quinta-feira, 17 de abril de 2014

Mudanças Climáticas 2014: Impacto, Adaptação e Vulnerabilidade

Mudanças Climáticas 2014: Impacto, Adaptação e Vulnerabilidade. Os impactos das mudanças climáticas região por região

Publicado em abril , 2014 por 
  
IPCC 2014 - Sumário

O impacto das mudanças climáticas no mundo varia substancialmente por regiões, como se deduz das previsões de um grupo de cientistas das Nações Unidas publicadas em um relatório nesta segunda-feira. O documento [Climate Change 2014: Impacts, Adaptation, and Vulnerability] forma parte da quinta revisão de dados do Grupo Intergovernamental de Especialistas sobre as Mudanças Climáticas (IPCC, em inglês), criado em 1988. Matéria daAFP, no UOL Notícias.
O documento identifica os principais desafios de cada região (em matéria de acesso à água, de desastres naturais, de produção de alimentos, etc). Também detalha as opções para enfrentá-los e o nível de risco de um aumento de temperaturas que em 2100 pode chegar a 2ºC ou 4ºC em relação à era pré-industrial, segundo as políticas que forem adotadas frente as mudanças climáticas.
AMÉRICA DO SUL E AMÉRICA CENTRAL
Desafio: escassez de água em áreas semiáridas, cujo abastecimento depende das geleiras
Risco: muito alto com subidas tanto de 2ºC quanto de 4ºC
Opções: melhorar a distribuição de água e a exploração da terra
Desafio: inundações em áreas urbanas devido a grandes chuvas
Risco: muito alto com subidas tanto de 2ºC quanto de 4ºC
Opções: melhorar a luta contra as inundações urbanas, assim como os sistemas de alerta e prevenção e os alertas meteorológicos
Desafio: menos produção alimentar e de menor qualidade
Risco: muito alto com subidas tanto de 2ºC quanto de 4ºC
Opções: desenvolver cultivos resistentes à seca
AMÉRICA DO NORTE
Desafio: incêndios em ecossistemas e em áreas residenciais
Risco: muito alto com elevações tanto de 2ºC quanto de 4ºC
Opções: melhorar as medidas de prevenção de incêndios
Desafio: mortalidade provocada por ondas de calor
Risco: alto com crescimento de 2ºC, muito alto com 4ºC
Opções: instalar sistemas de ar condicionado, construir centros de acolhida climatizados para as populações mais vulneráveis
Desafio: danos e prejuízos em infraestruturas e edifícios
Risco: alto, com subidas de 2ºC, muito alto com 4ºC
Opções: instalar sistemas de drenagem que permitam levar as águas pluviais ao subsolo
ÁFRICA
Desafio: escassez de água
Risco: alto com subifa de 2ºC, muito alto com 4ºC
Opções: evitar o desperdício de água
Desafio: escassez de alimentos
Risco: muito alto com subida tanto de 2ºC quanto de 4ºC
Opções: desenvolver cultivos resistentes à seca, ajudas para os agricultores
Desafio: doenças transmitidas por mosquitos e que surgem em zonas úmidas
Risco: muito alto com subidas tanto de 2ºC quanto de 4ºC
Opções: sistemas de alerta
EUROPA
Desafio: inundações de bacias fluviais e de zonas costeiras
Risco: médio com alta de 2ºC, muito alto com 4ºC
Opções: reforçar a proteção contra as inundações
Desafio: escassez de água em regiões secas
Risco: alto com 2ºC, muito alto com 4ºC
Opções: reduzir o desperdício de água, incluindo a irrigação
Desafio: grande calor e aumento da poluição
Risco: alto com subida de 2ºC, muito alto com 4ºC
Opções: reduzir as emissões para melhorar a qualidade do ar e adaptar as casas e locais de trabalho
ÁSIA
Desafio: inundações de casas e infraestruturas terrestres
Risco: alto com subida de 2ºC, muito alto com 4ºC
Opções: edifícios mais resistentes e relocalizações seletivas da população
Desafio: mortalidade devido ao calor
Risco: muito alto com subidas tanto de 2ºC quanto de 4ºC
Opções: fortalecer os sistemas de saúde, melhorar o planejamento urbano para reduzir o impacto das ondas de calor
Desafio: desnutrição causada pelas secas
Risco: médio com aumento de 2ºC e alto com 4ºC
Opções: aumentar a vigilância do fornecimento alimentar, melhorar os preparativos contra desastres naturais
AUSTRALÁSIA
Desafios: danos nos arrecifes de corais e, na Austrália, desaparecimento de certos animais e plantas
Risco: alto com subida de 2ºC e muito alto com 4ºC
Opções: reduzir a pressão sobre os ecossistemas provocada pela poluição, o turismo e as espécies invasoras
Desafio: inundações e perda de infraestruturas nas costas devido ao aumento do nível do mar
Risco: médio com aumento de 2ºC, muito alto com 4ºC
Opções: melhor uso de terras para reduzir a exposição às inundações e à erosão costeira
PEQUENOS ESTADOS INSULARES
Desafio: perda de casas, de terras agrícolas e de infraestruturas devido ao aumento do nível do mar e das tempestades.
Risco: alto com subida de 2ºC e muito alto com 4ºC
Opções: aumentar as proteções costeiras e melhorar o uso de recursos marítimos e terrestres
Desafio: perdas de terras em áreas costeiras por uma combinação de níveis elevados do mar e de tempestades
Risco: muito alto com subidas tanto de 2ºC quanto de 4ºC
Opções: proibição de construir novos edifícios em áreas de risco
REGIÕES POLARES
Desafio: riscos para os ecossistemas devido às mudanças no permafrost (terras geladas), precipitações de neve, gelo
Risco: alto com subida de 2ºC, muito alto com 4ºC
Opções: reforçar o controle de riscos, caçar espécies diferentes se for possível
Desafio: Insegurança alimentar
Risco: muito alto com 2ºC e 4ºC
Opções: melhorar os sistemas de vigilância, concentrar recursos, afastar os assentamentos humanos
Desafio: Impacto nas comunidades asiáticas se a mudança climática ocorrer muito rapidamente
Risco: muito alto com subidas tanto de 2ºC quanto de 4ºC
Opções: melhorar as comunicações, a educação, encorajar a cogestão de ecossistemas
OCEANOS
Desafio: declive da pesca em baixas latitudes
Risco: médio com subida de 2ºC, alto com 4ºC
Opções: gestão flexível dos recursos, expansão dos aquacultivos
Desafio: danos à biodiversidade em arrecifes de corais
Risco: muito alto com subidas tanto de 2ºC quanto de 4ºC
Opções: reduzir outros impactos de origem humana como a poluição, o turismo e a pesca
Desafio: danos a ecossistemas costeiros, como os manguezais e as plantas marinhas, devido à erosão
Risco: alto com subida de 2ºC, muito alto com 4ºC
Opções: reduzir a erosão provocada pelo desmatamento
FONTE: Mudanças Climáticas 2014: Impacto, Adaptação e Vulnerabilidade (sumário).

