segunda-feira, 25 de maio de 2015

Como será a primeira cidade 100% sustentável do planeta?

Como será a primeira cidade 100% sustentável do planeta?

Ela empregará apenas energias renováveis, reutilizará todo o lixo que produz, terá apenas transporte público (movido a eletricidade) e neutralizará toda a sua emissão de gás carbônico. Parece sonho, mas está virando realidade desde 2008, em um deserto nos Emirados Árabes Unidos, a 30 km da capital, Abu Dhabi

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Laura Capanema
Mundo Estranho - 08/2014
design Thales Molina
Por enquanto, Masdar (fonte, em árabe) é apenas um canteiro de obras em torno de seis prédios e uma universidade, mas, até 2030, quando ficar pronta, seus 6 km2 abrigarão 40 mil pessoas e apenas empresas não poluidoras. O custo do projeto será de cerca de US$ 22 bilhões.

URBANISMO ECOLÓGICO
Movida a sol e vento
Como a região recebe quase 12 horas diárias de sol, usinas solares com imensos painéis foram distribuídas estrategicamente ao redor do empreendimento. Uma torre de energia eólica de 45 m (o equivalente a um prédio de 15 andares) captará as correntes de ar frio e também informará aos moradores a quantidade de energia consumida no dia.

O pedestre é rei
Todos os veículos serão públicos, elétricos e automatizados e só circularão no subsolo. Por meio de totens eletrônicos, qualquer um poderá solicitar um carro para até quatro pessoas. Aí, é só digitar o endereço de destino no computador de bordo. Haverá também transporte coletivo em trilho suspenso, com partidas rumo a Abu Dhabi a cada meia hora.

Vá pela sombra
Quem planeja uma cidade do zero tem a vantagem de poder "mexer" nos seus elementos climáticos. Para aproveitar a brisa do deserto, Masdar será erguida sobre uma elevação de 7 metros. E, para evitar a incidência do sol escaldante da região, as ruas serão estreitas, potencializando a canalização do vento e a formação de sombras.

Coração e cérebro
A obra está crescendo em torno do Instituto de Ciência e Tecnologia, um prédio de 163 mil m2, que abriga um braço do aclamado Instituto de Tecnologia de Massachusetts (MIT) dos EUA. Ela reúne pesquisadores e professores interessados em aprimorar as soluções de sustentabilidade. Já conta com 337 estudantes de 39 países (incluindo brasileiros).

Prédios espertos
Até a arquitetura dos prédios é controlada. Eles terão design inteligente, altura máxima de 40 metros e painéis solares no telhado. Elementos estruturais como madeira certificada e paredes duplas facilitarão o isolamento térmico. Serão abastecidos com água do mar da Arábia dessalinizada, reaproveitada após o uso.

Projeto com grife
O projeto urbanístico, encabeçado pelo famoso arquiteto inglês Norman Foster, inclui estações de tratamento de água e esgoto e centros de reciclagem. As diversas áreas arborizadas darão preferência a espécies que produzem biocombustíveis. A praça central terá toldos que vão abrir e fechar ao longo do dia, de acordo com a temperatura.

Polo corporativo
Uma das razões para os Emirados construírem Masdar é "limpar a consciência": atualmente, o país depende muito do petróleo abundante em seu território e tem uma das maiores taxas per capita de consumo de energia. A cidade pretende atrair até 1.500 empresas sustentáveis com um pacote de incentivos. General Electric, Mitsubishi e Siemens já estão confirmadas.

A terra há de comer
Masdar já recicla 86% dos resíduos da própria construção. A madeira é picada e aplicada em áreas ajardinadas e o concreto é moído e reutilizado no preenchimento do solo. Para restos orgânicos, a comunidade terá usinas públicas de compostagem, cujo adubo será usado nas áreas verdes. Moradores também receberão composteiras domésticas.

Fontes: Sites BBC, EXAME, Masdar e Foster and Partners

domingo, 24 de maio de 2015


Reprodução do Brasil 247
Reprodução do Brasil 247


Claro que não concordo com tudo aquilo que Ciro Gomes diz, mas é inegável que ele é um dos poucos que fala o que acha, doa a quem doer. Só quero ver se alguém vai colocar a carapuça. A minha expectativa é que, mesmo com a demora inevitável decorrente dos ritos jurídicos, no final da Operação Lava Jato, quando for a julgamento no Supremo Tribunal Federal e no Superior Tribunal de Justiça alguns "gatunos" sejam varridos do poder. 

