segunda-feira, 9 de abril de 2012

Prefeito que iniciar tratamento adequado do lixo não será punido com base na nova lei de resíduos sólidos



Os municípios que não conseguirem se adequar às normas previstas na Política Nacional de Resíduos Sólidos, como a eliminação definitiva dos lixões até 2014, mas estiverem com as ações em andamento, não devem temer a lei de crimes ambientais. Na avaliação do secretário de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano do Ministério do Meio Ambiente, Nabil Bonduki, o prazo definido pela legislação que trata da gestão de resíduos é curto, mas as prefeituras precisam, pelo menos, iniciar as ações para enfrentar o problema do lixo sob a ótica da nova lei.
“Não queremos punir por punir e transformar administradores municipais em criminosos ambientais. O município que estiver agindo no sentido de resolver o problema terá como fazer acordos. Mas, os gestores municipais que estiverem dormindo até 2014, correm o risco de ser responsabilizados”, alertou.
Além de acabar com os lixões, substituindo-os por aterros sanitários adequados, as prefeituras têm dois anos para implantar a coleta seletiva de lixo e a logística reversa, que são os processos de recolhimento de lixo pelos próprios fabricantes e por empresas de reciclagem. De acordo com o mapa do Ministério do Meio Ambiente, algumas regiões estão adiantadas na implantação dos novos procedimentos em relação ao lixo.
Londrina e Araxá, por exemplo, foram apontadas como modelo na coleta e no tratamento adequado do lixo. Por outro lado, cerca de 70% dos municípios brasileiros estão bem distantes das obrigações que a nova legislação impõe(Fonte: Carolina Gonçalves/ Agência Brasil)


Pelo bem do planeta: não pense nem questione, apenas obedeça

Por Bruno Rezende.

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Não use sacolas plásticas, apenas ecobags; Apague as luzes quando uma campanha publicitária mandar; Troque seu automóvel por um modelo “ecológico”; Apoie nossa campanha: curtindo, seguindo, compartilhando; Seja sustentável; Salve o planeta; Preserve o meio ambiente.

Quantas vezes você já ouviu pelo menos uma dessas ordens por aí? Muitas? Em algum momento você parou para pensar ou pesquisar sobre tudo que lhe mandaram fazer para “salvar o planeta”?


Campanhas que descobrem o pé para cobrir a cabeça


Eu poderia fazer um blog ou um livro só com estas campanhas ou citando eventos sem sentido como já falei aqui, mas para ilustrar vou citar só duas campanhas recentes.

Vamos supor que em um dia qualquer você está navegando pela internet quando é surpreendido pelo banner de uma campanha dizendo para apagar as luzes por 60 minutos no próximo sábado. Você fica curioso e entra no site para entender melhor o objetivo disso. De cara você descobre que uma famosa ONG internacional está promovendo esta ação em diversos países pelo mundo e o Brasil é um país supostamente privilegiado por estar neste seleto grupo. Uau, o Cristo Redentor e os monumentos de São Paulo ficarão às escuras! Vou também apagar as luzes para “salvar o planeta” e, como sugere a campanha, filmarei tudinho para postar no YouTube e apoiar o movimento. Muito legal né? Responda-me: seu celular ou filmadora são movidos a quê?

Pois é, a maioria das pessoas não tem o hábito de pesquisar e questionar sobre o assunto, portanto não percebem o lado incoerente desta campanha. Simplesmente seguem o que dizem sob uma defesa vazia com intuito de apenas mobilizar. O ideal seria procurar saber mais sobre a ONG e as empresas por trás que a financiam. Afinal, não é difícil encontrar sérias acusações de greenwashing contra ela (veja aqui).

[Atualização em 31/03/2012] - Indico a leitura do artigo "Hora do Planeta é marquetagem barata" que detalha a incoerência desta campanha.

Existem também as campanhas elaboradas através de parcerias, onde empresas distintas se juntam para elaborar projetos a favor de uma causa qualquer. Não chega a ser uma joint venture, mas no final todos os envolvidos ganham (dinheiro). Na semana passada eu vi o anúncio de uma campanha dessas que entrará em prática no Rio de Janeiro. Um estímulo pelo Dia Mundial da Água, comemorado no dia 22 de março. Trata-se de uma parceira da Cedae com uma das maiores companhias de bebidas do mundo que irá premiar os consumidores que economizarem água. A premiação virá através de um programa tradicional de milhagem, onde quem economizar água vai acumular pontos que poderão ser gastos nas lojas virtuais conveniadas, dentre elas: Submarino, Americanas.com e Shoptime.
Quer dizer então que se gastar menos água vou poder consumir mais produtos de “determinadas” lojas virtuais? Entende-se que a campanha só defende o consumo consciente da água, mas o comportamento consumista dos produtos de alto valor agregado – como os eletrônicos vendidos nessas lojas conveniadas – é considerado normal, um benefício. E se, por exemplo, eu quiser comprar comida? Não, não posso. Se esta campanha fosse mesmo “do bem” eles teriam que, no mínimo, nos dar liberdade. Em vários países existem diversas campanhas parecidas, a diferença é que por lá eles dão dinheiro vivo para a pessoa gastar onde e como quiser. Qual o problema do Brasil em fazer isso?