EcoDebate, 01/04/2014

quarta-feira, 16 de abril de 2014

IPCC: Mudança climática eleva riscos de conflitos e fome

IPCC: Mudança climática eleva riscos de conflitos e fome



Esse novo documento, publicado em Yokohama, em Tóquio, após cinco dias de reuniões, detalha de forma mais extensa o alcance do problema, que se acelerou a partir do século XX.
Fonte: Uol
O aumento das emissões de CO2 elevará durante este século os riscos de conflitos, fome, enchentes e migrações, informa o relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês), divulgado nesta segunda-feira (31).
“O aumento de temperaturas aumenta a probabilidade de impactos severos, generalizados e irreversíveis”, em todo o mundo, alerta o quinto informe do IPCC.
Se não se conseguir estancar as emissões dos gases causadores do efeito estufa, o custo pode chegar a bilhões de dólares em danos a ecossistemas e a propriedades, além da necessidade de se criar sistemas de proteção dessas mudanças.
Os efeitos da mudança climática já começam a ser notados e vão piorar com cada grau centígrado de aumento da temperatura.
A Amazônia em perigo
A fome poderá ser especialmente severa nos países tropicais e subtropicais. A Amazônia é um dos ecossistemas que mais poderão ser prejudicados, juntos com os polos, os pequenos Estados insulares no Pacífico e os litorais marítimos de todos os continentes.
Bastante extenso, o informe detalha os efeitos por região. Nas Américas do Sul e Central, os desafios são a escassez de água em áreas semiáridas, as inundações em zonas urbanas superpovoadas, a queda da produção alimentar e de sua qualidade e a propagação de doenças transmitidas por mosquitos.
As cidades latino-americanas devem se preparar para modificar seus planos de urbanismo e de tratamento de água. A produção agrícola deverá se adaptar aos períodos de seca, ou de grandes chuvas, com grãos mais resistentes.
As zonas de mata virgem deverão manter afastada a pressão dos assentamentos humanos.
O documento é resultado de intensas deliberações entre centenas de cientistas desde que a comunidade internacional aprovou a criação do IPCC em 1988.
O informe “é um manual de instruções para se enfrentar a mudança climática, mas também representa um marco para entendê-la, para entender suas implicações”, explicou o co-presidente do IPCC, Chris Field, da Carnegie Institution.
A edição anterior, de 2007, valeu ao IPCC o Prêmio Nobel da Paz, mas seu sucesso e visibilidade não conseguiram mobilizar as consciências o suficiente. A reunião internacional de Copenhague, em 2009, que se dedicaria a obter um pacto contra a mudança climática, foi um estrondoso fracasso.
Esse novo documento, publicado em Yokohama, em Tóquio, após cinco dias de reuniões, detalha de forma mais extensa o alcance do problema, que se acelerou a partir do século XX.
As temperaturas vão subir entre 0,3ºC e 4,8ºC neste século, o que se soma ao 0,7ºC calculado desde o início da Revolução Industrial. Além disso, o nível dos mares aumentará entre 26 e 82 centímetros até 2100.
A alta das temperaturas reduzirá o crescimento econômico mundial entre 0,2% e 2% ao ano – calculam os cientistas. Nesse sentido, o IPCC reivindica um pacto mundial até o final de 2015 para limitar esse aumento a até 2ºC no século atual.
Riscos para a segurança
Os impactos aumentam com cada grau centígrado e podem ser desastrosos acima de 4ºC, adverte o texto.
A mudança climática pode provocar mais conflitos regionais, devido às migrações das populações afetadas pelas enchentes e à competição pelo monopólio de água e comida.
