segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Semana da Árvore é marcada com plantio de várias espécies

Semana da Árvore é marcada com plantio de várias espécies

Por Thábata Ferreira
A Secretaria Municipal de Meio Ambiente está comemorando a Semana da Árvore. Nesta quarta-feira (18) foram plantadas oito espécies nativas e frutíferas, no Centro de Educação Ambiental (CEA), pelos alunos do Curso de Monitor Ambiental. As comemorações tiveram início nesta terça-feira (17), com o plantio de 10 mudas de árvores no Horto Municipal.

O secretário de Meio Ambiente, Zacarias Albuquerque, esteve presente no evento, que contou também, com representantes do Instituto Federal Fluminense (IFF). Na ocasião, foram plantadas mudas de acerola, jambo, nêspera, manga e graviola. 

- A Semana da Árvore segue com o plantio de 43 árvores num condomínio na cidade, com uma área total de 20 mil metros quadrados, na sexta-feira (20), véspera do Dia da Árvore. Neste local há uma área grande residencial, com cerca de 640 apartamentos. O plantio de árvores por toda a cidade é fundamental, pois nós precisamos delas, inclusive para nossa sobrevivência – destacou Zacarias. 

O professor de Geografia do IFF, José Maria Ribeiro, completou dizendo que para os alunos do Curso de Monitor Ambiental é fundamental esta prática de plantio, já que eles terão futuramente, um módulo somente com este conteúdo. “A pretensão é que os alunos sejam sempre sensíveis às questões ambientais”, destacou.

Postado por: Secom - 18/09/2013 18:01:00

domingo, 22 de setembro de 2013

Instituto Butantan: Depois das cinzas


Instituto Butantan: Depois das cinzas

Importante ponto turístico da capital paulista, o Instituto Butantan – responsável pela produção de soros e vacinas – reinaugura edifício destruído por incêndio em 2010

-  A  A  +
Nathalia Zaccaro  Veja SP - 14/08/2013

Renato Nascimento

Localizado na Zona Oeste da capital, o Instituto Butantan ocupa uma área com mais de 80 hectares que concentra quatro museus e diversos centros de pesquisa. Responsável pela produção de soros e vacinas, o complexo criado em 1901 se transformou também em um importante ponto turístico da capital, chegando a receber 300 000 pessoas por ano. Entre as principais atrações estão os artrópodes, vertebrados, répteis e anfíbios que integram o Museu Biológico e o serpentário do local. Sua história ganhou um capítulo trágico às 7h30 de 15 de maio de 2010. O superaquecimento de um aparelho no edifício das coleções, onde estavam guardados milhares de animais conservados mortos para pesquisa, causou um incêndio que destruiu cerca de 500 000 espécimes. Havia mais de 200 000 litros de álcool armazenados dentro do prédio, que ficou completamente destruído. Em janeiro deste ano, o Ministério Público denunciou cinco ex-funcionários da instituição por imprudência e negligência, entre eles o ex-diretor Otavio Mercadante. Se condenados, eles podem pegar pena de até 24 meses de detenção. 


Nos últimos anos, o fluxo de visitantes e grande parte dos trabalhos ali realizados continuaram a ocorrer normalmente. O edifício destruído e a coleção perdida demandaram um longo tempo para ser recuperados. Agora, finalmente, o Butantan se prepara para reabrir. A previsão é que isso ocorra no próximo dia 19. "Estou ansioso para fazer a mudança. Desde que tudo pegou fogo não tenho mais estrutura para trabalhar", lamenta o pesquisador Antonio Brescovit. Seu laboratório hoje se resume a um porão acanhado, escondido sob a escadaria do Edifício Lemos Monteiro, uma das construções do complexo. Ele divide ainda seu pouco espaço com milhares de aranhas conservadas em álcool. Todo o precioso acervo do Butantan está atualmente espalhado em diversas pequenas salas como a de Brescovit. "Sabemos que as condições não são adequadas e por isso fizemos questão de construir um local seguro e totalmente adaptado para receber o material", diz seu diretor Jorge Kalil.