FONTE BLOG DO GAROTINHO 

Pai e dois filhos detidos transportando 7 toneladas de sementes de aroeira no Farol

Pai e dois filhos detidos transportando 7 toneladas de sementes de aroeira no Farol


  Divulgação
Carga era transportada sem autorização de órgãos ambientais
Um homem e dois filhos foram detidos por agentes dos postos 12 e 15 do Batalhão de polícia Rodoviária Estadual (BPRv), na tarde desta quinta-feira (14/05), por volta das 16h30, na Avenida Boa Vista, na praia do Farol de São Tomé, em Campos, fazendo transporte ilegal de sementes de aroeira. O caso muito semelhante ao dos irmãos detidos na RJ-224, na noite desta quarta-feira (13/05), em São Francisco de Itabapoana.
De acordo com informações dos policiais, A.P.B. e seus filhos A.B.B. e F.B.B. foram detidos depois deles receberem informações de que um caminhão vermelho estaria fazendo o transporte ilegal do material. Os agentes seguiram o veículo e em abordagem encontraram cerca de sete toneladas de sementes de aroeira.
Como os suspeitos não apresentaram a liberação dos órgãos ambientais competentes, que autorizam a extração, transporte e comercialização do material, foram conduzidos à 134ª Delegacia Legal do Centro de Campos, onde a ocorrência foi registrada.

 Fonte Ururau

sábado, 23 de maio de 2015

Depois da internet, a política nunca mais será a mesma

As manifestações de 15 de março mostram como as redes sociais ajudaram os cidadãos a ganhar maior protagonismo e influência na política

BRUNO FERRARI E THAIS LAZZERI COM ARIANE FREITAS, IGOR UTSUMI, LEOPOLDO MATEUS E LÍVIA CUNTO SALLES
03/2015 

FONTE REVISTA ÉPOCA
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MOBILIZAÇÃO Manifestantes na Avenida Paulista, em São Paulo. O protesto reuniu cerca de 1 milhão de pessoas, segundo a PM (Foto: Bruno Fernandes / Fotoarena)
AGITADOR DIGITAL O empresário Rogerio Chequer, do Vem pra Rua, em São Paulo. O movimento atraiu 367 mil seguidores no Facebook (Foto: Camila Fontana/ÉPOCA)
A mobilização do último dia 15 de março, que levou 2,3 milhões de brasileiros às ruas em protestos contra a corrupção e contra o governo Dilma Rousseff, começou com o toque de um celular. No início do ano, um dos quatro aparelhos usados pelo administrador de empresas Marcello Reis, de 40 anos, de São Paulo, registrou a chegada de uma mensagem via WhatsApp, o mais popular aplicativo de troca de mensagens gratuitas do Brasil. A mensagem convocava para manifestações contra a falta de água em São Paulo, o reajuste de 50 centavos na tarifa de ônibus da cidade e contra a corrupção. O mesmo torpedo irrompeu na tela do smartphone do empresário Rogerio Chequer, de 46 anos, sócio de uma agência de comunicação em São Paulo. A origem da mensagem é controversa. Segundo Reis, quem disparou a convocação para a mobilização foi o Movimento Passe Livre (MPL). Seria irônico, pois o MPL também foi protagonista das manifestações de junho de 2013 – mas o MPL, ouvido por ÉPOCA, negou a autoria do viral.
Sobre o que aconteceu a partir dali, não há dúvidas e vai virar história. Marcello Reis, um dos organizadores do Revoltados On Line, movimento que tem 739 mil seguidores no Facebook e agita a bandeira do impeachment da presidente Dilma Rousseff, gravou um vídeo com uma convocação para a mobilização no dia 15. Chequer, um dos coordenadores do Vem pra Rua – movimento anticorrupção criado na internet em novembro de 2014, que atraiu 367 mil seguidores com seus apelos “aos indignados com a nossa classe política” –, também aderiu. Usaram tablets, smartphones e computadores para espalhar a chamada às ruas. A mobilização cresceu em nível nacional, com o engajamento de cidadãos descontentes e outros pequenos movimentos de caráter local, como o Cariocas Direitos, liderado pelo engenheiro Denis de Abreu, de 37 anos, ex-líder estudantil e ex-integrante do PMDB. Em pouco tempo, ergueu-se uma onda gigantesca que ultrapassou as fronteiras da bolha virtual e encheu as ruas naquel domingo. “O desrespeito ao povo brasileiro é nosso maior fator de engajamento”, diz Chequer, do Vem pra Rua. “E que melhor ferramenta para alcançar mais gente do que a internet?”
Mais conectados e mais engajados  (Foto: época )
Ele tem razão. Arregimentar milhões de pessoas num prazo tão curto era  impossível nos tempos dos megafones e caminhões de som. Na era das redes sociais, no entanto, um mero clique de compartilhamento de uma mensagem ou de um vídeo pode ser um gatilho para reunir uma multidão em torno de uma causa. Basta que as mensagens tenham o conteúdo e o tom corretos para engajar emocionalmente seus destinatários e sejam distribuídas pelos canais adequados para alcançar o maior número de cidadãos. “As redes sociais têm o poder de construir uma tensão emocional entre pessoas espalhadas por vários bairros e cidades”, diz  o italiano Paolo Gerbaudo, professor de cultura digital e sociedade do King’s College, de Londres, e autor do livro Tweets and the streets (Tuítes e as ruas, na tradução em português). “Elas podem criar um senso contagioso de antecipação ou de ímpeto.” Segundo Gerbaudo, isso se deve a uma característica das redes sociais. Elas permitem conversas abertas ao público, ao mesmo tempo que são canais para criar uma intimidade entre os mais diversos interlocutores.
Vive-se um segundo momento do uso das redes sociais na política. Acabou a era dos “manifestantes de sofá”, que se limitavam a criar grupos de protestos e a assinar petições on-line. Elas servem, agora, como ferramenta para levar gente para a rua. E, com isso, influenciam a agenda dos governantes. Depois das manifestações de 15 de março, a presidente Dilma Rousseff anunciou um pacote anticorrupção para mostrar que ouvira a voz das ruas. A combinação entre internet e as ruas é explosiva, mas ela não substitui as instituições próprias da democracia. Passeatas não mudam leis, não derrubam governos, não promovem mudanças radicais. Quem faz isso são os representantes eleitos pelo povo. A política nunca mais será a mesma porque, para esses representantes, não é mais possível ignorar a voz das ruas. No Brasil, o primeiro capítulo dessa nova tendência ocorreu em junho de 2013. O segundo foi agora, com a reunião de 2,3 milhões de pessoas em várias cidades brasileiras em 15 de março. É tanta a facilidade para convocar gente via redes sociais que seria ingenuidade dizer que vai parar por aí. Já existe outra manifestação convocada para o dia 12 de abril, pelo Movimento Brasil Livre, um dos responsáveis pela organização do 15 de março.
>> O pacote anticorrupção proposto por Dilma Rousseff

