quarta-feira, 22 de maio de 2013

Ritmo de obras no Superporto do Açu diminui



Economia


As obras no Superporto do Açu, na praia do Açu, litoral de São João da Barra, estão mesmo em ritmo mais lento. A afirmação foi dada ontem pelo presidente da OSX, empresa do grupo EBX, de Eike Batista, Carlos Bellot. Em entrevista ao jornal Valor Econômico e que foi postada no blog Painel, hospedado na Folha Online e assinada pelo jornalista Saulo Pessanha, Bellot admitiu que as obras do estaleiro da companhia como um todo estão com ritmo reduzido atualmente, porque ainda aguardam a reformulação do plano de negócios. Na entrevista, o executivo do grupo evitou, porém, dar um prazo para a conclusão do novo plano, mas disso que isso vai ser apresentado “em breve”.
— Iniciamos o ano no mesmo ritmo do ano passado, com as obras aceleradas. Em função dos primeiros sinais da nossa revisão do plano, a gente deu uma arrefecida nesse ritmo — disse Bellot ao jornal, durante apresentação dos resultados financeiros da companhia no primeiro trimestre.
Carlos Bellot pontuou que a empresa está “muito concentrada” na realização de obras que estão diretamente ligadas à carteira existente e que o grupo não quer atrasar as entregas previstas, como a da Petrobras. Segundo o executivo, 50% das obras previstas foram concluídas. “A conclusão desse estudo, que deve ocorrer muito em breve, vai então nos indicar que partes do estaleiro continuam em um ritmo normal e que partes vão ser freadas em termos de construção”, disse Bellot.
O estaleiro, que tem atualmente 50% das obras realizadas, está em construção no porto do Açu, em São João da Barra, região Norte do Estado do Rio de Janeiro. Dentre as principais questões que estão sendo reavaliadas pela OSX para o futuro estão a necessidade de investimentos e de contratação de mão de obra. “A companhia tem trabalhado muito nesse novo plano de negócios”, destacou o presidente.
A crise no empreendimento começou há pouco mais de um mês. Nas últimas semanas, demissões foram confirmadas pela OSX, responsável pela construção do estaleiro no Açu. Na ocasião, em nota, a OSX informou que os ajustes que estão sendo realizados no quadro de funcionários da companhia fazem parte de um processo de adequação da equipe à sua atual carteira de encomendas, que conta com unidades contratadas pela OGX, Petrobras, Sapura e Kingfish.
Cilênio Tavares Folha da Manhã online

Dez anos após desastre, 12 barragens na divisa com Minas põem em risco Paraíba do Sul


São 22 bilhões de litros de rejeitos nas represas, a maior parte de bauxita








Represas com resto de produção mineral e industrial, como esta de bauxita, da Votorantim Metais, em Itamarati de Minas (MG), têm, juntas, 22 bilhões de litros de rejeitos. O volume é suficiente para encher 20 Maracanãs
Foto: Guito Moreto




