terça-feira, 15 de julho de 2014

SECRETARIA DE ESTADO DO AMBIENTE REMOVE DEZ TONELADAS DE LIXO DO RIO DA PRATA EM MUTIRÃO DE LIMPEZA

 25/06/2014 -  Steven McCane
Cachoeira utilizada por frequentadores de religiões de matriz africana contará com monitores ambientais para orientar sobre o descarte correto de resíduos de oferendas

A Secretaria de Estado do Ambiente (SEA) promoveu nesta quarta-feira (25/6) o primeiro mutirão de limpeza na cachoeira do Rio da Prata, em Campo Grande, Zona Oeste. A ação realizada em parceria com a Comlurb removeu dez toneladas de resíduos de oferendas, como vasos de barro e resíduos orgânicos que poluíam o local. Cerca de 50 voluntários entre praticantes de religiões de matriz africana, garis e moradores participaram da limpeza ao redor do rio.

“A ação de hoje servirá para preparar o local para futuras oficinas de educação ambiental. Vamos formar monitores ambientais ligados a essas religiões que atuarão na orientação dos frequentadores do local. A ideia é que o espaço receba composteira para receber os restos orgânicos de oferendas, no mesmo molde do trabalho realizado no Espaço Sagrado Curva do S. Já estamos identificando novas cachoeiras do Estado do Rio para atuar”, explicou a articuladora do projeto Ambiente em Ação da SEA, Bianca Pires.

A atividade que conta com apoio da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) foi o primeiro passo para iniciar ações de educação ambiental nessa área, a exemplo do que é feito na Curva do S, na Floresta da Tijuca com o plantio de espécies nativas e criação de locais apropriados para receber velas e imagens de santos. As ações visam à promoção das práticas religiosas de forma sustentável, respeitando o meio ambiente.

Integrantes da SEA e de grupos religiosos identificaram ao longo da atividade árvores queimadas por rituais com a utilização de velas, além do rio poluído por detritos de oferendas. O lixo recolhido foi levado por garis da Comlurb para receber a destinação correta.

“Isso aqui fica uma imundice. Tento fazer minha parte limpando o local e avisando os visitantes sobre não deixar restos de oferendas como carcaças de animais, mas nem sempre me ouvem, e o movimento é de dia e noite. Precisamos desse apoio do Estado”, disse o morador Jorge Luis da Silva.

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Dinamarqueses criam freezer subterrâneo que não usa energia elétrica

Dinamarqueses criam freezer subterrâneo que não usa energia elétrica


Os dinamarqueses da empresa Mors by hand decidiram aproveitar uma técnica do passado para criar uma máquina sustentável. Apelidado de eCool, o sistema é uma espécie de freezer subterrâneo que não utiliza energia elétrica.
A lógica usada pelos criadores é simples: aproveitar a refrigeração natural da terra para manter as bebidas sempre frescas. Cavar buracos para guardar latinhas é uma alternativa usada há muitos anos. No entanto, o que os dinamarqueses fizeram foi melhorar essa ideia e torná-la mais eficiente e prática.
O eCool possui 113 centímetros de altura. Boa parte disso fica escondida sob o solo. O freezer tem capacidade para armazenar até 24 latinhas e, uma vez instalado, ele não precisa mais ser retirado do chão. Para carregar basta inserir as latinhas, que já ficam empilhadas na posição ideal. Depois, na hora de usar, o único esforço a ser feito é girar uma manivela, até que a latinha chegue à superfície.
O equipamento está disponível para compra através do site da empresa e custa US$ 349. Os fabricantes garantem que existem modelos convencionais mais baratos, mas lembram que é necessário pensar na economia em longo prazo, já que o eCool não gasta nada em eletricidade e praticamente não tem manutenção.
Matéria originalmente publicada no portal CicloVivo

Itamaraty lança processo de consulta sobre contribuição brasileira para o novo acordo climático global

Itamaraty lança processo de consulta sobre contribuição brasileira para o novo acordo climático globalTasso Azevedo - 02/06/2014 