O marco inicial do casamento entre ruas e redes foi a Revolução Verde, que ocorreu no Irã em 2009. Na ocasião, com os meios de comunicação sob vigilância e após denúncias de manipulação das eleições na vitória do presidente Mahmoud Ahmadinejad, os iranianos usaram o Twitter e outras redes sociais para convocar manifestações que abalaram o regime teocrático dos mulás. Os militantes políticos descobriram, assim, um primeiro uso das redes sociais: burlar a censura. Um segundo momento ocorreu nos protestos contra o presidente Hosni Mubarak em janeiro de 2011. Redes sociais livres de monitoramento ajudaram na convocação dos manifestantes, que chegaram a 2 milhões. Elas também foram fundamentais para divulgar o movimento no mundo, especialmente nos países muçulmanos – desencadeando o que ficou conhecido como Primavera Árabe. As manifestações de junho de 2013 no Brasil foram igualmente desencadeadas pelas redes sociais. Entidades como o Movimento  Passe Livre, o MPL, usaram o Facebook para capitalizar o descontentamento da população com a violência policial que marcou uma das primeiras manifestações – na qual jornalistas chegaram a ser feridos com balas de borracha. Por fim, as passeatas de 15 de março consagraram o WhatsApp como ferramenta para arregimentar manifestantes.
 
