sexta-feira, 29 de novembro de 2013

Igreja é responsável solidária por crimes de padre

Igreja é responsável solidária por crimes de padre

A responsabilidade civil, em regra, é individual e cabe a quem teve conduta ilícita, causando dano à outra parte. No entanto, a depender da relação jurídica do caso, o responsável pelo dano e o que teoricamente seria um terceiro, deve ser estabelecida a responsabilidade solidária. Por entender que a relação de preposição permite a responsabilização solidária, a 3ª Turma do Superior Tribunal de Justiça rejeitou Recurso Especial da Mitra Diocesana de Umuarama e manteve sua condenação por conta do abuso de menores cometido por um padre a ela vinculado.
Com isso, a Mitra terá de dividir com o padre a indenização de R$ 100 mil a um homem que foi vítima dos abusos. Relatora do caso, a ministra Nancy Andrighi apontou que, de acordo com Sérgio Cavalieri Filho, o preposto “é aquele que presta serviço ou realiza alguma atividade por conta e sob a direção de outrem”. Além disso, o preposto recebe ordens de um proponente, configurando assim uma relação de subordinação criada de forma voluntária, segundo Cavalieri Filho, sendo este o aspecto que a difere de uma relação entre pai e filho, por exemplo.
Nancy Andrighi citou também o entendimento do STJ de que o conceito de preposição já foi ampliado para além das relações de trabalho, pois não é necessário um contrato, apenas a relação de dependência ou que alguém preste serviço sob o interesse e o comando de outra pessoa ou instituição. No caso envolvendo a mitra de Umuarama (PR), afirmou ela, as atividades que permeavam a relação, como ordens, diretrizes e normas, “são características da vida religiosa com mais de um milênio de tradição, não por delegação, e sim por voto espiritual e mera administração da paróquia”, como indicou nos autos a própria mitra.
Isso, disse a relatora, comprova que existia uma relação voluntária de dependência entre o padre e a entidade religiosa, com o primeiro recebendo ordens da segunda parte e estando submetido ao seu poder de direção e vigilância. Assim, continuou Nancy Andrighi, torna-se ainda mais reprovável a conduta do padre, que foi condenado por abusar de fieis. A ministra rejeitou a alegação, feita pela mitra de Umuarama, de que o religioso “era simplesmente vocacionado que desempenhava seu serviço voluntário exclusivamente pela obediência espiritual”.
Para ela, é mais correto definir o padre como “era, como dito, um servente da Diocese, em cuja pureza acreditava a sociedade justamente porque lhe fora apresentado pela Instituição como legítimo conhecedor e seguidor da fé cristã de que é discípula. Como a possibilidade de que o religioso cometesse o crime está diretamente ligada à função que exercia, está correta a necessidade de que a outra parte da relação em que o padre era preposto arque com a indenização às vítimas.
A relatora conclui seu voto informando que tal solução é adequada, uma vez que os sacerdotes normalmente são pessoas de poucas posses, que normalmente não possuem o volume financeiro necessário para a indenização por seus atos.

quinta-feira, 28 de novembro de 2013

Erupção vulcânica forma pequena ilha ao sul do Japão

Erupção vulcânica forma pequena ilha ao sul do Japão

Com 200 metros de largura, nova ilhota foi registrada nesta quinta-feira (21) na costa do pequeno arquipélago de Ogasawara, no distrito de Tóquio

AGÊNCIA EFE


Intensa erupção vulcânica formou uma nova e pequena ilha na costa de Nishinoshima, ao sul do Japão. Seu surgimento foi registrado nesta quinta-feira (21) pela Guarda Costeira japonesa (Foto: AP Photo/Kyodo News)
A nova ilhota tem aproximadamente 200 metros de largura e fica ao sudeste da desabitada ilha vulcânica de Nishinoshima, que pertence ao pequeno arquipélago de Ogasawara, no distrito de Tóquio.Trata-se da primeira erupção que acontece perto de Nishinoshima em cerca de 40 anos, depois que a ilha cresceu entre 1973 e 1974, também devido à intensa atividade vulcânica. 
A Agência Meteorológica do Japão emitiu um comunicado pedindo às embarcações locais que navegam pela região que fiquem alertas e evitem serem atingidos pelas rochas expelidas pelo vulcão ou pelas intermitentes explosões que, segundo o órgão, devem continuar a ocorrer intensamente pelos próximos dias. 
Imagens impressionantes feitas pela emissora de televisão japonesa "NHK" e gravadas pelo serviço japonês de guarda costeira mostram como uma coluna de fumaça branca de cerca de 600 metros se une com uma nuvem de cinza negra provocada pelas violentas explosões geradas no interior do vulcão. Confira as imagens abaixo:


