terça-feira, 3 de dezembro de 2013

Revista Science publica texto alertando para risco de extinção da onça-pintada
25 de Novembro de 2013 • Atualizado às 11h25


Um grupo de pesquisadores brasileiros, liderados por Mauro Galetti, professor do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, Campus de Rio Claro, publicou na seção Letters, da revista Science, de 22 de novembro de 2013, o texto ‘Atlantic Rainforest’s Jaguars in Decline’, na página 930, em que alerta para o declínio populacional da onça-pintada na Mata Atlântica.
Integrante do Instituto Pró-carnívoros e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Ronaldo Morato aponta a relevância da publicação e o impacto positivo que ela trará. “Enquanto ações nos EUA de reintrodução de espécies e de reflorestamento vêm gerando um aumento do número de predadores em algumas áreas, o que vem ocorrendo com a onça pintada caminha no sentido contrário”, diz.
Morato aponta que coibir a caça ilegal do animal e a perda do seu habitat são ações que poderiam ser tomadas em termos governamentais para impedir o declínio do animal. “Desenvolvemos ainda, com o professor Galetti, estudos sobre as funções ecossistêmicas da onça pintada e o que pode acontecer com o a redução e desaparecimento do animal”, afirma.
"A nota publicada na Science tem pelo menos dois bons significados para todos nós; o primeiro, é a clara conclusão de que é possível (e necessário) reunir o conhecimento interdisciplinar de vários pesquisadores para encontrar soluções de recuperação e conservação de uma espécie ameaçada de extinção, e o segundo, é a indicação de que os estudos em biodiversidade que se realizam pelos pesquisadores brasileiros, encontram reconhecimento na comunidade científica internacional, e isso é muito bom por dar credibilidade aos nossos trabalhos e abrir novos caminhos de cooperação científica madura e de crescimento do conhecimento universal", comenta Pedro Manoel Galetti Junior, do Laboratório de Biodiversidade Molecular e Conservação do Departamento de Genética e Evolução da Universidade Federal de São Carlos, coautor do texto.
Fonte: Unesp Agência de Notícias (UnAN)

Iogurte pode curar a depressão e reduzir a ansiedade

Iogurte pode curar a depressão e reduzir a ansiedade, diz estudo


Um novo estudo coordenado pelo Instituto de Tecnologia da Califórnia, nos EUA, mostra que os probióticos presentes no iogurte e nas bebidas fermentadas são capazes de melhorar o humor das pessoas, uma vez que liberam alguns dos neurotransmissores responsáveis pela sensação de bem estar e pelo controle da ansiedade. Assim, o líquido pode não só deixar as pessoas mais bem humoradas, como também auxiliar no tratamento da depressão e de outros transtornos mentais e de comportamento.
O biólogo Paul Patterson é o responsável pela pesquisa, que vem realizando testes a fim de comprovar que os benefícios do iogurte e das bebidas fermentadas vão muito além dos nutrientes oferecidos para uma alimentação saudável.
Por meio de experiências, a equipe concluiu que as bactérias presentes no estômago estão diretamente conectadas ao cérebro, por meio do nervo vago, estrutura que aproveita as propriedades do iogurte para ativar os nervos sensitivos responsáveis pela regulagem do humor. Estes micro-organismos também estão ligados à produção de anticorpos e à regulação de hormônios que atuam no organismo.
O estudo é divido em várias frentes de trabalho, mas, de fato, as perspectivas têm sido as mais positivas. “Estas bactérias são microorganismos que possuem o poder de alterar a mente”, afirmou ao site Quartz o especialista Mark Lyte, membro da Universidade Tecnológica do Texas, instituição que também participa da pesquisa.
Na prática, o hospital psiquiátrico Sheppard Pratt, em Baltimore, está estudando os efeitos causados por uma dieta rica em probióticos diretamente nos pacientes, com objetivo de perceber até que ponto o iogurte e as bebidas fermentadas podem estabilizar o humor e controlar a ansiedade.
Por Gabriel Felix – Redação CicloVivo