Consumo consciente desenfreado

Você já reparou que existem na internet diversos blogs e projetos de estímulo a preservação ambiental, a reciclagem de lixo e a hábitos mais responsáveis que sempre premiam as pessoas com algum produto (ecologicamente correto ou não)? Basta você curtir, seguir ou compartilhar que eles sorteiam uma camisa, uma agenda, um iPad ou qualquer outra coisa. Como podemos avançar e evoluir se preciso oferecer algum produto para que alguém preste atenção e apoie o que eu falo ou defendo? Não meu amigo, não faz sentido.

O sujeito que se diz responsável com o meio ambiente ou sustentável não é aquele que trocou seu automóvel por um modelo híbrido, que usa roupas e acessórios ecológicos de estilistas renomados, ou aquele que descarta corretamente o celular que comprou há 6 meses, sem contar aquele que acreditou nas sacolas plásticas como vilãs e comprou diversos modelos de ecobag. Bom, isso não é nada mais que Eco-consumismo. O sujeito começa a ser sustentável quando consome menos, seja produto ecológico ou não, ponto.

A sustentabilidade não é só preservação ambiental, como a maioria acha, até porque o discurso ambiental que vemos por aí é bem vago. Mas por que é vago? Simples, a maioria destes projetos ambientais que vemos por aí – principalmente aqui na internet – é criado em agências de publicidade, sob a pura visão mercadológica. É muito simples, por exemplo, criar um projeto que estimule a separação de lixo em casa e o descarte correto, com um pool de empresas patrocinando isso e divulgando suas marcas. Mas alguém cria ou patrocina projetos que estimulem a redução do consumo, que consequentemente reduziria o volume de lixo? Não. De uma forma geral o mercado não vê o consumo consciente como parte da sustentabilidade, por óbvias questões econômicas.

Para quem não sabe a sustentabilidade virou um lucrativo índice no mundo empresarial. A Bolsa de Valores de São Paulo mantém desde 2006 o ISE – Índice de Sustentabilidade Empresarial. Segundo dados da Anbima (associação das entidades do mercado financeiro) fundos enquadrados nas categorias Sustentabilidade e Governança Corporativa tiveram retorno de 10,54% no período de um ano, enquanto o Ibovespa, principal indicador da Bolsa, subiu apenas 4,5% no mesmo período. Nos últimos 4 anos o ISE só perdeu para o Ibovespa por 2 anos. Entendem agora porque várias empresas, principalmente aquelas com passado negro, estão se dizendo sustentáveis?
Se informar e questionar antes de obedecer

Se você está mesmo interessado nos assuntos relacionados ao meio ambiente, consumo consciente e sustentabilidade, por favor, se informe. Não saia obedecendo e defendendo qualquer campanha que vê por aí, pois te garanto que a maioria não passa de puro papo furado para lhe incutir uma ideologia que nada tem a ver com resultados efetivos e benéficos para a sociedade. Você pode sim estar errado, mas cabe a você perceber isso através dos seus valores e dos seus atos, não a partir de campanhas meramente publicitárias.





Usina de Tratamento de lixo hospitalar completa 2 anos em junho



Wesley Machado
Foto: Gerson Gomes
A unidade tem capacidade de tratar três toneladas de lixo hospitalar por cada ciclo de 40 a 50 minutos em média e 5,5 toneladas ao dia 

A Usina de Tratamento de Resíduos dos Serviços da Saúde completa no dia 07 de junho, dois anos de inauguração. Com tecnologia autoclave, a unidade, instalada em uma área total de 1.470m² no distrito industrial da Codin, em Guarus, é a terceira do Estado do Rio com a finalidade de dar o tratamento adequado e correto aos resíduos dos serviços da saúde, conhecidos como lixo hospitalar. 

A unidade tem capacidade de tratar três toneladas de lixo hospitalar por cada ciclo de 40 a 50 minutos em média e 5,5 toneladas ao dia. Trata-se de unidade com capacidade operacional de atender a demanda de Campos por muitos anos e, também, geradores privados e municípios da região com a tecnologia autoclave. O funcionamento da usina é garantia do Meio Ambiente protegido de uma das piores maneiras de poluição do solo e das águas, que é o lixo hospitalar. 

