Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp). O nível de água do Sistema Cantareira caiu para 11,3%, ante 11,4% registrados no domingo. No sábado, havia 11,5%. A porcentagem se refere à segunda cota do volume morto.
Segundo a Sabesp, a pluviometria do dia (ou seja, a taxa de chuva que caiu no local) é zero nesta segunda-feira. O Sistema Cantareira já está recebendo água do chamado volume morto, aquele que fica abaixo do nível das comportas das represas.
A situação não é melhor em outros sistemas de abastecimento hídrico da Grande São Paulo. No Alto Tietê, por exemplo, também houve queda de 0,1 ponto porcentual entre domingo e segunda-feira, quando o volume acumulado de água era de apenas 8,2%.
No Sistema Guarapiranga, o patamar de reserva de água baixou, entre um dia e outro, de 36,6% para 36,4%. Já o Alto Cotia teve redução de 30,4% para 30,3%. O Sistema Rio Grande caiu para 66,8%, de um nível de 67,1% no domingo, e o Rio Claro baixou de 39,2% para 38,5%.
Foto: Comunicação Prefeitura Municipal Três Marias/Fotos Públicas

Conta d’água bilionária

Rio e SP precisarão gastar R$ 8,5 bi para garantir abastecimento; Alckmin pede ajuda a Dilma
 
Estudo feito para o Inea recomenda intervenções de R$ 5 bino Rio para resolver gargalos

BRASÍLIA E RIO- Diante da maior seca dos últimos 84 anos em São Paulo, e propondo a transferência de parte da água de um dos reservatórios do Rio Paraíba do Sul para o estado a fim de melhorar o abastecimento, o governador Geraldo Alckmin (PSDB) pediu ontem ajuda ao governo federal, em reunião com a presidente Dilma Rousseff, para financiar oito obras de infraestrutura na área hídrica. Juntas, elas custarão R$ 3,5 bilhões — R$ 1,5 bilhão a menos do que o Rio precisa gastar para universalizar o abastecimento fluminense. O Rio ainda não enfrenta seca, mas sua principal fonte de abastecimento, o Paraíba do Sul, já está com os quatro reservatórios com os níveis mais baixos dos últimos 36 anos. O total de R$ 8,5 bilhões que precisa ser investido em obras, nos dois estados, não trará resultados imediatos. Em São Paulo, algumas intervenções começarão a ficar prontas em 2015, mas o restante, somente daqui a três anos. No Rio, a previsão é que o sistema esteja universalizado só em 2030.
A conta pode ficar ainda mais alta. Segundo o pesquisador do Laboratório de Hidrologia da Coppe, Paulo Carneiro, que coordenou o estudo, encomendado pelo Instituto Estadual de Ambiente, que aponta que serão necessários R$ 5 bilhões para o Rio resolver seus problemas de água, o cálculo é baseado na situação atual do estado e não leva em conta fatores como a possibilidade de transposição para São Paulo.
— O estudo foi feito levando em conta o atual nível de atendimento médio do sistema de abastecimento de água do estado. O investimento médio necessário foi estimado em 5 bilhões. Não leva em conta fatores que possam advir da atual crise que vem enfrentando o estado de São Paulo, como possibilidade de captação da água do Rio Jaguari, no Rio. E também não leva em conta a possibilidade de, no futuro, ser necessária a dessalinização da água do mar — comentou Carneiro.
Ontem, em Brasília, o governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, explicou que os R$ 3,5 bilhões seriam gastos na interligação do Rio Jaguari ao Atibainha; na barragem de Pedreira e Duas Pontes; no sistema adutor regional para os rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí; na interligação do Rio Pequeno com a represa Billings; na estação de reúso para reforço do sistema Baixo Cotia; na adutora emergencial Jaguari-Atibaia para reforçar a captação de Campinas; e na construção de 24 poços artesianos no Aquífero Guarani. Alckmin afirmou ainda que, a partir de 2017, São Paulo contará com seu oitavo sistema de produção de água, de São Lourenço, que jogará 4,8 m3 por segundo para o Cantareira, graças a um convênio de R$ 1,8 bilhão entre São Paulo e a União, que será assinado na próxima semana. Além disso, ele disse que há obras permanentes para que o estado seja cada vez menos dependente da água do sistema Cantareira, o que mais vem penando com a estiagem.
— São Paulo enfrenta esta que é a pior seca dos últimos 84 anos com planejamento, com obra e com uso racional da água. Não há esse risco (de falta de água). Temos um sistema extremamente forte. As obras para amanhã já estão sendo feitas — afirmou o governador, que voltou a dizer que não será preciso fazer racionamento de água.
Para o diretor do Departamento de Hidrologia da Faculdade de Engenharia da Unicamp, Antônio Carlos Zuffo, as medidas anunciadas por Alckmin aumentariam a margem de manobra do sistema a longo prazo. Mas, de acordo com Zuffo, parte das propostas apresentadas já era de conhecimento do governo desde a década de 90 e não foi colocada em prática.
— O resultado não seria sentido em menos de cinco anos. O anúncio é muito mais para mostrar a população e o setor econômico que há uma saída do que realmente resolver a crise imediata — afirmou Zuffo.
Alckmin disse que não é verdade que ele tenha recusado ajuda do governo Dilma, mencionando que, nestes quase quatro anos de gestão da petista, os dois entes federativos já firmaram uma série de parcerias. Ao ser perguntado se as críticas do PT à crise hídrica de São Paulo, durante a campanha eleitoral, foram mencionadas na reunião com Dilma, o governador disse que sua missão agora é governar:
— O palanque acabou. Quem foi eleito, foi eleito para governar. Oposição se faz no Parlamento. Acabou a eleição, a população quer soluções, e soluções concretas para seus problemas. Os recursos devem ir para onde há necessidade. Vejo que há na vida pública duas condições importantes para quem é oposição. Dois deveres: divergir e interagir. Divergir naquilo que entendemos que não é adequado, e interagir, principalmente quem é governo — defendeu.
O governador negou que tenha cometido um erro ao não determinar um racionamento de água antes do período eleitoral. Segundo ele, o bônus instituído em fevereiro para premiar quem economiza água resultou em consistente economia. Ontem, um balanço divulgado pela companhia de água de São Paulo mostrou queda do nível de água dos seis principais reservatórios que abastecem a Região Metropolitana de São Paulo, com cerca de 19 milhões de pessoas. O principal sistema, o Cantareira, que abastece aproximadamente 9 milhões de pessoas, tinha 11,4% no domingo e ontem marcava 11,3%, já incluindo a segunda cota do volume morto. O reservatório que teve a maior queda no índice de armazenamento foi o de Rio Claro, que atende a 1,2 milhão de pessoas. Anteontem, ele tinha 39,2% e ontem estava com 38,5%.
Além de Dilma e Alckmin, participaram da reunião as ministras do Planejamento, Miriam Belchior, e do Meio Ambiente, Izabella Teixeira. Depois do encontro, as ministras disseram que Dilma pediu para o governo de São Paulo detalhar as obras, o que será feito numa reunião na próxima segunda-feira. Nessa conversa é que seriam definidas as condições financeiras e quanto o governo federal poderia contribuir para a execução das obras.
Segundo a ministra Miriam Belchior, Dilma disse que a ajuda para as obras depende da capacidade financeira da União, mas sobretudo da importância dos projetos para a população.

— Eventualmente podemos apoiar tudo — disse.


“O palanque acabou. Quem foi eleito, foi eleito para governar. A população quer soluções”
Geraldo Alckmin
Governador de SP (PSDB)

Veiculo:
JORNAL O GLOBO
  Secao:
PAÍS
  Data:
2014-11-11
  Localidade:
RIO DE JANEIRO
  Hora:
06:39:56
  Tema:
IZABELLA TEIXEIRA
  Autor:
CATARINA ALENCASTRO, LUIZA DAMÉ E GUSTAVO GOULART - opais@oglobo.com.br

SECRETARIA DO AMBIENTE DESCARTA TOXICIDADE OU FALTA DE OXIGÊNIO NAS ÁGUAS DA BAÍA DE GUANABARA

 /11/2014
 » Ascom
Novos testes realizados na Ilha de Paquetá indicaram que a água está em boas condições

Substâncias tóxicas ou falta de oxigênio não causaram a morte da espécie de peixe Savelha, fato que vem ocorrendo nas duas últimas semanas na Baía de Guanabara. Essa foi a conclusão inicial do monitoramento realizado pela Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) na manhã desta terça-feira (4/11) aos arredores da Ilha de Paquetá.

Técnicos do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) realizaram o monitoramento através de sonda que não identificou a presença de nenhuma substância química, tóxica ou floração de alga tóxica. Nos testes para aferir a quantidade de oxigênio na água, todos os resultados saíram dentro da normalidade. Os técnicos estudam a possibilidade de a causa do fenômeno ser a alta temperatura da água, uma vez que a Savelha é uma espécie sensível. A medição indicou a temperatura de 27º da água e, em alguns lugares mais rasos, pode ultrapassar os 30º, fator que pode ser responsável pela mortandade dessa espécie. Amostras de peixes mortos serão encaminhadas para o laboratório da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Além de monitorar a qualidade da água da baía, a operação liderada pela Coordenadoria Integrada de Combate aos Crimes Ambientais (Cicca), da SEA, teve como objetivo o combate a caça predatória de sardinha e identificação do descarte incorreto da Savelha nas águas da baía, outra possível hipótese para a mortandade.

Durante a ação, que contou com apoio da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA) e da Capitania dos Portos, traineiras que realizavam pesca de arrasto foram fiscalizadas e uma grande quantidade da Savelha foi encontrada. O coronel da Cicca, José Maurício Padrone, esclareceu que a savelha é um peixe saboroso e possui um alto teor nutritivo, mas como tem muitas espinhas possui um baixo valor comercial sendo comumente descartada pelos pescadores nas águas da baía; e que esta hipótese não é a causa da grande aparição de peixes mortos.

“O Inea vem realizando monitoramentos da qualidade da água há 15 dias e nenhuma anomalia foi identificada. Além de investigar essa mortandade estamos coibindo a pesca ilegal da sardinha na época de defeso. Nosso foco principal é reforçar a fiscalização para garantir o equilíbrio da natureza e ajudar aquele pescador que faz seu trabalho de maneira correta", declarou Padrone.

Quem for flagrado pescando sardinha na época de defeso (de 15 de junho a 31 de julho e de 1º de novembro a 15 de fevereiro) pode ser multado entre R$ 700 e mil reais, com acréscimo de R$ 20,00 por quilo de sardinha e ainda ser preso por crime ambiental.

“A polícia civil vai instaurar um inquérito para investigar se existe a responsabilidade criminal de alguém nessa mortandade de peixes. Para isso, nós vamos aguardar os resultados dos laudos técnicos do Inea para darmos continuidade à investigação”, declarou o delegado da DPMA, Rodrigo Brand.
 

sexta-feira, 14 de novembro de 2014


Circuito esportivo convida paulistano a percorrer rios invisíveis

Vanessa Daraya - Planeta Sustentável - 11/2014
Maurício de PaivaExpedição Rios e Ruas/Planeta Sustentável, realizada em maio deste ano no bairro da Vila Madalena, em São Paulo. Na foto, participantes no Parque das Corujas



Quem anda pelas ruas e avenidas de São Paulo não imagina que existem mais de 3 mil quilômetros de cursos d’água soterrados pelo planejamento urbano desordenado. O público interessado em percorrer esses rios invisíveis pode participar do Passeio e Corrida Caixa Rios e Ruas,que será realizado na cidade de São Paulo em três dias diferentes: 16 e 30/11 e 14/12.

O circuito faz parte da Iniciativa Rios e Ruas, criada em 2010, fruto da parceria entre o arquiteto e urbanista José Bueno e o geógrafo Luiz de Campos Jr. Inspirado pelo movimento, Charles Groisman, fundador da IdeaAction, criou projetos para difundir os conceitos sobre o tema relacionando-os à arte (como exposições na Praça Victor Civita, em São Paulo) e ao esporte.

O evento é dividido em três etapas com pontos de encontro diferentes: 16/11 (saindo do Parque Ecológico Tietê), 30/11 (saindo do Zoológico) e 14/12 (saindo do Anhangabaú). Sairão de todas elas um grupo de passeio (caminhada 3 km) e outro de corrida (5 km). O roteiro percorrerá rios invisíveis (e os que sobrevivem até hoje), bacias hidrográficas, nascentes, lagoas e riachos de São Paulo.

Os participantes serão acompanhados pelos líderes da Iniciativa Rios e Ruas e por monitores especializados que informarão o público sobre a história dos rios de acordo com o local por onde o grupo passar. O Manual de Etiqueta da Água, produzido peloPlaneta Sustentável, será distribuído no evento.

Além do circuito (veja aqui a página do Facebook), a Iniciativa Rios e Ruas já fez algumas ações em parceria com o Planeta Sustentável, como o Planeta no Parque 2014, no Parque Villa-Lobos, e a "Mostra Rios e Ruas - a Casa Invisível", na Praça Victor Civita.

Nessa ocasião, foram realizadas também uma expedição pelo bairro da Vila Madalena que percorreu o Riacho das Corujas, e uma corrida do ultramaratonista Carlos Dias. O atleta percorreu os principais rios, ribeirões e riachos com nascentes que passam por bairros das regiões sul, central e oeste de São Paulo. E encontrou os participantes da expedição na Praça Victor Civita, em Pinheiros, ao lado da Editora Abril.

O circuito "Passeio e Corrida Caixa Rios e Ruas" é patrocinado pela Caixa Econômica Federal, com o apoio do Planeta Sustentável e da Skechers.

Ficou interessado em participar? Clique aqui para ver o regulamento. Abaixo, mais informações sobre cada etapa do circuito:

1ª etapa
Data: 16/11/2014
Cidade: São Paulo / SP
Local: Parque Ecológico do Tietê - Rod. Ayrton Senna Km17
Horário: 7h30

2ª etapa
Data: 30/11/2014
Cidade: São Paulo / SP
Local: Jd.Zoológico - Nascentes do Ipiranga
Horário: 8h00

3ª etapa
Data: 14/12/2014
Cidade: São Paulo / SP
Local: Centro Histórico - Vale do Anhangabaú
Horário: 8h00

O artista plástico Danilo Zamboni - parceiro das iniciativas promovidas pelo Rios e Ruas - criou lindas ilustrações dos três circuitos (cada uma com dois percursos: corrida e caminhada), que reproduzimos abaixo:

Mapa da corrida do Parque Ecológico do Tietê, em 16/11:


Mapa do passeio do Parque Ecológico do Tietê, em 16/11:


Mapa da corrida do Jd.Zoológico - Nascentes do Ipiranga, em 30/11:


Mapa do passeio do Jd.Zoológico - Nascentes do Ipiranga, em 30/11:


Mapa da corrida do Centro Histórico - Vale do Anhangabaú, em 14/12:


Mapa do passeio do Centro Histórico - Vale do Anhangabaú, em 14/12:


Acompanhe todas as movimentações artísticas e esportivas que envolvem a iniciativa Rios e Ruas pelo site da mostra.

Estudantes criam jogo sobre turismo sustentável lançado em crowdfunding


Estudantes criam jogo sobre turismo sustentável lançado em crowdfunding

Suzana Camargo - Planeta Sustentável - 11/2014
Tambako The Jaguar/Creative Commons





















O Brasil é um dos países mais ricos do mundo em biodiversidade. Grande parte desta riqueza da fauna e flora brasileiras estão dentro de Unidades de Conservação (UCs), áreas de proteção ambiental. Estes locais, que fornecem importantes serviços ambientais ao planeta todo, também têm um enorme potencial a ser explorado pelo turismo sustentável.

Para colocar este tema em debate, alunos da disciplina Formação Integrada para a Sustentabilidade da FGV-EAESP foram desafiados a criar um jogo de tabuleiro que ajude - de maneira lúdica e divertida - as pessoas envolvidas na gestão das Unidades de Conservação a pensar novas alternativas e modelos econômicos para estas áreas.

A viabilidade deste projeto depende de doações de crowdfunding. Por isso, os estudantes criaram um financiamento coletivo no site do Catarse e você pode ajudar.

Segundo estudos já realizados pelo grupo da FGV, com investimentos mínimos, o turismo sustentável nas áreas de proteção ambiental poderia gerar mais de 50 bilhões de reais e 55 mil empregos nos próximos dez anos no Brasil.

Organizações não-governamentais, como SOS Mata Atlântica e Semeia, apontam que em outros países o turismo já é um dos principais responsáveis por custear a conservação da biodiversidade. Na Austrália, em 2007, o turismo nos parques nacionais injetou 30 bilhões de reais na economia local. Na África do Sul, 75% das despesas de conservação dos parques são pagas pelas atividades turísticas.

Estes são exemplos que podem - e devem - ser replicados no Brasil, de maneira responsável e sustentável. O turismo pode ser um grande aliado para a proteção dos animais e plantas brasileiros.