quarta-feira, 18 de março de 2020


Beber muita água e fazer gargarejo com água morna, vinagre, ou sal, não elimina o coronavírus

Publicações compartilhadas mais de 14 mil vezes nas redes sociais desde o último dia 15 de março afirmam que antes de atingir os pulmões, o novo coronavírus fica na garganta durante quatro dias e, por isso, fazer gargarejo com água morna, sal, ou vinagre, elimina o vírus. Essa indicação é, entretanto, falsa. A temperatura da água não tem nenhum efeito contra a COVID-19 e as recomendações de saúde de vários países não mencionam que os gargarejos sejam efetivos contra o vírus.

“O vírus corona, antes de atingir os pulmões, permanece na garganta por quatro dias e, nesse momento, a pessoa começa a tossir e a ter dores de garganta. Se ele bebe muita água e gargareja com água morna, sal ou vinagre, elimina o vírus. Divulgue essas informações porque você pode salvar alguém com essas informações [sic], dizem as publicações viralizadas nas redes, com mais de 13 mil compartilhamentos no Facebook, acompanhadas por uma ilustração do corpo humano com o vírus na garganta.

Captura de tela feita em 16 de março de 2020 de uma publicação no Facebook
O mesmo conselho circula amplamente em outras postagens no Facebook (12345) e em menor escala no Twitter (12), além de ter sido compartilhada em espanhol (123).
Esses conselhos, no entanto, são falsos e não têm nenhuma incidência comprovada na eliminação do novo coronavírus.
A água quente não tem nenhum efeito sobre este vírus, segundo explicado pela equipe de verificação da AFP recentemente. De fato, nenhuma autoridade de Saúde consultada incluiu a ingestão de água morna entre as suas recomendações.
AFP também consultou as recomendações oficiais da Organização Mundial da Saúde (OMS), assim como das autoridades de Saúde de Estados UnidosCanadá e França, e tampouco é mencionado que fazer gargarejo é efetivo contra o novo coronavírus.
Trata-se de uma ação que pode ser tomada durante a “dor de garganta comum, não para o novo coronavírus, particularmente”, assegurou à AFP Brandon Brown, epidemiologista da Universidade da Califórnia.
“Não há necessidade de mudar a temperatura da água que você bebe. A água potável sempre é importante, não apenas para o coronavírus”, acrescentou o professor Brown.
Ministério da Saúde brasileiro indica, ainda, que beber água morna ou quente não traz qualquer benefício em relação à prevenção ou eliminação do novo coronavírus. Por e-mail ao AFP Checamos, acrescentou que, “até o momento, não há nenhum medicamento, chá, substância, vitamina, alimento específico ou vacina que possa prevenir a infecção pelo coronavírus”.
Por último, tampouco há fundamento para a afirmação de que o coronavírus permaneça “na garganta durante quatro dias” antes de chegar aos pulmões, de acordo com os organismos públicos de Saúde consultados pela AFP, entre eles o Ministério da Saúde espanhol.
Sobre o período em que o vírus permaneceria na garganta, a consultora de comunicação da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) e Organização Mundial da Saúde, Larissa Domingues, afirmou em e-mail ao AFP Checamos que “não há evidências científicas que comprovem esta informação. A Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que a população se mantenha atualizada sobre a COVID-19 por meio de fontes confiáveis - autoridades de saúde nacionais (Ministérios da Saúde) e internacionais (OPAS, OMS)”.
A OMS insiste que “embora alguns remédios ocidentais, tradicionais, ou caseiros, possam proporcionar conforto e aliviar os sintomas da COVID-19, não há provas de que os medicamentos atuais possam prevenir, ou curar, a doença”.
As recomendações mais repetidas pelos organismos oficiais e compiladas pela OMS são:
- Evitar o contato direto com pessoas com doenças respiratórias.
- Ao tossir, ou espirrar, cobrir o nariz e a boca com a dobra do cotovelo, e lavar as mãos imediatamente depois.
- Manter uma higiene frequente das mãos, sobretudo antes de ingerir alimentos e bebidas, e depois do contato com superfícies em áreas públicas.
O surto pandêmico do novo coronavírus começou em 31 dezembro de 2019 na cidade chinesa de Wuhan. No último 11 de março, o diretor da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, classificou a situação como uma “pandemia” e denunciou os “níveis alarmantes de propagação e inação”.
Em 17 de março, o número mundial de infectados se situava em mais de 183 mil e os mortos, em cerca de 7 mil, segundo consulta no mapa de monitoramento em tempo real do novo coronavírus, desenvolvido pelo Centro de Ciência de Sistemas e Engenharia da Universidade Johns Hopkins.
Em resumo, fazer gargarejos de água quente com vinagre, ou com sal, não tem qualquer incidência na eliminação do novo coronavírus, como tem circulado erroneamente nas redes sociais.