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

Mais de 50% da população mundial não coleta lixo

Mais de 50% da população mundial não coleta lixo
28 de Novembro de 2013 •


Um novo levantamento estima que cada indivíduo produz 270 kg de lixo a cada ano, porém, apenas 15,4% desses resíduos são reciclados. A informação consta no estudo da Associação Internacional de Resíduos Sólidos (Iswa), divulgado na última semana.
De acordo com os dados apurados, anualmente, a produção mundial é de um bilhão de toneladas de resíduos urbanos. Entretanto, mais da metade da população não tem acesso regular ao serviço de coleta de lixo. Os cálculos dos pesquisadores mostram que é preciso investir 40 bilhões de dólares para resolver esse problema.
Enquanto essa questão for adiada, mais caros ficarão a conta e os prejuízos. Além do fator econômico, pesa ainda mais o problema ambiental, uma vez que, todo esse lixo, é direcionado para os rios, aterros e outros meios inadequados, que contaminam o solo.
A exagerada produção de resíduos deve-se, principalmente, porque a população está se tornando mais economicamente estável, e, consequentemente, consumindo mais, acredita David Newman, presidente da Iswa.
O estudo em questão destaca que, por meio do crowdsourcing, é possível lidar com os entraves mencionados na pesquisa. O termo refere-se a um modelo de produção que aproveita o conhecimento coletivo disponível na internet para criar novas tecnologias e facilitar a resolução de problemas.
“A comunidade global de gerenciamento de resíduos e reciclagem deve se concentrar mais em atividades de crowdsourcing como um meio para fornecer soluções para a falta de dados”, afirma o documento. “Experiências documentadas no primeiro ano da pesquisa mostram a necessidade de desenvolver um banco de dados mais concreto, coerente e com apoio científico”. O relatório é baseado em dados de 162 países e 1.773 cidades, confira aqui.

Ministra do Meio Ambiente anuncia ações contra o desmatamento ilegal na Amazônia

Ministra do Meio Ambiente anuncia ações contra o desmatamento ilegal na Amazônia


Na última quarta-feira (27), a ministra do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, afirmou que o governo vai intensificar as ações de combate ao desmatamento ilegal na Amazônia, que teve um aumento de 28% este ano.
Segundo ela, em 2014, o Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) usará imagens de satélites que vão enxergar desmatamentos de até três hectares, o equivalente a três campos de futebol. Atualmente, o Sistema de Detecção de Desmatamentos em Tempo Real (Deter) só localiza devastações acima de 25 hectares.
A ministra também adiantou que o Inpe vai usar novas tecnologias por radar que “enxergam por meio das nuvens e abaixo do dossel das árvores”. “Vamos pegar o desmatamento da exploração seletiva das árvores”, disse Izabella, durante a abertura da 112ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama). Atualmente, o monitoramento por imagens de satélite do desmatamento e da degradação da Floresta Amazônica é dificultado pela cobertura de nuvens e o corte seletivo de madeira é de difícil detecção.
Para intensificar o trabalho de fiscalização, a ministra informou que o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) está estudando o uso de drones (aviões não tripulados) para acabar com o crime ambiental na Amazônia.
Izabella ressaltou que vai ampliar o número de municípios na lista de desmatadores. “Vamos endurecer as restrições. Não aceito que um município saia da lista e no ano seguinte apresente desmatamento ilegal quase como uma provocação”, disse. Hoje, existem 41 municípios na lista dos que mais desmatam na Amazônia que têm restrição a crédito do governo federal.
Entre agosto de 2012 e julho de 2013, foram desmatados 5.843 quilômetros quadrados do bioma amazônico, segundo as imagens do Projeto de Monitoramento da Floresta Amazônica por Satélites (Prodes), do Inpe.  No período anterior, foram registrados 4.571 quilômetros quadrados de desflorestamento. Entre os estados que mais desmataram estão Mato Grosso (52%) e Roraima (49%). Quando o cálculo é feito em quilômetros, os estados que lideram o ranking de desmatamento são o Pará, com 2.379 quilômetros quadrados, e Mato Grosso, com 1.149 quilômetros quadrados.
Ana Cristina Campos 

INAUGURAÇÃO DO COMPLEXO DA SEDE DE GUAXINDIBA

Estaremos com a chefe da Estação ecológica de Guaxindiba,campista e  zelosa funcionária do Inea,Sra.Vânia Coelho, neste importante inauguração ,que consolida esta Unidade de conservação.

