quarta-feira, 7 de setembro de 2016

Transformar Plástico em Material Construtivo

Uma equipe do Brooklyn converte todo tipo de plásticos em blocos de construção ecologicamente amigáveis 100 por cento reciclados
Um bloco RePlast feito de sacolas plásticas
Um bloco RePlast feito de sacolas plásticas

Mais de 300 milhões de toneladas de resíduos plásticos são geradas anualmente por todo o mundo, porém, menos de 8 por cento é reciclado, e o restante acaba em aterros ou polui o oceano. Organizações sem fins lucrativos e voluntários gastam milhares de horas para limpar os plásticos amontoados nas costas e parques, contudo, o futuro destes plásticos coletados ainda é incerto devido à descontinuidade da gestão de resíduos. Isso, junto com o fato de que o mundo continua se afogando em dejetos plásticos, levou uma equipe de cinco pessoas a buscar arduamente por uma solução.
O grupo formou uma companhia, denominada ByFusion, com o único propósito de remover permanentemente o plástico da natureza para formar um material de construção 100 por cento reciclado que é tão duro como uma pedra. Ele é obtido através de uma plataforma de tecnologia modular que transforma todos os tipos de resíduos plásticos em um material de construção alternativo chamado RePlast. O material é produzido no formato de um bloco que tem o tamanho e as dimensões dos blocos de concreto convencionais que são projetados para se adequar a uma grande variedade de projetos de infraestrutura, desenvolvimento e construção.
Uma parede construída usando o material de construção RePlast
Uma parede construída usando o material de construção RePlast
ByFusion
Embora o material construtivo produzido pela ByFusion possa ser compreendido como um processo que imita a reciclagem comum de dejetos plásticos, os fundadores observam que ele é, na verdade, muito mais significante. Isso porque normalmente somente três dos 7 tipos de plásticos atualmente usados são reciclados devido aos elevados custos de processo, toxicidade, preocupações com segurança e potencial contaminação. A ByFusion é diferente por ser capaz de processar todos estes tipos de resíduos sem levar em conta se são misturados, individuais, limpos ou contaminados e sem apresentar perigo para a saúde humana.
Isso facilita a rápida limpeza dos dejetos da natureza e, de acordo com os criadores do projeto, pode motivar ONGs e voluntários a coletar mais resíduos e mostrar a eles como estão sendo reaproveitados. O processo também não requer colas ou adesivos para criar o material construtivo. Além do mais, como o sistema ByFusion é modular, ele pode ser facilmente transportado para áreas diferentes, e pode ser usado como acréscimo temporário ou permanente ao processo local de gerenciamento de resíduos.
Material de construção RePlast
Material de construção RePlast
ByFusion
A equipe também observa que o RePlast é um material não oneroso, pelo fato de que é feito de algo que literalmente é jogado fora diariamente. Isso o torna adequado para construção de abrigos ou casas em países em desenvolvimento ou pode ser usado para uma grande variedade de projetos, incluindo barreiras acústicas para auto-estradas, muros de contenção ecológicos, isolação térmica para construções industriais e residenciais, e barreiras de colisão.
O projeto da ByFusion buscou ajuda na plataforma de financiamento coletivo Indiegogo onde, no entanto, a campanha ficou longe de atingir a meta de fundos levantados, conseguindo apenas 30.000 dólares da meta de 250.000 dólares. Apesar disso, a companhia ainda obteve os fundos levantados que ajudaram a executar o primeiro passo de seu plano global, que é limpar mais de 100 toneladas de dejetos plásticos da costa havaiana e ajudar a melhorar as condições ambientais para a vida selvagem.
Disponível em: http://www.eatglobe.pt/news/environment/2370-transforming-plastic-into-a-building-material.html

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Neste domingo, candidatos à Prefeitura de Campos apresentam mais propostas

O Diário publica o plano de governo para as áreas

Da Redação

Prosseguindo com a série de matérias com os seis candidatos à Prefeitura de Campos, O Diário publica o plano de governo para as áreas de  Obras e Infraestrutura. Os concorrentes apresentam suas propostas (exclusivamente propostas) ao mesmo tempo, de acordo com o tema pré-estabelecido, tendo disponíveis, no máximo, 25 linhas, fonte Times New Roman, corpo 12. Os planos de alguns candidatos não atingiram o espaço total disponibilizado, ficando o restante das linhas em branco.  

DR. Chicão (PR)

• Dar prosseguimento e avançar ainda mais nos investimentos em infraestrutura e mobilidade urbana que colocaram Campos como a 2ª cidade em investimentos públicos na Região Sudeste; 
• Concluir o Programa “Guarus com esgoto 100% tratado”;
• Avançar nos investimentos para coletar e tratar 100% do esgoto produzido em Campos e levar água às comunidades no interior ainda sem água encanada, o que representa mais saúde e qualidade de vida;
• Investir em mais obras dos Programas Bairro Legal e Meu Bairro é Show com saneamento, asfaltamento, iluminação e calçadas com acessibilidade, avançando para os bairros que ainda têm demandas; construir pontes e reparar as estradas no interior para melhorar o escoamento da produção;
• Dar prosseguimento aos grandes projetos para melhorar a mobilidade urbana, como a criação de corredores de tráfego; 
• Consolidar o novo acesso ao Distrito Industrial e ao Aeroporto Bartolomeu Lisandro;
• Em parceria com a Autopista Fluminense fazer uma nova interligação da BR-101 com a BR-356 (Campos-São João da Barra) com acesso à RJ-216 (Campos-Farol), através do prolongamento e estruturação da Avenida Nossa Senhora do Carmo, interligando à Avenida Presidente Kennedy, no Trevo da Penha. Assim formaremos estratégico corredor de escoamento do tráfego, importante para ligação da cidade com o Porto do Açu, São João da Barra e Farol de São Tomé;
• Continuar com a construção das Vilas Olímpicas, que funcionam como centro de convivência social e de promoção do esporte e da saúde;
• Prosseguir com o Programa Morar Feliz, que construiu mais de oito mil casas beneficiando mais de 30 mil pessoas retiradas das beiras de lagoas, rios e das margens das estradas, a fim de acolher mais pessoas que se enquadrem neste critério social; 
• Continuar com a ampliação e construção de creches e escolas modelo, avançando na Educação.

Caio Vianna (PDT)

• Revitalização do Boulevard Francisco de Paula Carneiro;
• Valorização do prédio da Academia Campista de Letras, dando importância ao seu patrimônio histórico;
• Revitalização da Praça da Bandeira;
• Reforma do Palácio da Cultura. Em andamento;
• Revitalização da Orla I (Guarus);
• Revitalização da Orla II (Centro);
• Revitalização da Praça da República;
• Pintura da Ponte Barcelos Martins;
• Reurbanização da Praça João XXIII (IPS).
• Reforma da Estação de Santo Amaro;
• Digitalização dos mapas de Campos;
• Elaboração do Plano Diretor de Habitação Social, com projetos de equanimidade para ocupação do solo urbano; pela adequação de espaços urbanos para habitação de classes sociais de baixo poder aquisitivo;
• Elaborar e implementar o Plano de Circulação e Transporte/Mobilidade.
• Melhoria da mobilidade/transposição do rio Paraíba do Sul com nova ponte para pedestre e bicicletas;
• Programa de melhoria e humanização de espaços públicos;
• Valorização ambiental com a criação de Parques Urbanos para o lazer da população e a preservação da fauna e flora da região.