MATÉRIA MUITO COMPLETA SOBRE O CORONA ! 

Tudo o que você precisa saber sobre o coronavírus no Brasil

Tire suas dúvidas sobre como agir em relação a prevenção, transmissão e cura do novo coronavírus

16 mar 2020 16h26 - atualizado às 17h32
    
 COMENTÁRIOS
Com o avanço do novo coronavírus, que começou a se espalhar em Wuhan, na China, e passou a ser transmitido em ritmo acelerado em outros países e continentes, o mundo está em estado de alerta - ainda mais após a declaração de situação de pandemia, decretada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Foto conceito do COVID-19 (novo coronavírus), "feita em estúdio". Vírus com silhueta.
Foto conceito do COVID-19 (novo coronavírus), "feita em estúdio". Vírus com silhueta.
Foto: Cadu Rolim/Fotoarena / Estadão Conteúdo
No Brasil (e na América Latina), o primeiro caso da doença foi registrado no dia 26 de fevereiro deste ano, em um paciente que veio da Itália para São Paulo. Desde então, as autoridades de saúde estão tomando providências e anunciando medidas para conter a contaminação da melhor maneira possível.
Por ser uma doença nova, ainda há muitas dúvidas sobre a disseminação, sintomas, cuidados e cura da Covid-19. Abaixo seguem as respostas para as principais perguntas sobre o tema de acordo com os canais oficiais da Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, do Ministério da Saúde e da OMS. Confira:

O que é coronavírus?

O coronavírus vem de uma família de vírus que provoca infecções respiratórias. No momento, o mundo passa por uma pandemia do novo coronavírus, que teve início em 31 de dezembro de 2019 na China e passou a ser transmitido pelo mundo todo. O coronavírus provoca a doença que leva o mesmo nome, ou Covid-19. 
Conhecidos desde meados de 1960, os coronavírus costumam causar doenças respiratórias leves a moderadas, semelhantes a um resfriado comum. Contudo, alguns podem causar doenças graves com impacto em termos de saúde pública, como o que está sendo transmitido agora.

Quais são os principais sintomas do coronavírus?

Os sinais e sintomas clínicos são principalmente respiratórios, semelhantes aos de um resfriado. Em alguns casos, podem também causar infecção do trato respiratório inferior, como as pneumonias.
Sintomas comuns: 
  • Coriza
  • Tosse
  • Cansaço
  • Dor de garganta
Sintomas graves:
  • Febre alta
  • Pneumonia
  • Insuficiência respiratória aguda
Os sintomas podem aparecer entre 1 e 12 dias após a exposição ao vírus.

O que é o “período de incubação”?

Esse é o intervalo entre a data de contato com o vírus até o início dos sintomas. No caso do coronavírus, esse período pode durar de um dia até duas semanas.

Como acontece a transmissão?

O vírus causador da Covid-19 pode se propagar por meio de gotículas do nariz ou da boca via tosse ou espirro. Ainda há estudos que avaliam se a doença pode ou não ser transmitida pelo ar.
Por enquanto, o que se tem certeza é que a transmissão ocorre por contato com:
  • Gotículas de saliva;
  • Espirro;
  • Tosse;
  • Catarro;
  • Contato pessoal próximo, como toque ou aperto de mão com pessoa infectada;
  • Contato com objetos ou superfícies contaminadas, seguido de contato com a boca, nariz ou olhos.

