terça-feira, 22 de julho de 2014

PASSAPORTE VERDE:DICAS PARA UMA VIAGEM SUSTENTAVEL.

Passaporte Verde - Dicas para uma viagem sustentável



Uma campanha promovida pelo governo federal busca incentivar turistas a adotar hábitos de consumo saudáveis e sustentáveis durante as viagens de lazer. O carro chefe da iniciativa é o Passaporte Verde, um guia com orientações e dicas para um novo tipo de turismo que vem ganhando espaço em todo o mundo, que respeita o meio ambiente, favorece a economia local e o desenvolvimento social e econômico das comunidades.

De acordo com o guia, as práticas do turista sustentável vão desde o planejamento até o meio de transporte utilizado na viagem. Para isso, o turista deve preferir acomodações que tenham equipamentos eficientes e que permitam o uso racional da energia e da água, além de priorizar o serviço de guias e condutores integrantes das comunidades locais. Avaliar os meios de transporte até o local escolhido e durante os passeios também é importante, ressalta o documento.

Após escolher o destino, o turista deve buscar informações sobre a região a ser visitada, cultura e tradição do seu povo, o que garantirá uma melhor convivência durante a sua permanência no local. Para aumentar o impacto social da viagem, o turista pode dar uma finalidade cultural às revistas e aos livros que terminou de ler, deixando-os na própria comunidade ou na escola local.

Outra dica é buscar conhecer as Unidades de Conservação que permitem visitação, como parques, áreas de proteção ambiental, reservas de desenvolvimento sustentável, reservas particulares, entre outras.

Ao fazer a mala, o viajante deve pensar no que levar na bagagem, já que a quantidade de itens aumenta o impacto da viagem, devido às emissões de gás carbônico e lixo que gera. Uma alternativa é tentar não levar de casa nada que possa encontrar no destino final ou comprar produtos de higiene ou alimentos nos mercados locais.



Dicas de práticas verdes para quem hospeda:
• Incorporar os princípios socioambientais à administração e ao treinamento das pessoas, que devem ser capacitadas para exercerem atividades de modo responsável;
• Reduzir o consumo indireto de energia, aquele embutido na fabricação dos itens de consumo, buscando oferecer produtos naturais, especialmente vegetais, feitos na região;
• Reduzir o impacto ambiental de novos projetos e construções, visando a preservação do cenário natural, fauna e flora, levando em consideração a cultura local na arquitetura. Materiais naturais, técnicas construtivas de baixo impacto e baixo consumo energético merecem atenção;
• Controlar e diminuir o uso de produtos agressivos ao ambiente, como amianto, CFCs, pesticidas e materiais tóxicos, corrosivos ou inflamáveis;
• Utilizar energias alternativas, como a solar e eólica, sempre que possível no planejamento das novas construções e instalações;
• Consumir água com racionalidade e eficiência, por exemplo, coletar e utilizar a água da chuva quando possível;
• Não permitir que haja qualquer vazamento de esgoto ou dejetos poluidores.


Atitudes que o turista sustentável deve ter:
• Evitar o uso desnecessário de água e de produtos químicos, utilizando por mais de um dia suas toalhas de banho e rosto;
• Ligar o ar condicionado, sempre com portas e janelas fechadas, e ventiladores apenas quando necessário;
• Recolher todo o lixo produzido e separar materiais recicláveis de restos orgânicos;
• Utilizar sacolas reutilizáveis de pano ou papel ao invés dos saquinhos plásticos nas compras;
• Na praia, utilizar protetor solar resistente à água para não poluir o mar e prejudicar a fauna marinha;
• Apagar as luzes e desligar os equipamentos do ambiente ao sair;
• Fechar a torneira enquanto escova os dentes. Assim, é possível gastar apenas dois litros de água ao invés de 60;
• Não retirar plantas, nem levar "lembranças" do ambiente natural para casa. Deixar pedras, flores, frutos, sementes e conchas onde foram encontradas para que outros também possam apreciá-los;


• Não comprar animais silvestres;
• Ajudar na educação de outros visitantes, transmitindo os princípios de mínimo impacto sempre que houver oportunidade de disseminar essa atitude responsável.

Fonte: EcoD

Uma cidade que se enterrou

Uma cidade que se enterrou

Coober Pedy, no sul da Austrália, é a capital mundial da opala. Para fugir do calor do deserto, seus cidadãos decidiram construir casas e lojas sob a terra, aproveitando a infraestrutura da mineração. O lugar virou destino turístico

/07/2014 
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Coober Pedy - a cidade que se enterrou (Foto: Miachael Hopkinsii/ Reprodução Flickr)
Coober Pedy é uma cidade australiana perdida no meio do nada. Construída em um deserto no sul da Austrália, ganhou fama em todo o mundo como a principal produtora de opalas. Desde sua fundação em 1915, Coober Pedy fornece as melhores opalas do planeta. Foi pela exploração da pedra que a cidade cresceu – mas não muito. Tem meros 3500 habitantes, aproximadamente. Tem de conviver, no entanto, com um obstáculo que dificulta sua prosperidade – pouca gente quer viver sob o calor inclemente do deserto. São 51 °C à sombra.