Geraldo Pudim (PMDB)

• Revisão do Plano Diretor levando em conta os novos eixos de desenvolvimento da cidade e a necessidade de revisão dos diplomas legais que seguem as suas diretrizes;
• Revisão do atual Código de Posturas para o bom funcionamento do comércio, além do incentivo à cidadania; manutenção e utilização de áreas públicas; coleta de lixo e normas de higiene;
• Implantação do Plano de Habitação de Interesse Social para requalificar as habitações precárias existentes no município;
• Implantação do Plano Municipal de Gerenciamento Costeiro;
• Incentivo às PPP com foco na mobilidade urbana, construção de parques e teatros e museus;
• Reforma e ampliação da rodoviária do Farol de São Tomé e revitalização do Shopping Estrada;
• Criação e gerenciamento de novas áreas de estacionamento veicular;
• Reforma permanente das pontes e estradas do interior e estudo para implantação de novas vias nas áreas de maior interesse socioeconômico;
• Abertura de anel viário ligando a BR-101 à RJ-216 e à BR-356, principais ligações com o litoral e o Porto do Açu. Este projeto, já existente, prevê o segundo e o terceiro trechos da Avenida Nossa Senhora do Carmo, ligando-a à BR-101 e à Avenida Presidente Kennedy;
• Duplicação da Avenida do Contorno em caráter de urgência e construção de viadutos para integrar a região central aos bairros de Parque Leopoldina, Pecuária, Nova Brasília e Parque Esplanada;
• Implantação e readequação dos zoneamentos ecológico-econômico, rural-urbano e urbano;
• Implementação de ações para identificar, restaurar, revitalizar, demarcar e proteger as áreas de risco no interior e no entorno das unidades urbanas do município;
• Realfandegamento e construção de um terminal de cargas no aeroporto Bartolomeu Lisandro;
• Estudo de viabilidade técnica para construção implantação de viadutos e mergulhões com foco na mobilidade urbana. 

Nildo Cardoso (DEM)

• Obrigatoriedade de realização de audiências públicas para licitações e pregões acima de R$ 10 milhões, com a presença de representantes do Tribunal de Contas do Estado, do Ministério Público Estadual e Federal, e do Tribunal de Contas da União;
• Tornar realidade o complexo da Barra do Furado em parceria com a Prefeitura de Quissamã e Parceria Público-Privada (PPP);
• Construção de novas casas populares seguras, não-geminadas, com muros, portões, área para ampliação; melhorias nos conjuntos habitacionais já entregues, com construção de muros;
• Promoção de parceria com a iniciativa privada para ampliação do Aeroporto Bartolomeu Lisandro para receber aviões de médio e grande porte;
• Modernização da orla da Praia do Farol de São Tomé, área coberta para abrigar a feira da roça e a peixaria municipal;
• Implosão do espigão do canal da Barra do Furado;
• Construção de uma barragem no Rio Paraíba, na altura de Martins Lage;
• Restauração dos terminais de transbordo de passageiros;
• Aperfeiçoamento do sistema de sinalização horizontal e vertical das vias urbanas
• Melhoria da qualidade da iluminação pública; Ampliação do programa de manutenção de estradas vicinais;
• Construção de Sanitários e melhora na iluminação do Morro do Rato;
• Melhorado acesso às cachoeiras de Rio Preto e do Imbé;
• Expansão da Estrada dos Ceramistas ligando Donana à Barra do Furado, passando pelas localidades de Tocos, Mineiros, São Martinho, Correnteza, Caboio e Alto da Areia, com o intuito de desafogar o trânsito pesado da RJ-216 e facilitar o acesso ao complexo portuário de Barra do Furado.

Rafael Diniz (PPS)

• Criação da Empresa Municipal de Urbanismo para atuar na demanda de infraestrutura do município, através da reformulação dos órgãos e autarquias da área;
• Articulação com demais municípios da região, para a formação de um consórcio de desenvolvimento regional;
• Implantar um Parque Logístico, visando a macro estruturação da mobilidade no município, destinando área de transbordo de cargas e armazéns para distribuição de mercadorias;
• Garantir a transformação do Aeroporto Bartolomeu Lisandro em um Aeroporto Alfandegado;
• Articular junto a Ferrovia Centro Atlântica, a transferência de seu Pátio de Manobras para o Parque Logístico;
• Atuar junto a Concessionária Autopista Fluminense para agilizar a conclusão da duplicação da BR 101 e seu novo traçado;
• Atuar junto ao Governo do Estado para garantir a duplicação da Rodovia Campos – Farol.

Rogério Matoso (PPL)

• Construção de Conjuntos Habitacionais Populares, com energia solar, calhas de reaproveitamento de água de chuva;
• Construção de Estações de Tratamento de Esgoto nos conjuntos Habitacionais da prefeitura e em locais que ainda não tem o serviço;
• Construção de ciclovias respeitando as regras estabelecidas pelo Código Brasileiro de Trânsito;
• Construção de calçadas com acessibilidade e com pisos táteis para os portadores de necessidades especiais;
• Construção de vias alternativas para reduzir o fluxo de veículos no centro da cidade;
• Construção de espaços esportivos nos bairros do município;
• Auditar e concluir todas as obras que não forem concluídas pelo governo anterior;
• Rever o contrato com a concessionária responsável pelo fornecimento e tratamento de esgoto no nosso município, que cobra do cidadão o mesmo valor de água para o tratamento de esgoto, mesmo o serviço não sendo utilizado pelo cidadão;  
• Construir fossas biodigestoras para os moradores da área rural do nosso município; 
• Construir postos de saúde m localidades que não contam com esse atendimento.
FONTE O DIÁRIO

Reprodução do Diário do Poder
Reprodução do Diário do Poder


O ex-diretor de Serviços da Petrobras, Renato Duque está falando aos procuradores da Lava Jato. Segundo ele a distribuição de propinas do Petrolão era combinada diretamente com Lula e Paulo Okamotto, presidente do Instituto Lula. As reuniões, segundo Duque, aconteciam no Instituto Lula, em São Paulo. Duque diz que tem como provar os encontros. Ele foi indicado para o cargo por José Dirceu. É mais uma delação que atinge Lula, que vê sua situação se complicar mais a cada dia. 
FONTE  BLOG DO GAROTINHO

domingo, 4 de setembro de 2016

MPRJ elimina uso de copos plásticos na instituição

O Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ) decidiu acabar com a compra de copos plásticos. A campanha "Copo Zero", mais uma iniciativa que visa a desenvolver ações sustentáveis, vai gerar uma economia anual de R$ 118 mil. Com a medida, a instituição deixará de consumir cerca de 350 mil unidades mensalmente. Mais de 4 milhões de copos plásticos deixarão de ser despejados no meio ambiente por ano. A ideia foi concretizada pela Comissão de Gestão Ambiental (CGA), que reúne secretarias e diretorias da instituição voltadas para a adoção de condutas ambientalmente mais responsáveis.
Essa atitude do MP se encaixa em dois dos cinco "R's" ("erres") aplicados à política de sustentabilidade: repensar e reduzir. A CGA, composta pelas subcomissões de Gestão de Resíduos, Construções Sustentáveis, Uso Racional dos Recursos, Contratações Sustentáveis, Meio Ambiente do Trabalho e Educação Ambiental, trabalha junto ao Ministério do Meio Ambiente, em adesão à Agenda A3P — Agenda Ambiental na Administração Pública. Tem como objetivo elaborar projetos e desenvolver ações que permitam ao Ministério Público reduzir impactos socioambientais negativos, economizar recursos públicos, reduzir emissões de gases de efeito estufa e gerar o menor volume possível de resíduos na realização de suas atividades administrativas e operacionais.
O plástico é um resíduo que demora aproximadamente 400 anos para se decompor no meio ambiente. Quando não direcionado corretamente para a reciclagem, este volume incrementa negativamente aterros e lixões. Nos mares provoca a morte de mais de um milhão de aves e mamíferos marinhos, anualmente. Além disso, uma pesquisa desenvolvida pela Universidade Federal da Bahia afirma que os copos descartáveis possuem em sua composição uma substância chamada "estireno", que, em contato com o café quente, pode soltar uma quantidade nociva do composto, acima do considerado seguro pelo Ministério da Saúde, podendo causar câncer.
A CGA iniciou uma campanha interna através de informativos online para incentivar todos os funcionários que tragam o próprio copo ou caneca de casa. Essa atitude do "Copo Zero" foi apenas mais uma entre vários projetos pensados individualmente em cada uma das subcomissões, que visam especificamente suas áreas de atuação. Além de campanhas como impressão "frente e verso", está em vigor, por exemplo, o projeto "Rascunho Verde", no qual os setores entregam folhas que só tenham sido utilizadas um dos versos, para depois serem produzidos blocos de rascunho reutilizando esses papéis.
Disponível em: http://www.mprj.mp.br/home/-/detalhe-noticia/visualizar/31701;jsessionid=fl2yfW8i0jakjsu+fEQ7m695.node1