“A mudança climática tende a atuar como um multiplicador de ameaças”, disse Field.
“Há muitas coisas que fragilizam as pessoas, e quando você combina um choque climático com esses fatores, os resultados podem ser ruins”, alertou.
Na Europa e na Ásia, é provável que as temporadas e o volume de chuva sofram mudanças dramáticas. Isso terá um impacto nas colheitas de trigo, arroz, ou milho, por exemplo. Espécies de plantas, ou de animais, poderão desaparecer.
Os países pobres serão, contudo, os que vão sofrer as mais graves consequências desse novo cenário.
O relatório garante que o aquecimento global é irreversível, mas que pode ser reduzido drasticamente, se o ser humano controlar as emissões de CO2. Algumas medidas que podem ser aplicadas de imediato são “baratas e fáceis”, como reduzir o desperdício de água, ampliar as áreas verdes nas cidades e proibir assentamentos humanos em zonas de alto risco.

Postado por Daniela Kussama

Ferramenta identifica quais cosméticos possuem microplásticos

Ferramenta identifica quais cosméticos possuem microplásticos
17 de Fevereiro de 2014 • Atualizado às 14h24


Muitos não sabem, mas nos produtos de higiene pessoal há micropartículas de plástico, que não podem ser vistas a olho nu. Para identificar a presença desses itens, prejudiciais à saúde e ao meio ambiente, pesquisadores de duas ONG’s holandesas desenvolveram um aplicativo.
Chamado de “Beat the Microbead” (em português, Combata as Microesferas), a ferramenta foi criada para smartphone. Basta o consumidor fazer download do aplicativo e escanear o código de barras do produto. Em seguida, aparecerá uma das três cores: vermelho (significa que o objeto em questão contém microplásticos), amarelo (o produto possui microplásticos, porém o fabricante já anunciou a substituição do material em determinado prazo) ou verde (produto livre de plásticos).
De acordo com o portal Ecycle, o aplicativo foi desenvolvido pelas ONG’s: North Sea Foundation (Fundação Mar do Norte) e a Plastic Soup Foundation (Fundação Sopa de Plástico). Por meio de uma iniciativa do Ministério de Infraestrutura e Meio Ambiente da Holanda e a ONG Fauna & Flora Internacional, localizada no Reino Unido, a ferramenta estará disponível para uso internacional.
No Brasil, por exemplo, a versão está em fase de teste. Por enquanto, os consumidores têm a opção de verificar os produtos com microplásticos já catalogados pela ONG Global Garbage. Há imagens de esfoliantes, produtos de banho e creme dental, confira aqui.
Perigo dos plásticos nos cosméticos
Também chamado de microesferas, os microplásticos são formadas por materiais naturais ou sintéticos, como vidro, polímeros ou cerâmica. As pequenas esferas são utilizadas, principalmente, para esfoliar a pele e retirar as impurezas. Entretanto, se por um lado o ser humano fica “mais limpo”, por outro ele contribui para a sujeira que toma conta do habitat marinho.
Isso ocorre porque a rede de tratamento não consegue filtrar as partículas, de forma que elas criam as “sopas de plástico” no mar – e os animais ingerem o plástico confundindo-o com alimento. Consequentemente, influencia os seres humanos que se alimentam dos animais contaminados.
Redação CicloVivo 

terça-feira, 15 de abril de 2014

Poluição obriga cidade chinesa a limitar venda de automóveis

Poluição obriga Cidade Chinesa limitar a venda de Automóveis
 Março de 2014 • 10h36 Atualizado como