Dos 5,5 milhões de reais investidos na obra, quase metade foi destinada à segurança. Os 1 600 metros quadrados da nova construção estão distribuídos em dois pisos. O primeiro receberá os animais e o segundo, os laboratórios. O local deverá abrigar cerca de 1 milhão de espécimes. A reconstrução do catálogo consumiu um grande esforço. Cerca de 4 200 bichos são doados por ano pela população. Outra parte chega até ali como resultado das expedições dos pesquisadores a vários cantos do Brasil e do mundo. "Há três meses fui ao Chile e voltei com 3 000 aranhas, entre elas uma caranguejeira inédita para nosso portfólio", conta Brescovit. "Esse prédio é uma vitória do instituto", comemora Kalil, que só fez uma ressalva ao projeto. "A fachada é horrível! Pedi até que colocassem uns tijolinhos para melhorar um pouco o aspecto", brinca. 



AS MELHORIAS JÁ REALIZADAS 
Espaço
A nova construção tem dois andares e 1 600 metros quadrados. A antiga era uma espécie de galpão de 1 200 metros quadrados.



Tecnologia contra incêndio
Na época da tragédia só estavam disponíveis extintores manuais e não havia detector automático de fumaça. Hoje, o prédio conta com pelo menos três modernos sistemas de proteção já instalados, além de um time exclusivo de onze bombeiros.



Pesquisa
Estarão disponíveis para os especialistas equipamentos para análises genéticas, uma novidade para o departamento, antes focado apenas na observação e classificação dos bichos.

Organização
O acervo não vai mais ser armazenado em um só ambiente. Sete salas receberão os animais, agrupados de acordo com suas características. Os laboratórios também ficarão em áreas separadas, para evitar o contato desnecessário com o acervo.

Quer melhorar SP? Dê mais tempo às pessoas

PLANEJADORES E URBANISTAS

Quer melhorar SP? Dê mais tempo às pessoas

Cidade pode ser próxima Nova York, mas sua população está presa no trânsito, diz David Sim, sócio do Gehl Architects, escritório que fez de Copenhague um modelo

-  A  A  +
Vanessa Barbosa Exame.com - 
Divulgação
Por muito tempo, os planejadores e urbanistas construíram cidades para serem vistas de uma escala sobre-humana, do alto de um avião. O arquiteto escocês David Sim faz o inverso, ele projeta em escala humana. Longe de ser um dom, a habilidade foi adquirida a partir de anos de observação da vida em sua manifestação mais cotidiana: na maneira como as pessoas andam pelas ruas, vão ao trabalho, pegam o ônibus ou o carro, atravessam um cruzamento e se divertem em um parque.


Arquiteto especialista em urbanismo, David é sócio do escritório dinamarquês Gehl Arquitects, que fez de Copenhague exemplo mundial de cidade sustentável, uma transformação que começa nos anos 1960, protagonizada pelo urbanista que dá nome à consultoria, Jan Gehl, hoje com 76 anos.

"Todo nosso trabalho se desenvolve em torno do princípio da humanização do espaço público", explica Sim. Com uma carreira dedicada a essa ideia, ele sabe dizer se uma cidade é boa ou não para pessoas. Sua receita para melhorar São Paulo ou outra grande metrópole? “Dê mais tempo para as pessoas”. Em passagem pela cidade para participar do 4ª Greenbuilding Brasil, o arquiteto conversou com EXAME.com.

EXAME.com - Como você define projetos baseados na humanização das cidades?



David Sim - Hoje em dia, há uma grande preocupação com se construir prédios sustentáveis e mais eficientes no consumo de energia. Mas nossa maior preocupação é o que acontece no espaço entre todos esses prédios verdes, que tipo de vida você tem nas cidades. Diferente de muitos arquitetos que estão apenas focados nos prédios como objetos, monumentos, nós queremos construir coisas que afetam a vida das pessoas.



Estamos interessados no dia-a-dia, em todas essas coisas meio banais e simples. Como se atravessa uma rua? Como você faz compras no supermercado? Como os filhos vão para a escola, como você vai ao trabalho? O que você faz na hora do almoço? Porque são todas essas coisas da vida cotidiana que compõem a nossa vida.