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Itamaraty acaba de dar o pontapé inicial no processo de consulta sobre as contribuições que o Brasil oferecerá para o esforço global de reduzir emissões de gases de efeito estufa (GEE) de forma a limitar o aumento da temperatura global em 2ºC.
Para que seja possível se chegar ao acordo global sobre mudanças climáticas na COP21, a ser realizada em Paris em dezembro de 2015, uma série de marcos estão previstos para construir o acordo. Um dos principais é o envio para o Secretariado da Convenção de Mudanças Climáticas, até 31 de março de 2015, das contribuições nacionalmente definidas de cada país. Assim, será possível avaliar o quão distante a soma dos esforços estará da necessidade de redução de emissões necessárias para o cenários de 2ºC.
O processo de consulta, cuja chamada se encontra na íntegra abaixo, envolve duas etapas:
1. Será realizada pela internet onde os interessados podem responder ao questionário orientador e enviar suas contribuições de forma livre até o dia 18/7 próximo;
2. Esta fase terá inicio no dia 18/8 com a publicação do relatório das contribuições da primeira fase e a realização e uma série de consultas presenciais durante o mês de setembro. As contribuições pela internet poderão ainda ser enviadas até o dia 17/11/2015.
É curioso que a publicação do relatório final das consultas aconteça apenas em 17/4/2015, portanto, depois do prazo final para envio das contribuições brasileiras para a UNFCCC. Fato que precisa ser revista. De qualquer forma, trata-se de uma ótima iniciativa do Itamaraty.
Abaixo estão reproduzidos o calendário completo do processo de consulta e a íntegra da convocatória do Itamaraty. O documento de contexto preparado pelo Itamaraty pode ser visualizado em seu site.
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Prezados,
Como é de seu conhecimento, estão em andamento negociações no âmbito da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC) de um novo acordo sob a Convenção, que entrará em vigor a partir de 2020. Nesse contexto, a 19ª Conferência das Partes na UNFCCC (COP-19, realizada em Varsóvia, Polônia) instou as Partes a iniciar ou intensificar as preparações domésticas de suas pretendidas “contribuições nacionalmente determinadas” ao novo acordo e a comunicá-las antes da COP-21.
As “contribuições nacionalmente determinadas” representam o pretendido aporte de cada país ao esforço global de combate à mudança do clima e deverão ter papel central na implementação do novo acordo sob a Convenção. Com o objetivo de subsidiar o processo de preparação da “contribuição nacionalmente determinada” que o Brasil levará à mesa de negociações, o Ministério das Relações Exteriores está coordenando uma consulta à sociedade civil brasileira, de forma a ampliar a transparência da preparação nacional e dar oportunidade a que todos os setores interessados participem e opinem.
A consulta será realizada em duas fases. A primeira fase será de consultas abertas, por meio eletrônico, sobre quais devem ser os elementos principais da contribuição brasileira, utilizando um questionário orientador. Com base nos aportes recebidos durante a primeira fase, será elaborado um relatório preliminar com indicação de possíveis opções de modalidades para a contribuição nacional brasileira. Na segunda fase, esse documento será submetido a novas consultas, por meio eletrônico e reuniões presenciais, para maior detalhamento de cada opção apresentada. A versão final do relatório subsidiará o processo de tomada de decisão, pelo Governo Federal, sobre a contribuição nacional que o Brasil apresentará nas negociações do novo acordo sob a Convenção.
Para participar, visite a página do processo de consulta.
Agradeceria a gentileza de divulgar esta mensagem e este link junto a colegas e entidades com interesse no tema.
Cordiais saudações,Everton Frask LuceroDivisão de Clima, Ozônio e Segurança Química Ministério das Relações Exteriores
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Foto: M.J.Ambriola/Creative Commons

Oito propostas para restaurar e proteger o oceano



Oito propostas para restaurar e proteger o oceano

06/2014   -   Autor: Fernanda B. Müller   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil

Pesquisadores e personalidades da iniciativa privada e do setor público afirmam que é urgente um pacote de medidas para reverter a degradação do alto-mar


A Comissão Global dos Oceanos (CGO), uma iniciativa do Pew Charitable Trusts, que reúne ex-chefes de Estado, ministros, líderes empresariais e ONGs, lançou um relatório que pretende ser um plano de resgate para o oceano nos próximos cinco anos.

Cronicamente desvalorizado e mal gerenciado, o alto-mar, equivalente a 64% da superfície total do oceano, possui menos de 1% da sua superfície em áreas protegidas.

A Convenção das Nações Unidas sobre o Direito do Mar (CNUDM), a única que versa sobre a região, foi negociada em uma época que o alto-mar era inacessível, aponta o relatório. Mas hoje não existem mais áreas remotas para a pesca industrial e para a exploração de petróleo, gás e minerais.

Considerando todos esses fatores, a CGO chegou à conclusão de que é urgente um pacote integrado de resgate que, ao ser aplicado integralmente, resulte na restauração do oceano.

“Um oceano saudável é essencial para o nosso bem-estar, e precisamos reverter a sua degradação. A menos que viremos a maré de declínio do oceano dentro de cinco anos, a comunidade internacional deveria considerar transformar o alto-mar em uma zona de regeneração restrita até que a sua condição seja restaurada”, alertou José Maria Figueres, co-presidente da CGO e ex-presidente da Costa Rica.

A proposta da CGO lida especificamente com a fraqueza da governança, a ausência de equidade e sustentabilidade no uso dos recursos em alto-mar e a novas pressões que precisam ser conhecidas antes que danos sejam causados.

Em cada caso, a CGO avaliou o que funciona e se inspirou para construir um pacote de resgate contendo oito medidas:

1. 
Uma meta de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas para o Oceano, colocando o oceano saudável e vivo no coração do desenvolvimento com vistas a reverter a degradação e conduzir o sistema global para a sua governança.

Os elementos que comporiam essa medida seriam a garantia de que todos os estoques de peixes estão sendo explorados de forma sustentável; a proteção de áreas marinhas vulneráveis; a redução da perda da biodiversidade; eliminar a pesca ilegal; e reduzir em 50% a quantidade de resíduos plásticos no ambiente marinho.

2.
 Promoção do cuidado e recuperação através da governança do alto-mar. Entre os elementos dessa proposta estariam o fortalecimento da CNUDM; avaliações regulares e independentes dos Acordos sobre os Estoques de Peixes da ONU; Criação de Organizações Regionais para a Gestão do Oceano; entre outros.

3. Fim da sobrepesca e dos subsídios financeiros danosos ao alto-mar. A CGO pede que os membros da Organização Mundial do Comércio urgentemente adotem três passos: transparência integral dos subsídios à pesca; classificação dos mesmos visando identificar e distinguir aqueles que são prejudiciais; imediatamente limitar e então acabar com os subsídios para combustíveis utilizados na pesca em alto-mar nos próximos cinco anos.

Mesmo com as capturas diminuindo cada vez mais, o esforço pesqueiro não para de aumentar, especialmente impulsionado por grandes países desenvolvidos que dão subsídios para que a frota pesqueira possa atuar no alto-mar e isso ainda ser rentável. Japão, China, União Europeia e Estados Unidos são os que mais gastam neste sentido, aponta o relatório.

Além dos prejuízos ecológicos, esses subsídios também se tornam um fator competitivo desvantajoso para os pescadores artesanais.

A frota pesqueira mundial atualmente é 2,5 vezes maior do que é necessário para que as capturas sejam sustentáveis, levando a uma perigosa depleção dos estoques pesqueiros.