Represas com resto de produção mineral e industrial, como esta de bauxita, da Votorantim Metais, em Itamarati de Minas (MG), têm, juntas, 22 bilhões de litros de rejeitos. O volume é suficiente para encher 20 Maracanãs Guito Moreto
Cataguases, Miraí e Itamarati de Minas (MG) - Em 29 de março de 2003, uma barragem de rejeitos industriais se rompeu em Cataguases (MG), espalhando lignina — produto resultante da fabricação de celulose — por 200 quilômetros do Rio Paraíba do Sul e impedindo a população fluminense de utilizar a água, que ficou mais negra que Coca-Cola com a contaminação. Passados dez anos deste que foi um dos maiores acidentes ambientais do país, o Rio de Janeiro ainda está ameaçado por outras 12 barragens de rejeitos de Minas Gerais, que estão próximas a rios da bacia do Paraíba do Sul. O governo mineiro garante que não há riscos de novos acidentes, mas o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) do Rio teme novos desastres ambientais.
São 22 bilhões de litros de rejeitos nessas 12 barragens, o equivalente à produção anual de etanol do Brasil ou a 20 estádios do Maracanã lotados. A maior parte dessas barragens está com rejeitos de bauxita e fica em Itamarati de Minas, Juiz de Fora, Miraí, Mar de Espanha e Descoberto. O temor de quem mora no Rio vem, em parte, pela falta de dados sobre as represas, pois nem mesmo a Agência Nacional de Águas (ANA) sabe exatamente a situação delas.
A desconfiança também existe por causa do histórico de incidentes que ocorreram nas barragens desde o desastre de Cataguases. O caso de maior potencial de contaminação ocorreu em 2008, quando a Votorantim detectou uma falha no isolamento de sua represa de rejeitos de beneficiamento de zinco em Juiz de Fora. A falha poderia ter contaminado rios e o lençol freático com metais pesados, o que seria uma tragédia ambiental com graves consequências para a população que vive abaixo desta barragem, caso do interior fluminense.
‘Sofrimento sem tamanho’
Esse não foi o único caso: em Miraí, uma barragem de rejeitos de bauxita, que já havia vazado em 2006, se rompeu em 2007, matando peixes e arrasando propriedades rurais da cidade e da vizinha Muriaé. E as barragens de lignina de Cataguases quase romperam novamente em 2009, o que poderia ter jogado de uma vez 1,4 bilhão de litros de rejeitos no Paraíba do Sul. Essa situação emergencial forçou uma solução inédita: a liberação controlada de efluentes sem tratamento no rio para esvaziar as duas represas, operação concluída em agosto de 2012.
Especialistas alertam que, com rejeitos de mineração, os rios poderiam ser assoreados e a água, proibida para o consumo. Além disso, há risco de mortandade de peixes, inundações e estragos em propriedades. Foi o que ocorreu com o agricultor Jairo Manuel Lacerda Pina, de Cataguases. Ele viu suas terras invadidas pelo barro com “água negra” da celulose em 2003 e não se esquece:
— Ninguém sabe o que eu passei e o que passo até hoje. Muitos saíram daqui para nunca mais voltar, o sofrimento foi sem tamanho.
Rosa Formiga, diretora de Gestão das Águas e do Território do Instituto Estadual do Ambiente (Inea), afirma que o Rio de Janeiro vai debater a necessidade de se conhecer melhor este risco no primeiro Plano Hídrico do Rio, que será finalizado no segundo semestre:
— Não podemos dizer que essas barragens são bombas-relógio, mas é um perigo que precisamos conhecer. Falta uma integração com as autoridades mineiras, o que só ocorreu de forma emergencial para resolver o caso de Cataguases em 2009, quando, juntos, evitamos outros dois rompimentos de barragens. Na verdade, não sabemos exatamente o risco potencial dessas barragens.
Segundo ela, embora autoridades mineiras indiquem melhora na gestão das barragens, faltam estudos sobre o impacto em caso de acidentes.
— Sabemos que houve melhorias, mas não podemos esquecer que barragens de rejeitos são passivos das empresas e muitas dessas estruturas são antigas — disse.
Márcio Almeida, professor de Engenharia Geotécnica da Coppe/UFRJ, afirma que apesar dos avanços dos últimos anos, ainda falta treinamento para os profissionais que trabalham nessas barragens e para a população. Ele acredita, contudo, que o ideal seria criar um sistema nacional de informações de barragens:
— A fiscalização pode até ser regional, com os comitês de bacia e da população local, mas seria interessante também existirem estudos e um acompanhamento nacionais.
Embora o país esteja implementando a Lei das Barragens, esse tipo de controle não existe. A ANA concluiu um primeiro levantamento para conhecer essas barragens e agora inicia uma fase nova para qualificá-las.
— Dependemos dos órgãos que fazem essas fiscalizações. A ANA só é responsável pelos rios federais e por barragens que não sejam para hidrelétricas — disse Carlos Motta Nunes, gerente de Regulamentação de Serviços e Segurança de Barragens da agência.
Fiscalização agora é anual
Marília Carvalho de Melo, diretora-geral do Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), afirma que a situação mudou muito e que a situação das 361 barragens de rejeitos do estado é muito melhor que a da época dos acidentes. Ela lembra ainda que as informações sobre as barragens são transparentes.
— Há casos em que o controle das barragens é anual, a situação é muito mais segura, contamos com um monitoramento severo — disse, lembrando que o estado está aberto a parcerias com o Rio de Janeiro.
Milton Olavo de Paiva Franco, coordenador do Núcleo de Emergência Ambiental da Secretaria do Meio Ambiente de Minas, acompanhou o acidente de 2003 e é enfático: a qualidade das barragens hoje em dia é muito melhor.
— As próprias empresas estão mais responsáveis e não querem repetir desastres — disse.
Ricardo Barbosa, diretor de Sustentabilidade e Responsabilidade Social da Votorantim Metais, afirma que o que ocorreu em 2008 em Juiz de Fora sequer ameaçou a população. Ele explica que houve apenas uma falha na primeira camada de impermeabilização de uma barragem, mas que a segunda camada não foi afetada:
— Detectamos isso em nossa fiscalização de rotina, esvaziamos a barragem e consertamos a camada de impermeabilização, voltando a usá-la em 2010. A população não sofreu risco.
fonte: http://oglobo.globo.com/economia/dez-anos-apos-desastre-12-barragens-na-divisa-com-minas-poem-em-risco-paraiba-do-sul-7989260

 

Exploração de gás natural deve alimentar termelétricas


Redação - Agência Brasil - 22/04/2013
Tubulações condutoras de gás natural: "A solução é natural, porque o sistema elétrico precisa ter geração térmica de base, cujo combustível tenha um baixo custo", afirmou Altino Ventura Filho.

A exploração de gás natural em terra, cuja concessão estará na 12ª rodada de licitações, marcada para outubro, deve se destinar principalmente à produção de energia elétrica.



A informação é do secretário de desenvolvimento energético do Ministério de Minas e Energia, Altino Ventura Filho, que participou, na última sexta-feira, do seminário Eficiência Energética: projetos, determinações e investimentos, na Câmara de Comércio Americana.

"A solução é natural, porque o sistema elétrico precisa ter geração térmica de base, cujo combustível tenha um baixo custo. Essas usinas são necessárias aos sistemas brasileiros, e a geração a gás é uma geração mais limpa. É uma geração que cria condições favoráveis do ponto de vista ambiental, e, sendo competitiva, que é o caso que entendemos que vai acontecer, é uma solução natural", defendeu Altino.

O gás mais competitivo a que o secretário se refere seria produzido por usinas termoelétricas instaladas "na boca dos poços" de gás, sem a necessidade de se construir gasodutos para transportá-los. Sem esse custo, o gás fica mais barato e mais competitivo.