Reciclagem: condomínios de Santa Catarina transformam lixo em lucro

Iniciativas promovem a reciclagem – inclusive de orgânicos – para utilização final no próprio condomínio, além de remuneração e troca de benefícios com empresas
Em 2015, mais de 200 mil toneladas de lixo foram produzidas apenas na capital catarinense, o que corresponde à média de 600 toneladas por dia. 
Imagine que, ao invés de despejar essa quantidade de resíduos em aterros sanitários – contaminando toda a natureza do entorno -, o lixo fosse transformado em adubo para plantas e alimentos, novos materiais para circulação, fonte de empregos e até mesmo renda para os condomínios? Pois, essa prática já existe e tem ganhado força na Grande Florianópolis.
A coleta seletiva pública é feita na capital catarinense desde 1988, pela Companhia Melhoramentos da Capital (Comcap). Segundo a companhia, hoje são atendidos 100% dos bairros, porém 90% dos domicílios, já que não há condições da coleta de porta em porta “pelas características geográficas” da cidade. Os recicláveis, então, são doados a associações de triadores e catadores da região – cada tonelada economiza ao município R$ 126 de serviços de transportes e aterramento. 
Além da coleta seletiva realizada pelos municípios, cresce o número de empresas que oferecem serviços de gestão de resíduos focadas no conceito do lixo zero – e isso inclui os orgânicos, sobre os quais ainda persiste a ideia de que não é possível reaproveitá-los. A Recicle Aqui é uma delas, com programa que funciona da seguinte maneira: o síndico solicita a visita de um técnico, que apresenta o projeto e verifica as condições de armazenamento e geração de resíduos no local. Uma proposta comercial, então, é apresentada, e o condomínio passa a fazer a separação dos recicláveis em grupos.
“Quando os materiais recicláveis estocados atingem a quantidade programada, o síndico, por agendamento, solicita a retirada dos materiais, que são levados ao galpão onde são pesados, registrados no sistema e é feito posterior pagamento ao condomínio”, detalha o engenheiro Thiago Arlindo Pereira, gerente de projetos da empresa, ao explicar que o pagamento é feito por quilo, de acordo com o material.
A empresa ainda oferece ajuda ao condomínio que precisa adequar o local de armazenamento – o grande embate para os edifícios com área comuns pequenas -, além de disponibilizar sacarias para o depósito do lixo. “Realizamos visitas diárias a novos condomínios. Os síndicos, assim como os condôminos, estão muito interessados em praticar a reciclagem, visando não apenas o benefício financeiro, mas a certeza de que o material coletado seguirá para a destinação correta, voltando para a indústria e deixando de ir para aterros sanitários”, frisa Thiago.
Também na Grande Florianópolis está a empresa Novociclo, que oferece um serviço de planejamento de locais para armazenamento, treinamento da equipe de limpeza, operação de coleta de todos os resíduos, com acompanhamento por plataforma on-line e consultorias periódicas. A remuneração ao condomínio é feita através de um sistema de pontuação para os itens reciclados, que é revertido em descontos na mensalidade e produtos de limpeza ecológicos ou adubo.
Lixo vira adubo
Enquanto algumas pessoas preferem ignorar o destino final de todo o lixo produzido diariamente, o síndico profissional Edson Machado Pinto decidiu transformar em vida o que poderia ser simplesmente descartado e poluir a natureza. Isso porque ele implantou no Condomínio Jardim Rio Tavares, no Sul da Ilha, um sistema de compostagem em que todos os resíduos orgânicos das casas, além das podas e galhadas, são transformados em adubo a ser utilizado pelos próprios moradores.
Após o intenso trabalho de conscientização e motivação, os moradores gostaram da ideia e aprovaram o projeto em assembleia. Um sistema com montagem de leira de compostagem termofílica foi projetado para que todo o trabalho seja feito no próprio condomínio. Para isso, uma empresa especializada foi contratada para realizar a trituração do material e o manejo da composteira. Os outros recicláveis, por sua vez, são recolhidos por catadores conhecidos – iniciativa que o síndico profissional aplica também em outros edifícios.
“É preciso desenvolver a consciência social dos moradores, para que eles entendam que a separação adequada dos resíduos recicláveis no condomínio permite, no mínimo, que famílias de catadores tenham uma base de sustento mais fácil, e que o município gaste menos com a logística desses materiais”, destaca Edson.
Disponível em: http://www.profresiduo.com/news/1959/14/reciclagem-condominios-de-santa-catarina-transformam-lixo-em-lucro?utm_source=twitterfeed&utm_medium=twitter

terça-feira, 30 de agosto de 2016


CONVITE!!!



Candidatos à Prefeitura de Campos revelam quais as suas propostas para os dois setores

Os concorrentes apresentam suas propostas (exclusivamente propostas) ao mesmo tempo, de acordo com o tema pré-estabelecido

Da Redação

Prosseguindo com a série de matérias com os seis candidatos à Prefeitura de Campos, O Diário publica neste domingo (28) os projetos de governo nas áreas Economia e Geração de Emprego. Os concorrentes apresentam suas propostas (exclusivamente propostas) ao mesmo tempo, de acordo com o tema pré-estabelecido, tendo disponíveis, no máximo, 25 linhas, fonte Times New Roman, corpo 12. Os planos de alguns candidatos não atingiram o espaço total disponibilizado, ficando o restante das linhas em branco.  