Existe vacina para prevenção ao coronavírus?

Até o momento, não. No entanto, há esforços de cientistas ao redor do mundo, incluindo no Brasil, que já iniciaram pesquisas para desenvolvimento de vacina. Ainda é precoce indicar se e quando ela estará disponível.

O coronavírus pode matar?

Em caso de complicações da infecção, como por exemplo, insuficiências respiratórias, o óbito pode ocorrer. No entanto, a maioria dos casos não leva à morte.

Como se prevenir?

Segundo o Ministério da Saúde, as orientações devem ser adaptadas pelos gestores estaduais e municipais, de acordo com a realidade local. “Não há uma regra única para todo o país. Cada região deve avaliar com as autoridades locais o que se deve fazer caso a caso. Neste momento, nós não temos o Brasil inteiro na mesma situação, por isso é importante analisar o cenário de casos e possíveis riscos”, destacou o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Wanderson de Oliveira.
De maneira geral, as principais recomendações são:
  • Lave bem as mãos com água e sabão, incluindo dedos, unhas, punho, palma e dorso, por 20 segundos e seque, preferencialmente, com toalhas de papel descartáveis.
  • Na falta de água e sabão, use álcool em gel para higienizar as mãos. O mesmo produto pode ser utilizado para limpar e objetos pessoais ou de uso coletivo, como celular, teclado, maçaneta, etc.
  • Ao espirrar ou tossir, cubra o nariz e boca com um lenço descartável ou com o antebraço.
  • Evite aglomerações, assim como deslocamentos e viagens, principalmente se estiver doente.
  • Mantenha os ambientes bem ventilados.
  • Evite tocar o rosto com as mãos sem lavá-las.
  • Para a limpeza doméstica, dê preferência para o uso da água sanitária (em uma solução de uma parte de água sanitária para 9 partes de água) para desinfetar superfícies.

O que fazer em caso de sintomas?

Em caso de suspeita de coronavírus, o Ministério da Saúde recomenda evitar ao máximo sair de casa. O paciente só deve procurar o serviço de saúde quando houver problemas mais sérios que necessitem de cuidados especiais, como dificuldade para respirar. 
Na maioria do caso, o recomendado é:
  • Repouso;
  • Evitar ao máximo sair de casa e ter contato com outras pessoas para não transmitir o vírus;
  • Hidratação (ingestão de bastante água e líquidos);
  • Uso de medicamentos para dor e febre (antitérmicos e analgésicos); uso de umidificador no quarto; tomar banho quente para auxiliar no alívio da dor de garganta e tosse.

Como é feito o diagnóstico do COVID-19?

O diagnóstico é feito com a coleta de materiais respiratórios (aspiração de vias aéreas ou coleta de secreções da boca e nariz). O procedimento deve ser realizado em uma unidade de saúde.
As amostras são encaminhadas com urgência para o Laboratório Central de Saúde Pública (Lacen), definido pelo Ministério da Saúde para cada região.

Quais os cuidados em caso de isolamento domiciliar?

Nessa condição, quando há recomendação médica para isolamento domiciliar, o paciente deve ser mantido em casa, recebendo cuidados como hidratação e repouso. Os familiares devem tomar as precauções já indicadas, como evitar compartilhamento de objetos pessoais, contatos com secreção do paciente e higienização constante das mãos e do ambiente.

O que pessoas que tiveram contato com pacientes suspeitos devem fazer?

Valem as dicas básicas de cuidados de prevenção e prestar atenção em eventuais sinais ou sintomas.

É preciso usar máscaras?

No momento, não há recomendação para uso de máscaras para a população em geral. Quem estiver saudável, não precisa se preocupar. 
Segundo o Ministério da Saúde, as máscaras faciais descartáveis devem ser utilizadas por profissionais da saúde, cuidadores de idosos, mães que estão amamentando e pessoas diagnosticadas com o coronavírus.

Que cuidados deve tomar quem usa transporte público, como ônibus, trens e metrô?