EXAME.com - Mobilidade é tema central nos grandes centros urbanos. Segundo estudo do IBGE, um morador de São Paulo perde pelo menos 17 dias preso no trânsito por ano. O que isso diz sobre a cidade?



David Sim - O transporte é um desafio aqui. São Paulo é provavelmente o dínamo da economia na América Latina e, quem sabe, na próxima geração, pode tornar-se a nova Nova York do mundo. O potencial que a cidade tem é imenso.

Porém, a maior parte da população está presa no trânsito. E isso pode ter grandes consequências, com empresas mudando para outros lugares, uma vez que seus empregados também não querem mais ficar na cidade, por sentirem que estão perdendo qualidade de vida.

Na verdade, acho que a palavra chave aqui é acessibilidade. Existem várias maneiras de ter acesso a um lugar, pode ser andando, pedalando ou através da combinação entre transporte público com outro meio. Muitas pessoas não querem pegar ônibus porque o ponto onde elas aguardam pelo ônibus ou onde elas descem é simplesmente horrendo.

EXAME.com – E também cansa ficar preso num ônibus lotado que mal sai do lugar...



David Sim - Exato, além disso, há a questão da perda de tempo, que é um negócio extremamente democrático.

Alívio colateral em casos de radioterapia


o selo
no seu blog

Liana John FONTE PLANETA SUSTENTÁVEL


Quem já enfrenta as agruras da radioterapia não merece sofrer com doses extras de efeitos colaterais. Convencida disso, a doutora em Odontologia pela Universidade Federal da Paraíba (UFPB), Ana Carolina Lyra de Albuquerque, resolveu estudar a fundo o uso de fitoterápicos para aliviar os sintomas da mucosite, uma doença que afeta a boca de pacientes irradiados na cabeça e pescoço para controle de câncer (neoplasia).
“Como o cabelo cai, a mucosa da boca também é acometida: fica atrofiada e sensível ou atrófica, como se diz tecnicamente. É muito mais do que um incômodo, pois alguns pacientes não conseguem nem se alimentar”, explica. “E os médicos não costumam receitar nada, no máximo um chá para aliviar um pouco. Ou prescrevem um tratamento a laser para mucosite, o que não é recomendável”.
Preocupada em encontrar uma solução mais eficaz, Ana testou um arbusto originário da região Nordeste, cujas folhas são popularmente empregadas contra males tão diversos como acneaftascaspapiolhosfungosmicose (pano-branco), sarna e até chulé. Chamada de alecrim-pimenta, alecrim-grande ou estrepa-cavalo, a planta é cientificamente conhecida como Lippia sidoides e já foi assunto aqui do Biodiversa há um mês, por seu bom desempenho ao substituir fungicidas sintéticos no armazenamento de grãos. 
Conforme comprovou a pesquisa realizada na UFPB, o extrato de alecrim-pimenta tem atividade antimicrobiana, controlando diversos agentes patogênicos presentes na boca, com potencial para se transformarem em problemas quando o sistema imunológico fica debilitado: Streptococcus mutansStreptococcus mitis,Streptococcus sanguinisStreptococcus sobrinus e Lactobacillus casei (sim, o mesmo lactobacilo auxiliar de processos digestivos, usado em laticínios e bebidas láticas).
“O extrato ainda é anti-inflamatório, então coloquei em um gel para facilitar a aplicação e para ficar aderido à mucosa por mais tempo. Funcionou muito bem e logo vamos dar entrada em uma patente”, comemora a especialista. Ela quer produzir em breve um medicamento para dar suporte a pacientes submetidos à radioterapia. “Não é um medicamento para o câncer, é para dar alívio, para combater esse efeito colateral na boca, para melhorar a qualidade de vida de pacientes irradiados”, enfatiza.
Em cinco anos, Ana Albuquerque fez mestrado e doutorado sobre esse tema. Contou com bolsas do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) e com a contribuição dos pesquisadores Jane Sheila Higino, da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE), Maria do Socorro Vieira Pereira e Maria Sueli Marques Soares, da UFPB, e Jozinete Vieira Pereira, da Universidade Estadual da Paraíba (UEPB).
Agora, Ana dá continuidade ao seu trabalho na UFCG, em Patos, no sertão daParaíba, com o objetivo de avaliar os efeitos contra microrganismos dos gênerosStaphilococcus e Candida, incluindo Candida albicans, causador do famigerado “sapinho” ou candidose, a infecção crônica mais comum dos consultórios odontológicos e ginecológicos. O material vegetal sai direto do horto de plantas medicinais, mantido na universidade, para o laboratório de pesquisa e tecnologia.
É, de fato, um alívio saber que uma plantinha tão fácil de cultivar sirva para desafogar quem já está sobrecarregado com um câncer!

