quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Copenhagen, Capital Verde Europeia 2014

Copenhagen, Capital Verde Europeia 2014

Copenhagen

Continente: 
Europa
País: 
Dinamarca
População (Ano): 
530.000 hab. (2010)
Dados de população e território extraídos da Wikipédia
cc_by_russavia
O júri que entrega o prêmio de Capital Verde Europeia destacou Copenhagen como um bom modelo em termos de design e planejamento urbano. É uma cidade pioneira na área da mobilidade, com o ambicioso objetivo de se tornar a melhor do mundo para os ciclistas.

Descrição

O júri que entrega o prêmio de Capital Verde Europeia destacou Copenhagen como um bom modelo em termos de design e planejamento urbano. É uma cidade pioneira na área da mobilidade, com o ambicioso objetivo de se tornar a melhor do mundo para os ciclistas. As ações de comunicação para envolver os cidadãos são muito eficazes e os copenhageners  (cidadãos de Copenhagen) se sentem parte da solução.
Em agosto de 2009, a câmara municipal aprovou por unanimidade um projeto de ação de grande porte para fazer frente às mudanças climáticas. Um dos objetivos do Plano de Mudanças Climáticas de Copenhagen é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 20% (em relação 2005) até 2015. O Plano prevê também que a cidade seja neutra em carbono até 2025. Para isso, a cidade trabalha em parceria com empresas, universidades e organizações em fóruns dedicados a desenvolver e implementar o que eles chamam de “crescimento verde.”
O investimento em ciclovias não só reduz as emissões de CO2 como também melhora a saúde dos cidadãos e a qualidade de vida. A limpeza da água no porto beneficia o meio ambiente e promove o turismo. A promoção de um sistema de transporte público integrado reduz os congestionamentos e ajuda a economizar bilhões de dólares, tornando a cidade mais eficiente e competitiva. Um sistema descentralizado de energia permite que as empresas locais possam ser mais fortes e competitivas.
Copenhagen utiliza o conceito de Pocket parks (Parques de bolso), que são geralmente menores do que 5.000 m². A cidade tem muitas possibilidades de criar novos espaços como esses em áreas não utilizadas, esquinas, praças locais. Até 2011, a cidade de Copenhagen tinha criado dois parques de bolso e tem como meta criar 14 até 2015.
Copenhagen fornece aos seus cidadãos água que não contém cloro. Em 2010, o consumo das famílias foi de 108 litros per capita por dia.
Em 2011, 68% dos alimentos servidos nas cozinhas e lanchonetes das instituições municipais eram orgânicos. A meta é que 90% dos alimentos servidos nas cozinhas e cafeterias da cidade sejam orgânicos até 2015.
Em Copenhagen, 6 dos 7 departamentos municipais (o que representa dois terços dos funcionários) têm sistemas certificados de gestão ambiental (ISO 14001/EMAS).

Metodologia

• O Plano de Mudanças Climáticas engloba 50 iniciativas específicas. As iniciativas estão inter-relacionados, e foram agrupadas em seis temas:
- Integração do Clima e o fornecimento de energia
- Mobilidade Sustentável
- Eficiência energética em edifícios
- Os moradores de Copenhage (Copenhageners) e o clima
- Desenvolvimento urbano e o Clima
- Adaptação ao clima futuro
• Os esforços principais dos Planos de Mobilidade são:
- A cidade de Ciclistas
- Melhora do Transporte público
- Diminuir o tráfego e restrições de estacionamento
- Esforços ambientais, como a redução de emissões e veículos ecológicos

Objetivos

• Um dos objetivos do Plano de Mudanças Climáticas de Copenhague é reduzir as emissões de gases de efeito estufa em 20% (em relação 2005) até 2015. O Plano prevê também que a cidade seja neutra em carbono até 2025.

Cronograma

• 2004: Plano Ambiental e de Transportes
• 2009: Plano de Mudanças Climáticas de Copenhague
• 2009: Plano de Gestão de Resíduos 
• 2010: Plano de Ação para diminuir o ruído na cidade
• 2011: Lançamento de “Room for Nature - A Strategy for Biodiversity” (Um espaço para a Natureza - Uma Estratégia para a Biodiversidade)

Resultados

• Entre 2005 e 2010, as emissões por kWh de energia elétrica caíram 5% e as emissões por kWh registraram queda de 16%;
• Ciclovias em relação ao número total de habitantes da cidade (dados computados até outubro de 2010. As pistas de uso misto não são calculadas pela administração local):
- 346 km pistas com separação física, ou seja, 0,64 m por habitante;
- 23 km sinalizados e só para ciclistas, ou seja, 0,04 m por habitante;
- 42 km de ciclovias verdes, ou seja, 0,08 m por habitante;
• 98% dos Cidadãos de Copenhagen moram a menos de 350m de transportes públicos (que passa a cada hora ou com mais frequência);
• Para as linhas de alta-frequência (metrô, trem e ônibus): 78% mora a menos de 350 m e 94%, a menos de 600 m;
• 58% de todas as viagens de menos de 5 km são realizadas de bicicleta;
• Só 12% de todas as viagens de menos de 5 km são realizadas de carro;
• Divisão Modal de todas as viagens para o trabalho ou escola/universidade na cidade de Copenhagen (2010):
- Automóvel: 26%
- Ônibus e trem: 32%
- Bicicleta: 35%
- À pé: 7%
• Divisão Modal de todas as viagens para o trabalho ou escola/universidade na cidade de Copenhagen, apenas dos residentes de Copenhagen (2010):
- Automóvel: 13%
- Ônibus e trem: 24%
- Bicicleta: 50%
- À pé: 13%
• As áreas verdes representam cerca de 25% da área total da cidade e, em média, cada cidadão de Copenhagen tem 42,4 m² de área verde a sua disposição;
• Até 2011, a cidade de Copenhagen tinha criado dois Pocket parks (parques de bolso)
• 57,4% dos resíduos reciclados (2009);
• Em 2010, o consumo das famílias foi de 108 litros per capita por dia;
• 6 dos 7 departamentos municipais, o que representa dois terços dos funcionários, têm sistemas certificados de gestão ambiental (ISO 14001/EMAS);
• Em 2011, 68% dos alimentos servidos nas cozinhas e lanchonetes das instituições municipais eram orgânicos.

Instituições envolvidas

• Prefeitura de Copenhagen

Contatos

Mr. Casper Harboe

Fontes

Em quanto tempo a Amazônia acabará?

Em quanto tempo a Amazônia acabará?


A pergunta é do leitor da revista Mundo Estranho – Gabriel Pacheco, de Guaratinguetá, SP. E a resposta não é nada boa: pode levar em torno de dois séculos, mas alguns cientistas defendem que se 30% a 40% da Amazônia for destruída, ela entrará em processo irreversível de destruição e desertificação

-  A  A  +

Andre Deak/Creative Commons

Considerando a extinção de 100% da floresta e a atual taxa de devastação, de cerca de 0,2% ao ano, a destruição total da Floresta Amazônica levará em torno de dois séculos. Mas alguns cientistas defendem que se o homem detonar entre 30% e 40% da Amazônia, ela entrará em um processo irreversível de destruição e desertificação. 


Assim, se a taxa continuar em torno de 0,2% ao ano, este futuro negro se concretizará em 2053. Se o ritmo de desmatamento voltar ao de 1995, quando atingiu o pico de 0,75%, o verde sumirá em pouco mais de uma década! "Por isso, é fundamental manter a taxa baixa (0,1%) e, até 2020, eliminar de vez o desmatamento", alerta Adalberto Veríssimo, pesquisador do Imazon - Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia.



AUTORREPARO 
Em certos casos, a Floresta Amazônica é capaz de "se curar". A principal ameaça à região é o extrativismo de madeira e a agropecuária intensiva. Quando a ocupação ocorre de forma mais razoável, como na agricultura sustentável, o impacto é menor. Se esses terrenos são abandonados, por exemplo, a própria Amazônia consegue "recuperá-los" em pouco mais de uma década.



quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Lóris: o único primata venenoso do mundo está ameaçado

Lóris: o único primata venenoso do mundo está ameaçado

Estudo publicado na revista científica Plos One associa a proliferação de vídeos na internet com o aumento da exposição dos pequenos primatas ao tráfico de animais Fábio Paschoal National Geographic Brasil - 26/08/2013


Michael Whitehead/ Creative Commons


Paul Williams/ Creative Commons

Texto publicado no blog Curiosidade Animal
Os lóris (Nycticebus sp.) são extremamente bem adaptados à vida noturna: possuem grandes olhos e andam lentamente pelos galhos das árvores para não atrair a atenção de presas e predadores. Encontrado somente na Ásia, é o único primata venenoso do mundo, capaz de matar um homem adulto com uma mordida. Mesmo assim é fácil encontrar no YouTube vídeos de pessoas que os mantêm em casa, e é impossível não simpatizar com os pequenos mamíferos. Mas esses vídeos podem estar prejudicando os animais.


Um estudo publicado na revista científica Plos One, liderado por Anna Nekaris, professora de antropologia e conservação de primatas na Universidade de Oxford Brookes e especialista em lóris, associa a proliferação de vídeos na internet com o aumento da exposição dos pequenos primatas ao tráfico de animais. Segundo o artigo, a natureza viral dos vídeos, que retratam os lóris como animais de estimação, pode reforçar a vontade das pessoas de adquirir um espécime (o que é ilegal).


Todas as espécies de lóris estão ameaçadas de extinção. O desmatamento e a medicina tradicional, que utiliza os animais para o tratamento de doenças nos países onde são encontrados, são grandes problemas. O tráfico de animais também faz a população dos primatas diminuir. Eles são retirados das florestas para serem vendidos como animais de estimação ou são levados para cidades asiáticas, onde turistas podem tirar fotos com eles.


Outra ameaça vem das mídias sociais, o foco do artigo de Nekaris. Tudo começou em 2009 quando um filme de um lóris em um flat na Rússia foi postado no YouTube. O animal aparece com as mãos levantadas e parece gostar de ser acariciado. O vídeo se tornou um viral e foi visto por mais de 10 milhões de pessoas no mundo. A partir de então, outros vídeos similares apareceram na internet e segundo Nekaris, durante uma palestra no TEDx Nashivile em abril de 2013 (veja toda a palestra no final do post), o lóris se tornou o animal mais procurado na Wikipedia, porque muita gente queria comprá-lo.


Um dos problemas para transformar os lóris em animais de estimação são as glândulas de veneno localizadas nos braços. Eles misturam a secreção com saliva e espalham por todo o corpo. Isso serve como um repelente de insetos e de grandes predadores (como ursos, por exemplo). Porém, o veneno provoca necrose quando entra em contato com o sangue, e uma mordida do primata pode causar um choque anafilático e até matar uma pessoa.




Paul Williams/ Creative Commons

Para evitar o envenenamento, os traficantes removem os dentes dos pequenos primatas. Esse procedimento é feito em condições de higiene precárias, pode gerar infecções e muitas vezes os animais não resistem. Para informar sobre essa e outras ameaças enfrentadas pela espécie, a Wikipedia desenvolveu a primeira página para a conservação dos lóris.


Mas para Nekaris, isso não era o suficiente. Em 2012 a pesquisadora produziu um documentário chamado Jungle Gremlins of Java (veja um trecho do documentário no final do post), em que mostra cenas de lóris em mercados ilegais na Indonésia, onde eles podem ser comprados por US$ 25. Se um lóris chega em lugares onde são populares como animais de estimação, como a Rússia ou o Japão, o preço pode chegar a US$ 2.500.


Com o passar do tempo, os problemas enfrentados pelos lóris começaram a ser revelados e mais e mais pessoas buscavam informações sobre a conservação dos animais. A pressão contra o vídeo do primata sendo acariciado na Rússia aumentou e ele foi retirado do ar.


Mas a luta de Nekaris não havia acabado. Existia um rumor de que o vídeo era benéfico para os primatas, pois fazia aumentar a conscientização sobre eles. A pesquisadora decidiu investigar os comentários que as pessoas fizeram ao longo dos 33 meses em que o vídeo permaneceu no ar. Ela descobriu que o comentário mais citado era "Eu quero um". Outros que apareciam bastante eram "Que lindo é esse bicho" ou "Que vídeo lindo". Alguns sugeriam que os lóris teriam uma vida melhor como animais de estimação porque eles conseguiriam comida facilmente e estariam protegidos contra predadores.


Para Nekaris as pessoas não conseguiam ver que o animal estava obeso, incomodado com a luz e em situação de estresse. "Na verdade o lóris estava em uma posição de defesa, ele queria morder e envenenar a pessoa [que o estava acariciando], mas as pessoas achavam que o animal parecia feliz" diz a pesquisadora em sua palestra no TEDx Nashville.


Os comentários começaram a mudar conforme as pessoas perceberam que os primatas estavam ameaçados de extinção, que eram venenosos e tinham seus dentes arrancados para serem vendidos como animais de estimação. Tais informações nunca foram passadas pelo vídeo analisado, e Nekaris concluiu que as imagens não beneficiavam os animais.


Ainda existem vídeos dos primatas como animais de estimação fazendo sucesso no Youtube. Mas, segundo Nekaris, os lóris não conseguem se reproduzir bem em cativeiro. Assim, é possível dizer com segurança que a maioria dos animais que aparecem nas imagens foram retirados da natureza e estão em situação ilegal.


Para a pesquisadora, o YouTube deveria informar os usuários sobre as espécies, além de dar a opção para marcar vídeos de abuso com animais como ilegais e, em último caso, tirá-los do ar. Nekaris termina o documentário dizendo "O que eu quero fazer é converter as milhares de pessoas que querem um como animal de estimação em milhões de pessoas que querem salvar o lóris. Porque eu tenho a certeza de que o lóris não vai entrar em extinção". Podemos começar a ajudá-la compartilhando vídeos que podem fazer a diferença no combate ao tráfico de animais.
31/08/2013 18:37
Reprodução do Brasil 247
Reprodução do Brasil 247


É bom registrar que não houve nenhum ato de violência. Sujaram as paredes da Globo de marrom, a cor do jornalismo praticado pela emissora dos Irmãos Marinho e suas 111 repetidoras, é isso que eles têm, 111 emissoras retransmissoras no Brasil, que espalham mentiras e manipulam a informação. 
FONTE; blog do Garotinho.

Gestores de dados de efluentes e resíduos sólidos terão treinamento

Gestores de dados de efluentes e resíduos sólidos terão treinamento

    Público alvo são os representantes dos órgãos integrantes do Sisnama, setor industrial, academia e sociedade civil.

    LUCIENE DE ASSIS

    O Ministério do Meio Ambiente (MMA) oferece aos profissionais responsáveis pelo controle e gestão de dados de efluentes líquidos, emissões atmosféricas e resíduos sólidos, referentes à Declaração Anual do Relatório de Atividades Potencialmente Poluidoras (RAPP) cursos gratuitos a distância visando disseminar os conhecimentos necessários à implementação do programa. Os cursos e as inscrições podem ser acessados por meio do portal ead.retp.com.br, sendo que o público alvo são os representantes dos órgãos integrantes do Sistema Nacional de Meio Ambiente (Sisnama), do setor industrial, da academia e da sociedade civil que contribuam com sugestões para o aprimoramento do Manual do Declarante RETP ano base 2013. 

    O portal de educação a distância foi desenvolvido para atender ao programa de capacitação de declarantes do RAPP do Cadastro Técnico Federal do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e Recursoa Naturais Renováveis (Ibama). O objetivo é implantar o Registro de Emissão e Transferência de Poluentes (RETP) do MMA, uma ferramenta de uso internacional, de levantamento, tratamento, acesso e divulgação pública de dados e informações sobre as emissões e as transferências de poluentes, por atividades produtivas, que causam ou têm o potencial de causar impactos maléficos aos compartimentos ambientais, ar, água e solo. 

    A declaração dos dados do RETP no Brasil, no modelo janela única, é integrada à declaração do RAPP e está em vigor desde a publicação da Instrução Normativa n° 31, de 3 de dezembro de 2009, editada pelo Ibama. Em funcionamento em diversos países, a implementação do RETP no Brasil decorre de um compromisso Internacional, firmado no Foro Intergovernamental de Segurança Química (FISQ). A partir da declaração de 2014, os dados reportados e não sigilosos do RETP por Atividades Potencialmente Poluidoras de Grande Porte serão disponibilizados para acesso público irrestrito no portal ead.retp.com.br.

    O curso A distância apresentará as alterações previstas para os campos do RAPP do CTF/IBAMA 2013; fornecerá visão geral dos métodos disponíveis para quantificar emissão para o ar, água e solo; indicar as situações em que cada método é mais adequado e auxiliará o declarante na utilização de dados disponíveis ou facilmente atingíveis, para quantificar, de forma custo eficiente, as emissões e transferências de poluentes.

    INSCRIÇÕES
    Os interessados podem se inscrever até o mês de novembro de 2013 numa das oito turmas oferecidas, que podem ter até 200 participantes cada. A inscrição é gratuita, porém restrita a profissionais envolvidos na elaboração do RAPP do Ibama, preferencialmente, representantes de atividades potencialmente poluidoras e enquadradas como de grande porte nos critérios do Instituto.

    A duração deste treinamento pode chegar a 40 horas, dependendo do interesse do participante em atividades complementares. As atividades serão divididas em três módulos, tendo a primeira e a segunda etapas duração de uma semana cada, e a terceira etapa, duração de duas semanas, totalizando um mês de curso por turma. 

    O cronograma de curso é semanal, com realização de aulas virtuais. Todos os participantes deverão acessar e realizar a aula da semana para obter subsídios suficientes ao desenvolvimento das demais etapas de estudo, compostas de leitura complementar de materiais disponibilizados nos links das aulas e no Ambiente Virtual de Aprendizagem (AVA), realização de teste com cinco questões para verificar a assimilação dos conceitos apresentados nas aulas, sendo que todos os participantes deverão responder ao teste para ter acesso ao desafio; realização do exercício de aplicação, em caráter de desafio; realização de atividades (tarefa operacional); autocorreção das atividades (tarefa operacional); e participação no fórum de discussão acerca dos temas selecionados para estudo e, também para o esclarecimento de dúvidas.

    Mexilhão Dourado

    Mexilhão DouradoPDFImprimirE-mail
    “O mexilhão dourado é um molusco bivalve originário da Ásia. A espécie chegou à América do Sul provavelmente de modo acidental na água de lastro de navios cargueiros, tendo sido a República Argentina o ponto de entrada. Do país vizinho chegou ao Brasil. Hoje a espécie já foi detectada em quase toda a região Sul e em vários pontos do Sudeste e Centro-Oeste.
    Durante a fase larval o “mexilhão-dourado” é levado livremente pela água ou por vetores (objetos que transportam a larva em sua superfície ou em seu interior)  até que termina por alojar-se em superfícies sólidas, onde se fixa e cresce formando grandes colônias.
    Por ter uma grande capacidade de reprodução e dispersão, além de praticamente não ter predadores na fauna daqui, o mexilhão se espalha com rapidez, e por isso a espécie é considerada invasora. Pelos danos que causam, as espécies exóticas invasoras são consideradas “poluição biológica”. Estudos mostram que as invasões biológicas são a segunda maior causa de extinção de espécies, atrás apenas da destruição de habitats.
    Para saber mais sobre espécies exóticas invasoras, acesse o site do Instituto hórus: http://www.institutohorus.org.br/
    Dentre os prejuízos causados pelo mexilhão-dourado podemos citar:
    - Destruição da vegetação aquática;
    - Ocupação do espaço e disputa por alimento com os moluscos nativos;
    - Prejuízos à pesca, já que a diminuição dos moluscos nativos diminui o alimento dos peixes;
    - Entupimento de canos e dutos de água, esgoto e irrigação;
    - Entupimento de sistemas de tomada de água para geração de energia elétrica, causando interrupções freqüentes para limpeza e encarecendo a produção;
    - Prejuízos à navegação, com o comprometimento de bóias e trapiches e de motores e estruturas das embarcações.

    O mexilhão-dourado e você: saiba o que fazer para não dar carona a esse bicho

    “A larva do mexilhão-dourado é muito pequena, e por isso invisível a olho nu. Ainda que ela possa nadar, a maior parte de seu deslocamento ocorre de modo passivo, quer dizer, ela é levada pelas correntes aquáticas, aderida em cascos, redes, conchas ou qualquer coisa molhada e até mesmo pela água do esgoto, podendo vir a contaminar locais que estavam livres do mexilhão.
    Esta larva microscópica pode estar presente na água que você coleta e transporta mesmo sem perceber, como a que fica no sistema de refrigeração do motor do barco ou nos baldes de iscas vivas, podendo causar uma nova infestação, mais incômodo e prejuízo aos usuários dos recursos hídricos e à sociedade em geral.
    A dispersão dos adultos é feita pelo seu transporte em cascos de embarcação, redes, conchas, galhos e outros objetos lançados ou presentes na água. Quando a concha está fechada, o mexilhão pode sobreviver bastante tempo fora da água.
    Quase todas as atividades que envolvem a água de rios e lagos podem transportar este mexilhão para outros locais, alguns ainda não contaminados. Depois que as colônias estão instaladas, é impossível erradicá-las com os recursos e os conhecimentos atuais. Por isso devemos evitar espalhar a contaminação. Como uma única larva microscópica pode contaminar um local, também é impossível que os órgãos públicos como a polícia e o Ibama fiscalizem a dispersão. Por isso é importante que todas as pessoas se esforcem para não dispersar mexilhões e informem seus amigos e conhecidos sobre este assunto.

    Agricultores

    Descarte a água de irrigação ou piscicultura no solo ou no mesmo corpo hídrico onde ela foi captada, de preferência acima do ponto de captação. Nunca descarte a água em outro rio, lago ou açude e nem na rede de esgoto.
    Isso vale também para a água de criatório de alevinos, tanques de reprodução ou qualquer água que não seja proveniente da rede de abastecimento de água tratada ou de poço artesiano. Se raspar incrustações de mexilhão-dourado de algum equipamento, enterre-as longe da água.

    Usuários de embarcações de qualquer tamanho

    Examine periodicamente seu barco e raspe as incrustações que encontrar, enterrando-as longe da água;
    Retirar a água acumulada no fundo do barco ou em outras partes do mesmo, descartando-a em terra firme;
    Lave a embarcação com solução de água sanitária antes de colocá-lo em outras águas.

    Pescadores

    Se você pesca embarcado, tome os mesmos cuidados que os outros navegantes;
    Descarte a água das iscas vivas em terra, longe de rios, lagos e esgotos;
    Limpe os petrechos de pesca com solução de água sanitária caso vá usá-los em outro local.

    fonte:site  di IBAMA

    terça-feira, 3 de setembro de 2013

    Cientistas criam bactéria que come o CO2 do ar

    Cientistas criam bactéria que come o CO2 do ar

    Micro-organismo criado em laboratório pode frear as mudanças climáticas - ou mergulhar a humanidade numa era glacial

    -  A  A  +
    Salvador Nogueira Superinteressante - 01/05/2013

    Otávio Silveira

    Ironicamente, a solução para o aquecimento global pode estar numa criatura que adora calor: a bactéria Pyrococcus furiosus, que vive dentro de vulcões submarinos onde a temperatura chega a 100 graus. Numa experiência feita pela Universidade da Geórgia, nos EUA, esse micróbio recebeu cinco genes de outra bactéria subaquática, a Metallosphaera sedula. E dessa mistura saiu uma criatura capaz de algo muito útil: alimentar-se de CO2. 


    Exatamente como as plantas (que absorvem luz e CO2), mas com uma vantagem: a bactéria é mais eficiente, ou seja, se multiplica mais rápido e absorve mais CO2 do ar. "Agora podemos retirar o gás diretamente da atmosfera, sem ter de esperar as plantas crescerem", diz o bioquímico Michael Adams, autor do estudo. Seria possível criar usinas de absorção de CO2, que cultivariam o micróbio em grande escala, para frear o aquecimento global. Depois de comer o gás, ele excreta ácido 3-hidroxipropiônico - que serve para fazer acrílico e é um dos compostos mais usados na indústria química. 


    Se a bactéria transgênica escapar e se reproduzir de forma descontrolada, poderia consumir CO2 em excesso e esfriar demais a atmosfera. Existe um mecanismo de segurança natural contra isso: ela só consegue comer o gás se a temperatura for de 70 graus (que seria mantida artificialmente nas usinas). Mas sempre existe a possibilidade de que a bactéria sofra uma mutação, supere esse bloqueio - e mergulhe a Terra numanova era glacial. Talvez seja melhor deixar as plantas cuidando do CO2.