Mais Chinesa UMA Cidade, Hangzhou, decidiu limitar a Compra de Automóveis, um Luxo ATÉ HÁ Pouco ritmo inacessível, mas Opaco nn ULTIMOS Três Anos se tornou grande Fonte de Poluição e hum quebra-Cabeças urbano.
A Partir Desta quarta-feira (26), par tentar melhorar a Qualidade do Ar e aliviar o Trânsito, o Governo municipal de Hangzhou restringiu parágrafo 80 mil o number of Automóveis Opaco PODEM Ser Vendidos anualmente na Cidade, Uma das Mais Turísticas fazer País. Oitenta POR Cento das Novas Matrículas Serao sorteadas e como restantes VAO um Leilão, com UMA base de de licitação de 10 mil yuans (cerca de € 1,200).
Capital da Província de Zhejiang Próspera, na Costa Leste da China, e sede de hum município com cerca de 8 Milhões de Habitantes, Hangzhou E uma sexta Cidade Chinesa de limitar a venda de Automóveis, DEPOIS de Pequim, Xangai, Cantão, Guiyang e Tianjin .
Como autoridades Ambientais de Hangzhou estimam Opaco como EMISSÕES dos Automóveis Sejam responsáveis ​​POR 39,5% da Densidade Das Partículas PM2.5, Que afetam a Qualidade do Ar na Cidade. A Há Pouco Mais de Duas Décadas, a bicicleta era o Único Meio de Transporte Privado um that a maioria das Famílias chinesas pódios aspirar.
Em 2009, uma China tornou-se o Maior Mercado de Automóvel do Mundo, ultrapassando OS ESTADOS UNIDOS DA AMERICA, mas uma Densidade de Veículos - Estimada los cerca de cem POR CADA mil Habitantes - Continua a Ser Muito inferior EAo Valores dos countries Mais desenvolvidos.
Das Apesar crescentes restrições, EM 2013, como Vendas de Veículos aumentaram 14% E TODOS OS Meses, EM MEDIA, HA MAIS de hum Milhão de Novos Automóveis NAS Estradas chinesas.
Por Agência Brasil

Plástico feito de cascas de camarão fortalece o solo após o uso

Plástico Feito de cascas de camarão fortalece o individual de APOS o OSU
06 de Março de 2014 • 14h30 Atualizado Como


Como cascas de Camarões, um dos Resíduos Mais descartados nn Oceanos e NAS Praias apos UMA Atividade pesqueira, Deram Origem a Um Novo Tipo de plástico ecologicamente correto. Produzido por hum Grupo de pesquisadores Fazer  Instituto Wyss , na Universidade de Harvard, o material E Composto Pela quitosana - Polímero Naturais extraído de forma Orgânica dos Crustáceos, Baixos Opaco dez Custódio los SUAS ETAPAS de Processamento.
O Ciclo de Vida fazer bioplástico novo E Totalmente Sustentável, POIs, ALÉM de hum Produção Localidade: Não Gerar nenhum Impacto no Meio Ambiente, o material de de também E biodegradável. E Localidade: Não Parágrafo POR AI: POR SE TRATAR de hum insumo Orgânico, Os pesquisadores provaram Opaco o bioplástico possui ATÉ MESMO UM capacidade de prover Nutrientes par o solo, num Curto PERÍODO de tempo, fortalecendo Plantações e evitando o USO de defensivos Agrícolas.
Para Aumentar a Qualidade ea Resistência fazer material, Cientistas OS Uniram UMA Substância Retirada DOS Crustáceos Ao Po Opaco E extraído da Madeira. ASSIM, O PRODUTO aproveita Resíduos provenientes de Diferentes Cadeias produtivas - Tanto da pesca e da Alimentação, da Indústria Madeireira de Como e ATÉ das serralherias. ASSIM, AO passar Pelos Processos Laboratório los e servi unida Ao Po, a quitosana forma hum plástico com rigidez Suficiente Parágrafo Manter UMA forma tridimensional.
O Objetivo da Pesquisa e Produzir o bioplástico escala los larga, e, Parágrafo chegar à versão final, FORAM necessários Diversos testículos los Laboratório. ASSIM, como os antes de concluírem Este novo Modelo, pesquisadores criaram OS hum materiais misto de quitosana e Proteína de seda, Chamado de  Shrilk  - Opaco, EM INGLES, significa UMA Junção dos TERMOS  camarão  (camarão) e  seda  (seda). No entanto, um dEste insumo deixava o plástico Bem Mais caro versão utilização Que hum atualmente Concluída.
O novo material de de CRIADO e Pelos pesquisadores de Harvard Mais Eficiente Opaco Como versões biodegradáveis ​​utilizadas atualmente, POIs dispensa o cultivo de Vegetais com o FIM Exclusivo Parágrafo uma Indústria de plástico e reduz OS Gastos da FABRICACAO Fazer o material de convencional. Disso de Além, Uma fase de incorporação AO Sozinho Fazer novo plástico PODE ATÉ incentivar Mais PESSOAS de plantarem casas los SUAS, uma Fazer reaproveitamento Partir Fazer Resíduo.
Por Gabriel Felix - Redação CicloVivo