domingo, 1 de dezembro de 2013

Crianças que não comem carne têm melhor desempenho na escola


Um experimento realizado na escola pública Active Learning Elementary School, em Nova Iorque, comprovou que as crianças que deixam de comer carne tiram notas mais altas, têm melhor comportamento e menor déficit de atenção. O teste teve início em maio, quando a carne foi retirada do cardápio do refeitório da escola, o qual atende, diariamente, a cerca de 400 alunos matriculados.
Nos primeiros dias, boa parte das crianças demonstrou resistência à dieta livre de insumos animais, entretanto, a maioria dos pais aprovou o projeto de imediato. Mesmo erguendo a bandeira do vegetarianismo, a escola não proibiu os alunos de levarem seus lanches e refeições com carne, mas 90% dos alunos aderiram à proposta da instituição.
A escola nova-iorquina é a primeira dos EUA a retirar por completo a carne do cardápio da cantina, substituindo o recurso animal por ingredientes mais saudáveis e leves, como tofu, batatas e cereais integrais – como o feijão e o milho, que agregam nutrientes relevantes à dieta.
No início do projeto vegetariano, os efeitos positivos já eram previstos por especialistas em alimentação do país. “Sabemos que, quando os alunos adotam uma dieta saudável, são capazes de se concentrar mais. O sistema imunológico vai ficando mais forte, por isso, adoecem menos, frequentam mais as aulas e aumentam a capacidade de se concentrar – ou seja, assimilam melhor”, contou Amie Hamlin, diretora executiva da New York Coalition for Healthy School Food.
De acordo com os idealizadores do projeto, um dos objetivos da ação é fazer com que as crianças incentivem suas famílias a adotarem um regime mais saudável e livre de insumos animais. Os estudantes recebem acompanhamentos e orientação sobre hábitos alimentares, por meio de aulas semanais de nutrição. A conscientização também se estende aos responsáveis pelos alunos, que participam de oficinas sobre culinária vegetariana e pratos saudáveis.
Segundo o site português Greensavers, a Active Learning Elementary School também informou que reduziu em 2% o índice de obesidade entre os alunos, considerando que a cidade de Nova Iorque concentra altos níveis de obesidade entre a sua população.
Redação CicloVivo


Reprodução do Brasil 247
Reprodução do Brasil 247
Fonte: Blog do Garotinho

Mudanças climáticas podem causar prejuízos de R$ 7,4 bilhões para agricultura

Mudanças climáticas podem causar prejuízos de R$ 7,4 bilhões para agricultura



A agricultura deve ser o setor da economia mais afetado pelas mudanças climáticas ao longo do século 21, divulgou o Painel Brasileiro de Mudanças Climáticas (PBMC), na segunda parte do primeiro relatório nacional. De acordo com o estudo, o prejuízo do agronegócio com problemas climáticos pode chegar a mais de sete em 2020 e R$ 14 bilhões em 2070. Até 2030, a produção de soja, por exemplo, pode ter perdas de até 24%.
"É uma preocupação em termos de impacto financeiro e para a questão de segurança. A ideia é que esses relatórios possam sinalizar aos tomadores de decisão a importância de agir agora. O custo da inação, de não fazer nada, vai ser maior do que se a gente começar a se prevenir", defendeu Andrea Santos, secretária executiva do painel.
O estudo prevê que as mudanças nos regimes de chuva e a elevação da temperatura média prejudique a agricultura principalmente em áreas secas, como o Nordeste, região em que a distribuição de chuvas pode cair até 50%, segundo o relatório. Um resultado desse processo seria a intensificação da pobreza e a migração para áreas urbanas, impactando a infraestrutura. Culturas como as do milho, do arroz, da mandioca, do feijão e do algodão seriam prejudicadas.
Outra ameaça à segurança alimentar prevista pelo relatório é a diminuição do potencial pesqueiro do Brasil, que pode chegar a até 10% nos próximos 40 anos. Andrea explica que, com o aumento da temperatura da água e a mudança na salinidade, espécies podem buscar regiões mais frias, afetando toda a costa nacional. O estudo aponta ainda a elevação do nível do mar como outra possível vulnerabilidade das cidades litorâneas.
"Além de inundações, esse aumento pode levar a colapsos no sistema de abastecimento e esgotamento, com o retorno de esgoto para as residências em um caso de transbordo dos sistemas de tratamento. Isso pode trazer prejuízos também para o lençol freático".
Nas grandes cidades, os prejuízos estimados serão na mobilidade e na habitação, que podem sofrer com tempestades mais frequentes no Sul e no Sudeste. Já biomas como a Amazônia e a Caatinga correm riscos de ter queda de até 40% dos índices pluviométricos (chuvas), afetando a biodiversidade. A alta da temperatura também pode aumentar a incidência de doenças, como a dengue e a leishmaniose, e, combinada a maiores radiações de raios ultravioletas e emissões de gás carbônico, as lavouras podem sofrer com mais pragas e doenças causadas por fungos.
Vinícius Lisboa - Agência Brasil