"Qualquer outra opção exigiria um gasoduto, como é o caso do gás da Bolívia. Estamos diante de uma possibilidade de o Brasil passar a ter, num horizonte de três, quatro ou cinco anos, antes de 2020, uma oferta de gás com preços competitivos para produzir energia elétrica, porque as usinas estariam na boca do poço", disse Altino.

As usinas térmicas a gás serão uma opção ao carvão mineral, que é mais poluente e tem sido usado de forma complementar. Altino prevê que as usinas térmicas, entre elas a nuclear, devem ter um papel mais importante na matriz brasileira a partir de 2025, quando o potencial das hidrelétricas estiver mais perto do esgotamento.

O secretário afirmou que o Brasil possui potencial de hidroeletricidade de 260 mil MW, o quarto maior do mundo, mas 80 mil MW não estão sendo considerados nos planos de investimentos por se encontrarem em áreas de reservas ambientais ou indígenas.

terça-feira, 21 de maio de 2013

COLETA SELETIVA NA QUARTA-FEIRA






Atenção moradores dos bairros com serviço de coleta seletiva!
Quando você participa da coleta seletiva,está  cooperando para o meio ambiente do planeta,pois o material reciclável que seria aterrado,transforma-se em novo material,economizando matéria -prima e energia.
Você também  a obra social da sociedade de Apoio à criança e o Idoso: 

COLETA SELETIVA NO SEU BAIRRO(PORTA A PORTA):

4º FEIRA:

MANHÃ:

Jockey I
Pelinca
Parque Tamandaré
Parque Dom Bosco

TARDE:

Jockey II
Parque João Maria
Centro

COLETA DE PONTOS ESPECIAIS

Secretaria Municipal de Serviços Públicos
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Petróleo
Hospital Santa Casa
Farmácia Isalvo Lima
Resgate Médico
CEFET
CCAA
Secretaria Municipal de Educação
Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Hospital Unimed
Hospital Geral de Guarus

Palco de competições olímpicas em 2016, Baía de Guanabara sofre com acúmulo de lixo


  • Um dos cartões-postais cariocas recebe diariamente uma média de cem toneladas de resíduos flutuantes
Tópicos da matria


Quem resolve? Lixo acumulado numa praia próxima à Cidade Universitária: a Baía de Guanabara, que será palco de competições náuticas nas Olimpíadas, recebe uma média de cem toneladas de lixo flutuante todos os dias
Foto: Custódio Coimbra / Agência O Globo