- A importância desse tratamento é que o lixo hospitalar é descontaminado com tecnologia de calor. É uma conquista do atual governo. Com a Lei de Resíduos, aprovada pela Prefeita Rosinha Garotinho, encontramos soluções regionais para o tratamento e descontaminação de resíduos dos serviços da saúde. Hoje como a unidade tem essa capacidade, além do município de Campos atendemos com tratamento os municípios de São Francisco do Itabapoana, São João da Barra e Itaperuna - informa o secretário de Serviços Públicos, Zacarias Albuquerque.

*Fonte: Site da PMCG



domingo, 8 de abril de 2012

Brasileiros usam 15 bilhões de sacolas plásticas por ano


por Priscilla Mazenotti, da Agência Brasil

c37 Brasileiros usam 15 bilhões de sacolas plásticas por ano
Brasília – No Brasil, estima-se que o uso de sacola plástica seja 41 milhões por dia, 1,25 bilhão por mês e 15 bilhões por ano. Mas os consumidores brasileiros representam apenas uma parte do uso mundial do produto. Dados da Associação Brasileira de Supermercados (Abras) indicam que, no mundo, são distribuídas de 500 bilhões a 1 trilhão de sacolas plásticas por ano. Dar uma destinação adequada a essas sacolas e incentivar o uso das chamadas ecobags tem sido prioridade em muitos países.
Na Irlanda, por exemplo, as sacolas plásticas foram vendidas, inicialmente, 0,15 centavos de euro por sacola. Com isso, houve a redução de 94% no consumo individual. Antes de 2002, quando a lei foi instituída, cada consumidor usava 300 sacolas por ano. Agora, o número é de 21 sacolas anuais. Hoje, o preço da sacola é  0,22 centavos de euro. O comércio oferece sacolas retornáveis.
Na Inglaterra, as sete maiores redes atacadistas assinaram acordo voluntário com o governo para reduzir à metade o consumo de sacolas plásticas até 2009. Para atingir a meta, houve investimento em ações de educação e conscientização dos consumidores, além da adoção de programas de fidelidade e campanhas de reciclagem.
Os Estados Unidos e o Canadá não têm leis nacionais regulando o uso de sacolas. Nesses países, cabe a cada estado adotar sua norma. Em Washington, capital norte-americana, há a cobrança de US$ 0,05 para cada sacola plástica ou de papel usada no comércio.
Em Toronto, no Canadá, desde 2009 os comerciantes cobram US$ 0,05 por sacola plástica. O governo local incentiva que o dinheiro arrecadado seja usado na própria comunidade ou em iniciativas ambientais.
* Edição: Fernando Fraga
** Publicado originalmente no site da Agência Brasil.
(Agência Brasil) 

O Gigante que transforma tudo


por Adriana Marcolini, da Carta Capital
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O “Gigante do Papelão”, Sergio Cezar, no Rio de Janeiro. Foto: Adriana Lorete
Mudo tudo o que encontro pela frente, o que eu faço nunca está terminado.” O “Gigante do Papelão” é assim: está sempre criando, montando, construindo. Nunca para. De suas mãos nascem favelas, casarões coloniais, bairros e cidades. Tudo em miniatura, de papelão e material reciclado. As casas têm sofá, cadeira, mesa, TV, geladeira. Em suas mãos um canudo de refrigerante vira um cano e uma lata de óleo torna-se um caminhão. O “Gigante do Papelão” nasceu Sergio Cezar, no Rio de Janeiro, há 54 anos. Seu poder de provocar mudanças em tudo o que vê chega até as favelas cariocas, onde ele tem o dom de transformar os participantes de suas oficinas, ministradas gratuitamente.
Um deles é Robson Alves de Sousa, um ex-detento que se reintegrou à sociedade graças ao trabalho com papelão e hoje é seu assistente. No momento, Robinho está dirigindo oficinas nas favelas da Maré, Dona Marta e Nova Holanda. “Nosso trabalho é feito com o reaproveitamento do lixo”, explica o “Gigante do Papelão”. Este exercício de criação, garante, contribui para que os participantes recuperem a auto-estima e comecem eles próprios a passar o que aprenderam para outros, estabelecendo um efeito multiplicador. “Quando ensinamos a arquitetura do papelão nas favelas, percebemos que há muita gente querendo aprender”, conta. “Passamos uma semana trabalhando em comunidades comandadas pelo fuzil e ao terminar sabemos que deixamos uma semente; as pessoas sempre querem mais.” As oficinas são divulgadas através das associações de moradores e atraem participantes entre 6 e 80 anos. Já houve casos de ex-alunas que depois se dedicaram à confecção de enfeites para festas e bolos de aniversário. Mas só o fato de atrair rapazes que poderiam trabalhar para o tráfico, caso não estivessem em uma oficina, já tem um significado muito importante para ele.
O “Gigante do Papelão” considera imprescindível ampliar o número de moradores das favelas que se dedicam a criar obras artísticas: assegura que esta atividade pode mesmo transformar as pessoas. “A arte bota a chave na sua mão, ela tem uma grande capacidade de mexer no seu interior, mesmo que você não se torne um profissional”, afirma. Conta que vários alunos dependentes químicos conseguiram dar a volta por cima. “Tudo o que fiz foi colocar a chave em suas mãos; eles tiveram a coragem de abrir e hoje alguns trabalham em informática”, relata. Os cursos deram tão certo que, em 2009, Sergio Cezar foi convidado a tomar parte da 10ª. Bienal de Arte de Havana. Ele e Robinho viajaram com uma favela de 1.400 barracos acondicionada em quatro caixas de papelão. A montagem teve a participação da equipe de apoio do evento, como faxineiras, pintores de parede e ajudantes. “O resultado foi tão gratificante que eles decidiram levar o que aprenderam para os asilos”, afirma.
Seu trabalho já é conhecido em outros países, além de Cuba. No ano passado, o filme “O Gigante do Papelão”, dirigido por Bárbara Tavares, recebeu o prêmio de melhor curta-metragem dos festivais de cinema brasileiro de Buenos Aires e Montevidéu. Ainda em 2010, o artista foi convidado a dirigir uma oficina para alunos da Universidade de Columbia, em Nova York, e de design da Universidade da Pensilvânia. Agora está começando a dar palestras em faculdades do Rio. O assunto, diz, é a reciclagem do olhar e a motivação. Para divulgar essas atividades, Sergio Cezar postou na internet o site www.reciclandoolhar.wordpress.com.  No entanto, apesar do sucesso, ele lamenta não ter sido procurado pelos organizadores das UPPs sociais, o programa implantado nas favelas do Rio de Janeiro para coordenar as ações sociais, urbanísticas e ambientais em áreas das Unidades de Polícia Pacificadora.
O início de tudo – Desde cedo, o “Gigante do Papelão” começou a observar as adaptações que seu pai fazia nos móveis e brinquedos velhos que ganhava: seu Alziro era porteiro de um edifício de classe média alta no bairro de Laranjeiras e recebia de presente dos moradores o que eles não queriam mais. “O pedaço de um cabo de vassoura virava o pé de um armário de roupa que estava capenga; o boneco sem uma perna ganhava uma e depois ficava em pé”, lembra. O filho do porteiro não ficava para trás dos meninos ricos da rua e também tinha o seu carrinho de rolimã. Só que o seu, ao invés de ser novinho em folha, era montado com as peças usadas doadas por um mecânico. E assim, desarmando o usado para armar o novo, o garoto foi aprendendo a arte da reciclagem.
Nas férias que passava com os avós e primos na zona rural de Macaé, no interior do estado, o menino aprendeu a amar e respeitar a mãe natureza.
“A relação dos meus parentes com a natureza era muito simples; com eles aprendi a tratá-la como uma coisa só, a entender que fazemos parte dela.” Ele considera que aquelas férias lhe proporcionaram um dos ingredientes para seu trabalho: a reciclagem do olhar e a convivência respeitosa com o meio ambiente. Uma das etapas de sua obra consiste na aquisição de lixo, para depois montar as casas e favelas em miniatura. Quando sai em busca daquilo que os habitantes das metrópoles jogam fora, fica impressionado com o descaso em relação aos materiais e peças descartadas. E garante que uma boa parte poderia ser reaproveitada.
Antes de se tornar o “Gigante do Papelão”, Sergio Cezar foi jogador de futebol durante dez anos. Graças a esta profissão, pôde comprar um bom equipamento fotográfico e abraçar a arte. Por volta de 1980, deixou o mundo da bola para mergulhar na fotografia. Daí em diante não parou mais. Já fez de tudo um pouco: pintura, escultura, desenho e miniaturas em papelão.  Agora começa a escrever contos inspirados nas suas miniaturas, criando personagens para as favelas e cidades que constrói. Tem início mais um capítulo.
* Publicado originalmente na Carta Capital.

sábado, 7 de abril de 2012

Programa da Brastemp recicla 70% das embalagens de produtos



SABRINA BEVILACQUA
Direto de São Paulo
De olho na Política Nacional de Resíduos Sólidos, fabricantes de eletrodomésticos investem em programas para recolher e dar destinação correta às suas embalagens. Só no ano passado, o Brastemp Viva! recolheu 136 toneladas isopor, papelão e plástico que iriam para o lixo e doou para cooperativas de reciclagem. O volume representa 70% dos resíduos de embalagens de produtos vendidos diretamente pela empresa. Segundo o gerente-geral de Sustentabilidade da Whirlpool Latin America, Vanderlei Niehues, a meta deste ano é chegar a 80%.