A nova ilhota formada na costa de Nishinoshima, ao sul do Japão, tem apresentado atividade vulcânica intensa (Foto: AP Photo/Kyodo News)
Atividade vulcânica forma nova ilha ao sul do Japão (Foto: AP Photo/Kyodo News)
NT

Você está poluindo (19%) mais

Você está poluindo (19%) mais

O Brasil começou a queimar mais carvão, óleo diesel e gás natural. Isso significa que, sem mudar nada na sua vida, você já está emitindo mais CO2

por Lorena Verli e Bruno Garattoni
O Brasil sempre se orgulhou de gerar energia limpa. Mas nos últimos anos, esse cenário mudou um pouco. Isso porque o governo investiu em usinas termelétricas, que são mais baratas e rápidas de construir, mas possuem uma grande desvantagem - como são movidas a carvão, gás ou derivados de petróleo, emitem muito mais CO2 que as hidrelétricas (que geram uma quantidade pequena desse gás, vindo do apodrecimento de plantas nas regiões alagadas pela usina). Resultado: hoje, a eletricidade que você usa na sua casa gera aproximadamente 19% mais CO2 do que há dez anos atrás . "Se o Brasil tivesse um ano com poucas chuvas, os apagões seriam constantes. Daí a necessidade de investir em outras formas de produzir energia", diz Guilherme Dantas, do Grupo de Estudos do Setor Energético da UFRJ.
Para diminuir o impacto das termelétricas, em 2009 entrou em vigor uma norma que obriga novas usinas a óleo ou carvão a compensar 25% de suas emissões plantando árvores (ou financiando projetos de energia limpa).

Defendida criação de depósitos para resíduos da construção civil


Defendida criação de depósitos para resíduos da construção civil

Programa

Luanda - O engenheiro Agostinho da Silva defendeu hoje (terça-feira), em Luanda, a criação de áreas adequadas para a deposição de entulho, com vista a evitar-se o abandono dos resíduos da construção em locais inapropriados.
"O país está em crescimento em termos de construção e o entulho gerado nas obras é muito significativo e pode servir como indicador do desperdício de material, daí a importância de áreas apropriadas para o descarte de resíduos vindo das empreitadas", disse.
Em declarações à Angop, o engenheiro disse que os impactos deste processo são visíveis e o acúmulo de inertes de construção em áreas urbanas produz impacto visual, compromete a qualidade do solo para uso em jardinagem, bem como serve de abrigo para vectores de doenças.
A acumulação de resíduos das construções, de acordo com ele, pode ainda afectar o tráfego de veículos e pedestres, comprometendo a qualidade ambiental do espaço urbano.
Para Agostinho da Silva, há ainda o potencial poluidor de materiais tóxicos presentes nos entulhos como chumbo e outros metais presentes em tubulações antigas e tintas, pelo que a sua deposição em aterros ou terrenos baldios pode favorecer a contaminação do solo e do lençol freático.
Indicou que a eliminação e mitigação destes impactos vão além da criação de "bota-fora", que são aterros localizados em pontos distantes de uma cidade e que, na sua maioria, são focos dos problemas supra-citados.
Diante destes fatos, segundo o especialista, é possível concluir a necessidade de uma intervenção que aponte para o traçado de novos métodos para a gestão pública de resíduos de construção civil e demolição.
Fez saber que outro factor de grande relevância é a influência dos resíduos da construção civil nos aterros sanitários que, de acordo com ele, pode reduzir a vida útil dos aterros.
"É importante e urgente que as autoridades encontrem novas áreas para disposição dos resíduos, por forma evitar a degradação do meio ambiente", explicou.