Parques nacionais vão receber R$ 10 milhões para obras emergenciais

Parques nacionais vão receber R$ 10 milhões para obras emergenciais



Dezesseis parques nacionais vão receber R$ 10,4 milhões do governo federal para obras emergenciais para receber um público maior a partir da Copa do Mundo de 2014. Os ministros do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e do Turismo, Gastão Vieira, visitaram na última quinta-feira (27) o Parque Nacional de Brasília, conhecido como Água Mineral, que vai receber cerca de dois milhões para melhorar o acesso, o centro de atendimento ao turista, a sinalização e a manutenção das piscinas e dos banheiros.
A parceria entre os dois ministérios visa estimular o turismo nas unidades de conservação de 2014 a 2020. Entre os contemplados estão o Parque Nacional da Tijuca, no Rio de Janeiro; o Arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco; o Parque Nacional do Iguaçu, no Paraná; a Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso; e a Chapada dos Veadeiros, em Goiás.
“O grande retorno é aumentar a competitividade do turismo brasileiro. Nesse primeiro momento, é um banho de loja, uma tentativa de dar mais conforto ao turista. Tivemos quase sete milhões de visitantes nos parques nacionais. Precisamos nos preparar para tratar o turista bem”, disse o ministro.
Para a ministra Izabella, a parceria com o Ministério do Turismo representa um passo importante na consolidação dessas unidades de conservação, ainda pouco conhecidas da maioria dos brasileiros do ponto de vista turístico. No Parque Nacional de Brasília, por exemplo, disse a ministra, as pessoas só conhecem a parte das piscinas da Água Mineral, mas “o parque tem potencial para muito mais com suas trilhas”.
Sobre a falta de manutenção que tem assolado o parque, a ministra informou que “parte dos problemas encontrados era de gestão, houve uma troca de chefia e os contratos de manutenção estão sob revisão”.
“Estamos vivendo um momento de transição dos contratos. Isso impactou a prestação de serviços para os usuários. Nas últimas três semanas, a gente vem tendo dificuldade de prestar o serviço que prestávamos antes. Isso vai ser adequado nas próximas semanas”, disse o chefe do Parque Nacional de Brasília, Paulo Carneiro. Segundo ele, serão feitas obras emergenciais no piso da piscina Areal, que está fechada ao público, e nos banheiros da piscina Pedreira.
O Parque Nacional de Brasília, com cerca de 40 mil hectares, recebe 300 mil visitantes por ano. A unidade tem capacidade para receber até três mil pessoas por dia. Com os investimentos previstos, a ideia é aumentar a visitação para até 400 mil pessoas por ano.

sábado, 30 de novembro de 2013

Geleira no Alasca revela floresta perdida há mais de mil anos

Geleira no Alasca revela floresta perdida há mais de mil anos



Uma floresta perdida com mais de mil anos de existência foi descoberta recentemente dentro de uma geleira do Alasca, por um grupo de pesquisadores do estado norte-americano. Entre as árvores presentes no ecossistema, há espécies muito antigas, cujos troncos e raízes permaneceram conservados pela ação do congelamento, provavelmente comprometido com o aumento das temperaturas no planeta.
O primeiro registro de que alguns galhos e troncos de árvores estavam saindo da geleira de Mendehall foi realizado há mais de 50 anos, despertando interesse na comunidade científica. No entanto, foi só no ano passado que os pesquisadores da Universidade do Sudeste do Alasca decidiram aprofundar os estudos, observando uma grande quantidade de árvores antigas em posição vertical.
Entre as espécies que formam a vegetação da floresta congelada, os pesquisadores acreditam que estejam listados os abetos – coníferas muito comuns em regiões frias e temperadas da América do Norte e da Europa – e a cicuta, planta nativa da região, mas os estudos ainda precisam ser aprimorados.