Não é necessário usar máscaras, no momento. As recomendações são para cada pessoa seguir e repassar a amigos e familiares as dicas de prevenção, sobretudo a higienização das mãos.

Há medida de restrição ou bloqueio a pessoas vindas de outros países?

Até o momento, o governo federal não definiu medidas nesse sentido. Qualquer decisão envolvendo fluxo internacional depende das autoridades federais. 
Também não há nenhuma medida de monitoramento de temperatura de pessoas vindas da China ou de outro país com registro de Covid-19, já que, segundo o Ministério da Saúde, não há impacto efetivo no procedimento, tendo em vista que as pessoas podem chegar ao Brasil sem sintomas.

Há restrições para comprar mercadorias vindas de países com casos confirmados da doença?

O vírus tem vida de 24 horas. Tudo que vem da China, por exemplo, demora mais que esse período para chegar ao Brasil. Por enquanto, não há indícios ou evidências de que seja necessária evitar a importação de produtos.

Qual é a orientação para quem tem viagens marcadas para China ou outros países com registro da doença?

O Ministério da Saúde orienta que essas viagens sejam realizadas apenas em casos de extrema necessidade. Essa recomendação vale até que o quadro todo esteja bem definido.
Como o cenário internacional do coronavírus é dinâmico, o Ministério está atualizando as áreas com transmissão local de acordo com as informações da Organização Mundial da Saúde (OMS) neste

  • ÉPOCA NEGÓCIOS
 ATUALIZADO EM 
 (Foto: ljubaphoto via Getty Images)
Com a disseminação do novo coronavírus, causador da doença covid-19, a orientação da OMS (Organização Mundial da Saúde) é evitar lugares públicos e aglomerações. Na lista, estão metrô, ônibus e trem — principalmente em horário de pico.
Mas o que acontece quando o funcionário depende destes transportes para ir ao trabalho? Ele pode faltar? A empresa deve exigir o home office? O empregador pode obrigar o funcionário neste momento a fazer viagens ao exterior? O episódio de hoje (16/03) do NegNews entrevista Caroline March, advogada trabalhista e sócia do escritório de advocacia Machado Meyer. A especialista destrincha os seus direitos trabalhistas em época de coronavírus. Confira o papo no podcast abaixo:  
EMPRESAS AÉREAS DE BAIXO  CUSTO .

Congresso apresenta resultados da gestão e discute novas formas de regular relação entre empresas e consumidores

Brasília, 12/03/2020 – 
A Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) defende o aprimoramento da defesa da concorrência para ampliar os benefícios ao consumidor. Nesse sentido, o aumento da competição livre e saudável entre empresas evita concentração de mercado e amplia a oferta qualitativa de produtos e serviços aos compradores. O tema foi abordado pelo titular da Senacon, Luciano Timm, no “Congresso Defesa do Consumidor e Balanço da Senacon”, realizado no MJSP nesta quinta-feira (12), Dia Internacional do Consumidor.
“A defesa da concorrência alinhada à defesa do consumidor significa que você vai duplamente cuidar dos interesses do consumidor. Antes de uma fusão ocorrer, você vai ver se isso é prejudicial ou não aos consumidores, senão você gera uma concentração muito grande. E agora há notícia de que pode haver uma concentração importante no mercado de telefonia; então, vamos querer participar desse processo defendendo os interesses dos consumidores”, frisou Timm.
O secretário apresentou o balanço de resultados de 2019 da pasta, como o número de processos administrativos abertos, condenações aplicadas, capacitações realizadas, combate à pirataria, projetos nos quais investiu-se recursos do Fundo de Direitos Difusos (FDD) originados de condenações do Cade e da Senacon, entre outros. “Hoje é um dia de comemoração, e o fizemos mostrando as entregas da secretaria, focando em resultados”.
Com presença do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade/MJSP) e da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), uma conferência inaugural aproximou defesa da concorrência e defesa do consumidor. Por meio de palestra remota, a representante da Conferência das Nações Unidas sobre Comércio e Desenvolvimento (UNCTAD) Teresa Moreira, responsável pelo braço de Políticas da Concorrência e dos Consumidores, parabenizou o Brasil.
“A UNCTAD celebrou a convergência entre esses dois temas, manifestação que vai em linha do que observamos nas investigações, ou seja, ter mercados mais concentrados é prejudicial ao consumidor”, salienta Timm, para quem esta nova abordagem das relações de consumo em articulação com concorrência será regra nos próximos 30 anos, refletindo também as pautas do Cade e também das agências reguladoras. 
A Senacon também se posiciona na concorrência de transporte aéreo dentro dessa nova realidade. Após participar de evento esta semana no Cade, junto com a Agência Nacional de Aviação (Anac), sobre entrada das empresas low cost, que cobram passagens áreas mais baratas, a Senacon reitera que essa abertura de mercado democratizará o transporte. “Entendemos que temos nosso lugar e fala nesse debate das empresas low cost, e que isso é bom para o consumidor: redução de preço, aumento de concorrência”, frisa Timm.
As defesas da concorrência e do consumidor foram associadas na identidade comum do bem-estar social, apesar de terem competências diferentes. Nesse contexto, há necessidade de maior compreensão da defesa da concorrência, não só por parte dos consumidores, mas dos operadores/empresas, conforme destacou a diretora do Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Senacon, Juliana Domingues.
Para a diretora, também se fará necessária, daqui em diante, a interlocução frequente entre órgãos como Senacon, Cade e Agência Nacional de Aviação Civil (ANAC), em busca de soluções conjuntas entre os atores nas demandas relativas a consumidores. O objetivo é que o Brasil seja referência mundial em proteção e defesa do consumidor.
O evento ainda apresenta projetos importantes do FDD, com mais de R$ 630 milhões efetivamente transferidos para investimentos em projetos em 2019, crescimento volumoso ante uma média histórica de R$ 3 milhões. Isso significou preservação de museus, água em cisternas no Nordeste e outros projetos de alta relevância social. Já o painel de superendividamento oferece diagnósticos para lidar com temas trabalhados pela Senacon, como crédito consignado e ações conjuntas em curso com outras instituições, como o Banco Central, dentro da proposta de agregar concorrência e consumidor.

terça-feira, 17 de março de 2020


Primeira morte por novo coronavírus é registrada no Brasil

17 MAR2020
10h51
atualizado às 10h56  FONTE TERRA.COM.BR
Um paciente do Estado de São Paulo se tornou a primeira vítima fatal do novo coronavírus no Brasil, informou a Secretaria de Estado de Saúde nesta terça-feira.
O secretário de Estado da Saúde, José Henrique Germann, e o Coordenador do Centro de Contingência do Coronavírus de São Paulo, David Uip, vão fornecer informações relacionadas à morte em entrevista coletiva nesta tarde, disse a secretaria em nota.

Esclarecimentos aos consumidores e fornecedores sobre o funcionamento do Procon RJ.

14.03.2020 - 13:30
nota_procon_1584203286.05.jpg

Em virtude do anúncio feito pelo Governador Wilson Witzel e da declaração de pandemia do novo coronavirus pela Organização Mundial da Saúde, onde fica reforçada a necessidade de se evitarem aglomerações, tendo em vista que o Procon Estadual do Rio de Janeiro atende diariamente centenas de pessoas, o presidente da autarquia, Cássio Coelho decidiu pela implementação de medidas temporárias de prevenção à transmissão da COVID19.

O atendimento presencial ao consumidor na sede do Procon RJ estará suspenso por 30 dias, a contar de segunda feira (16/03/20). O consumidor poderá fazer denúncias e reclamações através dos canais de atendimento online: aplicativo Procon-RJ e sitewww.procononline.rj.gov.br. Quem tiver dúvidas e desejar fazer denúncias, poderá entrar em contato com o telefone 151, que continuará disponível para atender os consumidores.