Nildo Cardoso (DEM)

Tornar realidade o Complexo da Barra do Furado, através de investimentos pesados da prefeitura, em parceria com o município de Quissamã e Parceria Público-Privada (PPP), gerando cerca de 4 mil empregos diretos por cada uma das empresas que ali se instalarem;

Qualificação da mão de obra do nosso município, por meio de parcerias com as instituições de ensino técnico e superior, para que possam ocupar os melhores cargos dentro dessas empresas; 

Fornecer linhas de crédito através do Fundecam, dividindo 50% para as empresas locais, sendo 20% para as pequenas e médias empresas, e os outros 50% para empresas de fora do município, já consolidadas e avalizadas pelos bancos oficiais Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil; recuperação de parte dos recursos perdidos pelo Fundecam, que gira em torno de 250 milhões de reais;

Valorização do homem do campo, com fornecimento de sementes e mudas, assistência técnica com patrulha mecanizada, patrol, retroescavadeiras e tratores, atendendo todo o interior do município; aquisição de produtos do Compra Direta da Agricultura Familiar (CDAF);

Construção de cais e terminal pesqueiro para os pescadores do Farol no complexo da Barra do Furado; apoio aos pescadores de água doce e salgada, em localidades como Campelo, Lagoa de Cima, Lagoa Feia e reestruturação do terminal pesqueiro e peixaria, no Farol de São Thomé;

Fomento à Indústria Cerâmica, que emprega cerca de 6 mil chefes de família, com liberação de linhas de crédito para aprimoramento no processo de produção;

Estímulo à criação de cooperativas e expansão de feiras livres;

Dar subsídios ao setor sucroalcooleiro, para que volte a moer de maio a dezembro e estimular o plantio da cana-de-açúcar;

Criação do Centro de Distribuição Social, em parceria com as Centrais de Abastecimento do Estado (Ceasa), mercado municipal e comerciantes locais, para receber de forma centralizada produtos para o restaurante popular e merenda escolar, gerando empregos e fazendo o dinheiro circular dentro da cidade.

Rogério Matoso (PPL)

Criar o BMD (Banco Municipal de Desenvolvimento) para fomentar as micros e pequenas empresas em diversos setores, estimular o agronegócio, financiar projetos tecnologicamente sustentáveis vinculados a pesquisas aplicadas, fomentando assim, o desenvolvimento do município, equilibrando o financeiro e trazendo resultados amplamente significativos;

Criar o projeto “Campos, Cidade Inteligente", com TIC (tecnologia de informação e comunicação) oferecendo à população internet gratuita de banda larga em todas as regiões, em parceria com as empresas já atuantes no mercado campista;

Criar polos e/ou estruturar os existentes, como condomínios industriais próximos ao Super Porto do Açu e complexo logístico e portuário Farol/Barra do Furado; 

Incentivo às atividades do setor pesqueiro, como a criação de cooperativas, que favoreçam sua maior participação no mercado;

Fomentar incentivos fiscais para as empresas que desejarem se instalar no município, gerando emprego e renda para a população local;

Através  da "Cidade Inteligente", manter um balcão de emprego eletrônico, onde o cidadão que precise possa ter acesso a opções de emprego e seja encaminhado;

Ampliar o número de vagas para cursos de qualificação profissional, através do FETEC (Fundo Estudantil Tecnológico de Campos);

Programa de investimento em obras públicas e de infraestrutura visando a geração de empregos principalmente nos setores da construção civil e cerâmica;

Ampliar o número de vagas para cursos de qualificação profissional, através do FETEC (Fundo Estudantil Tecnológico de Campos).

Rafael Diniz (PPS)

Criação de uma Agência de Desenvolvimento Econômico de Campos, que será a formuladora e gestora das políticas de investimentos no município, substituindo todos os órgãos existentes do setor;

Reestruturação do Fundecam, que será a fonte de financiamento a partir da Agência de Desenvolvimento, ampliando suas fontes de captação de recursos para além dos royalties e do orçamento municipal, tais como BNDES, Banco Mundial, BIRD e fundos privados;

Elaboração do Plano Estratégico do município. Definir áreas no entorno do Aeroporto e do Condomínio Industrial (Codin) para criação de uma Zona Especial de Negócios;

Criação de uma Zona Especial de Negócios, na área do Corredor Logístico do Porto do Açu. Revisar o projeto e o plano de negócios do Porto Barra Furado, junto às empresas responsáveis e às esferas públicas envolvidas, verificando a execução, cronograma físico e financeiro, visando a efetiva implantação do projeto;

Implantar novas políticas tributárias e de financiamento para estimular a ocupação de novas áreas e espaços degradados, consolidando novos arranjos locais produtivos;

Fortalecer as ações do Sistema Nacional de Emprego (SINE) / Balcão de Empregos, implantando ações para promoção de cursos de qualificação, reprofissionalização, certificação e elevação da escolaridade, visando reduzir o número de desempregos, subempregos e baixa qualificação;

Realização de um Censo Profissional, visando identificar e avaliar o cenário e as necessidades de para ações do poder público relacionadas à capacitação;

Geração de vagas em emprego através da priorização de vocações econômicas do município (Agricultura, Cerâmica e Confecções), fomento a novas economias (Economia Verde, Economia do Conhecimento e Economia Criativa) e estímulo ao turismo;

Criação do Cadastro de Profissionais Autônomos;

Estabelecer convênios com as Escolas Técnicas e Sistema S, para capacitação e profissionalização;

Fortalecer o fomento ao Microempreendedor, ampliando linhas de financiamento;

Implantar um Centro de Apoio e Formação de Empreendedores, através dos Centros Vocacionais.

Caio Viana (PDT)

Desenvolver a economia verde e criativa, aproveitando recursos e empreendedores locais;

Apoiar a implantação de arranjos produtivos inovadores por regiões, promovendo a descentralização com a oferta de empregos localmente diversificada. Exemplo: Cerâmica, metal, mecânico, doces, pescados, moveleiro, trabalhar junto à FIRJAN nessas políticas;

Estimular a qualificação e a requalificação da população com vista às novas ocupações profissionais;

Contribuir para a criação e formalização de micro empresas;

Estimular a inclusão de pessoas portadoras de necessidades, especiais nos mercados de trabalho público e privado;

Fortalecer o FUNDECAM para atrair novos investimentos e a geração de empregos para a região;

Tornar o distrito industrial um modelo avançado de logística, oferecendo ferramentas de alta tecnologia e suportes de infraestrutura, atraindo assim novas empresas. Associado ao item anterior, buscar novas oportunidades de oferta de serviços para o aeroporto;

Apoiar a implantação do Parque Tecnológico do Norte Fluminense;

Propor PPI (Parceria Pública de Investimentos) nos diversos segmentos de nossa economia: ambiental, turístico, lazer, saúde, transporte e outros. Estimular o turismo de lazer e de negócios;

Fazer estudo sobre o novo contorno da cidade e o corredor logístico;

Apoio às escolas profissionalizantes com convênios em cursos voltados à empregabilidade, com foco na cadeia produtiva do Complexo do Porto do Açu.

Geraldo Pudim (PMDB)

Implantação de diplomas legais para disciplinar a aplicação dos royalties do petróleo, de modo a construir um sistema econômico ambientalmente sustentável para o período pós-royalties;

Implementação do portal eletrônico de compras para as micro e pequenas empresas com apoio e capacitação para que possam comercializar seus produtos e serviços junto ao governo municipal e também às grandes empresas da região;

Suporte público tanto na atração de novos negócios quanto na qualificação de trabalhadores como ferramenta de geração de trabalho e renda;

Criação do Fundecam Inovador: linha de crédito especial para projetos inovadores que gerem valor agregado e empregos qualificados;

Consolidação da Incubadora de Empresas de Base Tecnológica da Uenf e do Parque Tecnológico do Norte Fluminense;

Revitalização do Espaço do Empreendedor concentrando órgãos envolvidos na abertura e legalização do negócio próprio (Receita Federal, Secretaria Municipal de Fazenda, Sebrae, INSS, bancos, etc.);

Implantação da Delegacia da Jucerja no município para agilizar registros de empresas, balanços patrimoniais, livros e demais atividades;

Fortalecimento do Turismo para geração de emprego e renda;

Incentivo à implantação de indústrias não poluentes, que envolvam processos de reciclagem, tratamento de efluentes e uso de alta tecnologia com compromisso também de geração de emprego e renda;

Incentivo ao cooperativismo;

Estudos de viabilidade técnica para exploração sustentável do Rio Paraíba do Sul, canais da Baixada Campista e lagoas para geração de renda;

Inclusão de todas as famílias em situação de pobreza no CadÚnico integrando serviços e benefícios garantindo renda mínima;

Intensificação da política de crédito para agricultores e pecuaristas Fundecam e Fundecana e criação de novos projetos de financiamento do setor produtivo.