Foto: Jamie Bradshaw/UAS
Para Cathy Connor, professora responsável pelo estudo, o congelamento é encarado como um fator aliado às pesquisas, permitindo mais detalhes sobre as características da vegetação da floresta milenar. “Podemos analisar as cascas das árvores e voltar no tempo para saber a idade que elas têm”, declarou Cathy ao site LiveScience.
Por meio dos estudos, a equipe também identificou que, primeiro, a floresta se desenvolveu, e, posteriormente, a área da geleira tomou conta das árvores. Logo depois, a formação de gelo voltou a se expandir, cobrindo não só a vegetação, mas também o solo, composto por uma grande quantidade de cascalho, que acabou servindo como uma espécie de tumba de gelo.
Recentemente, uma floresta perdida foi descoberta em Moçambique por um cientista britânico, que reconheceu o local pelo Google Earth. Chamada de Monte Mabu, a floresta nunca foi explorada e nem retratada anteriormente em coleções científicas e literárias, assim como a formação vegetal encontrada na geleira do Alasca.
Redação CicloVivo

Aposentadoria: melhor planejar antes que seja tarde demais

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Aposentadoria: melhor planejar antes que seja tarde demaisVocê já está preparado para o dia em que vai parar de trabalhar? Entre os mais jovens, o assunto nem sequer é cogitado. Adoro insistir nesta questão: um dos temas que merece ser tratado pelo brasileiro de forma mais prioritária e pró-ativa é o planejamento para a aposentadoria. Grande parte de nossa população ainda trabalha com a ideia de que o governo irá cobrir os gastos e necessidades com a aposentadoria oficial.
É hora de acordar desse sonho paternalista! A realidade é outra, e há muito tempo. Os aposentados de hoje já enfrentam diversos problemas para manter o padrão de vida que possuíam antes da aposentadoria, com estatísticas estarrecedoras: apenas 1% consegue se manter com os benefícios que recebem, segundo dados do IBGE.
A Previdência Oficial já possui inúmeros problemas de gestão e déficits. A verdade é que o brasileiro que sonha em se aposentar usando apenas o INSS se dará muito mal no futuro. É questão de tempo: uma nova reforma que levará a maior tempo de contribuição e redução no valor dos benefícios deverá entrar na pauta de algum governo mais sério. Já se discute inclusive uma possível cobrança dos inativos.
Por que planejar a aposentadoria?
Durante o período de aposentadoria, as pessoas possuem necessidades e gastos especiais. Vivendo mais e com mais qualidade de vida, é natural que as pessoas tenham mais gastos com saúde, para ficar em um exemplo óbvio. Um item caro e indispensável, até porque a situação da saúde pública não ajuda.
Desta forma, a saída para o futuro é programar uma aposentadoria complementar. Não no sentido específico ligado aos produtos de previdência privada, mas no sentido amplo, da ideia de uma previdência que complemente o benefício oficial e seja construída aos poucos, através de investimentos constantes durante boa parte da vida.
Durante a semana enquanto, me preparava para escrever este artigo, tive a oportunidade de acompanhar a coluna diária da jornalista Mara Luquet para a rádio CBN onde ela descreve, em sua opinião, os 5 passos importantes para alcançar uma aposentadoria de sucesso:
1. O melhor investimento para o filho é aquele que garante a aposentadoria dos pais. É natural nos preocuparmos com o futuro dos nossos filhos. Eu sou pai e também quero o melhor pra minha filha, mas se pensarmos friamente, é muito comum ver exemplos de filhos que precisam pagar as contas dos pais. Garantir um futuro melhor pra você pode significar a liberdade que seu filho precisará no futuro para desenvolver sua própria vida, sem preocupações.
2. Como iniciar o plano de investimento para aposentadoria sem dinheiro? Fazendo disso uma prioridade. Pague-se primeiro. É aquela velha ideia de guardar no banco “o que sobrar das despesas do mês”. Nunca sobra nada, o depois não existe quando há tanto apelo de consumo. Logo, isso não funciona. Pagar-se primeiro é priorizar sua aposentadoria e seu futuro.
3. Conheça o mercado de ações (antes de se aposentar e durante). O mercado de ações brasileiro está em desenvolvimento. Ainda temos poucos investidores e poucas empresas com ações listadas na bolsa de valores. Todos acreditamos que existe um potencial enorme para ser aproveitado – a BM&F Bovespa trabalha com uma meta de 5 milhões de investidores até 2015 (hoje somos menos de 600 mil). Destinar uma parte dos investimentos para o mercado de ações, de forma “consciente”, estudando e conhecendo o mercado poderá turbinar os ganhos para a aposentadoria.
4. Atenção aos custos e taxas das aplicações. A taxa de administração, por exemplo, ao longo dos anos pode sugar boa parte de sua rentabilidade. Vale lembrar também a importância de definir o investimento ideal para seu perfil, afinal alguns investimentos variam taxas e impostos de acordo com o tempo da aplicação. Na prática, se você acredita que pode precisar do dinheiro aplicado em pouco tempo, prefira opções com boa liquidez e baixo risco (renda fixa). Do contrário, use a renda variável (ações, opções etc.).
5. Fique de olho na inflação e faça as contas. Atenção ao ganho real. É muito comum vermos as pessoas usando simuladores para projetar os investimentos e seus ganhos, mas sem considerar a inflação tanto nas correções dos aportes quanto no poder de compra. É preciso entender que R$ 100 mil daqui dez anos não comprarão o mesmo que R$ 100 mil compram hoje. Olhe de forma concreta para sua carteira de investimentos: é fundamental trabalhar com a projeção de inflação (sim, a economia do Brasil permite isso) e com o ganho real.
Esses são alguns itens que precisam ser lembrados na hora de planejar sua aposentadoria. Que tal começar a trabalhar em prol de uma vida futura mais recheada de prazeres e menos trabalho? O primeiro passo é justamente perceber a necessidade real e imediata de colocar esse tema no seu cotidiano. O Dinheirama está repleto de material que pode ajudá-lo nessa tarefa.