A coleta desses materiais é feita no momento da entrega do produto. Motoristas e entregadores são treinados para incentivar o consumidor a devolver as embalagens quando recebe a compra. Eles ajudam a desembalar, checam se está tudo certo e já recolhem as embalagens.

Para Niehues, a receptividade dos consumidores ao projeto tem sido positiva, afinal a "consciência ambiental da população vem aumentando e ninguém gosta de ver embalagens jogadas por aí". Prova disso é que o volume de materiais recolhidos cresceu 81% de 2010 para 2011. Ele afirma que o ideal seria recolher 100% das embalagens de produtos provenientes de vendas diretas. O problema é que e nem sempre o dono do novo aparelho está no local para recebê-lo. Às vezes é um funcionário, um amigo, o zelador do prédio, que não quer ou não tem autorização do proprietário para desembalar o produto.

A intenção agora é expandir o programa para as vendas feitas por varejistas. A Whirlpool tem fechado parcerias com revendedores treinando funcionários e entregadores das lojas para participar do processo. Niehues ressalta que o investimento financeiro para esse tipo de ação é relativamente baixo, o que facilita a implantação do projeto. A maior parte é para treinamento e conscientização ambiental da equipe de entrega. Em termos de estrutura, é necessário apenas um local para armazenamento. No caso da logística, é preciso transportar o material para a cooperativa (parte é feito pela empresa e parte pela cooperativa que recebe as embalagens).

Curitibanos produzem 50% mais lixo do que há dez anos


Cerca de 22% de todo o lixo produzido em Curitiba é reciclado


De acordo com dados do último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia Estatística (IBGE), em dez anos a população de Curitiba passou de 1.587.315 para 1.746.896, cerca de 10%. O que refletiu no aumento da produção de lixo doméstico. Segundo a Secretaria Municipal de Meio Ambiente são produzidas 47, 4 mil toneladas de lixo mensalmente. Há uma década, eram 31,7 mil toneladas, um aumento de 50%.
Na capital paranaense há dias específicos para a coleta do lixo orgânico e para o recolhimento do reciclável. Entretanto, alguns moradores colocam o lixo reciclável no mesmo dia em que o caminhão do lixo orgânico passa nas ruas para coleta, e ele acaba no destino incorreto. Segundo dados da Secretaria de Meio Ambiente, 22% de todo o lixo produzido em Curitiba é reciclado.


Todo o material da Grande Curitiba e de 17 municípios da Região Metropolitana é encaminhado para apenas dois aterros, um na Fazenda Rio Grande e outro na Cidade Industrial de Curitiba.

Entretanto, estes aterros são provisórios e foram criados para substituir o aterro da Caximba, que durante 20 anos recebeu estes resíduos. A prefeitura pretende construir o Sistema Integrado de Processamento e Aproveitamento de Resíduos (Sipar), mas o processo licitatório foi contestado pela Justiça.
Em algumas datas estipuladas pela prefeitura, um caminhão especial para coleta de lixo tóxico como pilhas, baterias, toners, embalagens de inseticida, tintas, colas, solventes, remédios vencidos, óleo de cozinha e lâmpadas fluorescentes, percorre os terminais de ônibus de Curitiba. Cada pessoa pode entregar até dez unidades de pilhas, baterias, toner de impressão, embalagens de inseticidas, tintas, remédios vencidos, lâmpadas fluorescentes e dois litros de óleos de origem animal e vegetal.
Redação Bem Paraná com G1

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Aterro sanitário de Gramado não acumula mais lixo orgânico



Município firmou convênio com Minas do Leão para receber 100% dos resíduos.

André Aguirre/ Da Redação

FFoto: Sandro Seewald/GES
Remoção: Dois containers carregam diariamente 25 toneladas de lixo orgânico
     Remoção: Dois containers carregam diariamente 25 toneladas de lixo orgânico