DR. Chicão (PR)

Promover maior integração no relacionamento institucional com entidades representativas de classe; 

Ampliar e incentivar as empresas a contratarem jovens para o primeiro emprego, em conformidade com a lei do primeiro emprego, já sancionada no governo Rosinha x Doutor Chicão; 

Qualificar as micro e pequenas empresas para aumentar a participação nas compras governamentais no âmbito dos órgãos da municipalidade, como na área da Saúde, da Educação e da Infraestrutura, que são as que apresentam maiores demandas, entre outros órgãos; 

Criar Programa de Incentivo a Patentes, Projetos e Produtos;

Colocar em prática o Programa Cidade Inteligente, que vai disponibilizar sinal de Internet em toda cidade para que a população tenha acesso a diversos serviços full time, como agendamento para consulta médica pelo celular, sem necessidade de formar filas. Teremos um sistema automatizado, que mostrará ao usuário do SUS a agenda dos médicos por especialidade e isso será um salto na qualidade nos serviços de saúde;

Garantir a manutenção do Programa de Incentivos Fiscais para empresas já existentes e outras que vierem se instalar no município, com foco na geração de empregos; 

Fortalecer as políticas públicas de incentivo aos setores de Tecnologia da Informação e Cultura Digital, com estímulo de produtos inovadores nesta área, com o propósito do desenvolvimento econômico com geração de conhecimento, emprego e renda;

Prestar apoio ao Parque Tecnológico e à incubadora de empresas e à implementação de startups do setor de tecnologia com atração de desenvolvedores de softwares; 

Aumentar a oferta de cursos de qualificação e aperfeiçoamento profissional com instituições públicas e privadas de ensino profissionalizante e de treinamento; 

Ampliar o incentivo ao empreendedorismo e à formação de empresas individuais e os pequenos negócios, por meio do fortalecimento e dinamização do Espaço do Empreendedor.
 

Revitalização do São Francisco pode custar R$ 30 bilhões

Todas as ações necessárias para a revitalização da Bacia do Rio São Francisco devem demandar um investimento de cerca de R$ 30 bilhões. A estimativa consta do caderno de investimentos do novo plano gestor de recursos hídricos da bacia do rio, que está sendo finalizado este mês pelo Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco (CBHSF).
A discussão em torno da revitalização do Velho Chico tomou impulso na última semana a partir do lançamento do plano Novo Chico. O presidente em exercício Michel Temer assinou decreto que remodela o Programa de Revitalização da Bacia do Rio São Francisco, instituído em 2001 pelo então presidente Fernando Henrique Cardoso.
Na último dia 15, a Câmara Técnica do programa fez a primeira reunião e criou grupos de trabalho para detalhar as ações e os custos. Durante o encontro, o ministro da Integração Nacional, Helder Barbalho, disse que as intervenções devem custar cerca de R$ 7 bilhões em um período de 10 anos.
A apresentação do plano de ação decenal está previsto para daqui a 90 dias, mas antes desse prazo, já em setembro, o comitê deverá lançar o plano gestor da bacia, que também tem um horizonte de 10 anos. O presidente do comitê, Anivaldo Miranda, acredita que o documento vai antecipar a definição das primeiras decisões do comitê gestor e da câmara técnica.
“Nesse plano, fizemos um diagnóstico e identificamos cenários atuais e futuros para a demanda hídrica até 2035 e definimos também eixos de atuação, metas e prioridades. Vamos oferecer o plano como contribuição. A partir daí, o programa da revitalização poderá economizar tempo e dinheiro e partir para estabelecer quanto será gasto a cada ano”.
Segundo o vice-presidente da CBHSF, Wagner Soares Costa, o novo programa de revitalização cria mecanismos que permitem ter maior controle das ações. “A grande novidade foi a criação do comitê gestor, que vai estabelecer o monitoramento das ações em implantação. Hoje, o que se sabe é que há muitas ações inacabadas e não iniciadas. O que se quer daqui para frente é que a ação comece, se desenvolva e tenha um término com data definida. Com isso, se materializa o resultado esperado da ação.”
Fonte: Agência Brasil
Foto: Ministério da Integração/Divulgação 

segunda-feira, 29 de agosto de 2016

Legítimo para dar continuidade”