Quem resolve? Lixo acumulado numa praia próxima à Cidade Universitária: a Baía de Guanabara, que será palco de competições náuticas nas Olimpíadas, recebe uma média de cem toneladas de lixo flutuante todos os dias Custódio Coimbra / Agência O Globo
RIO - A cena, de tão cotidiana, já não causa mais estranheza a Isabel Swan. Ao botar o barco nas águas da Baía de Guanabara, a velejadora precisa se desvencilhar de sacos plásticos, tampinhas de refrigerantes, latas, palitos de sorvete... Um dos cartões-postais cariocas recebe diariamente uma média de cem toneladas de lixo flutuante, carregado pelos rios que cortam a Região Metropolitana do Rio, segundo estimativa do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Na ausência de coleta domiciliar adequada e com medidas paliativas que avançam a passos de formiga, a “boca banguela” cantada por Caetano Veloso sofre, a três anos dos Jogos Olímpicos.
Se cumprir a meta de despoluir 80% das águas da Baía de Guanabara até 2016 — um dos compromissos olímpicos — parece a cada dia uma tarefa menos exequível, os esforços do poder público se voltam para medidas paliativas. A principal delas são as ecobarreiras, obstáculos que visam a capturar o lixo flutuante. Atualmente, são 11 instaladas na foz dos rios que desembocam na baía. Em 2012, as ecobarreiras capturaram 4.246 toneladas de detritos, apenas 9,9% a menos do coletado no ano anterior (4.714 toneladas). Nos últimos dois anos, foram retirados desses rios 2.878 pneus — uma média de quatro por dia.— Treino diariamente na baía desviando de todo tipo de lixo flutuante. Em agosto vou receber atletas da Nova Zelândia aqui no Iate Clube (em Niterói). Estou envergonhada. O panorama não tem mudado nos últimos anos. Algo precisa ser feito com urgência. Temos que torcer para não chover ou bater um vento sul (condições em que o lixo se espalha mais facilmente) durante os Jogos Olímpicos — critica a velejadora, medalha de bronze em Pequim, há cinco anos.
— As ecobarreiras, de fato, não têm eficiência muito grande. Inclusive são projetadas para que se rompam em caso de chuvas fortes, para evitar inundações — diz a presidente do Inea, Marilene Ramos, acrescentando que, sem coleta de lixo adequada nos municípios, será impossível chegar a uma solução definitiva.
Outra iniciativa pensada para o curto prazo é a instalação de Unidades de Tratamento de Rios (UTRs). A primeira delas (que beneficiaria a Baía de Guanabara), a ser instalada no Rio Irajá, ainda não saiu do papel. Custará R$ 40 milhões aos cofres da Petrobras — incluindo manutenção por dez anos —, como medida de compensação ambiental da Refinaria Duque de Caxias. A lógica das UTRs é tratar o esgoto já no leito dos rios, antes de a carga orgânica chegar à baía. A expectativa é que a unidade do Irajá trate 12% das fontes de poluição que chegam ao mar.
O prefeito de Caxias, Alexandre Cardoso, afirma que muitos caminhões de recolhimento de lixo são impedidos de entrar nas favelas dominadas pelo tráfico, aumentando o problema:
— Vamos tirar três mil casas das margens do Rio Sarapuí, com o programa Minha Casa Minha Vida. Essa questão do lixo está diretamente ligada à segurança pública. Volta e meia, as empresas de coleta são impedidas de entrar nas comunidades pelos traficantes.
Nas barcas, danos de R$ 2,3 milhões por ano
O lixo flutuante causa transtornos também ao transporte hidroviário. De acordo com a concessionária CCR Barcas, os danos provocados pelos resíduos implicam gastos anuais de R$ 2,3 milhões com limpeza, equipes de mergulho, substituição de filtros, pintura, energia e manutenção. Por causa do problema, em 2012, as barcas foram levadas 215 vezes ao estaleiro para serem consertadas — o número corresponde a 25% do total de reparos. O lixo afeta principalmente o sistema de refrigeração dos motores das embarcações.
— O volume pós-chuva é imensurável. Há cada vez mais lixo acumulado. Além de material orgânico, encontramos pedaços de geladeiras, redes de pesca, troncos de bananeiras, partes de sofás, velocípedes quebrados... — enumera o gestor de Operações da CCR Barcas, Jorge Castro.
E se filho feio não tem pai, como diz o ditado, há muito material boiando por aí sem que um responsável se apresente. As praias da Ilha do Catalão (no Fundão), área vizinha à Faculdade de Educação Física da UFRJ, mais parecem um lixão a céu aberto. Dentro do Fundão, a responsabilidade é da universidade. Mas, se o lixo chegar a uma praia da Ilha do Governador, por exemplo, a Comlurb recolhe, explica a companhia. A universidade informou que faz mutirões esporádicos, mas que as marés e as chuvas acabam trazendo resíduos de fora da Cidade Universitária. A Política Nacional de Resíduos Sólidos, aprovada em agosto de 2010, estabelece que, no caso das embalagens, quem pôs o material no mercado deve se responsabilizar por sua destinação adequada.
Na avaliação da promotora estadual de Justiça Rosani Cunha, pouco se avançou nos últimos anos na despoluição da Baía de Guanabara:
— Movemos uma ação (contra o estado) em 2007. O governo sempre diz que está fazendo obras. É lastimável. Surpreendentemente, o juiz (Ricardo Starling Barcellos, da 13ª Vara de Fazenda Pública) entendeu que o governo está agindo. Recorremos, e o caso agora está no TJ. A efetividade das ações de despoluição, a olho nu, é zero.
O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, pondera que a meta olímpica de despoluição exigirá esforços conjuntos, mas será cumprida:
— Lixo é do cidadão e das prefeituras. Mas não estamos de braços cruzados. Investimos R$ 6 milhões por ano em educação ambiental. E fechamos todos os lixões no entorno da baía.
O Comitê Rio 2016 diz ter “plena confiança” de que a Baía de Guanabara estará em perfeitas condições para a realização dos Jogos.
Presidente do Inea, Marilene Ramos, diz que prefeituras são as maiores culpadas pelo acúmulo de lixo na Baía de Guanabara:
Em 2008, o ambientalista Elmo Amador (falecido em 2010), em entrevista ao GLOBO, estimou em 80 toneladas por dia o volume médio de lixo despejado pelos rios que desembocam na Baía de Guanabara. Dá para fazer uma projeção atual?
Estimo que tenha havido um crescimento de 30% de lá para cá (ou seja, seriam cerca de cem toneladas por dia atualmente). A principal culpa é do precário serviço de coleta que as prefeituras prestam. Só dos rios Iguaçu, Botas e Sarapuí, na Baixada, já tiramos cinco milhões de metros cúbicos de lixo e lama.
Quantas ecobarreiras já foram instaladas e beneficiam diretamente a Baía de Guanabara? Elas funcionam?
Somente em rios que deságuam na Baía de Guanabara, temos 11 ecobarreiras. São um paliativo, não há uma eficiência muito grande. Durante chuvas torrenciais, elas arrebentam. As ecobarreiras são um paliativo. Não há uma eficiência muito grande. Estamos trocando a cooperativa de catadores da ecobarreira do Rio Meriti, porque volta e meia dá problema. O custo operacional é da Associação de Supermercados.
Qual a previsão para o funcionamento da Unidade de Tratamento do Rio (UTR) Irajá?
Fica pronta no fim do ano e está sendo bancada pela Petrobras. Se a gente conseguir implementar UTRs, já teremos uma situação bem mais confortável para 2016. Na Baía de Guanabara, hoje, dos 12 pontos de monitoramento, começamos a ter melhorias em dois: nas proximidades da ETE (Estação de Tratamento de Esgoto) Alegria (no Caju) e na ETE Icaraí.


Impactos sociais e ambientais do consumo


Após definir uma necessidade de consumo eescolher um produto através da relação custo/benefício, é o momento de considerar alguns aspectos inseridos em nossas escolhas, mas que nem sempre conseguimos perceber. Conforme discorri no artigo “Inteligência Ecológica – o impacto do que consumimos”, quando olhamos para um produto nem sempre conseguimos perceber a cadeia de impactos que está por trás ou associada a ele.
Por essa razão, reuni a seguir os pontos mais importantes relativos aos impactos do consumo relacionados à sociedade e ao meio ambiente[bb]. Embora não esgotem a questão, o uso desses itens no dia-a-dia pode representar uma grande mudança na forma como nos relacionamos com nosso consumo.
Aspectos sociais: o que considerar?