4. 
Acabar com a pesca ilegal, desregulada e não reportada em alto-mar – estimada em US$ 1,25 bilhão anuais –, que tem impactos ecológicos, econômicos e sociais negativos, além de afetar desproporcionalmente os países em desenvolvimento.

Para tal, a probabilidade de punição precisa aumentar e o acesso aos mercados precisa ser extinguido. Assim, esse quesito exige alto grau de cooperação e compromissos internacionais.

5. 
Manter os plásticos fora do oceano, o que exige ações coordenadas dos governos, setor privado e sociedade civil para eliminar as variadas fontes desse resíduo.

Incentivar a reciclagem, a logística reversa, metas de redução, a melhoria da gestão, a conscientização do consumidor, a proibição de sacolas descartáveis, entre outros, são medidas sugeridas. Apesar de 80% dos resíduos encontrados no mar virem do continente, lidar com o descarte e perda de equipamentos de pesca, especialmente dos FADs (Fish Aggregating Device), é essencial, aponta o relatório.

O PNUMA estima que 15% dos resíduos flutuem, 15% fiquem na coluna d’água (faixa intermediária entre a superfície e o fundo) e 70% se depositem no leito marinho.

6. 
Estabelecer padrões internacionais de segurança e responsabilização que sejam compulsórios para a exploração de petróleo e gás. Os potenciais impactos dessa atividade incluem a perturbação da vida marinha durante a fase de avaliações sísmicas, emissões de CO2 e CH4 e poluição, e mesmo assim as leis e as capacidades técnicas nacionais variam muito. A perfuração dos poços iniciou na década de 1970 com profundidades de 300 metros, mas hoje já alcança mais de três mil metros.

7. Para monitorar o progresso em direção a um oceano mais saudável, é sugerida a criação de um comitê de responsabilização pelo oceano global. Independente, esse órgão monitoraria e avaliaria os avanços das propostas feitas pela CGO.

8. 
Criar uma Zona de Regeneração em Alto-Mar, fechando a região completamente para a pesca. O relatório indica que isso teria um alto impacto ambiental positivo, pequeno custo e imensos benefícios econômicos, afetando uma pequena fatia da indústria global da pesca, já que apenas 1% das espécies de peixes é capturado exclusivamente em alto-mar.

“Estamos convencidos de que as nossas propostas, se implementadas, reverteriam o ciclo de degradação. Mas existe um longo histórico de boas propostas não sendo implementadas. Se isso acontecer, e o resultado for o contínuo declínio do alto-mar, os impactos recairão em todo o oceano, nas pessoas e nos sistemas ao redor do planeta”, alerta a CGO.

Quase três quartos do planeta são cobertos pelo oceano, compreendendo 1,3 bilhão de Km3 e sendo o maior ecossistema único do mundo, com um papel central no suporte à vida na Terra.

“É a grande bomba biológica no coração da regulação atmosférica e térmica e o condutor dos ciclos da água e dos nutrientes”, ressalta o relatório. “Estima-se que o alto-mar seja responsável por quase metade da produtividade biológica de todo o oceano. Globalmente, o oceano produz quase a metade do oxigênio que respiramos e absorve mais de um quarto do dióxido de carbono que emitimos.”

Um novo estudo da CGO, o primeiro a avaliar os serviços ecossistêmicos (SEs) em alto-mar, revelou que a vida presente em suas águas estoca 500 milhões de toneladas de carbono absorvido da atmosfera todos os anos. São identificados 15 SEs que têm valor direto para os seres humanos.

O estudo calculou um valor econômico para o sequestro de carbono em alto mar entre US$ 74 e US$ 222 bilhões anuais.

Além disso, “mais de 90% do calor apreendido no sistema terrestre devido às emissões de gases do efeito estufa é estocado no oceano, fornecendo um ‘buffer’ contra os impactos das mudanças climáticas no continente, mas isso tem consequências alarmantes para a vida marinha e é, talvez, o maior desastre ambiental já visto nos nossos tempos”, alerta a CGO.

“Sem governança adequada, uma minoria continuará a abusar da liberdade do alto-mar, a pilhar as riquezas que existem abaixo das ondas, levando mais do que o justo, e se beneficiando às custas do restante de nós, especialmente os mais pobres”, comentou Trevor Manuel, co-presidente da Comissão e ex-ministro da África do Sul.

domingo, 13 de julho de 2014

Ibama anuncia queda de 24% nos alertas de desmatamento na Amazônia



Ibama anuncia queda de 24% nos alertas de desmatamento na Amazônia

06/2014     -   Fonte: Ascom/Ibama


http://www.ibama.gov.br/images/noticias_ambientais/junho2014/09%20-%20coletiva%20dados%20desmatamento.jpgO Ibama divulgou na manhã da sexta-feira, 20, os dados consolidados do Sistema de Detecção do Desmatamento na Amazônia Legal em Tempo Real (Deter), do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (INPE), que indicaram queda de 24% nos alertas de desmatamento no período de agosto de 2013 a maio de 2014.

Os números da fiscalização, resultado da Operação Onda Verde para o mesmo período avaliado, confirmam a atuação forte do Ibama: no total, foram 131 mil hectares de áreas embargadas nos nove estados da Amazônia Legal, cerca de R$ 1,2 bilhão em multas aplicadas, 99 tratores apreendidos, 44 caminhões, 90 motoserras, 23 armas de fogo, aproximadamente 3.600 metros cúbicos de madeira serrada e cerca de 27 mil, de madeira em tora.

Os estados de Mato Grosso e Pará, historicamente os maiores desmatadores, registraram também as maiores quedas nos índices consolidados de alertas do Deter. Segundo o diretor de proteção ambiental, Luciano Evaristo, O Pará tem sido um estado com maior atenção por parte do Ibama. “Nós estamos em uma verdadeira guerra porque o principal desmatador do Pará são os grileiros que montam acampamentos separados para dificultar a atuação do Ibama, porém nós estamos preparados e com estratégias traçadas para coibir o desmatamento ilegal,” afirma.