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Cientista descobre floresta perdida com ajuda do Google



Evidentemente a tecnologia já fez maravilhas pela humanidade... E deve continuar fazendo, pelo menos se depender do Google. Foi justamente com a ajuda do recurso Google Earth, que o intrépido cientista e explorador Julian Bayliss acaba de encontrar uma floresta “perdida”, que abriga mais de 12 “novas” espécies, no coração de Moçambique.
A paisagem é bela. Entre montanhas misteriosas e densa floresta tropical virgem, há também o que o The Guardian classificou como um “oceano de ouro do cerrado”. Segundo o cientista, além do isolamento ecológico pela savana circundante, a floresta está intocada por acontecimentos políticos, incluindo a guerra civil que arrasou parte do país africano entre 1977 e 1992.
Outras pesquisas revelaram que o Monte Mabu, como está sendo chamado o local, nunca foi mapeado, explorado, ou mesmo retratado nas coleções científicas e literárias em qualquer lugar do mundo. 

Japão anuncia corte drástico de meta de redução de gases de efeito estufa

País tinha prometido reduzir suas emissões em 25% entre 1990 e 2020.
Nova meta é reduzir apenas 3,8% das emissões entre 2005 e 2020.

Da AFP
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Foto mostra congestionamento de veículos em Tóquio nesta sexta-feira (15). (Foto: AFP Photo/Toru Yamanaka)Foto mostra congestionamento de veículos em Tóquio nesta sexta-feira (15). (Foto: AFP Photo/Toru Yamanaka)
"O Japão havia prometido reduzir suas emissões de gás que provoca o efeito estufa em 25%, entre 1990 e 2020, mas isso não tinha fundamento" - afirmou o porta-voz do governo, Yoshihide Suga.
O governo japonês decidiu, nesta sexta-feira (15), cortar drasticamente sua meta de redução de gases causadores do efeito estufa.
"Decidimos abandonar esse objetivo e apontar para uma redução de 3,8% entre 2005 e 2020", o que equivale a um aumento de 3% em relação ao nível de 1990 - segundo os cálculos da imprensa japonesa.
Essa nova meta deve ser anunciada na próxima semana pelo ministro japonês do Meio Ambiente na Conferência sobre o Clima da ONU, a COP 19. A cúpula vai até 22 de novembro, em Varsóvia, na Polônia.

terça-feira, 26 de novembro de 2013


Suécia cria 'vila dos hobbits' que adotará modelo sustentável

Para arquiteto, hobbits são modelo de harmonia com o meio ambiente.
Conjunto de 30 'casas de hobbits' será erguido em ilha sueca.