Arnaldo Neto, Suzy Monteiro, Aluysio Abreu Barbosa e Alexandre Bastos
Foto: Michelle Richa
Após duas vitórias seguidas como candidato a vice-prefeito, Dr. Chicão (PR) agora trabalha para comandar a Prefeitura de Campos, se colocando como o “candidato legítimo para dar continuidade a mudança”. Disposto a liquidar a fatura no primeiro turno, como o seu grupo conseguiu em 2012, ele promete “trabalhar muito” e acredita na migração de votos até dos eleitores que têm intenção de votar na oposição. Porém, não esconde que já vislumbra a possibilidade de um segundo turno. E diz que o seu estilo poderá ser visto nas articulações, caso o confronto tenha um segundo round. “Serei um prefeito do diálogo e posso começar essa união no segundo turno”, diz o candidato do PR. Ciente de que a Saúde, pasta que já comandou, será um tema frequente nos debates, ele reconhece que existem pontos da atual gestão que precisam melhorar e promete ser “um prefeito da Saúde”.
Folha da Manhã – A última pesquisa do instituto Pro4, realizada no dia 06 de agosto, apontou o crescimento do seu nome em 9,2 pontos percentuais, comparado aos números de junho. Contudo, ao aparecer com 17,6%, você ainda fica longe dos 28,7%, que na mesma pesquisa, de agosto, aposta na continuidade do governo Rosinha. Como mostrar aos eleitores que você é o candidato do governo Rosinha?
Dr. Chicão Oliveira – Nós temos uma frente, que se chama Frente Popular Progressista, que tem em torno de 300 candidatos a vereador. A análise da chapa Chicão e Mauro Silva, que é colega de vocês jornalistas, será feita durante o horário político, na TV e nas emissoras de rádio. Vamos ter a oportunidade de mostrar as nossas propostas, as pessoas vão reconhecer que Dr. Chicão está há oito anos ao lado da prefeita Rosinha e a população vai reconhecer que nesses oito anos houve uma grande mudança de paradigmas. Essa mudança começou em 2009. E doutor Chicão é o candidato legítimo para dar continuidade, já que participou de todas as ações construtivas durante os dois mandatos. Isso vai ficar bem claro para o eleitor e esses dados serão solidificados nas próximas pesquisas.
Folha – Então você enxerga a possibilidade de continuar crescendo?
Chicão – A gente vê isso diariamente nas ruas. Perguntam: o senhor que é Dr. Chicão? Eu entendo que isso ocorra porque era a prefeita que estava sempre à frente, inclusive como uma ex-governadora, que tem uma imagem. Em muitos casos as pessoas não sabem quem é o vice. Mas neste momento vão entender que sempre estive ao lado.
Folha – O seu grupo chegou a apostar, ou ainda aposta, todas as fichas em uma vitória no primeiro turno. Os números do Pro4 apontam que, mesmo somados todos os indecisos, são 27,3%, e os votos em branco, são 10%, você não ultrapassaria 49,9% dos votos válidos no dia da eleição. Matematicamente, uma vitória no primeiro turno com esses números seria impossível.
Chicão – As pessoas ainda não têm a visão de quem seria o candidato do governo. Agora, que isso vai ficar bem nítido, neste momento tão difícil do cenário nacional, o cenário estadual e o cenário municipal, muita gente vai pensar na hora de decidir e haverá migração, porque às vezes acontece o seguinte, a imagem de um outro candidato cola por conta de lembranças.
Folha – Matematicamente, para vencer no primeiro turno, será preciso pegar os votos de todos os indecisos, todos em branco, e ainda os votos de outros candidatos que estão no páreo.
Chicão – Haverá justamente isso, eu aposto nisso. Com certeza, são mais cinco candidatos.
Folha – Acredita que todos indecisos irão aderir?
Chicão – É importante destacar que neste momento as pessoas ainda não estão muito ligadas em política, não decidiram o seu voto. Estamos em um momento político de impeachment da Dilma, esse sentimento todo nacional. As pessoas ainda não estão ligadas ao que os candidatos estão propondo. Mas quando perceberem que a proposta de Dr. Chicão é a melhor proposta de continuidade da mudança, nós temos certeza que amos atingir esses índices.
Folha – A pesquisa Data Viu, realizada entre 17 e 19 de agosto.
Chicão – Me desculpe, eu nunca ouvi falar. Data Viu.
Folha – É de Roberto Barbosa.
Chicão – Ah, sim.
Folha – Roberto Barbosa que hoje escreve no jornal O Diário, enfim. Ele fez a pesquisa entre os dias 17 e 19 de agosto. E deu um empate entre você, Caio e Rafael na primeira colocação.
Chicão – Quantas pessoas foram ouvidas?
Folha – 500 pessoas.
Chicão – Pouco, né? Mas vamos lá, é uma amostragem.
Folha – Foi registrada no TSE, não foi divulgada, fatalmente porque o resultado não interessou.
Chicão – Eu, pessoalmente, não tenho contato com o Roberto. Conheço o jornalismo dele, mas não sei o motivo de não ter divulgado.
Folha – O fato é que se trata de mais um levantamento que mostra o quadro embolado. Mesmo assim você confia em uma vitória no primeiro turno?
Chicão – Vou trabalhar para isso, para vencer no primeiro turno. Como sempre trabalhei muito para todas as outras fases da minha vida. Como foi no momento em que passei no vestibular, depois quando me formei médico, depois para ser bombeiro militar. Então é isso, vou trabalhar para construir a vitória no primeiro turno. E tenho certeza que a população de Campos, que o eleitor de Campos vai ter a consciência de que o melhor para Campos é dar continuidade a mudança que começou em 2009 com Rosinha e Dr. Chicão.
Folha – Na pesquisa do Pro4 é possível analisar quatro índices de melhora do governo que estão entre 8, 9 e 10 pontos. E você está ali, crescendo 9 pontos. É muito claro que a sua melhora no índice de intenção de voto está muito ligada ao índice de melhora do governo. Mas a maioria dos eleitores opta pelo desejo de mudança. Quais são as vantagens e desvantagens de ser o candidato da máquina. Você melhora quando o governo melhora, mas a maioria ainda quer mudar. Como é ficar nesse fio de navalha?
Chicão – O nosso governo avançou tanto, em todos os segmentos da sociedade, seja na questão da Educação, da Saúde, de infraestrutura, nós avançamos muito. E isso, logicamente, vai ligar essa imagem ao candidato do governo. E nós vamos avançar, vou dar prosseguimento a esta mudança. E neste momento eleitoral vou avançar para alcançar os 50% que a gente precisa para atingir a meta. Eu vou ultrapassar essa meta dos 50%. Esse é o nosso objetivo, um pensamento do nosso grupo político.
Folha – Se essa meta não for alcançada e a eleição for em dois turnos, espera contar com o apoio de alguém que está no páreo?
Chicão – Olha, é lógico que a gente sempre está aberto a este tipo de costura. Eu vou fazer um governo de união. Então, é lógico que eu posso começar essa união já no segundo turno. Esse é o Dr. Chicão, eu sou uma pessoa que tem o costume de ouvir pessoas, de ouvir as mamães e papais, em meu trabalho como pediatra. Tenho esse hábito como médico. Isso será importante nesse momento, não só pela experiência, mas também do ouvir. Nós vamos trabalhar para conseguir aliados para o nosso projeto. Nós não temos uma visão única, nós temos um projeto para Campos. Vamos estar conversando com segmentos, sempre com foco no diálogo, na paz. Esse é um novo momento que o nosso país quer. O eleitor não quer briga, ele quer paz, união, propostas. Quer ver a sua cidade melhorando em todos os níveis.
Folha – O grupo garotista é conhecido pela grande força nas camadas populares. Nas disputas eleitorais, as chapas sempre contaram com um nome popular. Porém, dessa vez, você e Mauro têm um perfil mais “pedra”. Esta é a primeira chapa garotista com esse estilo em três décadas. Trata-se de um movimento estratégico?
Chicão – A escolha não foi de uma pessoa. A escolha não foi da prefeita sozinha, do líder Garotinho sozinho. Houve um conselho e todos sabem disso. E nesse conselho Dr. Chicão foi eleito por unanimidade pelos vereadores da base governista, pelos presidentes dos partidos que compõem a Frente Popular, pelos notáveis do nosso partido, pelos diversos representantes de cada distrito deste município. Entenderam que o meu nome era.
Folha – Mais forte eleitoralmente?
Chicão – Forte eleitoralmente e de um perfil que o brasileiro quer. De agregar, de unir, de ter paz. É isso que todos querem.
Folha – Nos últimos anos a prefeita Rosinha evitou confrontos políticos, deixando esta tarefa para o marido. Tanto você como Mauro carregam um estilo semelhante, já que são mais adeptos ao diálogo do que ao enfrentamento. Podemos esperar um Chicão “paz e amor” durante a campanha?
Chicão – Durante a campanha vocês vão ver um Chicão propositivo. Paz, sim, união, sim e diálogo, sim. As respostas estão aí. Não existe mais espaço para revanchismos de ideologias e segmentos. As pessoas querem propostas e diálogo. Com o diálogo você chega a um denominador comum. Dr. Chicão estará aberto ao diálogo com a oposição na Câmara. Vamos conversar com todos os segmentos da sociedade civil organizada, com a imprensa, que sempre tive uma relação muito boa e construtiva. Nós temos um modelo de gestão, temos um projeto político construtivo. Esse é Dr. Chicão. Vou ouvir os professores. Quem sabe o que é melhor para a Educação é o professor que está lá na ponta, na sala de aula, na Saúde é o médico, assim como em todas as outras áreas.
Folha – Tirando Caio, todos os candidatos entrevistados afirmaram que, com eles, não vai haver mais indicação política para postos de saúde e direção de escolas. Afirmam que o diretor do posto vai ser técnico e o diretor de escola vai ser eleito pela classe e comunidade. O que você acha das propostas e como será em seu governo, caso seja eleito?
Chicão – Neste momento difícil que atravessa o nosso país, nós temos que fazer um governo essencialmente técnico. Voltando a dizer que iremos ouvir todos os setores. Com relação à Educação, posso dizer que isso está no Plano Nacional de Educação, uma meta que foi instituída para os próximos dez anos. Todos terão que fazer eleição direta, no país inteiro, para direção de escolas, de creches.
Folha – Mas a eleição direta ainda não acontece em Campos.
Chicão – Não acontece ainda, mas com Dr. Chicão vai acontecer. Temos que estar abertos ao diálogo. Nós somos um polo universitário. Nós temos a Uenf tão desvalorizada. E daqui da Uenf que surgiu a tecnologia para perfurar e conseguir petróleo em águas profundas, o diamante sintético. Essa tecnologia saiu daqui de Campos, da nossa Uenf. Como tantos outros avanços do segmento universitário. E agora eu recebi um telefonema do reitor das Uenf, que as aulas não voltaram porque não tem segurança. Queriam uma parceria com a Prefeitura para a nossa Guarda Municipal dar um apoio. Já dialoguei para tentar viabilizar isso, para que a gente possa estar colaborando, como já estamos colaborando em outras áreas. O IML ia fechar. Nós cedemos dois médicos. A Delegacia, quem está fazendo a limpeza é o município. Abastecimento de viaturas, também é o município que está ajudando. O Restaurante Popular iria fechar e nós abraçamos o Restaurante Popular em um momento difícil. É importantíssimo que tenhamos válvulas de escape para aqueles que podem passar fome.
Folha – E em relação aos postos de saúde?
Chicão – Em relação aos postos de saúde é a mesma coisa. Essencialmente técnico. O cargo é político, mas sempre terá a capacitação técnica.
Folha – A indicação política de vereador ele acaba no seu governo?
Chicão – Se for um técnico capacitado, pode indicar. Qual é o problema?
Folha – Mas quem avalia se é capacitado?
Chicão – É lógico que será necessário um perfil. A pessoa tem que se encaixar no perfil.

Folha – O candidato Geraldo Pudim, durante a entrevista concedida à Folha, bateu no peito e mostrou um adesivo com a sua foto ao lado do ex-prefeito Arnaldo Vianna. Ele disse que pode fazer isso com Garotinho. Qual é o papel de Garotinho em sua campanha? Ele é mais importante como articulador do que na linha de frente? Continua no governo, em caso de vitória?
Chicão – O momento é de vencer as eleições. Cargos, neste momento, eu não discuto com ninguém. Nem em um segundo turno de alianças. Temos que vencer uma eleição. Pra mim não cabe agora essa questão, se vai ser Dr. João, se vai ser José, Garotinho. Não existe espaço para isso agora, de se colocar cargos em negociação. Nós temos que trabalhar para vencer uma eleição. E é lógico que o governador Garotinho tem uma expertise política de mais de 30 anos. Ele é fundamental na logística da nossa campanha.
Folha – Em 2015, o MPF realizou uma série de inspeções em unidades de saúde de Campos. Em praticamente todas encontrou irregularidades que vão desde falta de medicamentos, medicamentos vencidos a ausência de médicos nos plantões. Como o senhor, médico e então secretário, viu essas inspeções e a quantidade de irregularidades apontadas?
Chicão – O contexto da Saúde é muito maior. Hoje (sexta) nós vimos uma manchete do jornal “O Globo” que mostra o problema da Saúde nas grandes capitais. Curitiba me surpreendeu. Então, a Saúde é o anseio maior da população nacional. E nesse momento em que muitos perderam o emprego, as pessoas estão migrando para o SUS. Muita gente perdeu o plano de saúde. Mas a pergunta que eu faço é a seguinte: quando doutor Chicão esteve lá, o que nós avançamos? É lógico que pode ter uma parede descascada, mas não pode faltar nada. Mas temos que lidar com pessoas. Mais comprometidas, menos comprometidas. Você citou a falta de medicamento. Mas por que faltou? Às vezes o medicamento estava no almoxarifado. Alguém não fez o pedido. Eu não estou na Saúde agora, vocês estão se esquecendo que eu sou o vice-prefeito. Eu estou sempre na Saúde. As grandes construções na Saúde tiveram o dedo do doutor Chicão, desde 2009. Doutor Paulo Hirano era secretário de Saúde. O que lançamos naquele ano? A vacina Prevenar, que mudou a história da pediatria. Eu sou pediatra. A ideia foi minha. Eu não era secretário, mas a ideia saiu de mim e a prefeita aprovou de imediato. E logo no primeiro ano da Prevenar, o que aconteceu: 40% de redução da mortalidade infantil por doenças respiratórias. 70% de diminuição das internações hospitalares por doença respiratória. Praticamente zeramos as meningites por doenças meningocócicas, retornei na minha gestão o Estratégia Saúde da Família, que estava desabilitado deste o governo Mocaiber, aumentamos em quase 100% a oferta de leitos de UTI. Ainda é grande a demanda, é, mas vocês estão se esquecendo que Campos é quase uma capital. Campos é referência uma região com 1 milhão de habitantes. Hoje eu vi no jornal que São João da Barra fechou a maternidade. Mais uma demanda para Campos. Tem muito município sem saúde, sem hospital, sem urgência. Vem tudo parar aqui, no HGG e Ferreira Machado. Saúde você constrói o tempo todo. Neste momento de crise, me aponte uma cidade com três hospitais em construção? Campos tem o hospital São José, na Baixada. É hospital, mesmo. Não é colocar nome, como a gente via.
Folha – Mas essa obra do São José não se arrastou há muito tempo? Começou em 2012 e, de lá pra cá, a prefeita inaugurou Cepop, Cidade da Criança, entre outras obras. Por que o Hospital da Baixada ficou para o fim?
Chicão – Não, não. Nós já tínhamos um planejamento. Algumas obras, quando veio a crise de 2014, tiveram que diminuir o ritmo ou serem paralisadas. Mas as que estavam em fase final, prestes a terminar, foram priorizadas. É bom destacar que foram mais de 8 milhões de exames nesses anos de governo. Foram mais de cinco milhões de consultas. São números gigantescos que nenhuma outra cidade tem. Vou apresentar outro dado que não é do Chicão, mas do Conselho Regional de Medicina. Campos, no estado do Rio, é a cidade que mais investe em Saúde. Nós investimentos três vezes mais do que a determinação legal. O Ministério Público está fazendo o papel dele, como é o papel da nossa Câmara de Vereadores. Nós avançamos muito e eu vou avançar ainda mais. E o que ficou faltando, vou fazer. Eu vou ser o prefeito da Saúde.
Folha – Uma das promessas de campanha da prefeita Rosinha era a marcação de consultas informatizada. No entanto, Campos voltou no tempo das filas de madrugada para garantir atendimento médico. Isso, muito antes da crise e já quando o senhor era secretário. Por que a situação chegou a este ponto? Como resolver?
Chicão – A forma de resolver é a informatização geral. É criar a Cidade Digital. Com celular a pessoa terá acesso. Mas não é 100% da população que tem acesso. Por isso é importante a Cidade Digital, para que todos tenham a internet para acessar e se inserir nos mais diversos serviços. Seja de Saúde, Transporte e Educação. Interagir com a própria secretaria de Administração. Com todos os setores da Prefeitura.
Folha – Esse Cidade Digital já começou a ser implementado? 
Chicão – Algumas praças têm internet. Mas a gente vai avançar mais e ter acesso digital em toda cidade. Principalmente para os serviços essenciais. Só retornando ao caso das filas, quero lembrar que tudo passa pela Educação. Eu vou ser o prefeito da Saúde, mas a Educação está muito colada. Eu sou um entusiasta da Educação. Tive excelentes professores. Inclusive, dona Diva Abreu foi minha professora de história. Eu me lembro que eu sempre falava assim: se não for médico eu vou ser professor de história. Porque no Liceu eu tive a oportunidade de aprender e me inserir na história.