Primeiro, adquira sempre produtos originais e exija nota fiscal. Somente através do comércio legal pode-se buscar igualdade nas competições de mercado. Verifique onde o produto foi fabricado. Quanto mais próximo de nossa casa, melhor. Ao comprar um produto oriundo da economia local, estamos ajudando a fortalecer essas empresas e colaborando para o desenvolvimento da região. Verificar a origem é importante também para evitar produtos de regiões ou países com práticas sociais inadequadas.

Além disso, pesquise as práticas de responsabilidade social das empresas. Isto é, verifique se adquirem matéria-prima e componentes a um preço justo (sem usar o poder de barganha para levar vantagens sobre pequenos produtores), se não usam mão-de-obra infantil ou escrava (direta ou indiretamente), se respeitam acordos coletivos, se estão em dia com impostos e taxas, se pagam os funcionários em dia, se têm boas práticas em gestão de pessoas[bb], se compartilham com a comunidade parte de seus lucros em forma de programas e ações sociais, entre outras coisas.Opte por produtos oriundos da economia verde e avalie adotar algumas de suas práticas. Produtos com o selo “fair trade” garantem que sua produção promoveu relações de comércio mais justas e solidárias. Redes ou cooperativas de consumidores facilitam o acesso a produtos orgânicos com um preço acessível. E feiras de troca mostram ser possível existir relações comerciais que não se baseiam em dinheiro.
Devemos também fazer uso das novas regras do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em relação a doações para campanhas. Antes, só os candidatos conheciam seus financiadores. Agora, todos nós podemos conhecer (pelo menos, esperamos que sim).  Essa é uma questão social muito importante, já que a influência de empresas e organizações sobre o processo democrático pode distorcer o papel do Estado. Acompanhe e fiscalize, pois, antes de qualquer outra atividade, um político deve defender os interesses das pessoas que o elegeram.
Impactos ambientais: o que avaliar?

Busque conhecer as práticas de responsabilidade ambiental das empresas, principalmente daqueles produtos que você adquire regularmente. Avalie se ela reconhece o impacto do seu negócio, busca reduzi-lo por meio de processos mais modernos e trabalha para compensá-lo por meio de ações concretas. Sempre que possível, escolha produtos com certificados que indiquem compromisso com o meio ambiente – conheça os principais selos de certificação no portal Planeta Orgânico. Ao consumir produtos certificados, ajudamos a fortalecer esse mercado.

Escolha produtos feitos com materiais que não agridem o ser humano, os animais e o meio ambiente. Observe se a maior parte dos componentes são naturais ou orgânicos, atóxicos, renováveis e/ou recicláveis. Não podemos esquecer que após ter esgotada sua utilidade, um item pode retornar à natureza. Por isso, é importante que seus componentes não causem contaminações.
Verifique a durabilidade e a possibilidade de reparo de bens duráveis. As principais matérias-prima desses itens são petróleo e cobre, dois recursos não renováveis. Além disso, só consumo de bens duráveis eletrônicos descartam cerca de 65.000 toneladas de lixo perigoso ao ano. Observe a embalagem dos produtos que compra. Embora a grande maioria seja reciclável, repensar e reduzir a geração ainda é o melhor negócio.
Escolha eletrodomésticos e eletrônicos[bb] de baixo consumo energético. O aumento da demanda por energia tem sido a grande discussão que coloca em campos opostos o crescimento econômico e a preservação dos recursos naturais, embora devessem estar do mesmo lado. Não é possível crescer sem energia, como também não é possível viver sem recursos oriundos da natureza. Por essa razão, eficiência energética é fundamental.
Avalie o quanto um produto viajou para chegar até você. Quanto menor a distância entre o fabricante e o consumidor, menor será a necessidade de consumo de combustíveis fósseis e a emissão de gases do efeito estufa (oriundos do transporte). Considere sempre a possibilidade de comprar itens de segunda mão. Livros, roupas, móveis, acessórios e até artigos para construção podem ser encontrados em bom estado a preços acessíveis. Reaproveitar produtos em bom estado reduz o impacto tanto na produção quanto na geração de resíduos.
Verifique se os itens de que necessita existem em versão virtual, como no caso de livros, revistas, músicas e outros. Vários são os benefícios dessa escolha, desde economizar a matéria-prima necessária na produção até evitar as emissões de gases oriundos do transporte. Reduzir o desperdício de alimentos também faz parte de uma boa compra. Por isso, o ideal é planejar o cardápio e fazer mais compras semanais. A adoção dessa prática propicia mais itens frescos e saborosos, compras em menor quantidade e evita que os alimentos estraguem na geladeira ou na despensa.
Considerações

Como disse antes, os pontos apresentados nem de longe esgotam o assunto. Existem muitas outras relações de causa-efeito que não conhecemos, principalmente aquelas que ficam distantes do nosso dia-a-dia. Tudo se relaciona com tudo, até mesmo fatos que inicialmente se apresentam isolados. Por essas e outras razões é tão difícil encontrar processos e produtos realmente sustentáveis.