domingo, 13 de abril de 2014

Canadenses projetam vila de casas na árvore

Canadenses projetam vila de casas na árvore
 Março de 2014 


O escritório canadense de arquitetura Ferrow Partnership planejou um modelo de casa na árvore que não compromete o desenvolvimento e crescimento da espécie. Os arquitetos se inspiraram na forma de uma semente para o projeto que será uma vila turística.
Construir uma casa na árvore exige bastante da engenharia. Construir um conjunto com esse tipo de casa exige muito mais, principalmente se o intuito é ter um projeto sustentável.
Para que fosse possível manter a árvore intacta, os canadenses usaram a mesma lógica de um guarda-chuva. Assim sendo, cabos estruturais de alta resistência abraçarão árvore e serão os responsáveis por manter a estrutura fixa ao tronco, sem que seja necessário pregar uma madeira sequer à árvore.

Foto: Divulgação
Por estar localizado em uma Reserva da Biosfera da Unesco, os arquitetos também precisam se preocupar com os impactos gerados no ambiente ao redor durante a construção e na fase de uso. A estrutura, apelidada de Projeto Samara, será levantada durante o inverno, período em que pertubará menos os animais selvagens da floresta de Ontário, no Canadá, e contará com sistemas de compostagem, tratamento e reuso de água.

Foto: Divulgação
As casas na árvore serão construídas a partir de três placas de madeira pré-fabricadas, feitas com material certificado. A vila instalada no parque será como um oásis em que os turistas poderão ter o conforto de um quarto, mesmo estando imerso na natureza.

Foto: Divulgação
Redação CicloVivo

Somos natureza:Sebastiao Salgado

Somos natureza

Sebastião Salgado mantém o encantamento ao falar das experiências vividas durante a produção de Gênesis, seu mais recente projeto

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Ricardo Lisboa

Perto de completar 70 anos - 40 deles dedicados à fotografia -, Sebastião Salgado mantém o encantamento ao falar das experiências vividas durante aprodução de Gênesis, seu mais recente projeto. Entre 2004 e 2011, ele visitou cinco continentes, em mais de 30 viagens para regiões quase sempre inóspitas, como Sibéria, Galápagos e Papua Nova Guiné. Pela primeira vez, Salgado documentou, como frisa, "outros animais além do homem". Retratou paisagens, fauna, flora e comunidades humanas que ainda vivem dentro de suas tradições ancestrais, imunes às transformações impostas pelo modo de vida contemporâneo.

Como foi a experiência de fazer Gênesis?Com dois anos de preparação, oito de fotografia e mais dois de pós-produção, passei grande parte da minha vida dentro desse projeto. Foram, em média, oito meses por ano viajando, naquele que talvez possa considerar o período mais rico da minha carreira. Gênesis fecha um ciclo com os projetos que fiz antes, sobre as guerras na África, trabalhadores e refugiados. Agora, tive a chance de conhecer locais fabulosos e aprender a respeito da minha relação com o planeta e com outros seres humanos. Convivi com grupos que representam o que fomos 10 mil anos atrás. Fui bem recebido. O homem é um ser gregário por natureza. Minha impressão é que a agressividade surgiu depois de certa organização espacial.

Como foi a sua relação com os povos retratados?Quando você passa um tempo com as pessoas e elas compreendem o seu trabalho, que você deseja mostrar a dignidade, a personalidade delas, a maneira como vivem, elas têm orgulho de participar. Os nenets, do norte da Sibéria, por exemplo. Eles montam e desmontam suas casas todos os dias. À noite a gente comia junto, discutia junto questões cotidianas. Se eles matam uma rena, também tomam o sangue, e sempre aparece alguém com uma garrafa de vodca. É como uma família.

Aprendi com eles algo que nós perdemos na nossa sociedade: o conceito de essencial. Temos uma quantidade enorme de coisas. Compramos, acumulamos e não usamos. Se você der aos nenets um presente que eles não possam transportar no trenó, eles não aceitam. Eles possuem apenas o necessário para subsistir em uma condição climática extrema e são tão felizes quanto uma pessoa que vive em um grande apartamento em São Paulo. O que perdemos com a massificação global dos modos de vida?

Quando eu era menino, o Brasil tinha 90% de população rural. Hoje, 90% da população é urbana. Por outro lado, na Amazônia brasileira, restam povos ainda não contatados, que vivem como há 10 mil anos. São uma referência viva do nosso passado ancestral.

Exemplos desse tipo de contradição não faltam. A Índia acabou de lançar um automóvel de 2 mil dólares. Todo mundo vai comprar. Está todo mundo felicíssimo porque vai ter um carro, mas será que esse modelo consumista ocidental é o melhor para a Índia? Nossa espécie é nova, mas tomou conta do planeta. Escravizamos as outras espécies. Se tivéssemos a capacidade de enxergar a vida como uma evolução de dezenas de milhares de anos, compreenderíamos a nossa origem e o nosso lugar, até concluir algo simples e importante: somos natureza.

O que você diria aos jovens documentaristas brasileiros?
Que fotografem mais os nossos grupos indígenas. No início da história escrita da humanidade, na antiga civilização egípcia, pessoas já habitavam a Floresta Amazônica. Temos a obrigação de conhecer e proteger esse legado cultural e ambiental.

Qual a missão da fotografia?As duas únicas linguagens que não necessitam de tradução são a fotografia e a música. E a fotografia é, possivelmente, a linguagem mais acessível e universal que possa existir
.

sábado, 12 de abril de 2014

Uma gigafábrica de baterias

Uma gigafábrica de bateriasTasso Azevedo - 2014 

blog-do-clima-gigafabrica-teslaEsta é o tipo de ação radical de que precisamos para uma economia de baixo carbono!
Há alguns dias, a Tesla - fabricante de carros elétricos fundada pelo visionário empreendedor sul africano Elon Musk – anunciou a implementação da maior fábrica de baterias do mundo a ser construída nos EUA e que deve entrar em operação em 2017.
Não é à toa que ela foi batizada de Gigafábrica (Gigafactory): quando estiver operando a plena capacidade em 2020, anualmente produzirá baterias com capacidade de armazenamento de 50 mil MW. Isto é, mais do que a capacidade atual de todas as fábricas de bateria do mundo somadas (34 mil MW/h).
Para ilustrar bem o significado prático de toda esta capacidade, basta imaginar que as baterias produzidas pela gigafábrica, em um ano, poderiam armazenar toda energia necessária para atender a demanda média de energia elétrica no Brasil inteiro, por quase uma hora, ou armazenar a energia gerada por todas as usinas eólicas em um dia.
A Gigafábrica será autossuficiente em energia a partir de um parque eólico e outro solar anexos, que serão construídos ao lado da fábrica.
A estimativa dos empreendedores é baixar em, pelo menos, 30% o custo das baterias para veículos e todo o tipo de equipamentos como computadores.
Os sinais que esta iniciativa aponta são, no entanto, mais profundos. Ela representa uma aposta de US$ 5 bilhões (investimento estimado) na eletrificação do mundo e na real possibilidade de transformar o armazenamento de energia em um sistema distribuído na nuvem, similar ao que já acontece com processamento e armazenamento de dados.
A Tesla estima que produzirá mais de 500 mil carros elétricos por ano, até 2020 (em 2013 foram 30 mil, contra 2 mil dois anos antes). A bateria dos automóveis (de qualquer equipamento eletrônico) poderá conversar com a rede e ser utilizada para armazenar e despachar energia de acordo com a demanda do sistema elétrico integrado(smartgrid). Em larga escala, este sistema inteligente permitirá muito mais flexibilidade e estabilidade para fontes renováveis, mas intermitentes de energia como a solar e a eólica. O limitante para um sistema assim funcionar era a disponibilidade de grandes quantidades de bateria. Em pouco tempo, já não será mais.
É este tipo de movimento desruptivo, de larga escala e grande impacto que é necessário para produzirmos as mudanças urgentes rumo à economia de baixas emissões de gases de efeito estufa (GEE).
E atenção! Elon Musk, o empreendedor por trás da Gigafábrica é um visionário, mas não é um aventureiro. Entre os empreendimentos que colocou de pé, além da Tesla, estão o PayPall (maior sistema de pagamentos pela internet), a Space X (que, com menos de 10 anos de vida, já é a única empresa privada a suprir a estação espacial internacional) e a SolarCity (maior empresa de energia solar fotovoltaica nos EUA).
Veja documento divulgado pela Tesla para saber mais detalhes da Gigafábrica.
Imagem: Divulgação/Tesla