PRIMEIRO CAPÍTULO Protestos em  São Paulo em junho de 2013. Reivindicação por melhores serviços   (Foto: Mauricio Lima/The New York Times)
As manifestações se beneficiaram do aumento exponencial, no Brasil, do acesso a tecnologias digitais. Os brasileiros donos de smartphones eram pouco mais de 30 milhões durante as jornadas de junho de 2013. Hoje, segundo dados do Ibope, são 58,6 milhões. O aplicativo WhatsApp mais que dobrou sua base de usuários no país e se popularizou como “zap zap”. O último dado oficial, divulgado em meados de 2014, dizia que, dos 468 milhões de usuários do WhatsApp no mundo, 38 milhões estavam no Brasil. Hoje, segundo estimativas não oficiais (o WhatsApp não informa mais os dados), são mais de 50 milhões de brasileiros trocando mensagens, fotos e vídeos pelo aplicativo. Junto com a evolução da qualidade das câmeras dos celulares, isso gerou também um fenômeno comportamental: a onda do selfie. Selfie sozinho, em família ou com o pau de selfie. E, agora, selfie em manifestações. O recurso foi muito usado nas passeatas do último dia 15 – em que muitos fizeram questão de mostrar a si próprios em meio a policiais que escoltavam pacificamente os manifestantes. Isso acaba tendo um efeito multiplicador. Primeiro, as redes sociais convocam os manifestantes. Depois, por meio dos selfies, os manifestantes que estão na rua estimulam a participação de mais e mais manifestantes.
“Os usuários descobriram que podem influenciar politicamente com seu pronunciamento público”, diz Carlos H. Moreira Jr., diretor de desenvolvimento de mercados do Twitter para a América Latina. “Isso é uma mudança de comportamento.” Na linguagem dos acadêmicos, esse processo é descrito como o “empoderamento do cidadão”. Na prática, ele se traduz na preferência por alguns termos ou palavras de ordem. ÉPOCA teve acesso a uma análise exclusiva realizada pelo Twitter em parceria com o Ibope, que acompanhou 609 mil tuítes do dia 1º de março até o início do dia 15. O objetivo era entender a agenda das manifestações e quais personagens estavam mais associados a ela. Segundo a análise, 40% dos tuítes faziam referência ao impeachment da presidente Dilma Rousseff. Nos cinco temas mais citados, apareceram também corrupção (4%), a CPI da Petrobras (2,2%) e golpe militar (menos de 1%). Isso mostra que, se as redes sociais potencializam a emoção dos usuários, foi o sentimento antipetista que encheu as ruas no dia 15.
>> O novo ativista digital

Sem pesquisas oficiais como a feita pelo Twitter e pelo Ibope, os organizadores das manifestações de 15 de março entenderam a mudança de comportamento do público. Mesmo com ideologias e estilos bem diferentes, eles atuam de forma muito parecida nas múltiplas plataformas virtuais. Em primeiro lugar, eles se estruturaram para atender a vontade dos brasileiros de extravasar suas opiniões e sua indignação. Todos os movimentos postaram vídeos, imagens e mensagens dos seguidores – inclusive das reações de repúdio aos discursos da presidente Dilma Rousseff. Assim, o número de curtidas e compartilhamentos aumentou exponencialmente. Eles também se organizaram internamente para chegar ao maior número de pessoas. O Movimento Vem pra Rua tem 30 organizadores e 20 líderes regionais voluntários. Eles elegem o material que terá maior propagação nas redes e os temas que precisam de esclarecimentos pontuais. As manifestações podem ser espontâneas e ter coordenadores pulverizados – mas esses coordenadores usam de estratégia em seu trabalho.
 
SEGUNDO CAPÍTULO Protestos em São Paulo em  15 de março.  O sentimento antipetista uniu os manifestantes (Foto:  Filipe Redondo/ÉPOCA)
Marcello Reis, do Revoltados On Line, diz passar 18 horas por dia conectado. Parte desse tempo é usada para escolher os administradores da página (20 no total), que podem publicar conteúdo sem restrição, e os 150 colaboradores, responsáveis pela interlocução com a imprensa nacional e estrangeira, entre outras atividades. No processo de seleção dos colaboradores, Reis acompanha, por 90 dias, o perfil do usuário, sem avisá-lo. Se aprovado, ele convida o potencial colaborador para uma conversa on-line. O trabalho, diz Reis, garante a audiência. A página do Revoltados no Facebook teve mais de 41 milhões de visualizações desde a criação, em agosto de 2010.
Ao longo da história, as ruas  se consolidaram como um palco privilegiado das manifestações políticas. Isso vale para a Revolução Francesa e para os protestos de maio de 1968 – e, no Brasil, para demonstrações como a campanha das Diretas Já ou o movimento que pediu o impeachment de Fernando Collor em 1991. A diferença é que agora entrou em ação uma ferramenta tecnológica poderosa, com capacidade de dar voz e poder de influência a qualquer pessoa com um smartphone na mão. Com essa tecnologia, as ruas – e os cidadãos nelas – ganharam poder de influenciar a agenda política. Um exemplo da influência dos novos movimentos gerados pelas redes sociais se vê nos Estados Unidos. O movimento OcupemWall Street surgiu em reação às consequências da crise do mercado financeiro desencadeada pela quebra do Lehman Brothers, em 2008. O movimento – cujo slogan, criado por publicitários, era “Somos os 99%” – eclodiu em Nova York em setembro de 2011. E colocou definitivamente o tema da desigualdade na agenda política americana. Nas democracias, como diz o pensador espanhol Manuel Castells, a dinâmica da política será cada vez mais essa. As ruas influenciarão mais e mais a agenda – mas continuará cabendo aos partidos políticos, às instituições, como o Congresso Nacional, e aos governos eleitos adaptarem-se à nova realidade e encaminhar as respostas e as soluções para os gritos que vêm das redes.

sexta-feira, 22 de maio de 2015

Poluição do ar custa US$ 1,6 trilhão por ano aos países da Europa

Publicado por http://www.ecodebate.com.br/
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poluição do ar

Mortes prematuras e doenças causadas pelo ar poluído geram ao continente europeu um prejuízo de US$ 1,6 trilhão. Foto ONU

Primeiro estudo do tipo na região foi produzido pela Organização Mundial da Saúde; além de causar doenças, ar poluído gera 600 mil mortes prematuras todos os anos no continente.