Mas devemos seguir em frente. Os mercados mudam para se adequar às necessidades dos consumidores. Então, quando agimos como consumidores conscientes, influenciamos os mercados para que sejam mais justos e solidários. Você pode escolher fazer parte de uma mudança ou esperar que nada de pior aconteça. Ser proativo ou apenas seguir no piloto automático. O que prefere?
......

COLETA SELETIVA NA QUARTA-FEIRA:Bairros e pontos de coleta de recicláveis.




Atenção moradores dos bairros com serviço de coleta seletiva!
Quando você participa da coleta seletiva,está  cooperando para o meio ambiente do planeta,pois o material reciclável que seria aterrado,transforma-se em novo material,economizando matéria -prima e energia.
Você também  a obra social da sociedade de Apoio à criança e o Idoso: 

COLETA SELETIVA NO SEU BAIRRO(PORTA A PORTA):

4º FEIRA:

MANHÃ:

Jockey I
Pelinca
Parque Tamandaré
Parque Dom Bosco

TARDE:

Jockey II
Parque João Maria
Centro

COLETA DE PONTOS ESPECIAIS

Secretaria Municipal de Serviços Públicos
Secretaria Municipal de Desenvolvimento Econômico e Petróleo
Hospital Santa Casa
Farmácia Isalvo Lima
Resgate Médico
CEFET
CCAA
Secretaria Municipal de Educação
Secretaria Municipal de Meio Ambiente
Hospital Unimed
Hospital Geral de Guarus

Conheça sete produtos para animais de estimação “sustentáveis”



Lydia Cintra 1 de março de 2013
1. Ecofralda para cachorros

Sim, é possível encontrar fralda canina no mercado. E mais: 100% oxibiodegradável. Há versões diferenciadas para machos e fêmeas e serve apenas para xixi, por isso tem um orifício anatômico que não incomoda o rabo. A ideia é proporcionar mais higiene em passeios, viagens, pós-operatório e em cachorros com incontinência urinária. No caso dos machos, evitam estrago de móveis e outros objetos com a típica demarcação de território.

2. Cosméticos

A linha da Eco Cosméticos inclui shampoos, desembaraçadores e sabonetes naturais para cachorros, gatos e cavalos. A proposta é usar produtos naturais para “higiene e embelezamento de animais” a base de (nada menos que) extratos amazônicos, extraídos de forma responsável e certificada, segundo a fabricante. Peculiaridades do mundo pet.

Tem shampoo com óleo de copaíba, shampoo para filhotes de cães com manteiga da palmeira Murumuru, desembaraçador de pelos com óleo de castanha-do-Pará e fluido higienizador com óleo de andiroba para cavalos.
3. Vinhoterapia

Parece que vinho também faz bem para outras espécies. A Empório Pet criou uma linha baseada nos “segredos e benefícios” da vinhoterapia, composta shampoo higienizador, perfume e até máscara revitalizante para os pelos, que ficam mais macios com o poder antioxidante das uvas…

4. Casinha pet

As casinhas da Ecobichos são fabricadas com papelão que vem de fontes certificadas pelo FSC (Forest Stewardship Council). Segundo o fabricante, o material é antialérgico e previne o acúmulo de pelos causadores de fungos. Por R$49,90, é possível comprar o “Condocat”, um condomínio para gatos – que nada mais é do que uma casinha modulada com três andares.

Há também a “Doghouse”. Elas duram em média seis meses se usadas em ambiente coberto e seco.
5. Almofadas

Fabricadas pela marca Harry Barker, as almofadas para cães e gatos são feitas com algodão livre de agrotóxico, sem produtos químicos ou corantes artificiais. A marca também fabrica coleiras feitas com plástico 100% reciclado.

6. Sem espaço

Para substituir a tradicional areia para gatos, a proposta é um granulado higiênico feito com bagaço de cana, por isso biodegradável. O Cat Pellet absorve até 4 vezes mais e não suja as patas do animal, promete o fabricante.

7. Alimentos orgânicos

Orgânicos para cachorro? Tem também. A empresa Organicão, de São Paulo, prepara e entrega comida saudável para quem quer fugir das rações industrializadas, com componentes transgênicos, conservantes e aromas artificiais. Um dos “pratos” é músculo bovino com ovos, abobrinha e óleo de canola. E tem a opção frango:

A empresa diz que as receitas contêm apenas fontes proteicas de fácil digestão. “Nossos rótulos são claros: ‘peito de frango, moela de frango, coração de frango’, ao invés de ‘carne de frango’. Queremos que você saiba qual ave utilizamos. Afinal, urubu também é ave. Pena e bico também são fontes proteicas, só que de baixa digestibilidade”.
(Imagens: SXC.HU/ Divulgação/ Divulgação)

segunda-feira, 20 de maio de 2013

Programação Semanal da Limpeza Pública



COLETA SELETIVA NA TERÇA-FEIRA







Atenção moradores dos bairros com serviço de coleta seletiva!
Quando você participa da coleta seletiva,está  cooperando para o meio ambiente do planeta,pois o material reciclável que seria aterrado,transforma-se em novo material,economizando matéria -prima e energia.
Você também  apoia a obra social da Sociedade de Apoio à criança e o Idoso,que recebe todo reciclável coletado.
COLETA SELETIVA NO SEU BAIRRO(PORTA A PORTA) NESTA 3º FEIRA:

MANHÃ:
Flamboyant
Parque São José
Parque Santa Helena
Parque Cidade Luz
Parque Rosário
Parque Nova Brasília

TARDE:
Parque Santo Amaro
Parque Lebret
Parque Guarus
Parque Aurora
COLETA DE PONTOS ESPECIAIS
Secretaria Municipal de Serviços Públicos
Secretaria Municipal de Governo
SEST/SENAT
Mult Céu
Expresso Jundiaí
Gráfica Pecuária
UENF
Escola Municipal Francisco de Assis
Portal da Infância (Av.Alberto Lamego)
Praça da República ( Centro)
Campos Luz
Coordenadoria de Fiscalização de Posturas
CEJA

CAMPANHA DE ORIENTAÇÃO:Lixo hospitalar em casa ,como descartar corretamente ?