sexta-feira, 29 de novembro de 2013

A mancha da discórdia

DESASTRE AMBIENTAL

A mancha da discórdia

Secretarias do GDF e empresa divergem sobre a origem do óleo que poluiu o Paranoá

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Ullisses Campbell

Joédson Alves


Duas semanas depois de descoberta uma enorme mancha de óleo nas águas do Paranoá, há apenas uma certeza. E ela é positiva: o acidente não representou um desastre ambiental de grandes proporções. Os três km² de produtos químicos que cobriram uma área do lago próxima ao Iate Clube no último dia 16 deixaram como vítimas oficiais dois peixes e um quero-quero, além de duas tartarugas que tiveram o casco tingido. "A parte poluída é 100% recuperável, pois esse material não chegou ao fundo", afirma o secretário de Meio Ambiente e Recursos Hídricos, Eduardo Brandão.


No que diz respeito às causas do dano ambiental, no entanto, faltam explicações conclusivas e sobram trocas de acusações. As autoridades responsáveis pelos setores envolvidos entraram em um jogo de empurra-empurra que não ofereceu respostas convincentes à população.



Logo de início, apareceram duas hipóteses para a origem do transtorno. Uma das suspeitas indicava como fonte do material poluente o combustível usado nas caldeiras do Hospital Regional da Asa Norte (HRAN). A outra tentativa de explicação apontava as obras de recapeamento na Asa Norte, parte do programa do GDF batizado de Asfalto Novo.



Em vez do aguardado esclarecimento, o que veio à tona foi uma briga de laudos com resultados confusos e contraditórios. O primeiro documento oficial, produzido pelo Instituto de Química da Universidade de Brasília (UnB) no dia 27, concluiu que o óleo encontrado nas águas era idêntico ao combustível usado nas caldeiras do hospital. Seguindo essa linha, a substância poluente teria escorrido pelo duto de esgoto até as águas do lago.



Com base no laudo da UnB, a Secretaria de Meio Ambiente do Distrito Federal lavrou uma multa de 280 mil reais para a Secretaria da Saúde, órgão ao qual se subordina o HRAN. Poucos dias depois, porém, o professor da universidade que assinou o laudo, Paulo Anselmo Suarez, relativizou as conclusões de sua análise. "Não posso afirmar com precisão a origem do produto porque o recolhimento das amostras foi feito pelo governo e não pelo laboratório", disse.



Em um primeiro momento, o secretário da Saúde, Rafael Barbosa, declarou que repassaria a multa para a empresa Técnica Construção Civil e Serviços em Geral, encarregada de operar as duas caldeiras do hospital. Como o laudo da UnB deixou dúvidas, o subsecretário de Logística e Infraestrutura da Secretaria da Saúde, Pedro Cardoso, subordinado a Barbosa, anunciou que buscaria novas explicações para o acidente. "Vamos fazer outros laudos, inclusive em universidades de São Paulo, para saber, de fato, a origem desse óleo. Se houvesse um vazamento de tal porte, as caldeiras parariam e o hospital deixaria de funcionar", afirmou Cardoso.