Com a adoção de medidas de inteligência e ações integradas, o Ibama, em conjunto com a Força Nacional, vem utilizando bases móveis como estratégia de combate e a descapitalização dos ilegais como forma de coibir a retomada do desmatamento.

Veja os dados mais recentes do DETER

Foto: Ricardo Maia - Ascom/Ibama

PNUMA lança iniciativa de informação para o consumo sustentável
 julho de 2014
 
Producao Sustentavel

Programa quer esclarecer consumidores sobre o impacto de suas escolhas

Nova York, 1 de julho de 2014 – Uma iniciativa global apresentada pelo Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) vai aproveitar o poder dos consumidores bem informados para tornar o mundo mais eficiente em termos de recursos. O Programa de Informação do Consumidor (CIP na sigla em inglês) do Programa-Quadro de 10 anos para Consumo e Produção Sustentáveis (10YFP, também em inglês) vai fornecer informações aos consumidores sobre os impactos ambientais e sociais dos produtos que consomem.

O CIP será liderado pelos governos da Alemanha e Indonésia, juntamente com a organização Consumers International, com apoio do PNUMA, que abriga o secretariado do 10YFP. O programa vai auxiliar governos, entidades certificadoras, empresas e ONGs em seus esforços para oferecer informações precisas e confiáveis ​​sobre o impacto de um produto no planeta.

O trabalho inclui revisar ferramentas de informação e sistemas, tais como normas voluntárias, rotulagem ambiental e abordagens de marketing, com o objetivo de reforçar a sua eficácia com a padronização de dados e critérios. Além disso, irá explorar novos canais de comunicação para alcançar os consumidores.

Os objetivos são:

1) Melhorar o acesso e a qualidade de informação para o consumidor;
2) Impulsionar governos e setor privado a apoiar melhores práticas em relação à informação ao consumidor;
3) Melhorar a comunicação para promover a mudança comportamental e assegurar a transição entre estar informado e agir de forma consciente.

"Consumo e produção sustentáveis ​​significam fazer mais e melhor com menos", define Achim Steiner, subsecretário geral das Nações Unidas e diretor executivo do PNUMA. "O CIP da 10YFP é um passo importante em direção a esse objetivo, uma vez que irá informar os consumidores em todo o mundo sobre como suas escolhas podem impulsionar o consumo sustentável. O programa também apoiará governos e empresas a cooperarem para a produção sustentável."

A demanda por bens e serviços sustentáveis ​​é crescente, e continua a aumentar – o número de selos para certificação ambiental cresce a cada ano, e chega a 400 atualmente. Ainda assim, consumidores muitas vezes são mal informados sobre produtos e práticas sustentáveis, o que atrapalha na decisão adequada.

A escolha por produtos sustentáveis ​​ pode resultar em uma economia substancial, mas os consumidores necessitam ter informações claras. Pesquisas mostram que a proliferação de informações de sustentabilidade deixa os consumidores confusos, resultando em uma mudança de interesse para ceticismo.

O CIP será uma plataforma global para difundir políticas relevantes, estratégias, projetos e parcerias. Também incentivará a cooperação em diferentes setores para harmonizar e esclarecer informações de sustentabilidade. O programa vai produzir análises de produtos ao longo do seu ciclo de vida, desde a extração dos recursos até o descarte.

Para mais informações sobre o 10YFP, visitewww.unep.org/10yfp.

O release completo, em inglês, está disponível aqui.
Relatório anual do PNUMA está disponível nos seis idiomas oficiais da ONU
20 de junho de 2014
por www.pnuma.org.br
 
Annual Report

Publicação pode ser acessada online e por aplicativos móveis

Nairóbi, 20 de junho de 2014 - O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) lança seu Relatório Anual de 2013 nas seis línguas oficiais da ONU. O relatório centra-se sobre as realizações do PNUMA em áreas-chave de foco: substâncias nocivas e resíduos perigosos; mudanças climáticas; manejo de ecossistemas; governança ambiental; desastres e conflitos; eficiência dos recursos e consumo e produção sustentáveis.

Segundo o subsecretário-General das Nações Unidas e diretor executivo do PNUMA, Achim Steiner, ainda que haja muito a se fazer “estes esforços transformadores demonstram que atualmente há uma vontade clara de mudar a maneira como a humanidade maneja o meio ambiente, algo fomentado pelo PNUMA há várias décadas. Estas iniciativas demonstram que o mundo compreende que embarcamos numa viagem que requer o esforço de todos. Fica o convite para que todas as organizações interessadas se somem a nós para que avancemos mais rapidamente a um futuro realmente mais sustentável”.

Em “Substâncias nocivas e resíduos perigosos” o relatório destaca a aprovação da Convenção de Minamata sobre Mercúrio - um acordo global, juridicamente vinculante, para reduzir as emissões de mercúrio e a primeira nova convenção global sobre ambiente e saúde por quase uma década. Nesta temática, o relatório também aborda o trabalho do PNUMA na redução do teor de chumbo de combustíveis e pintura e no combate às substâncias que destroem o ozônio, como hidroclorofuorocarbonos e brometo de metilo.

Em “Mudanças Climáticas”, o relatório destaca os resultados do Emissions Gap Report 201 - que detalha a diferença entre as emissões globais atuais e a redução necessária para permanecer no caminho certo para atingir a meta de aquecimento global de 2ºC – e o Africa Adaptation Gap Report, que descreve os custos das medidas de adaptação no continente africano sob vários cenários de aquecimento global. Também enfoca a abertura do Climate Technology Centre and Network (CTCN) e a adopção da Redução das Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD) em países em desenvolvimento, bem como o trabalho da organização em matéria de adaptação, energia e resiliência.

O relatório descreve o trabalho do PNUMA na área de “Manejo de ecossistemas”, em particular no que diz respeito ao capital natural, pagamentos por serviços ambientais e do ambiente marinho. Os esforços do PNUMA e parceiros em incorporar o valor da natureza em políticas econômicas e de desenvolvimento também estão em destaque. Ao longo do ano, a Plataforma intergovernamental científico-normativa sobre diversidade biológica e serviços dos ecossistemas (IPBES), apoiada pelo PNUMA e com 118 Estados membros, estabeleceu um ambicioso programa de trabalho de cinco anos. No âmbito do organismo, também foi acordado que fossem desenvolvidos um conjunto de avaliações rápidas sobre polinização e produção de alimentos, degradação da terra e espécies invasoras.

Em “Governança ambiental” o relatório inclui esforços de capacitação do PNUMA para melhorar a implementação dos Acordos Ambientais Multilaterais (MEI); a nova Poverty-Environment Initiative (PEI); e vários esforços de combate ao comércio ilegal de animais silvestres.

Também em 2013, o Conselho Administrativo do PNUMA se reuniu pela primeira vez sob a adesão universal, seguindo resolução da Assembleia Geral da ONU que pedia uma atualização significativa para a organização. Atividades para aproximar a ciência de políticos e do público em geral também são detalhados, incluindo o lançamento do UNEP Live, uma nova plataforma digital para coletar, processar e compartilhar o melhor da ciência e pesquisa ambiental do mundo.

Na área de “Eficiência de Recursos”, iniciativas de economia verde são apresentados no Relatório, incluindo a Parceria de Ação sobre a Economia Verde (PAGE), a Iniciativa UNEP FI, os Edifícios Sustentáveis ​​e a Iniciativa Climática.

O Relatório está disponível para visualização online no link: www.unep.org/annualreport/2013/. Também pode ser acessado através da Apple Store e da Play Store.

sábado, 12 de julho de 2014

Ações na Mata Atlântica vão salvar onça-pintada da extinção



Ações na Mata Atlântica vão salvar onça-pintada da extinção

06/2014   -   Autor: Luciene de Assis   -   Fonte: Ascom/MMA

Ibama, ICMBio e Polícia Federal formam força-tarefa para preservar o animal


A onça-pintada (Panthera onça Linnaeus), um mamífero que pode atingir até 2,41 metros e pesar 158 quilos, está ameaçada de desaparecer da Mata Atlântica devido à caça predatória e à perda e degradação de seu habitat. Existem no bioma, entre o Espírito Santo e o Iguaçu, no Sul do Brasil, menos de 200 animais, fato que motivou a aprovação do Plano de Ação Nacional para Conservação da Onça-pintada, o PAN Onça-pintada, pelo Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), conforme a Portaria nº 63/2014.

Para viabilizar essas ações emergenciais, a ministra do Meio Ambiente (MMA), Izabella Teixeira, determinou a criação de uma força tarefa com o objetivo de evitar a extinção do felino. O trabalho de coibir a caça à Panthera-onça e reduzir a vulnerabilidade do animal será coordenado pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), com a colaboração do ICMBio, Polícia Federal e Polícia Rodoviária Federal.

Atualmente, as pequenas populações da onça-pintada, na Mata Atlântica, encontram-se encurraladas e isoladas em pequenas áreas, o que impede sua migração de um local para outro trecho de floresta, sem risco de abate e atropelamento. O PAN Onça-pintada, com prazo de vigência até junho de 2017 e monitoramento anual dos resultados, prevê a realização de estudos para reintrodução de onça no bioma e tentativa de reprodução em cativeiro, processo que envolverá uma série de instituições governamentais, de pesquisa e ONG, sob a coordenação do Centro Nacional de Pesquisa e Conservação de Mamíferos Carnívoros (Cenap).

Equilíbrio

Considerado o maior felino das Américas e o único representante atual do gênero Panthera no continente, a onça-pintada é, também, o maior predador das Américas, controla toda a cadeia alimentar e o equilíbrio ecológico dos ambientes onde ocorre. “Se for extinta, as consequências danosas para o homem e o meio ambiente serão incalculáveis”, alerta o responsável pela Coordenação Geral de Manejo para Conservação do ICMBio, Ugo Vercillo.

Principais ameaças

A Mata Atlântica está localizada em regiões densamente povoadas, o que vem provocando, ao longo dos anos, a degradação da maior parte da sua floresta nativa. A vegetação remanescente é, hoje, conservada em pequenos fragmentos, principalmente no interior de unidades de conservação. A perda e a degradação do hábitat é uma das ameaças mais sérias enfrentadas pela espécie, influenciando negativamente na qualidade e capacidade de suporte do ambiente.

A destruição da vegetação impede a reprodução de outros animais, que servem de alimentos para a onça-pintada. Além dos problemas relacionados aos habitats, a onça costuma ser perseguida pelo homem, porque ameaça as criações domésticas.

Ocorrência

De hábitos predominantemente noturnos, essa espécie de onça também é encontrada na Amazônia, Caatinga, Cerrado, Pantanal e, ainda, do sul dos Estados Unidos ao centro-oeste da América do Sul (Colômbia e Equador), Peru e Bolívia (leste dos Andes), por todo o Paraguai e no norte da Argentina. Seu alimento preferido são os porcos-do-mato (queixadas e catetos), antas e capivaras.

Na Mata Atlântica, as onças-pintadas estão, praticamente, restritas às unidades de conservação, sendo que a área de ocupação é 30.382 quilômetros quadrados. Trata-se de um animal solitário, sendo que a interação entre machos e fêmeas ocorre apenas durante o acasalamento. A gestação varia de 90 a 100 dias, podendo nascer até quatro filhotes, mas a média é de dois filhotes por gestação.

Crédito da imagem: André Pessoa

NASA: Maio foi recorde de calor e 2014 pode ser o ano mais quente já registrado



NASA: Maio foi recorde de calor e 2014 pode ser o ano mais quente já registrado

20/06/2014   -   Autor: Fabiano Ávila   -   Fonte: Instituto CarbonoBrasil


A Agência Espacial norte-americana (NASA) divulgou nesta quarta-feira (18) que a temperatura global em maio de 2014 ficou 0,76oC acima da média histórica para o mês, fazendo deste o maio mais quente desde 1880, quando começaram as medições. Além disso, segundo a NASA, se a tendência de altas temperaturas vista nos primeiros cinco meses deste ano continuar, 2014 será o ano mais quente já registrado.
 A Agência Meteorológica do Japão, que utiliza métodos diferentes para calcular as temperaturas médias, também chegou à mesma conclusão: maio de 2014 foi o mais quente maio já visto, e 2014 está se encaminhando para ser um recorde.
A NASA afirma que temperaturas acima da média foram registradas em maio na Europa, Ásia Central, Rússia, Austrália, África do Sul, Brasil, Canadá e na Costa Oeste dos Estados Unidos.
Um fator que deve contribuir para que o calor aumente ainda mais no decorrer de 2014 é o El Niño. Apesar de ainda não estar confirmado, são fortes as indicações de que o fenômeno irá acontecer.
“Maio de 2014 não foi oficialmente um mês sob o El Niño, mas há sinais de que o fenômeno está se formando na costa da América do Sul. Mesmo se esse El Niño não for muito forte, sua presença bastaria para elevar ainda mais as temperaturas”, afirmou John Christy, da Universidade do Alabama, ao portal ReportingClimateScience.
Segundo a Organização Meteorológica Mundial (OMM), a NASA e a Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos (NOAA), 13 dos 14 anos com as maiores temperaturas médias aconteceram no século XXI. Se seguir na atual tendência, 2014 deve superar 2010 como o ano mais quente desde 1880.

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Regulamentação do patrimônio genético deve ir ao Congresso nesta semana



Regulamentação do patrimônio genético deve ir ao Congresso nesta semana

23/06/2014   -   Autor: Luciene de Assis   -   Fonte: Ascom/MMA


A Casa Civil da Presidência da República deve encaminhar nesta semana ao Congresso Nacional proposta de projeto de lei, em regime de urgência, que dispõe sobre o acesso ao patrimônio genético, à proteção e ao conhecimento tradicional associado, e à repartição de benefícios para conservação e uso sustentável da biodiversidade brasileira.

Os parlamentares terão 90 dias, descontado o período de recesso, para apreciar e votar o anteprojeto, elaborado pelas áreas técnicas dos Ministérios do Meio Ambiente (MMA), do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), e da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), destinado a regulamentar dispositivo da Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB) das Nações Unidas.

“Esperamos iniciar o ano de 2015 já com essa questão resolvida”, declarou a ministra Izabella Teixeira. Segundo ela, a nova lei traz salvaguardas jurídicas, eliminando a insegurança existente nas regras atuais, e representará um salto de qualidade, no que se refere à pesquisa e à repartição de benefícios. Uma das preocupações do governo, explicitadas no PL, é facilitar a concessão de patentes, já que, atualmente, existem 13 mil pedidos relacionados ao uso do patrimônio genético esperando por solução no Instituto Nacional de Propriedade Industrial (INPI).

Preocupação

A versão de PL prevê que a repartição de benefícios incidirá apenas sobre o produto final que resultar da pesquisa (e não mais sobre a pesquisa, como é hoje). Caso gere retorno econômico, 1% da receita líquida (descontados custos e despesas) será distribuída com as comunidades.

A nova lei permitirá conhecer a biodiversidade para protegê-la; estimular o acesso à pesquisa, ao desenvolvimento e à inovação; valorizar o conhecimento tradicional de extrativistas, povos indígenas e comunidades tradicionais, inclusive quilombolas; promover e fomentar a bioindústria e a competitividade do setor produtivo, além de descriminalizar a pesquisa científica; reconhecer a excelência de instituições científicas; e focar na rastreabilidade, com o objetivo primordial de combater a biopirataria.

A partir do novo marco legal, os interessados em realizar pesquisas precisarão apenas preencher uma declaração eletrônica, dispensando-se as autorizações de acesso, exigidas hoje. As regras de regularização e de transição entre as normas atuais e o novo marco legal terão por base termos de ajustamento de conduta.

Rentabilidade

Para o ministro do MDIC, Mauro Borges, a transformação da proposta em lei permitirá saber qual será o impacto econômico positivo provocado pela repartição de benefícios. “Acredito que a escala de investimentos das indústrias farmacêutica, de cosméticos e a química, setores que representam 25% da indústria da transformação, girará entre R$ 20 bilhões e R$ 30 bilhões”, estimou Borges, exemplificando como pode ser rentável a repartição de benefícios para as comunidades que participarem do desenvolvimento de produtos decorrentes do uso do patrimônio genético e dos conhecimentos tradicionais associados.

No que se refere ao estímulo à pesquisa, o ministro do MCTI, Clélio Campolina, defende: “Não há futuro sem investimento em educação, ciência e tecnologia, pois quem lidera o conhecimento, lidera o desenvolvimento”. A proposta de lei do governo federal inclui estimular a pesquisa, o desenvolvimento e a inovação; assegurar a repartição de benefícios com regras claras e consistentes; criar política e instituir o Fundo Nacional de Repartição de Benefícios, com participação de indígenas e comunidades tradicionais, fomentando a bioindústria.