Gramado  - Gramado parece ter encontrado uma solução para um antigo problema. A Secretaria de Meio Ambiente do município, pasta responsável pelo gerenciamento do aterro sanitário, popularmente conhecido como lixão tem eliminado em 100% os resíduos orgânicos gerados no município. Antes, esse índice era de 30%. Desde a primeira quinzena de janeiro deste ano, o destino dos resíduos domiciliares tem sido Minas do Leão. A Prefeitura envia de 50 a 70 toneladas de lixo orgânico por mês para aquela cidade. Em média, diariamente são retirados do pátio do aterro sanitário 2,5 mil quilos de materiais, que antes eram encaminhados para compostagem a céu aberto, no próprio local. Conforme o secretário de Meio Ambiente de Gramado, Márcio Coracini, “a cidade começou a crescer envolta do aterro, o que estava nos preocupando”, afirma ele. Além disso, quando era necessário remover a montanha de materiais (em fase de decomposição) que ficava exposta a ação do tempo, um mau cheiro era exalado, o que resultava em frequentes reclamações por parte dos moradores próximos ao local. “Por isso achamos melhor desativar o aterro dos resíduos orgânicos para encerrar essas reclamações”, afirma Coracini.
Prefeitura gasta 55 mil para eliminar os resíduos
O secretário cita três benefícios que o envio de todo o lixo orgânico para Minas do Leão proporciona à Gramado. “Eliminamos o forte odor que se propagava pela cidade, o acumulo de resíduos e baixamos o custo de manutenção do aterro”. Em compensação, a administração municipal tem investido 55 mil mensais para depositar os resíduos orgânicos em Minas do Leão. Em períodos de grande fluxo de turistas, a produção de lixo acaba aumentando, fator que consequentemente reflete no aumento do valor gasto com o envio de resíduos para fora de Gramado.
Estrutura
O secretário de meio ambiente, ressalta que a estrutura do aterro será modificada. A área abrange 11 hectares. As demais melhorias que estão sendo planejadas incluiu a completa desativação do local que recebe os resíduos gerados pela população. Até o final de julho, todo o material depositado para compostagem será removido. A medida atende as exigências de uma lei federal que entra em vigor a partir de 2014, determinando a extinção de depósitos a céu aberto de lixo orgânico, no Brasil. “Estamos nos antecipando e seguindo essa normativa”.
Capacidade
Conforme o titular do Meio Ambiente, Márcio Coracini a capacidade do pátio para compostagem é insuficiente para receber a quantidade lixo orgânico gerado por Gramado. “A nossa preocupação é de que recebemos uma demanda de 5 milhões de turistas por ano, o que faz aumentar para 70 mil a população fixa do município, por isso tomamos essas providências”, destaca o secretário.
Chorume
Três lagoas de decantação envolvidas por gel membrana tratam o chorume gerado pelo acumulo de lixo. “Dependendo como fosse feito a separação de lixo nas residências, a cidade poderia enfrentar problemas menores”, adverte Coracini.

Fonte: Jornal de Gramado


Tecnologia verde ajuda a reconstruir o Japão



Regiões devastadas pelo terremoto e tsunami que atingiram o Japão em 11 de março do ano passado estão usando tecnologia verde em sua reconstrução. Aproveitamento da energia eólica, solar ou produzida a partir de biomassa são práticas adotadas nas cidades de Kamaishi, Ofunatu, Higashi-Matsushima, Iwanuma, Shinchi e Minami-Soma. Nesta segunda-feira (26), o pesquisador japonês Takashi Hongo falou sobre a experiência desses municípios durante a palestra Lições aprendidas na recuperação do desastre e a contribuição para uma economia verde, promovida pelo Ministério do Meio Ambiente (MMA) e Embaixada do Japão.
A tragédia em território japonês no ano passado deixou mais de 13 mil mortos. Além das perdas humanas e da destruição de edifícios, estradas e aeroportos o tremor causou a explosão de um reator nuclear. Diversas famílias que viviam nas áreas afetadas pela radiação tiveram de se mudar, e até hoje o governo monitora o grau de contaminação. Takashi Hongo, que é pesquisador-sênior do Instituto de Estudos Estratégicos Globais de Matsui, afirma que a população convive com o trauma psicológico deixado pelo desastre. O estrago foi muito severo. Além do dano físico, nós japoneses fomos muito afetados mentalmente , disse.
Hongo agradeceu a ajuda material prestada por mais de 160 países, incluindo o Brasil. Ele se mostrou confiante de que as inovações aplicadas pelas seis localidades podem servir de exemplo para governos interessados em economia verde e na redução das emissões de carbono, e destacou que as lições aprendidas ajudaram a delinear as propostas que o país asiático apresentará na Rio+20, conferência sobre desenvolvimento sustentável que acontece no Rio de Janeiro de 13 a 22 de junho deste ano. Os municípios que adotaram soluções ecologicamente amigáveis foram eleitos cidades-modelo e a intenção é que suas ações sejam introduzidas no Japão como um todo.
Planejamento – O pesquisador enfatizou a necessidade do planejamento urbano para a construção de cidades economicamente sustentáveis, e destacou que as instituições financeiras precisam ser envolvidas no esforço em favor da implementação da tecnologia verde. A missão delas é fundamental, pois os investimentos iniciais são muito altos , afirmou.
Para Karen Suassuna, diretora do Departamento de Mudanças Climáticas da Secretaria de Mudanças Climáticas e Qualidade Ambiental do MMA, comunidades e municípios brasileiros podem beneficiar-se da experiência japonesa. Os desafios que a mudança do clima nos causa podem ser muito semelhantes à tragédia ocorrida , afirmou.
A diretora admite que algumas tecnologias verdes ainda são caras um coletor solar de energia, por exemplo, custa de R$ 1,5 mil a R$ 2 mil mas diz que algumas medidas simples podem ser adotadas para que uma edificação seja menos agressiva ao meio ambiente. A pessoa pode aproveitar a ventilação e iluminação naturais o máximo possível, projetar um ambiente rico em luz solar , comentou. Claro que sempre contratando um arquiteto ou engenheiro na hora de desenhar o projeto, e pedindo sugestões. Outra dica é observar se há o selo Procel na hora de comprar lâmpadas . 
(Fonte: MMA)

Resíduos sólidos: experiência holandesa




Da Agência Ambiente Energia – A Federação das Indústrias de São Paulo (Fiesp) promove no próximo dia 10 de abril, em sua sede,  seminário internacional sobre o gerenciamento de resíduos sólidos. O evento trará representantes holandeses do segmento que transmitirão um pouco da experiência da Holanda nessa gestão.
Entre as palestras, Peter Simoës, Conselheiro do Centro Estratégico da AEB – Amsterdam, abordará o gerenciamento de resíduos para geração de energia. O evento também terá estudos de casos sobre utilização de resíduos como matéria prima, gerenciamento de resíduos pelos municípios, além da responsabilidade do pós-consumo de resíduos.
Serviço:
Evento: Seminário Internacional – Gerenciamento de Resíduos Sólidos: A Experiência Holandesa
Data: 10 de abril de 2012

Horário: 8h30 às 18h

Local: Edifício-sede da FIESP – Av. Paulista, 1313 – São Paulo/SP

Informações: www.fiesp.com.br


quinta-feira, 5 de abril de 2012

Cúpula dos Povos: ativistas criticam mercado de crédito de carbono



A política de emissão de crédito de carbono é “perversa” com o meio ambiente e não ajuda a reduzir a emissão de poluentes. A avaliação é de Graciela Rodrigues, que integra o comitê responsável pela organização da Cúpula dos Povos, evento que vai discutir o desenvolvimento sustentável do planeta de forma paralela à Rio+20, debate da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre o mesmo tema, previsto para ocorrer entre os dias 15 e 23 de junho.
Para a ativista, a instituição de compra e venda desses créditos mercantiliza elementos da natureza e, na prática, permite que agentes poluidores continuem agindo, sem que necessariamente reduzam suas emissões. “Definitivamente, esse mercado não é a solução real para evitar mais poluição. A política de emissões da ONU é uma tragédia. Uma indústria não reduz a poluição, e compensa isso pagando para comprar créditos de quem conseguiu reduzir”, afirmou, após participar de reunião preparatória para a Cúpula dos Povos, no Rio.
O mercado de crédito de carbono foi criado em 1997, a partir do Protocolo de Kyoto, que determinava que os países altamente industrializados teriam que reduzir a emissão de gases do efeito estufa. É um sistema de compensação, no qual uma indústria que não tenha conseguido reduzir os níveis de poluição pode comprar créditos de terceiros que tenham feito alguma ação e tenham conseguido reduzir as emissões, mesmo que em outro local do planeta. Um crédito de carbono equivale a 1 tonelada de dióxido de carbono.
A Cúpula dos Povos terá a participação dos movimentos populares, e terá um tom crítico às propostas que estarão sendo discutidas na Rio+20 por chefes de Estado de países membros da ONU.
Para Marcelo Durão, representante da Via Campesina no Comitê da Cúpula dos Povos, a pauta da Rio+20 apresenta falsas soluções, como o mercado de crédito de carbono. Um dos objetivos da Cúpula dos Povos será a criação de uma agenda comum entre diferentes movimentos sociais para enfrentar o que ele classificou como “um período de neodesenvolvimentismo que governos de diferentes nações estão querendo implementar”. Esse neodesenvolvimentismo é baseado em mudanças nas legislações ambientais e trabalhistas que não beneficiam a população de forma geral.
Durão citou a reforma agrária como exemplo de solução que deve ser adotada para que haja desenvolvimento sustentável. O tema, na visão dele, é ignorado no debate entre as nações. “A relação com a natureza do camponês é de uso daquilo ali, e não de degradação. O quilombola, por exemplo, não tem relação de propriedade privada com a terra, e sim de posse”, comentou.
Graciela Cardoso criticou também a falta de eficácia das definições das reuniões globais organizadas pela ONU. Ela lembra que muitos documentos são assinados, mas, na prática, nada é cumprido. “Tem que se dar um basta às assinaturas de governos que não são cumpridas”, ressaltou, lembrando de propostas acertadas em eventos como a Eco92, ocorrido há 20 anos, no Rio. “Houve propostas boas e fortes, mas que, na prática, não foram cumpridas”, acrescentou.
Neste domingo, dia 25, os movimentos que integram o comitê da Cúpula dos Povos promovem, no Rio, a Caminhada dos Povos. O início está marcado para as 14h, no morro do Cantagalo. De lá, seguem para a orla, onde haverá uma bicicletada para incentivar o uso de bicicletas. No Parque Garota de Ipanema, no Arpoador, haverá oficinas de agroecologia e arte com lixo, além de uma feira de trocas, para que objetos que não têm mais serventia possam ser trocados por outros. 
(Fonte: Cirilo Junior/ Portal Terra)