Para fugir ao sol, e às contas de ar-condicionado exorbitantes, seus habitantes desenvolveram uma estratégia engenhosa. Aproveitando túneis e cavernas cavadas pela mineração, levaram casas, hotéis e restaurantes para baixo da terra. Coober Pedy é uma cidade onde o agito acontece sob o chão.
Lá, uma residência típica está enterrada entre 2 e 6 metros de profundidade. Algumas são simplesmente escavadas na rocha, ao nível do solo. Banheiros e cozinhas ficam acima do solo, para facilitar o escoamento sanitário e o abastecimento de água. Se quiser ampliar a casa, basta escavar. Um puxadinho, inclusive, pode se tornar um bom negócio – com um solo rico em minério, há sempre chances de esbarrar em uma mina de opalas durante a reforma.
Coober Pedy começou a atrair curiosos por volta da década de 1980, quando foi construído o primeiro hotel subterrâneo. Basta circular pelo Flickr para encontrar diversas fotos tiradas por turistas encantados com a inusitada cidade. Além de casas e hotéis, há bares e igrejas para visitar.
RC

Hotéis e restaurantes foram parar debaixo da terra (Foto: Smart Encyclopedia/ Flickr)
As  entradas escavadas na rocha (Foto: Werner Bayer/ Reprodução Flickr)
Coober Pedy - a cidade que se enterrou (Foto: DuReMi/ Reprodução Flickr)
Os corredores do Lookout Cave Hotel, um dos hotéis subterrâneos da cidade (Foto: Albert Lausas/ Reprodução Flickr)
A cidade que se enterrou (Foto: Smart Encyclopedia/ Reprodução Flickr)
Mesmo as igrejas estão embaixo da terra (Foto: Werner Bayer/ Reprodução Flickr)
As chaminés que levam ar aos muitos túneis subterrâneos que ligam a cidade (Foto: Nicholas Jones/ Reprodução Flickr)
Coober Pedy - a cidade que se enterrou (Foto: Miachael Hopkinsii/ Reprodução Flickr)

Pesquisadores analisam impactos do clima e da ação humana em praias do Brasil

Pesquisadores analisam impactos do clima e da ação humana em praias do Brasil
 Julho de 2014


O estudo “Vulnerabilidade da zona costeira dos estados de São Paulo e Pernambuco: situação atual e projeções para cenários de mudanças climáticas” mostra que os efeitos das ações humanas podem ser ainda mais fortes do que os da própria natureza.
A pesquisa levou três anos para ser realizada e contou com a participação de pesquisadores da Universidade de São Paulo e da Universidade Federal de Pernambuco. Durante este período, os cientistas analisaram quatro praias dos dois estados, fazendo comparativos com imagens antigas, análises e dados sobre os níveis do mar, erosão, sedimentos e ocupação das regiões costeiras.
Após estudarem as praias de Ilha Comprida e Massaguaçu, em SP, e as praias de Piedade e do Paiva, em Pernambuco, os pesquisadores garantem que, nesses locais, as influências causadas pelo Homem causaram mais danos do que os efeitos das mudanças climáticas. Em declaração à Agência Fapesp, o coordenador do projeto, Eduardo Siegle, explicou que a escolha foi feita para que regiões com características diferentes fossem analisadas. Duas das praias são mais urbanizadas, enquanto as outras estão em áreas pouco habitadas.
As mudanças climáticas influenciam diretamente os ventos, o que, por sua vez, modifica a formação das ondas, alterando a direção e força. Em consequência disso, algumas praias têm sido redesenhadas, conforme esclarecido por Siegle. Os aspectos naturais também culminam na elevação do nível do mar, que pode gerar erosões e inundações.
No entanto, as ações humanas têm consequências ainda mais intensas. “Acompanhamos imagens de décadas. Nesse período, os impactos de uma ocupação mal feita do litoral podem ser muito maiores do que aqueles provocados por mudanças climáticas”, disse Siegle. O estudo mostra que, a urbanização impermeabiliza áreas litorâneas e isso provoca erosões mais acentuadas, um dos principais fatores de vulnerabilidade nas costas.
Redação CicloVivo