Os 15 comportamentos mais irritantes para se ter no trabalho

Os 15 comportamentos mais irritantes para se ter no trabalho

Confira as atitudes e os comportamentos que mais incomodam o expediente dos profissionais, segundo especialista em etiqueta

Garota com raiva
Irritação: fofoca, indiscrição, arrogância, atrasos frequentes e oportunismo são alguns dos comportamentos que mais incomodam
São Paulo - Conviver bem em grupo no ambiente de trabalho é uma arte em que nem todo mundo têm maestria.
É raro encontrar um profissional que não tenha uma história de difícil convivência e de atitudes irritantes de colegas de trabalho.
Pensando nisso, EXAME.com pediu a Maria Aparecida Araújo, proprietária da Etiqueta Empresarial Executive Manners Consulting, para citar os comportamentos que mais incomodam as pessoas no trabalho.
A lista é longa, confira e veja se você também não corre o risco de ser o chato do escritório:
1 Atrasar (sempre)
É difícil manter uma pontualidade britânica com engarrafamentos bem brasileiros para enfrentar todos os dias nos grandes centros urbanos. Mas, fazer do atraso a regra pode ser bem irritante para quem precisa ficar esperando.
“A noção de tempo, no Brasil, de maneira geral, não é muito rígida. É mais flexível”, diz a especialista em etiqueta profissional. Mas fazer do atraso a regra pode ser bem irritante para quem precisa ficar esperando.
2 Os indiscretos e os fofoqueiros
“Apesar de já ter ouvido pseudo-consultores dizerem que fofoca é saudável no ambiente de trabalho, porque permite que as novidades corram, geralmente só coisas depreciativas são propagadas”, diz Maria Aparecida.
Divulgar assuntos sigilosos e fazer perguntas deselegantes ou indiscretas também são fonte de desconforto no escritório, de acordo com ela.
3 Falar demais
Nada mais irritante do que estar concentrado em uma atividade e ser interrompido a todo o momento pelo colega que deseja contar os seus feitos e suas histórias deste  e de outros carnavais.
“Há pessoas que falam demais, sem se tocar que estão sendo desagradáveis”, diz Maria Aparecida.
E quando a sua mesa é de frente para o cantinho do café, obrigando-o a conviver com as rodinhas e os animados grupos de bate papo que se formam por ali?
Depois da quarta rodinha em menos de 2 horas, a irritação começa a dar sinais mais claros.
4 Conquistadores de plantão
Roupas insinuantes, atitudes provocantes. Este tipo de comportamento, de apostar na sedução para chegar onde se quer, também é observado pela especialista como um dos que mais incomodam.
5 Bajuladores, oportunistas, falsos e carreiristas
Alguns apostam na bajulação como meio de subir mais rápido na carreira. Nada mais irritante do que conviver com um colega de trabalho assim.
Outros lançam mão de estratégias oportunistas que muitas vezes acabam em homéricas “puxadas de tapete”. “E há os vulgos traíras”, acrescenta Maria Aparecida.
Uma atitude bastante comum do oportunista é manter o radar ligado para os erros, dos outros, é claro. “São pessoas que ficam atentas a qualquer falha e tiram partido disso para se promover”, explica. No mundo corporativo, também não faltam histórias de apropriação indébita de ideias e iniciativas.
E, por fim, os carreiristas, que identificam relações internas de poder e sabem muito bem tirar proveito delas.“Sob o lema ‘os fins justificam os meios’, são pessoas que se valem de expedientes escusos para subir na carreira”, explica Maria Aparecida.
6 Os piadistas
Senso de humor é uma virtude celebrável, mas há sempre aqueles que “perdem a mão” e partem para brincadeiras de mau gosto ou apostam em piadas que ofendem.
Escatologia e preconceito lideram a lista de temas que mais incomodam. “É preciso pensar que o senso de humor varia de pessoa para pessoa”, diz Maria Aparecida. O que faz um amigo “rolar de rir no chão” pode ofender um colega de trabalho.
7 Encher a caixa de e-mails com mensagens desnecessárias
Ainda há quem considere o e-mail corporativo uma espécie de WhatsApp do escritório. Sobrecarregar a caixa de entrada dos colegas com mensagens desnecessárias dentro e fora do expediente tira muita gente do sério.
“Muitas vezes pessoas que não fazem parte do contexto são incluídas nos destinatários”, diz Maria Aparecida.
8 Sobrecarregar o olfato alheio
Incenso, plantas aromáticas, perfumes e odores corporais acentuados incomodam o nariz alheio.
Alimentos com cheio forte também deveriam ser banidos da mesa de trabalho. “Cabe também às empresas prover um local adequado especificamente para refeições dos funcionários”, diz Maria Aparecida.
9 Os barulhentos
Ninguém quer um clima de silêncio sepulcral no escritório. Mas muito barulho por nada é irritante.
Em tempos de espaços amplos e coletivos de trabalho, celulares de tocam alto e insistentemente, conversas no modo viva-voz e gritaria são grandes vilões da concentração.
O mesmo ocorre com aqueles barulhinhos obsessivos. “Tamborilar os dedos, bater a caneta, amassar embalagens e cantar alto”, cita a especialista.
10 Os pegajosos
Tem gente que adora encurtar a distância física. Abraçar, beijar, apostar na proximidade ao falar são hábitos que podem ser aceitáveis para uns e desagradáveis para outros, diz a especialista.
Tapinha nas costas, mão ao redor do pescoço e outros tipos de toques, comuns na cultura brasileira, podem incomodar quem não está acostumado ao “calor humano”.
11 Pegar o que é dos outros e não devolver
Voltar de férias pode ser um pesadelo para quem convive com pessoas deste tipo. É a sua cadeira que sumiu, as canetas que desapareceram, o mouse e o teclado que foram trocados na sua ausência.
Pedir dinheiro emprestado e nunca devolver também é um hábito irritante. “Estar sempre sem dinheiro no happy hour, mas comer e beber deixando que os outros paguem, por exemplo”, cita a especialista.
12 Quando adiar é o lema
A reunião que era para hoje, mas foi ficando para amanhã e que vai ser remarcada, depois de amanhã, para a próxima semana. 
O projeto que não sai nunca no prazo, o relatório que era para a semana passada, mas será entregue na próxima.
Não é só no que diz respeito aos compromissos e reuniões que o atraso incomoda. Postergar a entrega de tarefa pode prejudicar uma equipe inteira, diz Maria Aparecida, assim como fazer tudo de última hora.
13 O sempre ausente
Quando a ausência não justificada é um hábito, o incômodo fica evidente. Afinal, para que não haja prejuízo nos processos alguém tem que trabalhar mais para que a falta do colega não prejudique a produtividade do setor ou do departamento.
14 O arrogante e/ou dono da verdade
Aquele profissional que se acha o máximo e conta vantagem o tempo inteiro não passa despercebido.
Seu comportamento irrita a todos os que percebem os contornos da sua arrogância. “São pessoas que querem se sobressair a qualquer preço”
Quem insiste em ser o dono da verdade também é notado pela chatice desse comportamento, logo de cara.
“Interrompem as pessoas, geralmente para contradizê-las. Criticam muito, e, na maior parte das vezes, quando têm plateia”, explica Maria Aparecida.
Um comportamento recorrente em pessoas deste tipo é humilhar as outras pessoas, diz a especialista. “Nas reuniões multinível, humilham os colaboradores de escalão mais baixo”, diz ela.
15 Os “caixas de Pandora” e os “profetas do Apocalipse”
Falar apenas coisas negativas, semear discórdia, jogar uns contra os outros. Estes são as principais “atribuições” dos profissionais classificados por Maria Aparecida como “caixas de Pandora” do escritório. “São pessoas muito nocivas e que acabam com o clima interno de qualquer empresa”, explica.
E quem se lembra da hiena Hardy, o símbolo máximo do pessimismo imortalizado nos desenhos Hanna Barbera ? “Ó vida, ó azar” é o seu bordão mais famoso. “Os Hardys do escritório são aqueles que só chegam dando notícia ruim e reclamam de tudo”, diz Maria Aparecida.
Demissões em massa, o novo chefe que é um monstro e a iminência de falência da empresa são algumas de suas notícias preferidas. 