Por Leda Letra, da Rádio ONU em Nova York.

A Organização Mundial da Saúde, OMS, divulgou esta terça-feira um estudo inédito sobre os custos econômicos da poluição do ar para os países da Europa. Mortes prematuras e doenças causadas pelo ar poluído geram ao continente um prejuízo de US$ 1,6 trilhão.

O total equivale a um décimo do Produto Interno Bruto registrado pela União Europeia em 2013. Segundo a OMS, os impactos da poluição do ar na saúde dos europeus geraram 600 mil mortes prematuras em 2010.

Doenças do Coração

Mais de 90% dos cidadãos da Europa estão expostos a níveis de partículas finas acima das recomendações da OMS sobre qualidade do ar. As mortes prematuras são causadas por doenças respiratórias e do coração, derrames e câncer de pulmão, sendo que a maioria das mortes ocorre em países de rendas baixa e média.

Segundo a agência da ONU, o “valor econômico das mortes e das doenças causadas pela poluição do ar corresponde ao total que as sociedades devem estar dispostas a pagar com intervenções necessárias para evitar mortes e enfermidades”.

Políticas
A OMS destaca que reduzir a poluição do ar precisa ser uma prioridade política, com os países europeus trabalhando juntos para reduzir os impactos.

A diretora da OMS para a Europa, Zsuzsanna Jakab, declarou que os números fornecem aos governos razão suficiente para agir e assim, salvar vidas. Os resultados do estudo foram apresentados numa reunião sobre meio ambiente e saúde na Europa, que ocorre na cidade israelense de Haifa.

Publicado no Portal EcoDebate
Equador entra para o Guinness ao plantar 647 mil plantas em um só dia
Maio de 2015 • 


Das ideias mais loucas até as mais interessantes, é possível encontrar quase tudo no Guinness Book, o livro dos recordes. Imagine um país inteiro entrar na lista por uma ação ambiental? Parece difícil, mas o Equador conseguiu após plantar 647 mil plantas em um único dia.
No último sábado (16), o presidente do Equador, Rafael Correa, anunciou que o país bateu o recorde de reflorestamento. Foram mais de 200 espécies nativas plantadas simultaneamente.
Para alcançar tal feito, foi necessária a boa ação de 44.883 pessoas em 1.997 hectares do país, de acordo com a ministra do Meio Ambiente, Lorena Tapia. Batizado de Siembratón, o projeto ganhou um registro no Guinness devido a maior quantidade de espécies de árvores plantadas pela maior quantidade de pessoas em diferentes lugares ao mesmo tempo.
Quem está achando muito, talvez não tenha ficado sabendo que, em 2014, as Filipinas entrou para o Guinness após plantar quase três milhões de árvores em várias localizadas ao mesmo tempo. Mais de 100 mil pessoas participaram do ato.
A diferença no Equador foi a variedade das plantas. De acordo com o delegado do Guinness World Records, Carlos Martínez, não há registro na história de eventos que superem 150 espécies.
Muitos equatorianos compartilharam fotos de suas ações no Twitter:

FONTE CICLO VIVO

Mais sobre o projeto da Ferrovia Transoceânica entre o Peru e o Açu: complexidade, riscos e oportunidades em meio à entrada no jogo global

Há sempre um frisson muito grande com o anúncio de projetos de porte como este da Ferrovia Transoceânica (ou Bioceânica, como prefere alguns).

Trata-se ainda mais de intenções do que definições. É um projeto de longo prazo e ninguém mais sério nunca tece dúvidas disso. Muitas questões ainda estão em aberto.

A participação da China como se tem ventilado é uma possibilidade, mas, até que se prove em contrário dependerá de participação em processo licitatório, no trecho brasileiro.

Forma de participação da China
Neste caso, a participação da China teria que ser definida, se como investidora ou financiadora. Estas são duas formas diferentes de participação: a primeira seria como acionista; na segunda como banco, com empréstimo e valores pagos em dinheiro, ou em mercadoria, como quase sempre prefere os chineses.

Há ainda a possibilidade mista da China participar como construtora, assim, como atuou, por exemplo, a Sinopec, há cerca de uma década, na construção do gasoduto Cabiúnas, RJ, ES e Bahia. A discussão aí seria sobre o uso de mão de obra chinesa em parte do empreendimento, que o Brasil tem se manifestado contra.