Centrais de reciclagem por meio de PPPs podem ser solução lucrativa para o aproveitamento de lixo no país



O modelo das parcerias público-privadas (PPPs) pode viabilizar a reciclagem de lixo no país, diminuindo gastos para as prefeituras e gerando oportunidades para empresas. Pela sistemática defendida por especialistas, como o presidente do Instituo Brasil Ambiente, Sabetai Calderoni,o modelo de centrais de reciclagem poderia ser implantado na maior parte do país, até 2014. O prazo é o mesmo estipulado pela Política Nacional de Resíduos Sólidos para o fim dos lixões.

Com as PPPs, as prefeituras cederiam apenas o terreno próximo às cidades, onde os resíduos seriam tratados em até 24 horas. As centrais seriam montadas e administradas pela iniciativa privada. “Você não vai eliminar totalmente os custos, mas vai criar uma sistemática de aproveitamento desses materiais e gerar receita, empregos, benefícios para a saúde publica e o meio ambiente. Se o governo não consegue se organizar para isso, transfira a questão para o setor privado, se desonere e crie vantagens para todos”, disse o economista.
A proposta é tratar todo o resíduo em até um dia, com isso, segundo Calderoni, não existe necessidade de grande distância dos centros, já que não há exposição da população aos riscos à saúde. “Você economiza cerca de 90% com transporte, evita poluição com tráfego e acidentes, e ainda você não paga para alguém receber em aterros e usa uma área pequena”, declarou.
Nas centrais de reciclagem, o lixo orgânico, que representa quase 60% do material domiciliar, seria tratado e separado. A parcela sólida poderia ser aproveitada energeticamente, assim como o lixo de banheiro (fraldas, absorventes e papel higiênico), ou usada como fertilizante. A outra metade do lixo orgânico domiciliar, que é composta por água, teria um tratamento específico. “Eu estou transportando, hoje, para longe [aterros], água, a um custo proibitivo, quando eu poderia, em um pátio, fazer com que essa água escorresse por uma canaleta, e tratasse essa água, sem que virasse chorume e causasse doenças quando lançadas em poços e rios”.
Calderoni ainda acrescenta que o entulho da construção civil poderia ser aproveitado em obras públicas. “Nem tudo é ferro e lage. Tem muita terra, madeira, carpete, móveis. São muitos materiais que podem ser transformados em energia elétrica, mas, também, na construção de boca-de-lobo, mesas e bancos para praças, vigas e colunas para túneis”.
Segundo o economista, com a determinação de extinção dos lixões até 2014, de acordo com a Política de Resíduos Sólidos, “vamos ter que recorrer ao aterro, que não pode receber material sem processamento prévio. Isso vai forçar a implantação de centrais de reciclagem”.
Mas a adesão ao modelo de centrais de reciclagem pode demorar mais do que o desejado pelo economista. As prefeituras ainda mantém contratos com aterros sanitários. Esses acordos costumam ter vigência de 15 a 20 anos e, dificilmente, são rompidos. 
(Fonte: Carolina Gonçalves/ Agência Brasil)

Abreu e Lima (PE): energia eólica para luminárias públicas




Dois modelos de miniturbinas de energia eólica que ficarão no alto de postes públicos no município de Abreu e Lima. Foto: José Jorge Filho

A troca da iluminação pública por lâmpadas mais econômicas é uma tendência, em todo mundo. Em Pernambuco, o município de Abreu e Lima, com menos de cem mil habitantes, anunciou a troca da iluminação hoje feita por lâmpadas de vapor de sódio e mercúrio por LEDs, que utilizarão energia gerada por miniturbinas eólicas. Elas ficarão no alto de pequenas torres com oito metros de altura e irão produzir até 1KVA de energia, suficiente para iluminar 33 lâmpadas.



O sistema foi desenvolvido pelo Conselho Euro-Brasileiro de Desenvolvimento Sustentável (Eubra) (http://www.eubra.org/), com o Centro de Tecnologia Climática Avançada (CTCA). O prefeito de Abreu e Lima, Flávio Gadelha (PMDB-PE), destacou a redução no custo da conta de luz. “Vamos economizar cerca de 70% da conta e desafogar o fornecimento da rede nos horários de pico”, disse ao anunciar o programa na última segunda-feira, dia 19/03/12.