O atendimento presencial aos fornecedores no Cartório será mantido exclusivamente para a emissão de Guia de Recolhimento ao Estado, já o atendimento à distância continuará sendo feito normalmente. Para finalizar, o atendimento aos fornecedores pelo Departamento de Dívida Ativa será feito preferencialmente pelo e-mail:dividaativa@procon.rj.gov.br.

Durante a vigência desta suspensão, não serão realizas audiências de conciliação ou mediação, nem atos processuais, salvo aqueles urgentes, assim determinado pelas autoridades competentes. Ficam também suspensos todos os prazos dos processos administrativos em curso, físicos ou virtuais que dependerem de acesso aos processos físicos.

O Procon RJ, autarquia vinculada à Secretaria de Estado de Desenvolvimento Econômico, vai ao encontro dos esforços do Governo do Estado do Rio de Janeiro e de todos os cidadãos no combate à propagação do coronavirius para que suas consequências negativas na população sejam as menores possíveis.

Coronavírus afeta comportamento do consumidor

Consumidores estão mais cautelosos durante as compras. Como forma de prevenção estão e evitando lojas físicas e aumentando volume de compras online
As incertezas relacionadas à disseminação do coronavírus (Covid-19) pelo mundo já estão afetando o comportamento dos consumidores, segundo pesquisa realizada pela Coresight Research. De acordo com a pesquisa, os consumidores estão mais cautelosos ao fazer compras em lojas físicas com grande concentração de pessoas e estão se voltando ainda mais para o e-commerce como um meio para obter suprimentos básicos.
“É compreensível, dada a incerteza em torno do coronavírus, que populações vulneráveis estão evitando ambientes físicos que aumentam a chance de exposição. Mas as necessidades de consumo não desaparecem e podem até aumentar, com muitos procurando estocar suprimentos”, disse Andrew Lipsman, analista-sênior da eMarketer, onde a pesquisa foi publicada.
A pesquisa realizada nos Estados Unidos mostrou que quase metade (47%) dos consumidores consultados no fim de fevereiro disseram que estão evitando fazer compras em shoppings, e 32% estão evitando evitando lojas físicas de rua, fora dos shoppings. Se o surto piorar, cerca de três quartos (74%) disseram que se afastariam completamente dos shoppings, e pouco mais da metade (52%) deixaria de fazer compras em lojas de rua.
O mercado de alimentação e entretenimento também deve sofrer com a diminuição de clientes. A pesquisa mostrou que 30% dos consumidores já estão evitando frequentar bares e restaurantes, e caso a proliferação da doença aumente, esse número deve subir para 60%.
O fato de os consumidores estarem evitando as compras em lojas físicas não quer dizer que o consumo diminuiu, ele apenas migrou para o e-commerce. Segundo a CNBC, a demanda cresceu tanto que Amazon, Walmart e Instacart alertaram sobre possíveis atrasos e indisponibilidade do delivery expresso (no mesmo dia) ou no dia seguinte à compra.

Preparação da despensa

Uma outra pesquisa, realizada pelo instituto Nielsen, também aponta mudanças de hábitos de consumo causadas pela pandemia do Covid-19. O instituto identificou picos de crescimento nas vendas de produtos alimentícios de alta duração nos Estados Unidos após o início das contaminações em grande escala, na semana que terminou em 29 de fevereiro.
De acordo com a Nielsen, os produtos que tiveram maior pico de vendas foram leite em pó (+84%), grãos (+37%), carne enlatada (+31%) e arroz (+25%). Indicadores semelhantes em todo o mundo demonstram que as notícias sobre o Covid-19 causaram o aumento da demanda, nos países afetados, por produtos indispensáveis na despensa.
Além de alimentos, também não é surpresa o aumento das buscas por produtos de higiene, como álcool em gel e máscaras cirúrgicas. As vendas de álcool em gel, por exemplo, cresceram 19,5% na semana de 1º de fevereiro, quando o primeiro caso foi confirmado nos Estados Unidos, em comparação com o mesmo período do ano passado. Com a proliferação dos contágios nos Estados Unidos, as vendas do produto aumentaram 85% na semana que começou em 22 de fevereiro em relação ao mesmo período de 2019.