Foto: Liana John (com a colaboração de Ílio Montanari Junior do Centro Pluridisciplinar de Pesquisas Químicas, Biológicas e Agrícolas – CBQBA/Unicamp)

AQUECIMENTO GLOBAL

AQUECIMENTO GLOBAL

A espiral fatal do degelo

O Ártico é a vítima mais visível do aquecimento global. A redução progressiva de sua cobertura de gelo coloca a região no rumo de uma transformação sem volta

Filipe Vilicic e Raquel Beer Veja -

Vladim Balakin/Getty Images
Em nenhuma região da Terra os efeitos do aquecimento global são mais perceptíveis que no Ártico. A vida na vasta área de 30 milhões de quilômetros quadrados no extremo norte é regida por um ciclo natural de aumento e redução na cobertura gelada ao longo do ano. É esse mecanismo que agora dá sinais de estar desregulado. Desde que a Nasa, a agência espacial americana, começou a monitorar o Ártico com imagens feitas por satélite, em 1979, o volume de gelo existente em setembro, o mês que sinaliza o fim do verão ártico, diminuiu 80%. Se considerados os últimos meses do inverno, a redução foi de 33%. 


As mudanças no ciclo natural de congelamento e degelo são decorrência do aumento da temperatura média em todas as estações. No fim deste mês, o Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), das Nações Unidas, publicará a primeira parte de seu quinto relatório. O capítulo sobre o Ártico, do qual se tem conhecimento por um rascunho preliminar que vazou em dezembro, contém indicações que podem levar a um prognóstico preocupante: até 2040, a camada congelada na superfície do Oceano Ártico deve desaparecer totalmente durante a primavera e o verão. 



O aquecimento global afeta mais o Ártico do que o restante do planeta. Enquanto a temperatura média da Terra se elevou menos de 0,5 grau desde 1980, no Círculo Polar Ártico o aumento foi de 1,6 grau. "O solo ártico tem alta concentração de metano, gás 23 vezes mais potente que o dióxido de carbono (CO2) para o efeito estufa", explica o físico Peter Wadhams, do grupo de estudos sobre oceanos polares da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. "Sem a superfície congelada, que reflete 80% dos raios solares, o calor é absorvido pela água e pelo solo." Nas últimas três décadas, o leito marinho se aqueceu 3 graus. O efeito é multiplicador. À medida que se torna mais quente, maior é a quantidade de metano que libera. 



A alteração do ciclo de congelamento e descongelamento exerce enorme impacto na saúde do ecossistema da região. O urso polar, por exemplo, depende da cobertura congelada do oceano para caçar sua presa favorita, a foca. Como o congelamento está ocorrendo mais lentamente e o degelo mais rapidamente, a temporada de caça do urso se tornou muito curta, ameaçando a sobrevivência da espécie. "O derretimento tem superado o congelamento num ritmo tão acelerado que em 2040 provavelmente já não teremos gelo no verão e, em dois séculos, também não sobrará muito no inverno", diz Wadhams. 