Matriz energética global

Matriz energética globalTasso Azevedo - 06/2014 às 22:08

matriz-energetica-global-abreHá mais de seis décadas, um dos gigantes da indústria energética, British Petroleum (BP), preparara relatório anual sobre o estado da produção, consumo e mercado de energia no planeta. No recém-lançado relatório de 2014, o destaque é a lenta desaceleração global da demanda energética, mais acentuada nos países em desenvolvimento.
Em 2013, a demanda de energia global aumentou cerca de 2%, pouco menos que a média dos últimos 10 anos. Na Europa, depois de dois anos em queda de 1% ao ano (2011 e 2012), em 2013 a demanda aumentou 1%. Por outro lado, nos países em desenvolvimento o crescimento da demanda vem desacelerando desde 2010, quando cresceu pouco mais de 7%, e em 2013 cresceu menos de 3%.
Entre 2000 e 2013, a demanda de energia cresceu 38% e foi acompanhada do crescimento do consumo das fontes fósseis na mesma proporção (3%), sendo o crescimento mais acentuado para o carvão (70%), em especial por causa da China, e menos acentuado para o petróleo (17%). As energias renováveis tiveram crescimento de 81% no mesmo período, com destaque para solar (+14.000%), eólica (+2.000%) e biocombustíveis (622%).
A participação das energias renováveis subiu de 7% para 9,3%, mas a participação das fontes fósseis permaneceu estável em 86%, isso porque a oferta de energia nuclear caiu 4% e a proporção na matriz energética global caiu de 6,3 para 4,4%. Ou seja, na última década, as energias renováveis têm ocupado espaço da energia nuclear e ainda não têm sido capazes de reduzir o consumo das energias fósseis.
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Fonte dos gráficos: BP Energy Statistical Review 2014
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Como consequência desta evolução, as emissões de gases de efeito estufa no setor de energia cresceram 38% entre 2000 e 2013, chegando a 35 GtCO2 ou mais de 65% das emissões globais. A partir de 2011, as emissões começaram a desacelerar, mas ainda crescem cerca de 2% ao ano.
A previsão da BP para 2035 e de aumento de 40% da demanda de energia e maior crescimento das fontes renováveis, embora aposte que as fontes fósseis ainda dominarão o mercado (afinal é uma companhia de petróleo.).
Um fenômeno importante acontece nos Estados Unidos que, apesar de terem reduzido o consumo de carvão (que vai sendo substituído por gás de xisto), vêm batendo recordes de aumento de produção de petróleo que passou a ser produto de exportação. Os EUA poderão se tornar exportadores líquidos de petróleo na próxima década.
Apesar de este ser um cenário cruel, com contínuo aumento do consumo absoluto de combustíveis fósseis, existe um universo em transformação. As energias renováveis já superaram as fontes fósseis na capacidade instalada anual em 2013 e a proporção de energia elétrica na matriz continua a crescer anualmente, aproximando-se de 20% (nos inicio dos anos 80 era 10%).
Como não podemos nos comprometer com mais emissões, pois teremos que fazer redução drástica antes da metade do século, precisamos trabalhar para aumentar rapidamente a participação da energia elétrica na matriz global e continuar aumentando a participação das fontes renováveis. Esta inclusive é a aposta dos principais cenários de baixo carbono descritos no V Relatório do IPCC.
Foto: WalterPro4755/Creative Commons