Da AFP
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Uma "vila dos hobbits" ganhará vida nas florestas viçosas de uma ilha sueca, um cenário extravagante considerado o primeiro do tipo que, por trás dos ares de fantasia, preserva um interesse genuíno pelo desenvolvimento sustentável.
Os hobbits, os pequenos personagens com pés peludos de "O Senhor dos Anéis", criados pelo autor do clássico da literatura fantástica J. R. R. Tolkien, são um modelo de convivência em harmonia com o meio ambiente, explicou o arquiteto britânico responsável pela casa dos hobbits,
"Os hobbits retratam pessoas que vivem uma vida pacífica, em harmonia com a natureza", declarou à AFP Dale, de 35 anos, em visita recente a Estocolmo.
Ele estava na capital sueca para planejar um conjunto de 30 casas em Muskoe, ilha situada a 40 km do centro da cidade, enquanto uma multidão se dirigia para o pitoresco arquipélago de Estocolmo. A primeira casa de hobbits da ilha deve ficar pronta em meados de 2014 e a cidade completa em alguns anos.
Cartaz de 'O Hobbit' (Foto: Divulgação)Cartaz do filme 'O Hobbit', que estreou em 2012
(Foto: Divulgação)
À primeira vista, as choupanas lembram a residência de Bilbo Baggins no condado retratado no romance "O Hobbit", publicado por Tolkien em 1937.
"Num buraco no chão vivia um hobbit", assim começa o livro de Tolkien. "A toca tinha uma porta perfeitamente redonda como uma portinhola, pintada de verde, com uma maçaneta de latão bem no centro", prossegue.
No idílico cenário agrário de Tolkien, os hobbits viviam em sintonia com a natureza, em total contraste com a época em que o autor viveu, de uma industrialização madura. A cidade dos hobbits sueca vai manter a noção de materiais naturais e formas suaves e arredondadas em janelas, portas e paredes, que serão todas curvas.
No entanto, as casas serão sutilmente modernizadas, construídas para os modernos moradores de cidades com desejo de buscar refúgio na natureza em fins de semana e feriados.
Um fogão de indução ao lado de um outro à lenha será o objeto mais integrado de alta tecnologia da casa, explicou Dale, cujo projeto promete criar um ambiente arejado com pé direito de até 3,5 metros de altura.
A eficiência energética será um objetivo principal e o aquecimento virá da energia solar e da queima de madeira. Também serão usados materiais de construção naturais, extraídos na região, como madeira, pedras, areia, argila e grama.
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Casa de hobbit na Nova Zelândia (Foto: Hobbiton)A fazenda onde foram filmadas as cenas das casas
dos personagens no filme "O Hobbit", na Nova 
Zelândia, virou uma atração turística e foi batizada
de Hobbiton. (Foto: Hobbiton/Divulgação)
O próprio Dale viveu em uma casa hobbit na década passada com esposa e dois filhos. A família agora mora na comunidade de Lammas, em Gales ocidental, a primeira ecovila de baixo impacto do tipo. Construir as casas de terra se tornou uma baixão, disse Dale, originalmente um fotógrafo.
A cidade não tem como público alvo os fãs da obra "O Senhor dos Anéis", de Tolkien, mas visa a apelar às pessoas sensíveis ao tema ambiental e que queiram viver perto da natureza. "É uma transição no estilo de vida e nos valores", disse Dale, que lembra vagamente Bilbo, interpretado por Martin Freeman no novo filme da trilogia "O Hobbit".
"Tocas de Hobbit" e Fazenda dos Sonhos
A Suécia, assim como outros países que assumem a liderança no desenvolvimento sustentável, tem visto nos últimos anos um florescimento de projetos de renovação urbana em harmonia com o meio ambiente. Mas Dale observou uma diferença-chave entre aqueles projetos e o seu.
"Eles visam a maximizar a eficiência no consumo de recursos, enquanto nós visamos a minimizar o consumo de recursos", afirmou, acrescentando que sustentabilidade não exige novos e sofisticados equipamentos, mas pode, ao contrário, ser alcançada vivendo de forma mais simples.
Ele explicou que Muskoe é o local perfeito para o seu projeto. Sede de uma base naval desativada nove anos atrás, a ilha tem uma floresta natural e uma paisagem rural, sendo convenientemente equipada com uma infraestrutura bem desenvolvida, incluindo um armazém, um restaurante, uma farmácia, transporte público e um túnel de três quilômetros que a liga ao continente.
A ilha também sedia um projeto ecológico denominado Droemgaarden ou Fazenda dos Sonhos, onde se constrói uma comunidade ambientalmente sustentável que convidou Dale para colaborar. Além de suas "tocas de hobbit", a cidade terá 350 casas ambientalmente sustentáveis.
Os fazendeiros e moradores locais estão intrigados em ver o antigo território agrícola ser trazido de volta à vida de forma tão original. No entanto, até o momento o projeto inteiro permanece no reino da fantasia, aguardando liberação burocrática.
"Cabe à prefeitura nos dar a luz verde, mas estamos otimistas", afirmou a organizadora do projeto, Marie Eriksson.