O rascunho do relatório do IPCC avalia em 95% a probabilidade de o homem ser o principal culpado pela mudança climática. O aquecimento no Ártico não é um fato novo. Sabe-se que há aumento gradual da temperatura ao menos desde 1880. De lá para cá, subiu 2,8 graus. A hipótese provável é que o aumento na emissão de gasesdo efeito estufa, devido à atividade humana, como a agricultura e a indústria, seja responsável pelo aquecimento global. A influência da humanidade na temperatura global é um fato novo. Períodos mais quentes e outros mais frios fazem parte dos ciclos naturais do planeta e se sucedem em escala geológica. No momento, sentimos os últimos resquícios de uma era do Gelo. Nos últimos 10 mil anos, o aquecimento natural permitiu o desenvolvimento da agricultura e a expansão da humanidade. O problema é que agora parece já não haver nada de natural nas mudanças climáticas. 



No relatório a ser divulgado, o IPCC pela primeira vez considera a possibilidade de que a alta atividade solar, que se intensificou nas últimas décadas, esteja contribuindo para o aquecimento global. Seria o inverso do que ocorreu entre 1350 e 1850, período em que a baixa atividade solar provocou súbita queda na temperatura, a chamada Pequena era do Gelo. O IPCC será cauteloso ao atribuir responsabilidades. Seus redatores querem evitar a repetição das falhas do relatório de 2007, entre as quais estavam grosseiras manipulações de dados. Há quatro anos, o vazamento de e-mails trocados entre cientistas mostrou que alguns deles exageravam intencionalmente a gravidade do aquecimento global como artifício para obter financiamento para pesquisas. O novo estudo do IPCC está sendo elaborado por 550 cientistas, 100 a mais do que no anterior. "Estamos pressionados, conferindo tudo milhões de vezes", disse a VEJA o economista americano Alec Rawls, revisor do relatório. Rawls, que foi responsável pelo vazamento do rascunho, acredita que a natureza também tem influência nos humores do clima. 



A rapidez do aquecimento não dá tempo para que os animais do Ártico se adaptem. No próximo meio século se expandirá a fronteira conhecida como "linha da árvore". Ela divide o Ártico em duas partes: a com e a sem árvores. Com o deslocamento da "linha", parte da tundra deve se transformar em florestas boreais e os desertos gelados podem virar tundra. Muitas espécies, como a Raposa­do-Ártico, podem estar condenadas. 



Afirma o geólogo e glaciologista Jefferson Simões, um dos revisores do estudo do IPCC: "Essas alterações afetarão a teia alimentar mundial e também, diretamente, os quatro milhões de pessoas que moram no extremo norte. O derretimento da calota polar provocará a elevação do nível do mar". Podem ser necessários enormes investimentos para conter a incidência de enchentes em cidades litorâneas. 



A presença do dedo humano nas mudanças climáticas é, de qualquer forma, difícil de negar. Nos últimos 10 mil anos, a temperatura média subiu 5 graus. Antes da revolução Industrial, a vilã era a agricultura — o desmatamento aumenta a emissão de CO2, o principal gás do efeito estufa. Após a revolução Industrial, a concentração de CO2 na atmosfera deu um salto de 30%. A profilaxia para diminuir o ritmo do aquecimento do Ártico é conhecida: reduzir a emissão de gases do efeito estufa, principalmente o CO2. Isso se faz com o uso de combustíveis renováveis, com reflorestamento e com a adoção de práticas verdes, como a reciclagem do lixo



A dúvida em relação ao Ártico é a mesma existente a respeito do aquecimento global: a Terra não se adaptará sozinha às mudanças climáticas? Seja qual for a resposta, atitudes verdes resultam em benefícios para as pessoas e para o ambiente. Um exemplo: como consequência do esforço para conter o aquecimento global, o desmatamento caiu 20% desde 1990 em todo o mundo. É como se a terra estivesse com câncer, sem se saber se é maligno ou benigno. Por via das dúvidas, recomenda-se quimioterapia. Se for maligno, o mal foi eliminado. se for benigno, não se correu o risco.

sábado, 21 de setembro de 2013

Alunos plantam mudas para celebrar o 'Dia da Árvore' em Campos, RJ


Alunos do 1º e 2º anos participaram do evento em colégio da Pecuária. Agentes da Guarda Civil ministraram palestras sobre preservação.