Paisagista cria jardim inspirado na história do universo

Paisagista cria jardim inspirado na história do universo
 Março de 2014 • 


O arquiteto e paisagista norte-americano Charles Jencks leva muito mais do que beleza aos jardins que planeja. Um dos exemplos da grandiosidade de seus projetos é apelidado de “The Garden of Cosmic Speculation” – O jardim da especulação cósmica.
Como o nome já diz, ele é muito mais do que uma área verde. Cada um de seus detalhes foi pensado para dar ao visitante noções sobre a formação do Universo. A estrutura está situada em Dumfris, na Escócia, e trata-se de um complexo paisagístico, formado por 25 jardins.
A paisagem conta com diversos níveis e em cada um deles os visitantes podem vivenciar uma experiência diferente, até mesmo entender a distorção entre espaço e tempo causada por um buraco negro. O topo representa o tempo e, conforme vão descendo, as pessoas caminham em direção ao passado, aprendendo sobre os últimos 13 bilhões de anos em evolução cósmica.
O The Garden of Cosmic Speculation está localizado em uma propriedade particular. Por conta disso, ele é aberto ao público apenas uma vez ao ano. No entanto, este não é o único projeto do tipo idealizado por Jencks.

Conforme descrito em seu próprio site, um dos objetivos do paisagista é descobrir as relações entre o grande e o pequeno, entre a ciência e a espiritualidade e entre a paisagem e o universo. Portanto, esses itens estão presentes em cada um de seus trabalhos.

Nova Zelândia oferece bolsa de estudos a brasileiros na área de sustentabilidade

Nova Zelândia oferece bolsa de estudos a brasileiros na área de sustentabilidade
28 de Março de 2014 • Atualizado às 14h14


Estão abertas as inscrições para os interessados em garantir uma das 14 bolsas de estudo oferecidas pelo governo da Nova Zelândia para mestrado e doutorado no país, com foco em desenvolvimento econômico sustentável. A iniciativa faz parte do programa New Zealand Development Scholarships (NZDS) e contempla estudos a partir do ano letivo de 2015. Além do Brasil, podem concorrer às oportunidades estudantes de outros 17 países da América Latina.
As bolsas são oferecidas em áreas prioritárias para a Nova Zelândia, com destaque para Desenvolvimento Agrícola e Energias Renováveis – incluindo Desenvolvimento de Energia Geotérmica.  Além de mestrado (pesquisa ou trabalho, com duração de um a dois anos) e Doutorado (PhD, com duração prevista de três anos e meio a quatro anos), há também a possibilidade de cursar a pós-graduação (seis meses) ou conquistar o diploma de pós-graduação (um ano).
Para concorrer, os candidatos devem passar por duas etapas:
- Verificar, até o dia 30 de abril, as ofertas de vagas junto às instituições de ensino reconhecidas pelo Governo da Nova Zelândia. Para isso, os candidatos podem acessar as listas de qualificações para Desenvolvimento Agrícola e Energias Renováveis e, em seguida, contatar as universidades neozelandesas para verificar aceitação de sua inscrição.
- Cientes das oportunidades existentes, os interessados devem enviar o formulário disponível no site do programa, até 1º de agosto. Os requisitos necessários para classificação, bem como informações sobre as instituições, demais cursos disponíveis e o processo de seleção, podem ser consultados na página do NZDS.
O objetivo da iniciativa é contribuir para o desenvolvimento econômico da região e proporcionar aos estudantes alta capacitação em universidades e instituições técnicas da Nova Zelândia. O plano de estudos deve contemplar o desenvolvimento do setor econômico no país de origem do candidato, e não simplesmente focar no desenvolvimento profissional do estudante.
Benefícios de estudar na Nova Zelândia
Conhecido por sua natureza exuberante e como um local propício à prática de esportes, entre eles surfe, rafting, esqui, bungee jump e iatismo, o país é destino de brasileiros em busca dos cursos de idioma, ensino médio e cursos universitários, como graduação e pós-graduação.
Uma das grandes vantagens de estudar na Nova Zelândia é a possibilidade de trabalhar no país. As mudanças foram anunciadas recentemente e se aplicam aos estudantes de idioma e também aos estudantes de ensino superior. Para os estudantes de ensino superior, uma novidade, além das condições já existentes para estudantes de graduação, estudantes matriculados em cursos de mestrado e doutorado (sempre que acompanhados de defesa de tese) terão permissão para trabalhar em tempo integral.
Participar de um doutorado na Nova Zelândia é uma opção muito interessante para toda a família. As taxas para estudos de candidatos internacionais é a mesma que a de residentes, diferentemente de outros países. Estudantes em cursos de mestrado e doutorado podem trabalhar um número ilimitado de horas e os esposos/parceiros de doutorandos também recebem uma permissão de trabalho válida por toda a duração do programa. Filhos e dependentes de estudantes matriculados em programas de PhD recebem os mesmos benefícios que crianças neozeolandesas, até o último ano do ensino médio, e têm a possibilidade de estudar sem qualquer custo nas escolas públicas em todo o país.

sexta-feira, 11 de abril de 2014

A inteligência das plantas revelada

A inteligência das plantas revelada

Pesquisas recentes mostram que as plantas têm linguagem, memória, cognição e são capazes de fazer escolhas. Ao site de VEJA, pesquisadores desvendam o mecanismo da inteligência vegetal e mostram como as plantas passaram a dividir com os animais o status de criaturas autônomas e sensíveis

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Rita Loiola Veja.com - 
dani_vazquez/Creative Commons

Em 1880, o naturalista britânico Charles Darwin foi o primeiro a escrever que as extremidades das raízes vegetais "agem como o cérebro de animais inferiores". Desde então, cientistas descobriram que as plantas atuam também como se tivessem linguagem, memória, visão, audição, defesas e cognição. Percebem-se como indivíduos e são capazes de fazer escolhas. Em outras palavras, elas têm o que Darwin previa no último parágrafo de seu livro O Poder do Movimento nas Plantas: inteligência.

As evidências para isso vêm de diversos países ao redor do globo, em instituições de pesquisa como a Universidade da Califórnia e a Universidade de Washington, nos Estados Unidos, o Instituto Max Planck e a Universidade de Bonn, na Alemanha, a Universidade de Lausanne, na Suíça, além de institutos de pesquisa no México, França, Itália e Japão.

Nos últimos meses, diversos estudos, publicados em revistas científicas como Nature, Science ou Plos One têm demonstrando o funcionamento dessas até então desconhecidas habilidades vegetais. E provado que as plantas estão longe de ser criaturas passivas, como se acreditava. Um dos estudos mais recentes, divulgado no fim do ano passado na revista Ecology Letters, mostrou como as plantas se comunicam por meio de compostos voláteis. Viajando pelo ar, eles avisam outras árvores sobre a presença de herbívoros potencialmente perigosos — as folhas recebem a mensagem e tornam-se mais resistentes às pragas.

"As plantas são capazes de comportamentos muitíssimo mais sofisticados do que imaginávamos", afirma o biólogo Rick Karban, da Universidade da Califórnia, nos Estados Unidos, e principal autor do estudo sobre comunicação vegetal. "Elas passaram por uma seleção em que tiveram de lidar com os mesmos desafios que os animais e desenvolveram soluções que, às vezes, guardam semelhanças com as deles." É o avanço dos estudos em biologia e fisiologia vegetal, aliado a tecnologias mais potentes para conduzir experimentos e recolher dados, que está fazendo com que os cientistas percebam que árvores e arbustos são criaturas sensíveis, que dividem o mesmo espaço com os animais na escala evolutiva.
História

A LÍNGUA DAS PLANTAS
Quem está mostrando as evidências mais contundentes de uma cara característica animal — a linguagem — nos vegetais são pequenas artemísias. Há mais de uma década, Karban cuida do cultivo de quase cem delas em um campo aberto na Califórnia. Regularmente, suas folhas ganham pequenos cortes que imitam dentadas de insetos para que emitam os compostos orgânicos voláteis, conhecidos pela sigla VOC. O objetivo é entender o papel desses elementos perfumados na natureza, que parecem enviar mensagens muito precisas de uma planta para outra.

Com seu campo californiano, Karban não só provou que esses compostos existem, como percebeu que eles viajam a até 60 centímetros de distância e são percebidos por outros ramos da planta, por pés vizinhos da mesma espécie e, por vezes, por outras espécies que estão ao lado. "As plantas coordenam suas defesas e as de seus parentes", afirma Karban, que estuda o tema há mais de trinta anos. "Esse e outros trabalhos indicam que a comunicação entre os vegetais é um fenômeno real que ocorre na natureza."

Pelas contas do pesquisador, outros 48 estudos de comunicação vegetal confirmam que as plantas detectam esses sinais aéreos. E dominam mais de uma língua: algumas conseguem também enviar mensagens para predadores de herbívoros que, atraídos pelos compostos emitidos, evitam que as folhas sejam comidas. "Plantas reconhecem os herbívoros que as atacam, às vezes até antes que eles cheguem", diz o pesquisador. "Descobrir essa linguagem das plantas, além de ser muito interessante, pode nos mostrar como manipular a defesa de safras inteiras."

SINAPSES VEGETAIS
Afora as mensagens voláteis, as plantas emitem sinais elétricos — semelhantes a sinapses dos neurônios — para enviar informações entre uma célula e outra. Edward Farmer, o biólogo pioneiro em pesquisas sobre comunicação vegetal da Universidade de Lausanne, na Suíça, descobriu, há alguns meses, uma maneira até então inédita de transmissão de sinais elétricos vegetais, com pulsos que seguem por longas distâncias entre as membranas da planta. É como um rudimento das sinapses animais
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