quinta-feira, 3 de maio de 2012

Lixo eletrônico vira instrumento de defesa do meio ambiente


Robô ensina a reciclar lixo

Os responsáveis pelo projeto, intitulado "Reciclabot - um robô que ensina a reciclar lixo", João Neto, Marília Belo e Emanuel Araújo, tiveram a oportunidade de visitar museus científicos, indústrias, laboratórios e participar de palestras e conferências durante 15 dias de evento, organizado pelo London International Youth Science Forum (LYSF).
“Participar de um evento desta magnitude é de grande importância para todos nós. Primeiramente para alunos que estão a um passo da universidade, além do contato com grandes cientistas do mundo, proporcionando uma aquisição de conhecimento e experiência sem igual”, comemora o professor Emerson Lima.
A repercussão da participação do trio em um evento de grande porte já ecoa por todo o Nordeste. A troca de experiências despertou no alunado a vontade de dedicar-se ao estudo de pesquisa e extensão.
“Isso traz mais jovens para o caminho da educação e mostra à sociedade que também se desenvolvem projetos de qualidade no interior de um estado pequeno como Alagoas. Assim, também esperamos que Instituto, município e estado possam, cada vez mais, se tornar parceiros de atividades que valorizam o espírito científico e a consciência ecológica e de defesa do meio ambiente nas pessoas”, completa Lima, revelando que são jogados na natureza mais de 20 milhões de toneladas de detritos, citando ele uma reportagem da revista Business Week.
Esse acúmulo tende a aumentar nos próximos anos. Segundo dados do Greenpeace, em 1997 a vida útil de um computador pessoal era de seis anos. Em 2005, passou para dois anos. O tempo diminui devido à corrida tecnológica, oferecendo riscos aos meio ambiente e às pessoas, uma vez que existem peças com substâncias tóxicas, como chumbo, níquel, arsênico e mercúrio, que ameaçam a água, o solo e o ar.Para este ano, o grupo está desenvolvendo vários projetos novos, dentre os quais um robô palestrante, utilizado para ensino de programação de computadores e um sistema automatizado para avaliação de atletas de karatê.
No último mês de março, a equipe participou da Feira Brasileira da Ciência e Engenharia (Febrace 2012).
O evento foi organizada pela Universidade de São Paulo (USP), em parceria com a Intel, Petrobras e Sebrae, com a participação de mais de 700 estudantes de todo o Brasil.
“É importante ressaltar que foram submetidos à organização do evento centenas de projetos que envolveram mais de 22 mil alunos, sendo o campus de Palmeira dos Índios o que mais aprovou trabalhos nesta edição com sete projetos”, avalia o professor-cientista.
Para ele, a principal conquista do grupo até o momento foi o convite para participação no London Internacional Youth Science Forum (LIYSF), a ser realizado no próximo mês de agosto, na Inglaterra. 
O LYSF é o mais importante fórum juvenil científico do mundo, sendo organizado pelo Imperial College London, em parceria com o British Council e outras instituições.
O Imperial College London, fundado em 1907, é considerada a terceira melhor universidade da Europa.
O evento, elaborado desde 1959, reúne jovens cientista de mais de 50 países, em um encontro que envolve palestras, conferências, apresentação de trabalhos, demonstrações científicas e visitas a laboratórios, indústrias e museus científicos.
O projeto “Reciclabot - um robô que ensina a reciclar o lixo" -, desenvolvido pelo Grupo de Robótica do Ifal do campus de Palmeira dos Índios, foi convidado para participação no evento pela Rede POC (Programa de Olimpíadas do Conhecimento) em função do rigor científico apresentado e pelo impacto social, por conta da defesa do meio ambiente e da promoção da consciência ambiental gerada nas pessoas que vivem na sociedade.

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