terça-feira, 8 de maio de 2012

Resíduos sólidos geram oportunidades para a indústria



Data: 12/04/2012



A gestão de resíduos sólidos (coleta, tratamento, reciclagem etc.) ainda é um setor pouco explorado no Brasil. O Sistema Fiemg, em parceria com a Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), promoveu o “Workshop de gestão de resíduos sólidos urbanos como oportunidade de negócios”, nesta quinta-feira (12), para mostrar as chances que esse caminho oferece a empreendedores. Segundo o gerente de Meio Ambiente da Fiemg, Wagner Soares, as maiores oportunidades estão na prestação de serviços, como transporte, coleta e operação de aterros e no fornecimento de máquinas e equipamentos, como coletores, caçambas, trituradores e correas transportadoras.
A gestão de resíduos sólidos movimenta 8 bilhões de reais por ano no Brasil. Com a inovação nos processos e a criação de soluções ambientais, o lucro pode ser ampliado. Com a aprovação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos está previsto que até agosto de 2014 as prefeituras tenham eliminado seus lixões e buscado novos formatos para a gestão do lixo. É esperado que o resíduo tenha ainda mais valor comercial e que seja em sua maioria transformado em geração de energia e material reciclável.
O diretor de novos projetos, Breno Caleiro Palma, da Estre Ambiental, a maior empresa de tratamento de lixo e resíduos do Brasil, apresentou a experiência deles em gestão de resíduos sólidos, soluções para gerenciamento ambiental e tratamento de áreas degradadas. Para ele, o lixo pode gerar oportunidades ambientais, tecnológicas, econômicas e sociais.
Fundada em 1999, a Estre tem hoje cinco mil funcionários e recebe por dia 40 mil toneladas de resíduos. No setor privado ela mantem 3375 clientes e no público outros 100, atendendo (no setor público)  de mais de 14  milhões de pessoas.  Segundo o executivo, o Brasil gera mais 60 milhões de toneladas/ano de lixo. A geração per capita é de 378,4 kg. “A geração per capita aumentou junto com o crescimento da renda e da classe média no País”, constatou.  O Brasil coleta anualmente 54 milhões de toneladas de lixo. “O índice de reciclagem atual é menor que 2% do montante de resíduos gerados”, diz.
O evento reuniu técnicos de prefeituras do estado e empresários da área de fornecimento e prestação de serviços. Os participantes também puderam debater junto com representantes da Superintendência de Limpeza Urbana (SLU) e a Companhia Municipal de Limpeza Urbana do Rio de Janeiro (Comlurb) sobre o mercado de resíduos em Belo Horizonte e a experiência na recuperação de lixo orgânico. A Titech, empresa que atua em vários países na automação da reciclagem de resíduos sólidos e o Sindicato das Empresas de Coleta, Limpeza e Industrialização do Lixo de Minas Gerais (Sindilurb) também participaram da mesa redonda.

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