ATENTAI-VOS MUNÍCIPES: LIXO DA SAÚDE
  
Alguns milhares de munícipes  são portadores de diversas doenças,muitos crônicos e que  são assistidos em seu domicílio residencial,ou seja nas suas casas. 
 Com ou sem assistência profissional particular ou da rede pública de saúde,estimamos que são muitos e que no dia a dia geram resíduos de saúde,conhecido como lixo  hospitalar.São agulhas,seringas,bolsas de colectomia,escalpe,curativo,sondas diversas e outros.
 Esse tipo de lixo é classificado como perigoso,pois tem potencial contaminante,é poluente ao ambiente e quando misturado ao lixo comum que são coletados pelo caminhão compactador,pode causar e tem causado alguns acidentes aos garis que são afastados do trabalho e sofrem muitos transtornos.
Portanto orientamos que FAÇAM O DESCARTE CORRETO ,ENTREGANDO ESTE TIPO DE LIXO NAS 70 UBS (Unidade Básica de Saúde)localizadas em todo município, 2 PU`s(Posto de Urgência) e Unidades Pré-Hospitalar de Santo Eduardo,Travessão,São José(Goytacazes) e Ururaí.
Agulha
Bolsas de colectomia


Curativo

Escalpe

Seringa

Sonda de nutrição

Sonda vesical

Até 2016, Rio terá iluminação de LED


Vladimir Platonow - Edição: Aécio Amado - Agência Brasil - 26/04/2013

A Capital fluminense terá até 2016 toda a iluminação pública com base na tecnologia LED (diodo emissor de luz - light emmiting diode), 40% mais econômica que o sistema atual e com mais tempo de durabilidade. O anúncio foi feito ontem (25), durante assinatura de um acordo para promoção de economia sustentável entre diversos órgãos públicos, prefeituras e empresas com a organização não governamental R20, do ator e ex-governador da Califórnia Arnold Schwarzenegger.

A R20 é dedicada a promover projetos dedesenvolvimento de baixa emissão de carbono e patrocina estudos de viabilidade de iluminação pública para diversas cidades no mundo. O Rio foi representado pelo secretário de Conservação, Marcus Belchior, responsável pelo serviço de iluminação pública do município.

"Hoje já tem LED na cidade, basicamente em pontos turísticos. No Cristo Redentor, na Lagoa Rodrigo de Freitas e no Parque Madureira, que é extremamente sustentável. Inegavelmente a tecnologia LED consome menos energia que as lâmpadas convencionais", disse o secretário. Segundo técnicos da secretaria, uma lâmpada de vapor de sódio, que gera iluminação amarelada, dura de três a quatro anos. Uma de LED, que gera luz branca, dura de oito a dez anos. A troca diminuirá o custo com manutenção elétrica na cidade, que conta com 430 mil pontos públicos de luz.

O secretário estadual do Ambiente, Carlos Minc, anunciou que a Ponte Rio-Niterói será iluminada por lâmpadas de LED até o final do próximo ano. "Um dos símbolos da adesão do Rio à R20 é que vamos colocar lâmpadas led em toda a extensão da Ponte Rio-Niterói, para receber autoridades e desportistas com este símbolo da união entre as duas cidades", disse o secretário.

Schwarzenegger destacou que o objetivo de sua organização é incentivar soluções ecológicas e mostrar que as iniciativas partem do cidadão, das empresas e das universidades, sem necessariamente depender do poder central. O ator que governou a Califórnia entre 2003 e 2011 disse que o estado é um dos precursores em energias limpas nos Estados Unidos. Ele defendeu o uso do carro elétrico e os veículos movidos por células de hidrogênio, como forma de contribuir para reduzir as emissões de gases que provocam o aquecimento global.

"A Califórnia sempre esteve na vanguarda no uso de veículos de combustíveis alternativos. Qualquer tipo de energia que não seja combustível fóssil é bem-vinda. Os carros elétricos são atualmente muito populares, mas também estamos construindo uma rodovia do hidrogênio, onde instalamos a cada 32 quilômetros um posto de hidrogênio. O programa ainda não está finalizado, mas o objetivo é poder rodar toda a Califórnia usando um carro movido a hidrogênio", declarou Schwarzenegger.