Interesse chinês com escoamento de aço que sobra na produção siderúrgica chinesa
Há que ser considerado que a China além de possuir boa expertise em tecnologia e construção ferroviária, os chineses têm interesse em escoar o aço produzido em grande quantidade em seu país.

Assim, o projeto da ferrovia serviria para dar vazão à produção de aço para os trilhos a serem usados nos 4.400 quilômetros que é a extensão prevista para a ferrovia só em solo brasileiro, desde o litoral fluminense até a localidade de Boqueirão da Esperança, no Acre, de onde seguiriam em direção ao sul do Peru.

Traçados da ferrovia e os impactos socioambientais
Há ainda que se considerar o traçado desta ferrovia. Antes ele já envolveu o Porto de Santos no lado sudeste brasileiro, a passagem pelo Mato Grosso, saída no Atlântico pela Bolívia. Outro de Mato Grosso pelo Peru e agora, envolvendo também o Acre, o que mostra que há muitas indefinições.

Inclusive, não deve ser considerado um aspecto menor em todo este planejamento, aqueles que dizem respeito à questão ambiental e também aos impactos sobre as comunidades originárias e tradicionais, instaladas ao longo deste imenso trecho de ferrovias. Indenizações, desapropriações, remoções e deslocamentos, são processos difíceis, demorados e conflituosos.

A ligação transoceânica tem concorrência
Como comentamos na nota anterior (na segunda-feira) este projeto na íntegra, concorre de alguma forma, não apenas com o atual Canal do Panamá que está tendo sua ampliação ainda concluída em projeto bastante caro bancado por fortes grupos europeus e americanos.

Além disso, ele concorre também com o projeto de um empresário privado chinês que pretende construir um canal cortando toda a Nicarágua, na América Central, como forma de também ligar os dois oceanos e ser alternativa ao Canal do Panamá.

Como o blog já comentou aqui, a ligação transoceânica interessa aos chineses para reduzir fretes entre os dois lados e ser uma alternativa às caras tarifas do Canal do Panamá.

Porém, não é preciso ser especialista no assunto para saber que ninguém vai colocar carga no litoral fluminense numa ferrovia e retirar do outro lado da América do Sul, em um Porto do Peru e julgar que isso possa ser mais barato do que o não dar a volta no continente, ou pagar as tarifas do Canal do Panamá.

As rotas entre o litoral fluminense, os EUA, seguindo em direção à Ásia, passando pelo sul da América, ou pelo Panamá pode variar entre 20 mil e 22 mil quilômetros. Porém, desde o Pacífico no Peru, elas caem para cerca de 16/17 mil quilômetros.

Esta é a grande diferença, tanto em gastos de combustíveis, poluição com seus resíduos, como ocupação dos grandes navios em tempo no transporte entre os continentes asiáticos e americanos.

À China interessa mais permuta do que devolução ou pagamento do dinheiro investido
Os chineses preferem atuar e têm se dedicado especial interesse em investimentos de infraestrutura que agregue valor a negócios de seus interesses. Neste sentido, o traçado da ferrovia, além de integrar o continente sul-americano, área de seu grande interesse (por alimento, mineral e energia) cria facilidades e redução de custos de logísticas de transporte para minério, soja (outros agronegócios).

O lado do Pacífico no Peru tem mais probabilidade de ser o start
Desta forma, juntando os dados acima é possível intuir que um maior interesse dos chineses pelo escoamento de cargas minerais e do agronegócios (alimentos, em especial soja), possa se dar mais pelo lado peruano, já saindo pelo Pacífico, do que pelo Porto do Açu.

A partir daí é possível interpretar que seria muito mais provável o início da construção pelo lado do Pacífico, no Peru, do que no extremo leste no litoral fluminense do Açu. E nesta hipótese há ainda que ser observada em que porto peruano o modal ferroviário seria interligado.

Infográfico da FSP em 13-05-15
Hoje, seriam três opções portuárias. Porém, em qualquer um deles, novos investimentos para novos terminais, diques e quebra-mar, aumento da profundidade dos canais de atracação, ampliação de cais, automação da movimentação de cargas, etc. consumiriam, uma outra enorme quantidade de recursos.

Do lado do Porto do Açu, o interesse maior se dá no petróleo
Do lado brasileiro e fluminense, há como grande vantagem a conexão para apoio à produção petrolífera, onde hoje se tem a presença de quatro petroleiras chinesas: Sinochem, Sinopec e CNPC e CNOOC.

Hoje, as duas primeiras já produzem (números do último boletim da ANP de maio, sobre produção de março de 2015), um total de 82 mil barris por dia (equivalentes óleo e gás) nas Bacias de Campos e Santos.