A empresa responsável pelas caldeiras do HRAN também resolveu questionar a análise feita pela UnB. Apresentou, então, um segundo laudo no dia 30, elaborado por técnicos de um laboratório privado. Esse documento afirma que a mancha de óleo do lago contém solventes usados no asfaltamento das ruas. E eles não estariam presentes no combustível utilizado nas máquinas do hospital.



A conclusão de que a sujeira saiu do recapeamento do asfalto foi rejeitada pela cúpula do GDF. Questionado por VEJA BRASÍLIA sobre a possibilidade de chuvas fortes terem levado componentes do material asfáltico para o lago, o governador Agnelo Queiroz (PT) demonstrou irritação. "Não resta a menor dúvida de que a mancha veio do HRAN, tanto que estou providenciando a substituição das caldeiras movidas a óleo por outras mais modernas", disse Queiroz.



Aqui, cabe uma contextualização. O programa Asfalto Novo prevê o recapeamento de metade da malha rodoviária do DF, ao custo total de 770 milhões de reais. Trata-se de uma das maiores vitrines eleitorais para a campanha de reeleição de Queiroz no ano que vem. Sob esse ponto de vista, a notícia de que o óleo que sujou o lago escorreu das obras da Asa Norte não interessa ao governador.



A versão aceita pelo político tem outro defensor dentro do GDF. Para Nilson Martorelli, presidente da Companhia Urbanizadora da Nova Capital do Brasil (Novacap), estatal que gerencia o Asfalto Novo, não há a menor hipótese de que o óleo tenha saído das obras. Na opinião de Martorelli, nem vale a pena discutir o assunto. "Não nos interessa mais polemizar se o óleo saiu daqui ou dali. O que importa é que estamos tomando todas as providências para limpar o lago e as galerias que ainda contêm óleo impregnado", afirma.



Embora os estragos provocados pelo vazamento sejam aparentemente pequenos, a descoberta das causas do acidente tem importância maior do que a revelada na fala de Martorelli. Afinal, se o problema não for corrigido, outros episódios mais graves poderão acontecer.



De positivo, pode-se concluir que o caso serviu para revelar como é precário o sistema de aquecimento de água não apenas do HRAN, mas também de outros nove hospitais públicos do DF. Fabricadas há trinta anos, suas máquinas funcionam precariamente até 24 horas por dia. Na quarta-feira, 30/10, o engenheiro Valdo Vidal, responsável pelas caldeiras do HRAN, deu entrevista com a roupa toda suja de óleo. "Aqui tem vazamento todos os dias porque as máquinas são velhas", disse. 



Mesmo assim, ele garante que não houve um derramamento que pudesse percorrer três quilômetros até chegar ao Paranoá. Ainda de acordo com o engenheiro, esse tipo de óleo, conhecido como BPF, só escorreria por uma distância tão longa se estivesse a uma temperatura superior a 60 graus. Proprietário da Técnica, empresa que terceiriza o serviço nos dez hospitais, Jair Rodrigues da Costa diz que gostaria de desistir desse negócio, mas não consegue por se tratar de um serviço essencial. Ele já foi multado em 63 mil reais por outro vazamento, ocorrido no ano passado. "Essas máquinas só me trazem dor de cabeça e prejuízo. São uma bomba-relógio prestes a explodir", alerta.

AS DUAS VERSÕES DE UMA MESMA HISTÓRIA


No Paraná, cidade vai gerar energia elétrica com fezes de porco

No Paraná, cidade vai gerar energia elétrica com fezes de porco



 O  município Entre Rios do Oeste, no Paraná, pretende gerar toda a eletricidade que consome usando esterco de porco com a construção de uma usina de energia movida a metano. O objetivo é concluir o projeto em um ano e meio.
Segundo informações da Folha, o projeto já tem R$ 19 milhões para ser iniciado no começo de 2014. A empresa que vai desenvolver o sistema é a distribuidora de energia Copel.
Usina
A usina vai ser interligada com as propriedades que criam suínos via rede de gasodutos.
O material será jogado pelos produtores em um biodigestor, onde as bactérias geram o metano, que será levado para a rede de gasodutos.
Poluição
reportagem da Folha afirma que a população de porcos de Entre Rios do Oeste produz de esgoto, o equivalente a uma população de mais de 500 mil habitantes. O material é despejado nos rios da região.