Audiência reforça divergências sobre publicidade para crianças


Gorette Brandão e Anderson Vieira


Isabella Henriques: crianças menores não distinguem publicidade e conteúdo do programa


Acentuadas divergências se evidenciaram em audiência realizada no Senado, nesta segunda-feira (29), para debater a publicidade infantil. Com base em argumentos sobre os malefícios das mensagens à formação das crianças, alguns expositores pediram a total proibição de propagandas de produtos e serviços dirigidas aos menores de 12 anos. Mas a ideia foi condenada pelos representantes das agências de publicidade, anunciantes e mídia, alinhados à tese de que, por meio da autorregulamentação, o mercado é capaz de corrigir desvios e abusos.
A audiência foi promovida pela Comissão de Modernização do Código de Defesa do Consumidor, criada no ano passado para examinar as propostas de alteração do Código de Defesa do Consumidor (CDC) produzidas por um grupo de juristas designado pelo Senado. Presidida pelo senador Rodrigo Rollemberg (PSB-DF), a comissão tem como relator o senador Ricardo Ferraço (PMDB-ES).
Inocência
O banimento da publicidade infantil na reforma da legislação foi pedida, por exemplo, por Isabella Henriques, diretora do Instituto Alana, entidade civil que atua na área de educação, cultura e assistência social. Segundo ela, estudos mostram que até os seis anos, em média, a criança sequer sabe distinguir a publicidade do conteúdo do programa infantil que acompanha. Para a especialista, a publicidade explora sem medidas a “inocência e a ausência de capacidade de julgamento” das crianças.
– Se a criança não pode comprar nada, já que é considerado incapaz, como admitir uma engrenagem publicitária tão persuasiva dirigida a ela? – questionou.
Para reforçar seus argumentos, Isabella trouxe para a audiência uma versão condensada do documentário Criança, a alma do negócio, dirigido por Estela Renner. No vídeo, especialistas de diversas áreas apontam problemas causados às crianças e adolescentes pela intensa exposição à publicidade, entre outros o consumo desregrado de alimentos nocivos, o que explicariam o aumento da obesidade infantil. Foram ainda citados estímulos à violência e ao roubo, tendo por motivo a intensificação do desejo pela posse de bens ligados a status.
Diante do número crescente de crianças com excesso de peso no Brasil, a diretora da Associação Brasileira para Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica (Abeso), Maria Edna de Melo, também saiu em defesa da proibição à publicidade de alimentos dirigida aos menores pelo menos nos horários em que eles estão mais expostos à TV. Ela apresentou aos parlamentares estudos realizados em outros países relacionando publicidade de alimentos à obesidade infantil. Uma das pesquisas demonstrou que aumento de 25 minutos na exposição semanal provoca aumento de 1,4% na ingestão de calorias.
– Criança é altamente influenciável. Banir uma publicidade direcionada significa protegê-la.  A publicidade pode não ser a única culpada, mas contribui. E, diante da situação alarmante que vivemos, vale a pena pensar muito sobre isso – advertiu.
Posição do mercado
Alexandre Jobim, um dos vice-presidentes da Associação Brasileira de Rádio e Televisão (Abert), negou exploração e abuso na forma como o mercado vem trabalhando com a publicidade infantil. A seu ver, regras são necessárias, mas considerou que a legislação atual já oferece mecanismos. Segundo ele, tanto o Estado como os pais possuem meios para exercer a proteção ao “hiposuficiente”.
Jobim admitiu, contudo, mudança pontual no CDC para definir com maior clareza o conceito de "publicidade abusiva" em relação a crianças, um ponto considerado “subjetivo” também por outros expositores. Rechaçou, porém, a ideia de banimento da publicidade infantil: disse ser medida inconcebível quando a criança está cada vez mais “informada e conectada” com mundo, podendo fazer escolhas mais criteriosas.
– A criança está cada vez mais exercendo sua evolução intelectual, sabendo o que é certo e o que é errado com base na informação que recebe – avaliou Jobim.
Edney Narchi, um dos vice-presidentes do Conselho Nacional de Autorregulamentação Publicitária (Conar), salientou a importância do Código do Consumidor. Segundo ele, a legislação é eficaz e atual, por isso chegou aos 20 anos com poucas modificações, nenhuma afetando seus princípios. Disse que o atual sistema forma um “modelo ideal”, a partir da conjugação do CDC com o Código Brasileiro de Autorregulamentação Publicitária (CBAP) e a atuação do próprio Conar.
– Não se pode admitir a formação de guetos normativos divorciados do CDC e das iniciativas de autorregulamentação, que desde o início procuraram uma intervenção mínima na ordem econômica e a desjudicializiação dos conflitos – afirmou.
Como indicativo da capacidade de autorregulamentação, o representante do Conar informou que, no ano passado, a entidade abriu 29 processos para avaliar abusos. Nesse ano, até o momento, outros 19 já foram instaurados. Além disso, destacou que as agências, veículos e anunciantes firmaram um acordo: nos anúncios dirigidos às crianças não mais haverá a exposição desse público à técnica do merchandising - a publicidade disfarçada no meio de uma cena, diálogo ou vestimenta de um filme ou novela, por exemplo.
Classificação etária
Aurélio Veiga Rios, subprocurador-Geral do Ministério Público Federal, disse enxergar maior abertura para a integração das posições até aqui divergentes. Ele se mostrou mais preocupado com outra questão no momento: o risco de se tornar inócua a atual classificação etária de programas por idade, devido ao exame de uma ação direta de inconstitucionalidade que o PTB apresentou ao Supremo Tribunal Federal.
Agência Senado
(Reprodução autorizada mediante citação da Agência Senado)

DADOS DA LIMPEZA PÚBLICA EM CAMPOS: Limpeza Manual de Bueiros- ABRIL