Enquanto isso, as outras duas petrolíferas, China National Petroleum Corporation (CNPC), China National Offshore Oil Corporation (CNOOC) participam com 10% cada do consórcio para exploração do gigante campo de Libra, nas reservas do pré-sal brasileiro.

No caso da Sinopec, com a descoberta de campo produtor gás na Bacia de Campos, anunciado recentemente, cresce as chances de formalização do negócio de um gasoduto até o porto para atendimento e geração de energia elétrica, através de uma UTE à gás.

Há ainda em negociação a operação, junto ao terminal 1 do Porto do Açu para a operação de troca de navios, entre embarcações de alívio e petroleiros de grande capacidade (ship-to-ship), para transporte de óleo até à China.

Projeto complexo, mas estratégico, potente e de grande influência geopolítica
Enfim, pelas razões resumidas acima, se percebe que se trata da construção de um grande projeto que tem costura financeira, técnica e política complexa, mas simultaneamente de uma articulação estratégica muito potente, envolvendo importantes cadeias produtivas e com imensa influência no poder estratégico na geopolítica mundial.

É fácil compreender que a decisão de executá-lo não significará no dia seguinte a montagem dos canteiros de obras, sem que diversas questões sejam antes articuladas. Porém, de outro modo, nada indica que ele só será iniciado se todas as questões sejam antes resolvidas.

Certamente já existem enormes resistências a que este projeto siga em frente. Rotas comerciais, muitos outros interesses e disputas intercapitalistas, além das estratégicas, já se movimentam e são perceptíveis até para quem não acompanha de perto este projeto.

Assim, é fácil deduzir que a questão política-estratégica vem antes de tudo isto. Nesta linha, as informações dão conta de que haveria vontades bem determinadas pela sua execução. Desta forma, ela é explicada pelas várias mudanças que se vê na conjuntura em curso na Economia Global.

O risco e a oportunidade de surfar sobre a onda com o risco de ser capturado e “encaixotado”
Trata-se de decisão estratégica com poder de interferir na superestrutura e não apenas na periferia dos negócios. Está em jogo um esforço entre a tentativa de superar a dependência e a subordinação no jogo global e se inserir nas cadeias de valor de forma cooperativa e numa perspectiva de novos alinhamentos mundiais.

Riscos e oportunidades continuam sobre o tabuleiro, ou, visto sobre o simbolismo da “onda global” (aproveitando a boa performance da garotada do surfe brasileiro), o que se tenta é surfar sobre ela, com todos os riscos de cair e levar “o caixote”, com a cooptação das riquezas e dos excedentes de nossa emergente economia.

quinta-feira, 21 de maio de 2015

Pelo fim dos lixões

Programa Sou Resíduo Zero quer engajar empresas e sociedade a acabar com a geração de lixo. Ao reduzir o consumo de embalagens e dar destino correto aos resíduos, será possível dar adeus aos lixões do país

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Suzana Camargo - Planeta Sustentável - 22/04/2015
reprodução
reprodução Estima-se que o brasileiro produza por dia um quilo de resíduos sólidos. Esta seria a quantidade de embalagens, restos de alimentos e outros tipos de materiais que o cidadão joga no lixo diariamente. Em 2013, este volume todo somado chegou a 76 milhões de toneladas.

Apesar da Política Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS) já ter entrado em vigor e ter estabelecido agosto de 2014 como prazo para que resíduos sólidos e rejeitos tivessem destinação final ambientalmente adequada, em muitas cidades do Brasil os lixões ainda estão funcionando livremente.  

Com o objetivo de engajar pessoas, comunidades e empresas a reduzir a geração de resíduos e estimular ao máximo o reaproveitamento, reciclagem e compostagem, foi lançado este mês, em São Paulo, o Programa Sou Resíduo Zero, idealizado pelaconsultoria Eccaplan

A iniciativa está baseada em cinco pilares: não geração, redução, reutilização, reciclagem e compostagem. As empresas que aderem ao programa desenvolvem uma série de ações para modificar seu modo de lidar com o lixo. Para ajudá-las neste desafio, a Eccaplan criou ferramentas como mapas, infográficos, selos e certificações. 

Os resíduos potencialmente recicláveis, gerados pelas empresas do Sou Resíduo Zero, são coletados por cooperativas de catadores e o rejeito orgânico (resto de comida) é destinado à compostagem e produção de adubo. Segundo a organização Zero Waste International Alliance (ZWIA), da qual o programa brasileiro é parceiro, para que empresas e comunidades sejam consideradas bem sucedidas na implementação da iniciativa, elas precisam desviar de aterros e incineradores mais de 90% de seus resíduos.