segunda-feira, 21 de julho de 2014

Mais uma lei aperta o cerco contra o fumo

Mais uma lei aperta o cerco contra o fumo

JAIRO BOUER
07/07/2014 17h26 - Atualizado em 11/07/2014 17h03
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Na última semana, o Ministério da Saúde publicou a nova regulamentação antifumo, que deverá valer para todo o Brasil a partir de dezembro. Fica proibido fumar em qualquer ambiente fechado, de uso coletivo, público ou privado. Basicamente, o fumo será liberado dentro de casa e em locais abertos. Fumódromos (mesmo aqueles parcialmente fechados por teto, parede ou toldo) estão vetados. Não se poderá fumar também em pontos de ônibus cobertos, corredores ou marquises. A publicidade sobre fumo também está proibida.
A medida é mais uma aliada nas políticas para reduzir o impacto do fumo passivo e diminuir o número de fumantes no país. Nas duas últimas décadas, o índice de mais de 30% de adultos fumantes caiu para menos de 15%. Ainda é muita gente. Estima-se que metade dos fumantes morrerá por alguma causa diretamente relacionada ao tabaco.
Para alguns há a possibilidade de tabacarias, onde o fumo é permitido, aproveitarem brechas na lei para se transformar em bares. A lei de São Paulo, a mais restritiva, não permite nesses locais vendas de outros produtos além do fumo.
Na Argentina e na Espanha, há restrições para o consumo de cigarro também em ambientes públicos abertos, como ruas, parques e praias. A intenção é evitar que fumantes influenciem os mais jovens. Na Austrália, além dos preços elevadíssimos dos cigarros, em muitas cidades os maços não podem ser expostos. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária definirá como a venda de cigarro deverá ser aqui. Nos estádios de futebol, o fumo é autorizado nas áreas descobertas. A explicação do Ministério da Saúde é a possibilidade de dispersão da fumaça. Se for levada em conta a influência que essas imagens pela TV podem ter, a norma será repensada.
Alguns Estados brasileiros aproveitam uma brecha criada pela Lei Geral da Copa que autoriza, em caráter excepcional, a venda de bebida durante os jogos da Copa do Mundo (medida bastante questionável), para garantir o comércio permanente de álcool após o torneio. Bahia e Rio Grande do Norte saíram na frente. A informação foi publicada no jornal Folha de S.Paulo. As leis estaduais vão contra a proibição federal, válida desde a implementação do Estatuto do Torcedor, em 2003.
Tirar o álcool dos estádios reduziu em até 75% a violência em estádios, diz o Ministério Público. Voltar a autorizar a venda de bebidas é um retrocesso tremendo. A questão está no Superior Tribunal Federal (STF). Agora, é torcer para que o STF não deixe que interesses comerciais se aproveitem de brechas em nossas leis.

Cidade mais desigual do Brasil vive completamente isolada

Cidade mais desigual do Brasil vive completamente isolada

Só é possível chegar de avião ou barco em São Gabriel da Cachoeira, município amazonense que detém o título de pior distribuição de renda do país

66 gestos de chimpazés são decifrados por cientistas

66 gestos de chimpazés são decifrados por cientistas
 Julho de 2014 • 


Um grupo de estudiosos está desvendando os significados da linguagem gestual dos chimpazés – a comunicação mais utilizada por eles. A pesquisa é mais uma confirmação científica de que, na vida selvagem, eles são os que desenvolvem o mais próximo dos gestos humanos.
Em cerca de um ano e meio de observações, na Reserva Florestal Budongo, na Uganda, foram 66 gestos decodificados e 19 mensagens diferentes catalogadas pelos autores Catherine Hobaiter e Richard Byrne, da Universidade de Saint Andrews, na Escócia.
"É conhecido há mais de 30 anos que os chimpanzés se comunicam desta forma, mas estranhamente ninguém tentou responder à pergunta óbvia: 'o que esses macacos realmente tentam dizer' ?", afirmou o professor Byrne.
Publicado no site da revista cientifica “Current Biology”, o estudo mostra que assim como a complexidade da linguagem humana, os chimpanzés também possuem um grande sistema de comunicação, com diversos gestos usados para a mesma finalidade. Os significados descobertos originaram um dicionário.
"Assim como com palavras humanas, alguns gestos têm vários sentidos. Chimpanzés podem usar mais de um gesto para o mesmo fim - especialmente nas negociações sociais, onde o resultado final pode ser uma questão de dar e receber”, explica a primatologista Catherine.
Segundo a pesquisadora, houve momentos em que registrava as interações e tinha a impressão de que alguns significados não eram possíveis ser capturados. “Às vezes, ela recordou, um chimpanzé fazia um gesto para o outro, em seguida, pareciam satisfeitos, embora nada mais parecia acontecer. Adoraria saber o que estava acontecendo”, afirmou ao site Wired.
Agora os pesquisadores da Universidade de Saint Andrews vão investigar possíveis variações de significado por trás de certos gestos dos chimpanzés.
Alguns gestos decifrados:
- Um abraço no ar é um pedido de contato
- Quando um chimpanzé bate no outro significa “Pare com isso”
- Bater em um objeto significa "Afaste-se"
- Levantar o braço significa "Eu quero 'ou' me dá isso"
- Quando uma mãe mostra a sola do pé é o mesmo que dizer "Suba nas minhas costas"
- Tocar o braço do outro é um pedido: "Me coce".
Confira o estudo completo "O significado dos gestos dos chimpanzés” aqui.
Redação CicloVivo