sábado, 29 de março de 2014

Caracol marinho pode produzir o analgésico mais potente do mundo

Caracol marinho pode produzir o analgésico mais potente do mundo
 Março de 2014 •


Cientistas australianos descobriram que uma proteína encontrada no veneno dos caracóis marinhos pode ser transformada num potente analgésico, capaz de tratar dores intensas com maior desempenho que os remédios convencionais.  Segundo os pesquisadores, este novo método natural é cem vezes mais forte que a morfina e ainda elimina os riscos de dependência e de efeitos colaterais proporcionados pelos remédios adotados atualmente.
O estudo foi apresentado no último final de semana em Dallas, no Texas, durante uma importante conferência de cientistas. O grupo responsável pela inovação processou as conotoxinas, propriedades venenosas que os caracóis marinhos liberam com objetivo de paralisar suas presas, para elaborar até cinco diferentes tipos de substâncias, as quais poderão ser usadas para a criação de novos analgésicos. Segundo análises e comparações, a equipe comprovou que as conotoxinas são até cem vezes mais potentes que a morfina.
Os especialistas explicaram que apenas os caracóis marinhos de águas tropicais, cientificamente chamados de Conus, são capazes de produzir a proteína aplicada na fabricação dos remédios. Por enquanto, apenas um dos analgésicos desenvolvidos foi aprovado para o tratamento com humanos. A substância, chamada ziconotida, deverá ser injetada na medula espinhal –  no entanto, de acordo com os cientistas, a intenção é desenvolver um analgésico para ser usado oralmente.
Assim, os pesquisadores concentram seus esforços para possibilitar que o remédio seja administrado por via oral. É o caso de uma experiência realizada com ratos em laboratório, que comprovou que o analgésico produzido com o veneno reduz fortemente a dor destes animais.
David Craik, autor do estudo, declarou ao jornal mexicano La Jornada que o remédio extraído da natureza atua em áreas do cérebro diferentes das que os analgésicos convencionais trabalham. “Não sabemos se estes derivados de conotoxinas teriam efeitos colaterais, porque ainda não foram testados em humanos. Mas acreditamos que sejam seguros, uma vez que agem em receptores cerebrais totalmente diferentes do que os da morfina”, explicou o autor do estudo.
Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo

sexta-feira, 28 de março de 2014

Ninguém sabe quanto vão custar as Olimpíadas do Rio

2014/02/03 14:20
Reprodução do Globo
Reprodução do Globo


O Comitê Olímpico Internacional (COI) ESTA perplexo o Porque um Pouco Mais de Dois Anos das Olimpíadas ninguem SABE Quanto Vai Custar. Os governos federal, Estadual e municipal Localidade: Não informam nada. Localidade: Não HÁ Orçamento Definido, Os Projetos MUDAM uma Toda a Hora, Enfim E hum balaio de gatos. Enfim, infelizmente IstoÉ Brasil. A Única Coisa Certa E Opaco VAO serviços desperdiçados muitos Milhões. Aqui no Rio entao, Cabral e Paes com SUAS Gangues dos Guardanapos e não Panamá Vao Fazer uma festa com o Dinheiro Público.
FONTE :BLOG DO GAROTINHO

MA promove quatro cursos de sustentabilidade para servidores

MA Promove Quatro Cursos de sustentabilidade parágrafo Servidores

    Paulo de Araújo / MMAMadeira certificada: Exemplo de sustentabilidade certificada Madeira: Exemplo de sustentabilidade
    Gestores de Compras e contratações dos governos Estaduais e Prefeituras São O Público-Alvo

    Tinna OLIVEIRA

    Com o Objetivo de incorporar Práticas de Compras e contratações Sustentáveis ​​nn Órgãos e Instituições Públicas, o Ministério do Meio Ambiente (MMA) ministrará Quatro Cursos introdutórios sobre sustentabilidade NAS contratações. O Curso tempe Como Público-Alvo formuladores de Políticas CRP e Gestores de Compras e contratações dos governos Estaduais e Prefeituras.

    O Primeiro Curso Acontece Nesta quinta-feira (20/03), EM Natal, e Segue ATÉ Amanhã. DEPOIS Será, será uma Vez de Cuiabá, dias nsa 3 e 4 de abril, seguido de Porto Alegre, nos dias do 10 e 11 de abril e, Por Ultimo, no Rio de Janeiro, de 24 a 25 de abril. O Curso tera oficinas Práticas, modulos teóricos e UMA mesa redonda sobre CRP experiencias, Uma forma de Valorizar e Aprender com Iniciativas como dos próprios Alunos.

    BONS EXEMPLOS

    "A Nossa proposal E oferecer embasamento parágrafo OS governos desenvolverem Políticas e Práticas de contratações Públicas Sustentáveis", o peso explicativo Analista Ambiental do MMA Thiago Uehara, Opaco ministrará OS Cursos Tratando de Fundamentos conceituais, de Experiências Bem sucedidas e mediando como oficinas.

    Integrantes fazer Núcleo Especializado de Sustentabilidade NAS Licitações e Contratos (Neslic) also orientarão sobre a Parte Jurídica das Licitações Sustentáveis. O Coordenador do Neslic, Marcos Bliacheris, DO SERVIÇO Florestal Brasileiro (SFB), peso explicativo Opaco Serao oferecidas Informations sobre a Legislação Aplicada como leis e apresentadas como Ferramentas de para a Realização das Compras Sustentáveis. "A Expectativa E OS ESTADOS Opaco e municípios possam implantar como Licitações Públicas Sustentáveis ​​utilizando-se da Experiência da União", Destaca. Marcela Maciel, also fazer SFB, e Teresa Barki, da Advocacia-Geral da União, seccional de São Paulo (AGU-SP), completam a Equipe.

    Os Alunos receberão Certificado de Participação de Sete Horas. Na Manhã do Dia seguinte AO Curso, Os instrutores estarão available parágrafo TRATAR da REVISÃO e Aperfeiçoamento dos Instrumentos e Normas de para contratações Públicas Sustentáveis.

    CONTRATAÇÕES Sustentáveis

    OS CURSOS São Resultados de Parceria UMA fazer MMA com o Programa das Nações Unidas Para o Meio Ambiente (PNUMA). A Ação ESTA inserida não Âmbito da Iniciativa Compras Sustentáveis ​​da Câmara Temática de Meio Ambiente e Sustentabilidade da Copa de 2014, coordenada Pelo Departamento de Produção e Consumo Sustentáveis ​​(DPCS), da Secretaria de Articulação Institucional e Cidadania Ambiental (SAIC) do MMA.

    Um Processo de Compra PODE Ser Chamado de when Sustentável integra Requisitos, ESPECIFICAÇÕES e criterios Opaco São Compatíveis e favorecer los da Proteção do Meio Ambiente, fazer Progresso e social, não Apoio ao Desenvolvimento Econômico. Tambem Busca um Eficiência dos Recursos, a Melhoria da Qualidade de Produtos e Serviços ea otimização de custódio.

    Exemplos de Serviços Sustentáveis: Aquisição de Papel com exigência de comprovação da Origem Florestal; exigência do selo de economia de Energia? Procel, Eletrodomésticos parágrafos, Como ar-CONDICIONADO e geladeiras; Aquisição de Computadores com criterios Ambientais TI Verde; exigência da Promoção da Coleta Seletiva Nos Contratos de Prestação de Serviço de limpeza e Conservação; Aquisição de madeira com Certificado de Regularidade.

    quinta-feira, 27 de março de 2014

    MPF de Campos reage e revela que SP estudava desviar o Paraíba desde 2008

    MPF de Campos reage e revela que SP estudava desviar o Paraíba desde 2008

    Procurador da República Eduardo Santos de Oliveira
    Procurador da República Eduardo Santos de Oliveira

    A continuidade de um inquérito civil público federal aberto desde 2010, para apurar o risco de danos ao rio Paraíba do Sul; cobrar explicações ao governo estadual de São Paulo, à Agência Nacional da Águas (ANA) e aos ministérios do Meio Ambiente e do Planejamento;  solicitar à Universidade Estadual do Norte Fluminense (Uenf) um estudo sobre as vazões do rio, para comparar com os dados apresentados pelo governo paulista; e convocar uma audiência pública entre todas as entidades e instituições que tenham relação com a Bacia do Paraíba. Estas são as quatro iniciativas do Ministério Público Federal (MPF) de Campos, segundo informou o procurador da República Eduardo Santos de Oliveira, diante do pedido feito pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), à presidente Dilma Rousseff (PT), para captação da água do rio Paraíba no sistema da Cantareira, para atender a 15 milhões de paulistas em tempos de estiagem, gerando repercussão nacional e reações negativas entre os fluminenses.
    Eduardo revelou que a intenção agora formalizada por Alckmin com Dilma, não é nova. Desde 26 de fevereiro de 2008, no decreto nº 52.748, o governo de São Paulo determinou “a elaboração de estudo para identificar novos mananciais para abastecimento da macrometrópole nos próximos 30 anos, sendo o Paraíba do Sul uma das opções estudadas”.  Dois anos mais tarde, através do site do Inea, o procurador ficou sabendo de uma audiência pública realizada em 18 de maio de 2010, na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), para “debater o projeto do governo do Estado de São Paulo, o qual estuda a viabilidade de uma transposição do rio Paraíba do Sul”. Informado sobre o projeto com fins de realizar uma segunda transposição do Paraíba, a partir da região de Jacareí/SP (represa do Jaguari, integrante do sistema Cantareira), com transferência de água para a região metropolitana de São Paulo, o MPF de Campos abriu o inquérito civil público nº 1.30.002.000054/2010-41, “instaurado com vistas a apurar elementos comprobatórios de danos ao rio Paraíba do Sul e de eventuais riscos ao meio ambiente, em rezão do precário estado de conservação e de uso”.
    No ano seguinte, a partir da recomendação nº 09/2011, de 8 de agosto de 2011, o MPF de Campos advertiu ao governo de São Paulo: “que se abstenha de atos de contratação quanto a eventuais obras de transposição do rio Paraíba do Sul, enquanto não atendidos os princípios constitucionais (…) especialmente no que concerne a compatibilizar o desenvolvimento sócio-econômico com a qualidade ambiental, à redução das desigualdades regionais, a utilização racional e disponibilidade permanente do rio federal em questão e que os recursos hídricos não podem ser manejados sem o concurso de interesses da coletividade em sua máxima extensão”. Ao final da recomendação, após dar ao governo paulista 15 dias de prazo para “resposta por escrito e fundamentada”, Eduardo escreveu e assinou: “Esta recomendação dá ciência e constitui em mora o seu destinatário (governo paulista) quanto às providências solicitadas, podendo implicar na adoção de todas as providências administrativas e judiciais que se mostrem cabíveis, em sua máxima extensão”.
    Segundo o procurador da República, a resposta do governo de São Paulo, por meio do procurador geral daquele Estado, Elival da Silva Ramos, informou em 1º de setembro de 2011 que “consoante a nota técnica elaborada na secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos (que seguiu anexada), não há nenhuma obra de transposição do rio Paraíba do Sul contratada, e tampouco em vias de contratação, no Estado de São Paulo”. A resposta do governo paulista seguiu afirmando que “qualquer decisão que venha a ser tomada pelas autoridades estaduais, objetivando dar solução ao aproveitamento de recursos hídricos para atendimento da Macrometrópole de São Paulo, atenderá à legislação e aos princípios constitucionais que norteiam a matéria”.
    Eduardo destacou outros dois pontos da resposta oficial do governo de São Paulo, que negaram a existência do projeto apresentado agora por Alckmin. Primeiro, quando o procurador paulista afirmou que “não há nenhuma ação federal ou parcerias contratadas com a finalidade de viabilizar eventual transposição do rio Paraíba do Sul simplesmente porque não há projetos em níveis de detalhe suficientes para essa suposta contratação”. Além disso, também assegurou: “não foi realizada nenhuma audiência pública sobre a transposição do rio Paraíba do Sul simplesmente porque não há projetos em níveis de detalhe suficientes para uma discussão pública”.
    Como todas as negativas paulistas caíram por terra, diante da apresentação do projeto de desviar parte do rio Paraíba, que se estudava desde 2008, para o procurador da República em Campos, a verdadeira intenção não pode ser agora mascarada num jogo de palavras: “Depois de nos informar oficialmente que não havia nenhum projeto de transposição do Paraíba para atender aos interesses de São Paulo, agora seu governo revela que pretende fazer uma simples ‘captação’ de água do rio no sistema Cantareira. Querem fazer uma camuflagem semântica da sua real intenção, que é transpor as águas do Paraíba, para atender apenas aos seus interesses, mas que não são únicos perante à lei. Não é de hoje que o Ministério Público Federal de Campos está atento à questão, que não pode ser resolvida pela força política e econômica de São Paulo. Faremos tudo que estiver ao alcance da lei para não permitir que isso aconteça”.
    Abaixo, a nota gentilmente enviada ao blog pelo procurador da República em Campos:

    MPF Campos

    INQUÉRITO CIVIL DANOS RIO PARAÍBA DO SUL
    1. O Inquérito Civil Público nº 1.30.002.000054/2010-41, instaurado com vistas a apurar elementos comprobatórios de danos ao Rio Paraíba do Sul e de eventuais riscos ao meio ambiente, em razão de seu precário estado de conservação e de uso, e no qual foi expedida a recomendação ao governo de São Paulo, em 08/08/2011, permanece ativo.
    2. A resposta do governo de São Paulo, por meio de do Procurador Geral do Estado (Elival da Silva Ramos, em 01/09/2011), foi no sentido de que “consoante a Nota Técnica elaborada na Secretaria de Saneamento e Recursos Hídricos, ora anexada, não há nenhuma obra de transposição do Rio Paraíba do Sul contratada, e tampouco em vias de contratação, no Estado de São Paulo”. Finalizou afirmando que “qualquer decisão que venha a ser tomada pelas autoridades estaduais, objetivando dar solução ao aproveitamento de recursos hídricos para atendimento da Macrometrópole de São Paulo, atenderá à legislação e aos princípios constitucionais que norteiam a matéria”.
    A referida nota técnica informou ainda, em resposta a pontos específicos, de ofício requisitório da Procuradoria da República em Campos, que:
    a) “não há nenhuma ação federal ou parcerias contratadas com a finalidade de viabilizar eventual transposição do Rio Paraíba do Sul simplesmente porque não há projetos em níveis de detalhe suficientes para essa suposta contratação”;
    b) “não foi realizada nenhuma audiência pública sobre a transposição do Rio Paraíba do Sul simplesmente porque não há projetos em níveis de detalhe suficientes para uma discussão pública”.

    AÇÕES
    1.  Expedição, preliminarmente, de ofícios requisitórios:
    a) ao governo de São Paulo, ao Ministério do Meio Ambiente, ao Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão, e à ANA, para informar eventuais estudos (de qualquer natureza) relativos ao tema.
    b) à UENF, para elaborar um estudo comparativo entre as vazões do Rio Paraíba do Sul, em diversos trechos de seu itinerário, com as vazões informadas na Nota Técnica do governo de São Paulo, dado possível inconsistência na base de dados de governo.
    2.  Convocação de audiência pública.
    Atores a serem convidados: procuradores da República do Grupo de Trabalho do MPF – Sustentabilidade Rio Paraíba do Sul, da PRRJ; governos de São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais; câmaras legislativas de diversos municípios; IBAMA; União; ANA; prefeituras; órgãos ambientais e ambientalistas; cientistas que possam dar um parecer técnico do estado atual do Rio Paraíba do Sul;  Comitê da Bacia do Rio Paraíba do Sul – CEIVAP; Consórcio de Municípios e de Usuários da Bacia do Rio Paraíba do Sul para a gestão Ambiental da Unidade Foz; Associação de Usuários das Águas do Médio Paraíba do Sul – AMPAS-RJ; Consórcio Intermunicipal para Recuperação Ambiental do Rio Muriaé – MG/RJ; Consórcio Intermunicipal para Proteção e Recuperação Ambiental da Bacia do Rio Paraibuna – CONPAR; Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Piabanha e Sub-Bacias Hidrográficas dos Rios Paquequer e Preto; Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul – SP ou “Comitê Paulista” – CBH-PS, Comitê da Bacia Hidrográfica do Baixo Paraíba do Sul; LLX; outros organismos/pessoas a especificar.

    Eduardo Santos de Oliveira
    FONTE:SITE FOLHA DA MANHA

    Drones e robôs, os novos reis dos animais

    TECNOLOGIA + MEIO AMBIENTE

    Drones e robôs, os novos reis dos animais

    Aparelhos não tripulados semelhantes aos de uso militar reinventam a luta contra a caça ilegal nas reservas da África e da Ásia

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    Raquel Beer Veja - 
    Michael Nichols/National Geographic Creative

    O olhar altivo, de elegante beleza, dos três leões da imagem ao lado, os reis de uma região conhecida como Serengeti, entre o norte da Tanzânia e o sudoeste do Quênia, faz supor que nada os incomoda - nem mesmo a câmera do fotógrafo que os registra. Na verdade, não há mesmo ninguém diante dos animais. Para flagrá-los, o americano Michael Nichols e seu assistente, contratados pela National Geographic Society, usaram um robô e um drone comandados por wi-fi a partir de um computador.

    Nos primeiros encontros entre bicho e máquina, os felinos chegaram a se esconder - com o tempo já não estavam nem aí com o robô, de pouco mais de 30 centímetros de altura e 50 centímetros de diâmetro na base. Leões são animais que sabem guardar a energia para as presas que realmente interessam. Fosse uma manada de elefantes, estariam todos alvoroçados. "Leões são mais contemplativos e confiantes, não veem robôs e drones como ameaças", diz Nichols.

    É bom que o restante da turma que foi salva por Noé aprenda a conviver com seus pares de alumínio e silício. Na África e na Ásia é cada vez mais frequente o uso de equipamentos não tripulados, terrestres ou aéreos, para combater a caça ilegal. Todos os anos, o comércio irregular de animais selvagens movimenta 19 bilhões de dólares. Em 2013, pelo menos 1 000 rinocerontes - cujos chifres são muito cobiçados - foram mortos apenas na África do Sul, número recorde desde o início da contagem, nos anos 90.

    Para caçarem os caçadores, os parques e as reservas têm investido nessas novíssimas tecnologias de rastreamento. Os objetos eletrônicos, especialmente os voadores, funcionam como os olhos das equipes de vigilância (veja o quadro no final deste texto). Há vantagens em relação aos métodos anteriores de patrulha - os jipes de antigamente, helicópteros ou satélites. Nesses casos, ou se assustavam os animais, ou a distância impossibilitava acompanhar detalhes de comportamento da fauna e da ação do homem. "Ao estudarmos os leões-marinhos no Ártico, não podemos voar muito baixo porque os animais mergulham ao ouvir o barulho, mas também não podemos voar muito alto, porque encontramos nuvens carregadas e muita neve", diz o engenheiro Gregory Walker, diretor do centro de drones da Universidade do Alasca.

    Outro problema, segundo ele, é levar o helicóptero dentro de um barco para as regiões estudadas, já que não há aeroportos próximos. A solução? Drones. Com menos barulho, é possível aproximar o equipamento dos animais, o que pode ser mais seguro também para o ser humano que comanda a operação. Naturalmente, há desvantagens como o fato de a autonomia de voo ser muito pequena - não mais do que vinte minutos - e a fragilidade das peças.

    São vulnerabilidades compensadas por uma condição imbatível: não paira sobre os drones e robôs usados no controle da caça ilegal a selvageria do embate ético que cerca os badalados aparelhos não tripulados usados para ataques militares. Os primeiros são vistos com doçura, como aliados do zelo com o meio ambiente. Já os pequenos objetos bélicos conquistam inimizades, por ferirem tanto soldados em guerra como civis. Na última década, os drones foram responsáveis por mais de 3 000 mortes no Paquistão - entre as vítimas, 683 eram civis.

    Em 2012, a ONU começou a investigar os resultados de 25 artilharias feitas por drones americanos no Paquistão, no Iêmen, na Somália e no Afeganistão, respondendo a acusações de que os tiros mataram também crianças. É discussão que se perpetua, dado que a fabricação de drones pode gerar até 100 000 postos de trabalho nos EUA nos próximos dez anos, com faturamento de 82 bilhões de dólares. Some-se a essa indústria em crescimento o fato de os preços caírem assustadoramente - um drone pequeno, manufaturado a partir de uma impressora 3D e comandado por um banal aplicativo de smartphone, custa meros 76 000 dólares, 10% do valor dos similares desenhados pelas Forças Armadas americanas. Chegará o dia, e ele talvez nem esteja tão longe assim, em que teremos guerras travadas apenas entre drones
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    SUSTENTABILIDADE:No discurso é mais fácil

    RESPONSABILIDADE AMBIENTAL

    No discurso é mais fácil

    Uma pesquisa exclusiva mostra que as empresas brasileiras já têm a sustentabilidade na estratégia. Mas para boa parte delas ainda falta levá-la para o dia a dia do negócio

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    Lucas Rossi Exame -/03/2014

    Divulgação

    Na década de 50, quando ainda planejava criar a Companhia Brasileira de Alumínio, na região de Sorocaba, no interior de São Paulo, Antônio Ermírio de Moraes, um dos donos do grupo Votorantim, se deparou com um problema: a concessionária contratada para o fornecimento de energia desistiu do acordo. O empresário resolveu então construir ele próprio pequenas usinas hidrelétricas na região, ao longo do rio Juquiá.

    Preocupado em proteger as nascentes na bacia do Juquiá - afinal, qualquer problema ali atrapalharia a produção de energia -, ele começou a comprar as fazendas ao redor. A CBA começou a operar em 1955 e, em 1963, ela já havia adquirido 245 propriedades. Com isso, a empresa se tornou dona de uma reserva de Mata Atlântica de 31 000 hectares - o equivalente à área da cidade de Curitiba. Quase cinco décadas mais tarde, o que era gestão de risco se tornou um problema. "Passamos a ter de lidar com invasores de terra e extratores ilegais de palmito", diz David Canassa, gerente de sustentabilidade da Votorantim Industrial. O grupo cogitou doar a área e criar um parque estadual. Mas, ao analisar a imensidão de Mata Atlântica, a empresa descobriu que o terreno poderia ajudar a tirar algumas das premissas de sua estratégia de sustentabilidade do papel.

    Estudos revelaram que a área é riquíssima em biodiversidade, com 800 espécies de plantas. E um dos pilares da estratégia de sustentabilidade do grupo, dono de grandes extensões de terra em todo o país, é pesquisar como a biodiversidade pode ser usada a favor de seus negócios. Outro eixo da estratégia é contribuir para o desenvolvimento das localidades onde o grupo opera, e seus executivos também descobriram que podem explorar o ecoturismo na reserva para impulsionar a economia da região que a cerca, uma das mais pobres do estado. Conclusão: o grupo não doou a área, e há três anos discute com o governo local, acadêmicos e ONGs como transformá-la numa plataforma de pesquisas e de negócios. "Mapeamos as opções e agora é a hora de agir", afirma Canassa.

    Trata-se de um caso emblemático de uma empresa que colocou o tema da sustentabilidade em sua estratégia e agora tenta superar o desafio mais complexo: desdobrá-la em ações e executá-las. A Votorantim não é um exemplo isolado. A 14ª edição do Guia Exame de Sustentabilidade, publicada em novembro, destacou 67 companhias que fazem com que a busca do desenvolvimento sustentável permeie seus negócios.

    Num universo mais amplo, porém, o retrato é um pouco diferente. Segundo uma pesquisa exclusiva realizada pela escola de negócios Fundação Dom Cabral, de Minas Gerais, com 400 companhias de diferentes tamanhos, 78% delas afirmaram que a preocupação com a sustentabilidade de fato está na estratégia de negócios. O problema é que só uma minoria - 36% - tem ações concretas relacionadas ao tema. E 37% dos executivos têm metas de responsabilidade ambiental. Não bastasse considerar esse percentual baixo, os pesquisadores enxergam algumas ressalvas. "Em muitas empresas, as ações de sustentabilidade são pouco sofisticadas e se limitam a promover a coleta seletivaeconomizar papel ou doar dinheiro para alguma organização sem fins lucrativos", afirma Lucas Amaral, um dos responsáveis pela pesquisa.

    Para entender o porquê do descolamento entre o que as companhias professam e o que elas fazem, basta analisar outros dados trazidos pela pesquisa. Ela mostrou que, para 91% das empresas, o que está por trás da preocupação com a sustentabilidade é o benefício para a imagem da companhia. Um percentual igualmente relevante, de 75%, afirma se importar com o tema porque é pressionado - pelo governo, por ONGs ou pelos consumidores. Mas apenas 48% investem em produtos e serviços sustentáveis. Ou seja, as empresas aprenderam que atrair a ira de ONGs é uma péssima estratégia de marketing. "O que ainda não está claro para elas é o fato de que a sustentabilidade não é uma ameaça, e sim uma alavanca para inovar e ganhar dinheiro", diz Mário Monzoni, diretor do Centro de Estudos em Sustentabilidade da Fundação Getulio Vargas de São Paulo, responsável pela metodologia do Guia Exame.

    A despeito dessa miopia, é possível interpretar os dados da pesquisa da Fundação Dom Cabral com certo otimismo. É animador constatar que, apesar de apenas uma minoria encontrar meios de colocar o discurso em prática, há avanços. Desde 2012, quando foi realizada uma versão anterior do levantamento, o percentual de empresas que afirmaram ter ações concretas relacionadas à sustentabilidade saltou de 13% para os atuais 36%. Algumas das que começam esse movimento apenas por pressão externa percebem outros benefícios no meio do caminho. É o caso do Walmart, que abraçou publicamente a causa em meados da década passada, nos Estados Unidos. Na época, o varejista era alvo de críticas sobre suas práticas trabalhistas. Com o tempo, os ataques se estenderam também à sua falta de políticas ambientais. Nesse momento, os executivos do Walmart decidiram levar o tema para o cerne do negócio em todas as suas operações. No Brasil, os impactos dessa decisão são nítidos. A operação expõe publicamente suas metas de redução de geração de resíduos e já exigiu que mais de 29 fornecedores locais reformulassem seus produtos para torná-los menos nocivos ao meio ambiente, como a fabricante de calçados Grendene e a de alimentos Nestlé. Existe uma lógica comercial por trás. No acordo, o varejista destaca as características sustentáveis do produto - numa aposta à atenção dos consumidores a esse tipo de apelo. "A pressão fez com que mudássemos nossa maneira de fazer negócios", diz Camila Valverde, diretora de sustentabilidade do Walmart no Brasil.

    A pressão local também tem influenciado empresas 100% brasileiras a mudar de postura. É o caso do JBS, maior frigorífico do mundo. Hoje, a companhia tem um sistema para monitorar 87 milhões de hectares de terras na região amazônica - onde está metade de toda a área de pastagem do país. O JBS usa o mecanismo para selecionar os que, por exemplo, respeitam a legislação ambiental entre os cerca de 30 000 fornecedores na região - e deixa de negociar com os demais. Bom-mocismo? O sistema começou a ser pensando em 2010, depois que um estudo da ONG Greenpeace e denúncias do Ministério Público associaram os frigoríficos ao desmatamento.

    "Independentemente da razão que levou uma companhia a colocar o tema da sustentabilidade em sua estratégia, o importante é que ele ganhe relevância", diz Heiko Spitzeck, diretor do núcleo de sustentabilidade da Fundação Dom Cabral. "Para quem percebe os benefícios disso, é um caminho sem volta." Só falta as empresas se convencerem dessas vantagens para transformar o que já funciona no discurso em prática
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    quarta-feira, 26 de março de 2014

    Rosinha: “Querem tirar nossos royalties, agora querem tirar nossa água?”

    Rosinha: “Querem tirar nossos royalties, agora querem tirar nossa água?”

    Rosinha2Rosinha Garotinho — “Como ex-governadora do Rio e prefeita de Campos, não poderia jamais aceitar uma perda tão considerável para nosso Estado, região e município. As informações iniciais indicam que a proposta de integrar o rio Paraíba ao sistema Cantareira nos atingiria de forma agressiva e irreparável, comprometendo o futuro de todo o Estado. Não podemos admitir mais nenhuma perda. O Rio de Janeiro já foi prejudicado com a perda do ICMS do petróleo, o único produto taxado no destino e não na origem. Querem tirar os nossos royalties. O Rio já perdeu a capital do país. Agora querem tirar a nossa água? O rio Paraíba do Sul já sofreu com a represa de Guandu. A cada estiagem, de agosto a outubro, o nível fica menor. Com a transposição, a situação se agravaria neste período, podendo prejudicar o abastecimento de água para as pessoas e a agricultura. E o rio recebe esgoto não tratado desde a sua nascente, em São Paulo. Não podemos esquecer que há duas hidrelétricas projetadas para a região, o que diminuiria ainda mais o nível das águas. Fora indústrias que nem são de Campos, muitas vezes de outros Estados, que contaminam o rio Paraíba regularmente, como temos presenciado. Com menor vazão de água, a língua salina da foz iniciaria um processo de desertificação, que inviabilizaria as atividades agrícolas. O que aconteceria com a perda da força da água, por exemplo, com o mar avançando ainda mais sobre São João da Barra e salinizando a região? Eu não acredito em uma decisão da presidente Dilma Rousseff para beneficiar um Estado em detrimento de outro, porque a água é essencial à vida. Sou contra a proposta anunciada, e compreendo que São Paulo não pode resolver seus problemas prejudicando milhões de habitantes de outro Estado da Federação”.


    'Político não serve para gerir água, sociedade tem que agir'

    ENTREVISTA

    'Político não serve para gerir água, sociedade tem que agir'

    Promotor de Justiça de SP faz criticas severas à gestão de recursos hídricos na capital e diz que população tem que "entrar com tudo" contra o mau gestor público

    -  A  A  +
    Vanessa Barbosa Exame.com - 03/2014

    laszlo-photo/Creative Commons

    O nível do Sistema Cantareira já beira os 15%, na pior crise de água já registrada em São Paulo. Relatos de desabastecimento começam a aparecer. Sinais de racionamento? A prefeitura diz que não, enquanto o governo afasta a ideia de implementar o rodízio de água. Já que não chove nas represas, a solução da Sabesp foi recorrer a obras para retirada do chamado volume morto, um reservatório que está abaixo do nível alcançado hoje pelo sistema de captação. Mas mesmo essa água extra tem limite, dá para garantir líquido na torneira por cerca de quatro meses.

    Como chegamos a esta situação? Para José Eduardo Ismael Lutti, 1º Promotor de Justiça do Meio Ambiente da capital, a explicação vai muito além da falta de chuva.

    "Temos o pior sistema de gestão de recursos hídricos que se pode imaginar", afirmou durante evento em São Paulo, numa crítica direta a possíveis intervenções políticas. "Político não serve para ser gestor onde o conhecimento técnico tem que imperar", acrescentou durante seminário sobre gestão de água, realizado pela Fiesp.

    Segundo Lutti, a resistência do governo paulista em falar de racionamento vem daí. "O governador não quer o racionamento? Quem é o governador pra dizer se quer ou não quer racionamento? É porque as eleições estão aí. Nosso sistema de abastecimento está no limite há no mínimo quatro anos, e o que foi feito para evitar o colapso?", questiona.

    Referência em matéria de legislação ambiental, o promotor de justiça defendeu a responsabilização pessoal do agente público, que em suas palavras, "toma decisão equivocada dolosamente".

    "Deixar chegar na situação de hoje, só mesmo responsabilizando pessoalmente o gestor público. Os brasileiros precisam abraçar os valores ambientais. Tem que encher os tribunais de ação contra o estado pela péssima gestão", disse.

    O promotor de justiça também defendeu um sistema de regulação mais eficiente, capaz de cobrar o cumprimento das outorgas de operação do sistemas de água.

    "Na outorga do sistema Cantareira por exemplo, o artigo 16 diz que a concessionária deveria providenciar, dentro de 30 meses, soluções para reduzir a dependência do sistema Cantareira", explicou.

    Cinco anos depois, em dezembro de 2009, um estudo não só alertou para a vulnerabilidade do sistema Cantareira como sugeriu medidas cabíveis a serem tomadas pela Sabesp a fim de garantir uma melhor gestão da água.

    Para concluir, Lutti defendeu ainda alternativas, de longo prazo, que passem ao largo das grandes obras como a que será feita para acessar o volume morto na Cantareira. A recuperação de mananciais na represa de Billings e de Guarapiranga é uma delas
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    ANA lança rede para monitorar qualidade das águas do Brasil


    ANA lança rede para monitorar qualidade das águas do Brasil
     Março de 2014 • Atualizado às 17h00


    Na próxima quinta-feira (20), a Agência Nacional de Águas (ANA) lançará a Rede Nacional de Monitoramento de Qualidade das Águas (RNQA). O objetivo é monitorar, avaliar e disponibilizar à sociedade as informações de qualidade das águas superficiais e gerar conhecimento para subsidiar a gestão dos recursos hídricos do Brasil. Além disso, a RNQA vai identificar áreas críticas em termos de poluição hídrica e de apoiar ações de planejamento, outorga, licenciamento e fiscalização das águas do País.
    Durante o evento, acontecerá a assinatura da Carta de Compromisso para implementação da RNQA entre a ANA e as 16 unidades da Federação contempladas com os equipamentos: Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, São Paulo e Sergipe. Os demais estados devem esperar as próximas etapas de implantação da Rede.
    O desenvolvimento da RNQA é resultado de um processo de parceria entre a ANA e diversos órgãos gestores de recursos hídricos e meio ambiente. A meta é que até dezembro de 2020 todos os estados e o DF tenham um total de 4.452 pontos de monitoramento.
    Função dos equipamentos
    No total, a Agência Nacional de Águas investiu R$ 9,54 milhões em equipamentos. São eles: medidores acústicos de vazão (83), sondas multiparamétricas de qualidade de água (46), caminhonetes 4x4 com baú adaptado (30) e barcos com motor de popa (25). Entre os equipamentos adquiridos pela ANA, os medidores acústicos são necessários para calcular a carga de um determinado poluente ou substância num manancial. As sondas multiparamétricas de qualidade da água permitem a determinação, em campo e em tempo real, de importantes parâmetros de qualidade das águas. Geralmente são medidos temperatura, turbidez, oxigênio dissolvido e condutividade elétrica. Tanto as caminhonetes quanto as embarcações são necessários para o transporte das equipes e dos equipamentos necessários para as análises.
    Análise da água
    A RNQA propõe a padronização dos dados coletados, dos procedimentos de coleta e da análise laboratorial dos parâmetros qualitativos para que seja possível comparar as informações obtidas nas diferentes unidades da Federação. Os parâmetros mínimos a serem coletados nos pontos de monitoramento envolvem aspectos físico-químicos (transparência, temperatura da água, oxigênio dissolvido, pH e Demanda Bioquímica de Oxigênio, por exemplo), microbiológicos (coliformes), biológicos (clorofila e fitoplâncton) e de nutrientes (relacionados a fósforo e nitrogênio). Todos os dados obtidos pela RNQA serão armazenados no Sistema de Informações Hidrológicas (HidroWeb), da ANA, e serão integrado ao Sistema Nacional de Informação sobre Recursos Hídricos (SNIRH).