Para a entidade internacional, o conceito "resíduo zero" tem como intuito desenvolver um sistema ético, econômico, eficiente e visionário, para orientar as pessoas a mudarem seus estilos de vida e práticas para fomentar ciclos naturais, onde todos os materiais descartados sejam projetados para tornarem-se recursos para a produção de outros materiais.

O Programa Sou Resíduo Zero já ganhou a adesão do Hotel Hyatt, em São Paulo, e da Feira World Trade Market 2015 Latin America e da Feira da Associação Paulista de Supermercados 2015 (APAS), evento este que deve ter um público estimado de 70 mil pessoas. 

Até este momento, a campanha já conseguiu reaproveitar 211 mil quilos de resíduos, que foram destinados para a coletiva seletiva. A quantidade é atualizada online em um cronômetro digital na página do programa. 

Além de diminuir a geração de resíduos e aproveitar os que sobram da maneira mais correta, o Sou Resíduo Zero promove a inclusão social dos catadores de lixo. O movimento ajuda ainda na redução da emissão de CO2 e do consumo de água e energia. 

Empresas e pessoas que querem participar do programa, podem acessar o site do Sou Resíduo Zero e preencher um questionário para saber como se engajar nesta causa. A ideia é que todos participem

Confira abaixo algumas dicas do que você já pode começar a fazer na sua casa:
- compre alimentos naturais e sem embalagens;
- escolha produtos com embalagens menores e que incentivem a reciclagem;
- destine corretamente seus resíduos: lixo orgânico para compostagem, dejetos no lixo e recicláveis para a coleta seletiva;
- privilegie empresas com o selo Resíduo Zero;
- questione marcas e fabricantes sobre seus resíduos;
- compartilhe a campanha #souresiduozero

Empresários relatam reunião sobre repasse às campanhas de Cabral e Pezão

Empresários ouvidos pela PF confirmaram a ocorrência de uma reunião para acertar repasses de recursos à campanha de Sérgio Cabral (PMDB) e Luiz Fernando Pezão (PMDB) a governador e a vice-governador do Rio de Janeiro em 2010. Os depoimentos integram o conjunto de diligências feitas como parte do inquérito que corre no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e investiga a participação dos dois peemedebistas no desvio de recursos da Petrobras. Segundo a delação do ex-diretor da estatal Paulo Roberto Costa, a reunião ocorreu em um hotel do Rio e serviu para definir repasse de R$ 30 milhões, em caixa dois, à campanha. O dinheiro seria propina de contratos de obras do Complexo Petroquímico do Rio de Janeiro (Comperj).
Cabral: “Todas as eleições que disputei tiveram suas prestações aprovadas pelas autoridades competentes” - Por meio de sua assessoria, Cabral reiterou “seu repúdio a essas mentiras” e afirmou que nunca solicitou ao delator apoio financeiro. “Todas as eleições que disputei tiveram suas prestações aprovadas pelas autoridades competentes”, afirmou. Segundo sua assessoria, esse também foi o teor do depoimento que Cabral prestou à PF como parte de suas diligências.
Pezão: “Depoimento não é verdadeiro” - O governador Luiz Pezão também disse que o depoimento de Costa não é verdadeiro. “O governador reafirma que o depoimento do ex-diretor da Petrobras não é verdadeiro. O governador disse estar certo de que a investigação vai comprovar que a acusação é falsa e que continua à disposição das autoridades para dar esclarecimento sobre suas ações”, cita resposta do governo do Rio.
Além de empresários e Cabral, a PF quer ouvir pessoas que participaram da citada reunião. O ministro Luis Felipe Salomão, relator dos autos, determinou que a PF recolha documentos, imagens e registros de entradas e saídas de um hotel em Ipanema, onde, no primeiro semestre de 2010, o encontro teria ocorrido.
FONTE BLOG DO BASTOS

quarta-feira, 20 de maio de 2015


Manchete de O Dia online
Manchete de O Dia online


Infelizmente foi adiada pela segunda vez a votação na Comissão de Assuntos Econômica do Senado, do projeto de resolução 15 / 2015, apresentado pelos senadores Marcelo Crivella e Rose de Freitas (PMDB - ES), a partir de uma sugestão minha. Esse projeto permitirá às prefeituras recuperar uma parte da perda com queda dos royalties. A situação vem se agravando nos municípios produtores de petróleo. Espero que na próxima semana o projeto possa ser votado e aprovado. Aliás, é lamentável que o governador Pezão, que já não ajuda em nada os municípios, não use a força política do PMDB para ajudar os municípios fluminenses. Pezão mais uma vez dá as costas ao povo do Rio de Janeiro. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO