sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Comunicado de Acidentes

Comunicado de Acidentes

Os acidentes envolvendo produtos químicos perigosos devem ser atendidos por pessoal técnico qualificado  e com uso de equipamentos apropriados para este fim.
As primeiras horas de atuação são fundamentais para evitar sua extensão e severidade. Por consequência, a agilidade na comunicação de sua ocorrência aos órgãos competentes é essencial.

Informe ao Corpo de Bombeiros ou a Autoridade Policial sobre a ocorrência de um acidente com produtos químicos.
- Em caso de acidente com produtos químicos, evite aproximar do local. 
- Mantenha uma distância segura para evitar a inalação de gases ou vapores. 
- Determinadas substâncias são nocivas à saúde, mesmo em pequenas concentrações. Outras 
   são imperceptíveis ao olfato humano.
- Jamais toque ou ande sobre um produto químico derramado.
- Certos produtos químicos podem reagir violentamente com a água.

Considera-se substâncias químicas perigosas aquelas que, isoladas ou em mistura, possam acarretar efeitos prejudicias aos organismos biológicos devido suas propriedades tóxicas, corrosivas, oxidantes e radioativas. Tais produtos podem estar sob forma sólida, líquida ou gasosa.
Segundo a Organização das Nações Unidas- ONU, os Produtos Químicos Perigosos são classificados em nove Classes:

Classe 1 - Substâncias explosivas
Classe 2 - Gases tóxicos, inflamáveis, oxidantes, não inflamáveis, altamente refrigerados e
                 comprimidos
Classe 3 - Líquidos inflamáveis
Classe 4 - Sólidos inflamáveis, substâncias sujeitas à combustão espontânea e perigosas quando
                 molhadas.
Classe 5 - Substâncias oxidantes e peróxido orgânicos
Classe 6 - Substâncias tóxicas e infectantes
Classe 7 - Substâncias radiativas
Classe 8 - Substâncias corrosivas
Classe 9 - Substâncias perigosas diversas


Publicado em Emergências Ambientais SITE DO IBAMA 

MMA organiza conferência livre

MMA organiza conferência livre

    As propostas levantadas durante o encontro serão enviadas diretamente para a etapa nacional da 4ª Conferência Nacional do Meio Ambiente (CNMA)

    TINNA OLIVEIRA

    Mais de oito mil pessoas já participaram das 71 conferências livres que ocorreram pelo país, preparatórias para a 4a. Conferência Nacional do Meio Ambiente. Qualquer cidadão pode convocar eventos semelhantes para discutir ações relacionadas à Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), principal objetivo do encontro nacional. Chegou a vez de os servidores do Ministério do Meio Ambiente (MMA) se reunirem para opinar, sugerir e contribuir com ações para a implementação da PNRS, que serão enviadas diretamente à reunião nacional.

    A conferência do MMA será realizada dia 1º de agosto, das 8h30 às 18h, no auditório do Edifício Marie Prendi Cruz, 505 Norte, em Brasília. São 70 vagas para os servidores e as inscrições estão abertas até 26 de julho. “Com a convocação desta conferência livre, o Ministério do Meio Ambiente quer envolver seus servidores na discussão de uma política tão primordial ao país”, reforça o coordenador geral da 4ª CNMA e diretor do Departamento de Cidadania e Responsabilidade Socioambiental do Ministério do Meio Ambiente, Geraldo Vitor de Abreu.

    EIXOS PRIORITÁRIOS

    Os servidores que participarem dos grupos de trabalho vão discutir e priorizar até cinco propostas para cada eixo temático: Produção e Consumo Sustentáveis, Redução dos Impactos Ambientais, Geração de Trabalho, Emprego e Renda e Educação Ambiental. As propostas prioritárias serão cadastradas no site da 4ª Conferência e discutidas na etapa nacional, que acontecerá em Brasília, no período de 24 a 27 de outubro.

    As conferências livres começaram em abril e seguem até setembro. Das 71 já realizadas, 33 foram organizadas pela sociedade civil, 31 pelo poder público e sete pelo setor empresarial. Nesta modalidade não são eleitos delegados.

    Projeto de lei que expulsa 40 mil beduínos do deserto do Negev é condenado pela ONU

    Projeto de lei que expulsa 40 mil beduínos do deserto do Negev é condenado pela ONU Destaque

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    Crianças beduínas que tiveram suas casas tomadas pelo exército de Israel. Foto: IRIN/Phoebe Greenwood
    A Alta comissária para os direitos humanos, Navi Pillay, pediu nesta quinta-feira (25) ao governo israelense para reconsiderar a proposta de lei que regulariza a moradia dos beduínos do deserto de Negev. Caso a lei seja aprovada, 35 vilas serão demolidas e aproximadamente 40 mil beduínos serão expropriados e expulsos de suas terras.
    “Como cidadãos de Israel, os beduínos têm os mesmos direitos que qualquer outro grupo no país”, afirmou Pillay. “O governo deve reconhecer e respeitar os direitos específicos de suas comunidades beduínas, incluindo o reconhecimento das reivindicações de posse de terra.”
    Em um comunicado à imprensa divulgado pelo Alto Comissariado da ONU para os Direitos Humanos (ACNUDH), Pillay disse estar alarmada com o fato da lei não reconhecer a propriedade de terra dos beduínos no deserto de Negev. O projeto oferece uma remuneração limitada sob a condição que os beduínos se mudem para um dos sete municípios criados pelo governo especialmente para eles.
    A chefe da ONU para os direitos humanos acrescentou que a aprovação da lei irá dizimar a vida cultural e social do povo árabe em nome do desenvolvimento e que é lamentável que o governo de Israel continue com uma política discriminatória contra os seus próprios cidadãos árabes.
    Pillay concluiu dizendo que a reconsideração do projeto deve envolver um processo genuinamente consultivo e participativo que englobe todos os representantes das comunidades beduínas do Negev.

    quinta-feira, 1 de agosto de 2013

    O futuro a gente faz agora

    O futuro a gente faz agora

    Um problema que levanta muitas questões, exige múltiplas respostas

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    Caco de Paula Planeta Sustentável 

    Caco de Paula é jornalista e publisher do Planeta Sustentável
    Atender às necessidades do presente sem comprometer as possibilidades de as futuras gerações atenderem às suas próprias necessidades. Esta é uma das definições mais abrangentes de sustentabilidade.


    Para ser sustentável, qualquer empreendimento humano deve ser ecologicamente correto, economicamente viável, socialmente justo e culturalmente aceito. Mas esses conceitos, que parecem óbvios, simples sinais de bom senso, infelizmente ainda estão longe da prática cotidiana de muitas pessoas, grupos, empresas e governos. Tanto que um movimento mundial pela sustentabilidade surge como resposta ao seu contrário: a insustentabilidade provocada pelo que é ecologicamente errado, economicamente inviável, socialmente injusto, culturalmente inaceitável.



    Para agir de forma sustentável devemos ter visão de longo prazo, consciência de que nossas relações sociais e nosso estilo de vida impactam diretamente a realidade à nossa volta - e que devemos ter solidariedade com nossos descendentes. Para que isso aconteça de fato, é preciso entender a construção da sustentabilidade como um desafio de muitas faces. Só assim conseguiremos encontrar as múltiplas respostas que o problema impõe. É exatamente essa a missão do projeto Planeta Sustentável, que se destina a estimular o debate, reconhecer boas práticas e difundir conhecimento. A face mais visível desse desafio está ligada ao ambiente, principalmente por causa da emergência do aquecimento global, hoje, mais do que um alerta, dramático sinal das conseqüências causadas pelo que fizemos e pelo que deixamos de fazer.



    Sustentabilidade é um tema em construção. Há muito o que aprender a respeito. Mas já sabemos que tem a ver com atos de nosso cotidiano. Desde estilo de vida econsumo de cada um de nós, até a forma como lidamos ou deixamos de lidar com olixo que produzimos. Tem a ver com a maneira como usamos os recursos e energiasdisponíveis. Tem muito a ver com nossa atitude em cada momento de nossas vidas.



    Nem sempre, é claro, problemas e soluções estão diretamente nas mãos de cada um de nós. Mas, de alguma maneira, ainda que indireta, podemos influir em decisões que dependem de políticos que elegemos ou deixamos que fossem eleitos, ou de empresas que são mantidas por quem compra seus produtos. É nessas esferas, político-econômicas, que estão grandes decisões a respeito de modelos de desenvolvimento, políticas de saúde, projetos de educação. Hoje, cada vez mais, as pessoas entendem os problemas da biosfera e passam a pensar globalmente. Isso é ótimo. Mas não é tudo. É preciso também pensar e agir localmente. Procurar ter mais influência no que acontece em nossa própria cidade. Saber o que e como pode ser feito em soluções para a casa e a cidade



    O Planeta Sustentável tem a participação de dezenas de revistas e sites da Editora Abril e conta com um conselho consultivo, composto por especialistas de diversas áreas, além de representantes de empresas patrocinadoras (veja nos Canais Especiais) interessadas na difusão de conhecimentos. Em sua primeira fase de um ano, o projeto prevê a realização de fóruns de discussão e de produção de conteúdo capaz de informar e qualificar as ações. E, para isso, se propõe a manter um constante debate, com a participação de uma série de organizações convidadas.



    Algum sábio já disse que é melhor resolver os problemas quando eles ainda são pequenos. Em muitos dos desafios que temos de enfrentar para conseguir uma vida mais sustentável, talvez já tenhamos perdido algumas oportunidades de enfrentar problemas ainda pequenos. Mas é sábio lidar com eles antes que cresçam ainda mais. Para isso, é preciso enxergá-los imediatamente, ver quais são as soluções possíveis e buscá-las. Essa é a nossa missão - e o convite para que você participe da construção de algo a ser legado às próximas gerações: um planeta sustentável.

    5 razões para termos mais árvores nas cidades

    5 razões para termos mais árvores nas cidades

    Não são apenas os grandes trechos de florestas que fazem a diferença. Mesmo uma única árvore á capaz de maravilhas

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    Vanessa Barbosa Exame.com 

    marcp_dmoz/Creative Commons


    Todo mundo sabe que as árvores são importantes para o meio ambiente e a manutenção da vida no planeta, mas não são apenas os grandes trechos de florestas que fazem a diferença. Mesmo uma única árvore á capaz de maravilhas. E cada vez mais cientistas pelo mundo corroboram esse valor, com novas pesquisas e descobertas. Confira a seguir 5 motivos para sairmos por aí plantando mudas.



    ELAS SALVAM VIDAS
    Um novo estudo realizado pelo Serviço Florestal dos EUA revela que cada árvore urbana salva em média uma vida a cada ano. O estudo indica que os espaços verdes atuam principalmente como filtro de dois poluentes extremamente prejudiciais para a saúde humana: o dióxido de nitrogênio (NO2) e o chamado material particulado inalável (PM), partículas microscópicas que resultam da combustão incompleta de combustíveis fósseis utilizados pelos veículos automotores e fábricas.

    REDUZEM A VIOLÊNCIA
    Mais do que embelezar a paisagem urbana e filtrar poluentes prejudiciais à saúde, as áreas verdes podem ser um poderoso aliado no combate à criminalidade nas cidades. É o que aponta uma pesquisa feita pela Universidade de Temple, do estado americano da Pensilvânia. Segundo o estudo, a presença de árvores, arbustos e parques com vegetação bem cuidada nos centros urbanos ajuda a reduzir as taxas de certos tipos de crime, como agressão, roubo e furto, ao invés de estimular as práticas ilegais. O efeito dissuasor estaria enraizado no fato de a vegetação incentivar a interação social e supervisão da comunidade dos espaços públicos.



    NOS AJUDAM A PÔR AS "IDEIAS EM ORDEM"
    Vida urbana e fadiga mental, uma dupla quase inseparável. Mas um passeio no parque pode dar um jeito rápido nesse problema. Cansado de ter que ficar constantemente alerta e consciente aos estímulos do da correria do dia a dia, o cérebro humano se recupera (e põe as ideias em ordem) ao percorrer um caminho repleto de árvores eestímulos naturais.



    O efeito do relaxamento foi comprovado por um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Heriot-Watt, em Edimburgo e da Universidade de Edimburgo, na Escócia. Até mesmo visualizar espaços verdes da janela do escritório pode ser reconfortante.



    ...E POUPAR ENERGIA (E DINHEIRO)
    Além de todas as vantagens citadas acima, as árvores podem nos ajudar a poupar energia. Se no verão, elas fazem sombra fresca, no inverno atuam como isolantes térmicos. Logo, ter a casa cercada por elas pode gerar benefício extra pro bolso. De acordo com uma pesquisa feita no Reino Unido, as casas da região poderiam economizar até um décimo da energia necessária para seu aquecimento anual e das despesas de refrigeração, com o isolamento natural, durante o inverno, e a sombra, no verão, fornecidos pelas árvores.

    XÔ, ALERGIA!
    Você sente que a cidade te deixa doente? Uma pesquisa realizada por cientistas finlandeses pode ter a explicação para esse mal-estar. Eles descobriram que a falta decontato com a natureza torna as pessoas mais susceptíveis a desenvolver asmas e alergias. O estudo, publicado na revista Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), indica que em espaços verdes existem uma série de bactérias e microorganismos que ajudam a fortalecer o sistema imunológico dos seres humanos.



    Crianças e adultos que moram em regiões muito urbanizadas, carentes de um meio ambiente com vitalidade, teriam predisposição maior a desenvolver doenças inflamatórias crônicas e autoimunes, ao passo que os moradores rurais estariam mais protegidos. Os pesquisadores estudam a hipótese de que as tais bactérias possam ser responsáveis por fortalecer o sistema imunológico dos moradores de áreas rurais.

    Dekila Chungyalpa: a fé pela conservação

    TERRA SAGRADA

    Dekila Chungyalpa: a fé pela conservação

    Líderes e instituições religiosas têm papel fundamental na difusão de mensagens de preservação do meio ambiente em suas comunidades, acredita a diretora do Programa Terra Sagrada, da WWF. Em 25/07, ela participou da Jornada Mundial da Juventude para entregar essa mensagem aos jovens católicos e conversou com o Planeta Sustentável

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    Quase 80% da população mundial segue algum tipo de fé. Entre eles, cerca de 2 bilhões de cristãos, 1,3 bilhão de muçulmanos, 950 milhões de hindus, 200 milhões de budistas e muitos outros seguidores de outras religiões.

    Para a WWF - World Wildlife Foundation, muitas das áreas de conservação mundiais são sagradas, com raízes profundas religiosas e tradições culturais, entre elas, a Amazônia. Esses lugares enfrentam inúmeras ameaças:desmatamento, poluição, extração predatória de recursos, aumento do nível do mar e derretimento das calotas polares. Essas ameaças não colocam em risco apenas a integridade dos ecossistemas, mas também empobrecem e deixam vulneráveis as pessoas que lá vivem.

    Por isso, a organização internacional criou o Programa Terra Sagrada* - uma plataforma para instituições e líderes religiosos interessados em proteger a biodiversidade, os recursos naturais e os serviços ambientais. "É uma porta que faz a conexão entre eles e nós, para que se tornem mensageiros da conservação", explica Dekila Chungyalpa, diretora do programa.

    Segundo ela, para as pessoas, há uma grande diferença entre ouvir um noticiário sobre preservação ambiental e o líder religioso de suas comunidades falar sobre o mesmo assunto. "Não é a TV, não é uma ONG, mas uma pessoa que ela confia, com quem ela tem um relacionamento sagrado. O que eles pedem para ser levado em consideração se torna sagrado também", diz. Saiba mais a respeito da iniciativa no vídeo abaixo (em inglês):



    Dekila está no Brasil como participante das ações da WWF na Jornada Mundial da Juventude . Em 25/07, ela convocou jovens católicos e líderes sociais brasileiros a protegerem a Amazônia, em seguida, concedeu entrevista exclusiva ao Planeta Sustentável.

    Como está sendo a experiência com a Jornada Mundial da Juventude até agora? 
    Maravilhosa! Realmente inspiradora. Mais inspirador ainda ouvir o Papa se preocupando tanto com os pobres e falando diretamente com os jovens para que eles se inspirem para praticar ação social. É muito importante que esses jovens sejam energizados e sintam que podem desenhar seu próprio futuro rumo a um planeta mais sustentável.

    Você acredita que o Papa passará adiante a mensagem de conservação da Amazônia?
    Nós realmente esperamos que sim, afinal, ele é um líder forte na América Latina; alguns até o chamam de o Papa dos Pobres. Mas é claro que existem questões impactantes que precisam ser mencionadas - incluindo assuntos ambientais, como os impactos das mudanças climáticas, o número crescente de desastres naturais, as enchentes, as secas. E, claro, a Amazônia é crucial. Ela é o pulmão do mundo. Não é importante apenas para as pessoas que moram aqui, mas também para todo o globo. O que todos sabemos a respeito da Igreja Católica é que é uma entidade global, maior do que qualquer nação.

    Com Rosinha, cidade de Campos cria mais empregos

    0/07/2013 15:45
    Reprodução da revista ISTOÉ Dinheiro (CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR)
    Reprodução da revista ISTOÉ Dinheiro (CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR)


    Matéria da revista ISTO É Dinheiro mostra com base no Cadastro do Ministério do Trabalho, as 30 cidades do Brasil que mais criaram novos postos de trabalho, no primeiro semestre deste ano.

    Conforme podem conferir na imagem acima, a cidade de Campos dos Goytacazes, administrada pela prefeita Rosinha Garotinho ficou entre essas 30 cidades que mais criaram empregos (27ª colocação). E reparem que no Estado do Rio, só a capital, o que é natural, criou mais empregos que Campos.

    Parabéns à prefeita Rosinha que hoje tem a confiança da população e dos empresários que estão investindo cada vez mais na cidade.

    E a posição de Campos poderia ainda ser melhor, se o Complexo do Açu, no município vizinho de São João da Barra, do empresário Eike Batista não tivesse afundado. Várias empresas de Campos chegaram a fazer investimentos e contratar por conta do empreendimento, e outras certamente abririam novas vagas. Só que esse, como outros negócios de Eike, não passou de ilusão. 

    quarta-feira, 31 de julho de 2013

    Dia D para o Procurador Geral do MP Estadual que protegeu Cabral

    0/07/2013 10:02
    Reprodução do Radar online, da Veja
    Reprodução do Radar online, da Veja


    O ex-Procurador Geral de Justiça do Rio, Claudio Lopes ficou conhecido como "Engavetador Geral de Justiça", afinal impediu qualquer investigação relativa às roubalheiras e escândalos do governo Cabral. Todos os pedidos de investigação foram jogados numa gaveta. Mas, hoje, enrolado por um negócio esquisitíssimo com o Banco Itaú, Claudio Lopes pode ser condenado por seus pares com a aposentadoria compulsória. 
    fonte :BLOG DO GAROTINHO

    Perda da biodiversidade é problema global

    Perda da biodiversidade é problema global

    Por Elton Alisson Agência FAPESP – 

    A perda de biodiversidade é a ameaça real mais importante enfrentada pela humanidade hoje e ocorre de forma rápida – e em todos os lugares do planeta –, em um momento de grandes mudanças climáticas globais e de forte pressão para aumentar drasticamente a produção de alimentos a fim de atender ao crescimento da população mundial.

    O alerta foi feito por Zakri Abdul Hamid, presidente da Plataforma Intergovernamental sobre Biodiversidade e Serviços de Ecossistemas (IPBES, na sigla em inglês), nesta quinta-feira (11/07), na abertura da Reunião Regional da América Latina e Caribe do organismo intergovernamental independente. Criado oficialmente em abril de 2012, o IPBES tem por objetivo organizar o conhecimento sobre a biodiversidade no mundo para subsidiar decisões políticas em âmbito mundial.
    Realizado pela FAPESP, no âmbito do Programa BIOTA de pesquisa para caracterização, conservação e uso sustentável da biodiversidade no Estado de São Paulo, pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) e pelo IPBES, o encontro é a primeira reunião regional realizada pelo órgão.
    O evento, que segue até o dia 13 de julho na sede da FAPESP, discute formas de integrar profissionais e instituições de pesquisa da América Latina e do Caribe que atuam na área da biodiversidade, para a produção de diagnósticos regionais que comporão um relatório sobre a biodiversidade em nível global. Os documentos conterão as particularidades dos países da região, que acumulam um terço da biodiversidade do planeta e o conhecimento tradicional de povos indígenas e pré-colombianos.
    “Como são regiões ricas em biodiversidade e diversidade cultural, a América Latina e o Caribe podem desempenhar um papel importante na definição do caminho a ser seguido pelo IPBES”, afirmou Hamid. “Além disso, [as regiões] também possuem instituições respeitadas, como a Comissão Nacional para o Conhecimento e Uso da Biodiversidade (Conabio), do México, o Instituto Humboldt, da Colômbia, e a FAPESP, no Brasil, que podem tanto ajudar para aumentar a capacidade dessas regiões, como servir de modelo para o resto do mundo e auxiliar na implementação do IPBES na região”, ressaltou.
    Desafios para conservação
    De acordo com o pesquisador, um dos principais desafios que o IPBES terá de enfrentar agora, depois de oito anos de negociações internacionais para ser implementado, é chamar a atenção do mundo para o problema do declínio da diversidade de espécies de plantas e de animais em todo o planeta, que alguns cientistas chamam de “o sexto grande episódio de extinção na história da Terra”.
    Segundo dados apresentados por ele, cerca de 75% da diversidade genética de culturas agrícolas foi perdida no último século. Um dos fatores responsáveis por isso foi o cultivo, por agricultores de todo o mundo, de variedades geneticamente uniformes e de alto rendimento e o abandono de muitas variedades locais.
    “Existem 30 mil espécies de plantas, mas apenas 30 culturas são responsáveis por fornecer 95% da energia fornecida pelos alimentos consumidos pelos seres humanos; a maior parte delas (60%) se resume a arroz, trigo, milho, milheto e sorgo”, afirmou.
    Já entre os animais, de acordo com dados da Organização das Nações Unidas para a Agricultura e Alimentação (FAO) apresentados por Hamid, aproximadamente 22% das raças bovinas no mundo estão em risco de extinção. Alguns dos motivos para isso é que as características dessas espécies não atendem às demandas atuais dos pecuaristas ou porque suas qualidades não foram reconhecidas.
    Muitas dessas raças nativas, de acordo com a FAO, são adaptadas a condições ambientais desfavoráveis, possuem material genético importante para programas de reprodução e são meios de subsistência de muitas famílias carentes no mundo, uma vez que são mais fáceis de serem mantidas do que as raças exóticas, mencionou o pesquisador. Além disso, em um mundo ameaçado pelas mudanças climáticas, algumas dessas raças são mais resistentes a secas, calor extremo e doenças tropicais.
    “A perda de diversidade genética de animais domésticos reflete a falta de visão geral do valor de raças nativas e de sua importância na adaptação às mudanças climáticas globais”, disse Hamid. “Isso é consequência de incentivos à promoção de raças mais uniformes e da seleção focada de produtos agropecuários”, avaliou.
    Para tentar minimizar o risco de desaparecimento tanto dessas espécies de animais como de plantas, é preciso criar, cada vez mais, bancos de germoplasma (unidades de conservação de material genético de uso imediato ou com potencial uso futuro), apontou Hamid, que é assessor de Ciência do primeiro-ministro da Malásia e participou das negociações da Convenção sobre a Biodiversidade Biológica (CDB), estabelecida em 1992, durante a ECO-92.
    Ações de mitigação
    Já na esfera política, de acordo com o pesquisador, um dos maiores desafios é informar e capacitar os tomadores de decisão a agir de forma a reverter o problema da perda de biodiversidade existente no mundo hoje.
    Para isso, o IPBES, que foi inspirado no modelo de atuação do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), pretende não só gerar informações sobre biodiversidade aos formuladores de políticas públicas no mundo, como também realizar programas de capacitação profissional de tomadores de decisão sobre o assunto.
    “A capacitação profissional em biodiversidade foi uma requisição feita pelos países latino-americanos ao IPBES para que se tivesse, justamente, um diferencial em relação ao IPCC”, disse Carlos Joly, professor do Instituto de Biologia da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp) e coordenador do programa BIOTA-FAPESP.
    “Esse tópico será um dos mais importantes que discutiremos na reunião regional para tentarmos estabelecer de que forma o programa de trabalho do IPBES poderá ajudar a treinar e capacitar pessoas e instituições em biodiversidade e serviços ecossistêmicos”, afirmou o pesquisador brasileiro, eleito em junho diretor do Painel Multidisciplinar de Especialistas (MEP, na sigla em inglês) do IBPES.
    Na avaliação de Celso Lafer, presidente da FAPESP, a interação entre a comunidade científica e os formuladores de políticas públicas na área de meio ambiente, que o IPBES se propõe a realizar, era a ação que faltava para a CDB.
    “Justamente o que faltava para a Convenção sobre a Biodiversidade Biológica era uma interação entre o conhecimento e policy makers. E, por isso, estou convencido de que a criação do IPBES como parte dos mecanismos do processo decisório sobre os temas da biodiversidade e serviços ecossistêmicos representa um passo de grande significado”, disse Lafer, que participou como ministro das Relações Exteriores da organização e coordenação da RIO-92, na qual a CDB foi assinada. 

    As lições de Bertha Becker para o futuro da Amazônia

    As lições de Bertha Becker para o futuro da Amazônia


    Em depoimento exclusivo para a National Geographic Brasil, o economista Cadu Young, da UFRJ, fala do legado da geógrafa que ficou conhecida como “a cientista da Amazônia”


    Daniela Chindler


    Conheci a professora Bertha bem depois de ter lido seus livros. Acabamos nos encontrando diversas vezes, muitas delas com o intuito de atendar a demanda de órgãos governamentais dispostos a colocar em prática o que ela sempre defendeu: ‘a solução para o desenvolvimento da região amazônica requer inovação e um avanço técnico capazes de promover o ingresso de valor nas cadeias produtivas’.



    O conceito, que pode até soar vago para quem não é da área econômica, é de grande importância. A compreensão do trabalho de Bertha Becker leva a alguns aprendizados essenciais.



    Primeira lição: não existe "a Amazônia", mas diversos espaços geográficos coexistentes e suas respectivas populações. Hoje é fácil dizer, mas Bertha foi uma das pioneiras na negação do conceito, ainda bastante arraigado, de que a Amazônia é um espaço vazio de gente. Não é à toa que seu último livro trata de um desses ambientes que é pouquíssimo considerado no debate do desenvolvimento nacional: as cidades amazônicas.



    Ao contrário do espaço rural, que se encaixa no modelo contemporâneo de crescimento como fronteira de expansão dos polos agroexportadores, o encurtamento das cadeias produtivas exclui as possibilidades de inserção econômica dos centros urbanos da região, visto que a centralização das atividades de agregação de valor e a produção de conhecimento ocorrem fora da Amazônia.



    O que nos leva à segunda lição: só haverá possibilidade de conservação da "Amazônia clássica" (a floresta e seus povos) se houver a constituição de centros de geração e difusão de progresso técnico na região, permitindo o aproveitamento dos imensos recursos naturais e humanos. Na minha interpretação, isso é a tal da Economia Verde, mas esse não era um termo que a professora gostasse de usar. Na sua visão, induziria à mercantilização da natureza sem resolver os problemas fundamentais de desigualdade e expropriação. Mas, entre nós, quando uma discordância surgia, era sempre expressa em tom inconfundível de simpatia, que acabava induzindo a uma convergência de pensamento.



    Nossa última conversa foi uma das mais longas. Voltamos juntos de um seminário em Brasília e, com tempo de sobra, sentamos para papear no aeroporto. Fomos ao andar de cima, onde estão os bares, e imaginei que iríamos tomar um café. Para a minha surpresa, ela perguntou: "Vamos tomar uma caipirinha?".



    Aceitei. E então perguntei do início de seu trabalho na Amazônia (se ir a campo hoje é difícil, imagine naquela época). Bertha desandou a desfiar suas histórias, sempre finalizadas com seu jeito sorridente e um doce "não é mesmo?". Além de cientista pioneira, era uma pessoa querida por muita gente. Não é mesmo?