08 Dicas de quem sabe aproveitar seu tempo com sucesso

Dicas de quem sabe aproveitar seu tempo com sucessoMuito se fala de gestão do tempo nos dias de hoje. E, cada vez mais, parece impossível encontrar “tempo” para gerenciar o próprio tempo[bb]! Por vezes, a motivação que nos falta é a de conhecer exemplos concretos de como uma definição correta das nossas prioridades de vida pode facilitar nosso sucesso – e não falamos aqui apenas do sucesso financeiro.
Conheça dicas de algumas das figuras mais importantes do panorama corporativo internacional sobre como lidar com o difícil equilíbrio entre o trabalho e a qualidade de vida:
  • Mantenha uma Atitude Positiva (Andrew Carnegie). “Existem poucas chances de sucesso quando o mau humor predomina”. Reserve tempo para se divertir, cultive o bom humor fazendo coisas que lhe façam rir, seja assistir a uma boa comédia ou sair com os amigos para soltar algumas boas gargalhadas;
  • Cuidado com o Sucesso (Bill Gates, fundador da Microsoft[bb]). “O sucesso é um péssimo professor. Ele seduz pessoas inteligentes a pensar que nunca irão falhar”. Reveja seus objetivos de vida. O que é o Sucesso para VOCÊ? Como medir seu grau de felicidade na sua vida pessoal e profissional? E, principalmente, qual o preço que você está disposto a pagar pelo sucesso?
  • Faça pelo prazer de fazer (Donald Trump, CEO da Trump Organizations). “Eu não faço as coisas pelo dinheiro. Faço porque gosto de fazer!”. Descubra o que realmente lhe dá prazer de fazer. Invista seu tempo nisso e deixe de lado as tarefas e “obrigações” que se tornaram obstáculos neste percurso;
  • Esteja atento às oportunidades (Warren Buffett, investidor). “Eu faço as coisas quando a oportunidade se apresenta”. Para estar atento às oportunidades você precisa estar focado no que acontece ao seu redor. Não deixe que as suas tarefas e rotinas cotidianas o impeçam de acompanhar o que está acontecendo. Guarde tempo para se manter informado e atualizado;
  • Seja realista (Jack Welch, Ex-CEO da General Electric). “Encare a Realidade como ela é, não como ela foi ou como você gostaria que ela fosse”. Sonhar é fundamental para alcançar o sucesso[bb], mas precisamos reconhecer a realidade como ela é, principalmente num mundo onde os acontecimentos se sucedem em um ritmo alucinante.
Pois bem, conselhos válidos, de grandes personalidades… Porém, o mais interessante é que todas as dicas têm algo muito simples em comum: enfatizam a importância da sua capacidade de definir prioridades e dar o devido valor ao que realmente merece sua dedicação.
Crédito da foto para freedigitalphotos.net.Aproveitar bem o tempo é não desperdiçá-lo; não é resolver mais. É resolver melhor! Situações, rotinas, problemas e tarefas que não requerem, realmente, o seu envolvimento direto. É claro que há ferramentas modernas como a telefonia celular, a Internet e os Assistentes Virtuais. No entanto, o ingrediente principal é a sua capacidade de decidir o que realmente importa e, assim, revolucionar a maneira como você aproveita o seu tempo! Sucesso
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Transposição do Rio Paraíba do Sul é discutida em Volta Redonda, RJ


Transposição do Rio Paraíba do Sul é discutida em Volta Redonda, RJ

Ambientalistas alegam que obra pode causar impactos ambientais.
Projeto é visto como alternativa para suprir abastecimento de São Paulo.

Do G1 Sul do Rio e Costa Verde
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Ambientalistas, autoridades e lideranças da região Sul do Rio de Janeiro se reuniram nesta terça-feira (5) em Volta Redonda, RJ. Eles discutiram alternativas para um projeto do governo do Estado de São Paulo que pretende captar água do Rio Paraíba do Sul para abastecer a região metropolitana da capital paulista. O estudo estipula a retirada média de até 1,45 metros cúbicos de água por segundo do reservatório de Jacareí (SP) e de cerca de 4,69 metros cúbicos de Guararema (SP). "Vai criar um impacto muito grande para o estado do Rio de Janeiro, porque quem abastece sobretudo a cidade do Rio de Janeiro é o Rio Paraíba do Sul, na primeira transposição que é feita em Barra do Piraí [RJ]", disse o secretário do Movimento Ética na Política, José Maria da Silva.
Ambientalistas argumentam que a retirada pode causar impactos ambientais no Sul do Rio de Janeiro. Eles alegam que o abastecimento será prejudicado, já que seria reduzida a quantidade de água que chega à região. "Isso vai ser crítico, muito crítico. Considerando que está aumentando a população, está aumentando as indústrias, no último estágio do pré-sal, com certeza [a água] vai faltar", enumerou o ambientalista João Thomaz da Costa.
Segundo especialistas, a transposição vai diminuir o leito do rio. Além disso, a topografia acidentada poderia contribuir para o problema. O risco afetaria outras localidades como parte do Vale do Paraíba Paulista, a capital do Rio de Janeiro e algumas cidades do Sul de Minas Gerais.

Alternativa é recorrer ao Ministério Público, diz José Maria
O projeto foi criado em 2008, mas com a manifestação contrária de governantes e movimentos sociais, ficou adormecido durante um período. Segundo o secretário do Movimento Ética na Política, existem outros projetos que poderiam suprir as necessidades de São Paulo sem afetar os estados vizinhos.
"Retirar uma carta para que o Ceivap [Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul] tome uma medida juntamente com o Ministério Público e outros orgãos da federação para evitar que este projeto venha prejudicar toda comunidade do Vale do Paraíba", sugeriu José Maria da Silva.