Por Denise Ferreira
A Campos Luz realizou nesta terça-feira (26), o descarte ambiental de mais de 10 mil lâmpadas de várias potências e formatos, recolhidas na área urbana e rural, por estarem queimadas ou defeituosas. Esse foi o primeiro descarte do ano e todo o material, já triturado e embalado, será reutilizado e aplicado na elaboração de novos materiais, como espelhos, termômetros, corantes e medicamentos, entre outros, pelo Instituto de Desenvolvimento Ambiental e Tecnologia -Idéias Cíclicas- e Naturalis, parceiras no projeto de descarte ecologicamente correto do produto e de seu reaproveitamento, em forma de fabricação de blocos de cimento e piso.
A preocupação com a segurança da população é o fator determinante para a escolha deste tipo de descarte, segundo Sandro Sanches, diretor da Inova Luz. “No ano passado fizemos o primeiro descarte ao percebermos a gravidade da situação, já que a lâmpada descartada de forma errada é altamente nociva ao ser humano, pois solta de seu filamento um vapor tóxico, que pode provocar doenças”, assinala.
Com o processo de eficientização da iluminação, o material já não é mais jogado no aterro sanitário e não corre o risco de poluir a terra, da mesma forma que também não causará danos a água nem aos animais. “Tínhamos uma grande preocupação com a questão ambiental e isso foi solucionado com esta forma de descartarmos essas lâmpadas”, observa Sandro.
O manuseio de lâmpadas, de modo geral, pode provocar vários problemas de saúde, como irritações nos olhos, na pele e nas vias respiratórias, sendo recomendado para cada caso: lavar imediatamente a área afetada; lavar com água e sabão e tomar ar fresco em caso de inalação do vapor. Se houver ingestão do vapor pela boca, ela deve ser bem deve enxaguada, apenas com água.
Feito por técnico equipado, segundo as regras de segurança no trabalho, o descarte teve apenas a etapa inicial feita no depósito da Campos Luz com a separação das lâmpadas incandescentes e fluorescentes e a trituração das primeiras. “O que as diferenciam é basicamente que a incandescente tem sódio entre seus componentes e esquenta com o uso prolongado. Já a fluorescente tem filamento de mercúrio e é considerada fria”, explica Antonio Oliveira, técnico da Cíclicas, que veio do Rio para acompanhar o trabalho.
Ele informa que vários municípios do estado do Rio estão também realizando o descarte ambiental e há projetos em andamento visando a conscientização da população, como do incentivo da troca da lâmpada velha por uma nova feita pela Ampla com cidades como São Gonçalo.
Pelo planejamento da Campos Luz, o projeto Brilha Campos, que visa promover melhorias na iluminação pública da cidade, tem atingido o objetivo de fazer a troca das lâmpadas de mercúrio pelas de sódio. “Restam agora somente cerca de 6 mil pontos de iluminação, sendo que toda a Campos conta com 43 mil pontos. Isso fará com que a iluminação fique ainda melhor e com maior durabilidade”, comemora Sandro.
Postado por: Thábata Ferreira - 27/04/2011 10:43:00
* COMENTÁRIO:Mais uma correta ação da Prefeitura de Campos na gestão deste tipo de resíduo especial pela sua toxidade.O cidadão comum, ainda de acordo com a Lei Estadual,após a lâmpada tornar-se inservível,deve dirigir-se a loja onde comprou e devolvê-la.O comerciante encaminha para distribuidor ou fabricante ou importador, para que seja reciclada.