Alunos plantaram mudas em colégio de Campos. (Foto: Roberto Jóia/Divulgação)
Em comemoração ao 'Dia da Árvore' celebrado neste sábado (21), alunos do 1º e do 2º anos do ensino fundamental da Escola Municipal Presidente Castelo Branco, na Pecuária, em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, plantaram mudas de árvores no pátio da instituição na tarde da última sexta-feira (20).
Espécies como a pitangueira e a romãzeira foram plantadas. O evento já é realizado desde 2009 e tem a proposta de conscientizar as crianças sobre a importância do cultivo das plantas medicinais e incentivar o plantio de árvores para a preservação do meio ambiente.
Os alunos fizeram apresentações musicais e o agentes do departamento ambiental da Guarda Civil Municipal ministraram palestras sobre o tema.
SITE:URURAU

Domingos Sávio Teixeira: carioca nota dez

ALPINISTA DO BEM

Domingos Sávio Teixeira: carioca nota dez

Apaixonado por alpinismo, o bancário Domingos Sávio Teixeira viu no hobby uma oportunidade de preservar a natureza e, há onze anos, atua na recuperação da cobertura vegetal do costão do Pão de Açúcar

-  A  A  +
Caio Barretto Briso
Veja Rio - 28/08/2013

Felipe Fittipaldi

O bancário Domingos Sávio Teixeira, de 51 anos, sempre enxergou no Pão de Açúcar muito mais que um cartão-postal. Natural de Mato Grosso do Sul e carioca por opção desde 1985, ele considera o monólito na entrada da Baía de Guanabara uma espécie de playground, onde pratica uma de suas maiores paixões: o alpinismo


Já em suas primeiras escaladas, percebeu que, além de se divertir por ali, poderia contribuir para a preservação da montanha. Hoje, onze anos depois, dedica-se um dia por semana a cuidar da vegetação que cresce junto à pedra. Uma vez por mês, organiza mutirões com grupos de dez a quinze voluntários que o ajudam na empreitada. "É um trabalho muito gratificante, que compensa cada minuto que passo ali, fazendo novos amigos e cuidando da conservação de um dos mais importantes símbolos da cidade", diz o bancário.



Tanta dedicação ao Pão de Açúcar acabou rendendo a Teixeira uma relação bem peculiar com o monumento natural. Os relatos de suas escaladas são registrados em um blog, repleto de histórias curiosas. 



Ao capinar um trecho na base do morro, por exemplo, ele encontrou onze balas de canhão, hoje guardadas no Museu do Exército. Segundo especialistas, as peças seriam do início do século XVIII. 



Entre os escritos, há também o registro de adversidades como o incêndio que, em 2010, queimou um terço de toda a área reflorestada nos oito anos anteriores. Havia lá, entre outras espécies, centenas de bromélias. "Fiquei arrasado, mas não podia desistir. Comecei tudo novamente. Já recuperei muita coisa", recorda. "Uma área mais verde atrai pássaros, pequenos animais, toda uma microfauna que traz vida ao lugar. Cria um ambiente único, que ajuda as pessoas a se reconectarem com a natureza." É justamente a possibilidade de propiciar aos cariocas experiências assim que motiva Teixeira a fazer o que faz.

Brasil é referência em combustíveis de base biológica

Brasil é referência em combustíveis de base biológica

    Sucesso da indústria brasileira transforma o país em grande balcão de negócios

    LUCIENE DE ASSIS

    A produção brasileira de combustíveis de base biológica está avançando na conquista de potenciais mercados internacionais. A evolução foi tema de seminário, terça e quarta-feira (18 e 19/09), no Grand Hyatt São Paulo, no evento “World bio markets Brazil - fuels, chemicals, products, energy, feedstocks”, que tratou da entrada dos biocombustíveis brasileiros nos mercados mundiais, incluindo produtos químicos, energia e matérias-primas. Convidada como oradora do encontro, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, foi representada pelo secretário de Biodiversidade e Florestas, Roberto Cavalcanti.

    Mais de 400 pessoas participaram desta terceira conferência sobre biocombustíveis. O sucesso da indústria brasileira de base biológica apresenta o Brasil como um grande balcão de negócios, atraindo investidores internacionais interessados em conhecer esse novo e promissor mercado.