Folha – Muitos médicos ficaram sem receber por quase um ano. O presidente do sindicato chegou a falar que alguns atendiam e operavam fazendo favor a outros colegas e até ao secretário de saúde. Uma solução paliativa encontrada, somente este ano, foi o pagamento direto aos médicos. O senhor tem acompanhado a questão de salários?
Chicão – Como já falei. Sou vice-prefeito. Eu estou ao lado da prefeita tanto na alegria como na tristeza. Estou inserido em todo esse contexto, participei de reuniões com o presidente do sindicato, com a nossa sociedade médica. Tenho um relacionamento ótimo com todos os meus colegas médicos. E evoluímos com a questão do código 7. Agora falta o médico querer.

Folha – O que vem a ser o código 7?
Chicão – Ao invés do dinheiro ir para o hospital conveniado, vai direto para o médico. Lá atrás era assim no SUS. Tinha o código 4 que o hospital recebia e repassava e o 7, que era direto na conta do médico. Aqui em Campos está implementado, falta o médico aderir. Em 2009, outro grande avanço foi a contratualização com os hospitais, que recebiam uma verba, vamos dizer, subjetiva, com a suposta prestação de serviço. Mas agora, não. Foi tudo contratualizado e recebe pelo realizado. Isso é gestão. Isso é um cuidado com a administração pública. Tudo isso teve a participação do doutor Chicão. Era uma determinação dos órgãos fiscalizadores. Gestores anteriores respondem até hoje ao Tribunal de Contas por conta de repasses indevidos. São R$ 55 milhões por ano de repasse.
Folha – Campos foi o primeiro município a ter uma cobertura vacinal, com programa copiado até pelo governo federal. Pretende manter essa iniciativa caso eleito? 
Chicão – É lógico. Eu sou pediatra, trabalho essencialmente com prevenção. Temos sempre que lembrar as mamães que a melhor prevenção é o leite materno. E em segundo lugar vêm as vacinas. A vacina, depois do leite materno, é a única maneira de se prevenir doenças. A gente fala do leite materno porque, além da imunogenicidade, tem a questão alimentar balanceada. A saúde é todo um contexto. Introduzimos a Prevenar, e já teve essa mudança toda de paradigma, principalmente nas doenças respiratórias. Depois veio a da hepatite A, a da catapora e veio uma vacina contra o câncer, que se chama HPV, que todos vocês conhecem. É uma vacina contra o papiloma vírus humano, que causa câncer. Você sabe o que é dar uma vacina contra o câncer? Principalmente para mulheres, prevenir contra o câncer, o segundo câncer, o primeiro é o câncer de mama e o segundo é o câncer do colo de útero, que mais aflige as mulheres? Então, esta vacina previne isso. Quando o governo federal seguiu os nossos passos e implementou para as meninas, nós estendemos para os meninos. Aí você faz o que a gente chama “efeito rebanho”. Um não dissemina aquele vírus e impede aquele vírus de circular mais.
Folha – Você vai no vetor?
Chicão – Isso. Você atinge diretamente o vetor. Até por falar em vetor, prevenção, eu falo muito isso, eu gosto de repetir: eu sou entusiasta da educação. Dr. Chicão fez muitos mutirões de dengue. Vocês têm visto, continuam os mutirões. Dengue, zika, chikungunya, a gente fala dengue porque é o que mais chama atenção da população, é o mais conhecido ser mais conhecido. E por onde começavam os mutirões? Pelas escolas, educando as nossas crianças para quando eles chegarem no tempo nosso, na geração deles, não tenhamos essas doenças, não convivam com essas doenças. Por isso que é importante de mais a educação. A educação vai te ensinar a higienização, o seu cuidado, a prevenção de doenças. Vou ser o prefeito da Saúde e da Educação.
Folha – Durante o processo de escolha do candidato governista, um movimento foi tentado para fazer que o escolhido fosse um vereador do PR. Chegou a correr na Câmara uma lista assinada por vereadores rosáceos. Tinham dois nessa condição, Paulo Hirano e Fábio Ribeiro. Eram 10 pré-candidatos. Algumas feridas podem ter ficado abertas. Você, até como médico, tem trabalhado para tentar cicatrizar essas feridas internas?
Chicão – Tanto não ficou ferida que um deles está aqui, ao meu lado, o Dr. Paulo Hirano, um dos que você citou.
Folha – Mas eram 10 pré-candidatos.
Chicão – Eu estou falando especificamente do Dr. Paulo Hirano e do Fábio Ribeiro. Eles são coordenadores da minha campanha. Não cabe, eu quero deixar essa veemência, não cabe no meu coração espaço para isso. Passou. Eu falava que estava muito tranquilo, eu achava que seria o candidato. Por quê? Porque nesses oito anos, seria o candidato natural. Não natural por ser vice prefeito, mas porque eu participei a todo momento da construção de todas essas etapas de governo. Houve essa eleição e a pessoas fazem seu papel. Lógico, todo mundo que ser o candidato de um governo de sucesso. O importante é que, com isso tudo, o grupo saiu unido. Por isso é importante mais uma vez lembrar: vou fazer um governo de união. Pode ter certeza disso.
Folha – A união começa no grupo?
Chicão – No grupo, lógico. A união começa com o irmão. Ela começa em casa para se externar. Isso está totalmente pacificado.
Folha – Como foi a escolha de Mauro Silva como seu vice? Ele hoje está um pouco mais afastado da campanha, que tem você, Hirano e Fábio um pouco mais à frente?
Chicão – Mauro Silva está junto. É um irmão que tenho. Uma pessoa queridíssima, amiga. É lógico que agregou como estratégia política, além da personalidade do Mauro Silva, que vocês jornalistas conhecem. Uma personalidade muito firme, marcante, agregadora. E vai muito com meu perfil também, são duas pessoas que vão agregar muito. E neste momento, da construção de uma cidade mais integrada em todos os segmentos, vai ser importantíssimo o Mauro Silva está junto da gente, contribuindo em todos os momentos para o governo de sucesso que eu vou fazer. Eu mesmo com todas as dificuldades, nós vamos fazer. O Mauro é o Chicão dois.

Folha – A sua campanha vai ter que se equilibrar entre o desejo de mudança na maioria do eleitorado, segundo apontam as pesquisas, embora venha diminuindo pró-Rosinha, e a manutenção de conquistas de um governo que as pesquisas indicam que está melhorando em sua imagem. E Rosinha já disse que está disposta a defender o governo dela na campanha. É um fio de navalha para caminhar, entre a mudança e a manutenção? Qual é o ponto de equilíbrio?
Chicão – Torno a dizer: a mudança já aconteceu com a nossa eleição em 2009. Eu estou junto da prefeita Rosinha há quase oito anos. A mudança já aconteceu, não há o que se falar em mudança. Até porque os outros candidatos, o pouco que vi, falaram que vão continuar a nossa passagem social a R$ 1, as nossas creches modelos, as nossas vilas olímpicas. Se eles vão manter todo esse arsenal de progresso, vamos assim dizer, que nós trouxemos para nossa cidade, então, é melhor eles deixarem a continuidade da mudança, que sou eu. Eu ajudei a construir.
Folha – Com todo respeito ao seu ponto de vista, as pesquisas mostram esse sentimento de mudança aqui como maioria. Você acha que é nacional?
Chicão – É um sentimento nacional, é um sentimento nosso. Nessa política, ninguém quer saber de político. A verdade é essa. A população ficou com aversão com esses escândalos da Lava Jato e tantos outros. Existe esse sentimento nacional.
Folha – Você, Pudim e Nildo são de uma geração anterior, comparado aos jovens Caio, Rafael e Rogério. Essa eleição será também um conflito de gerações? E é a última chance da sua geração comandar a cidade?
Chicão – É lógico que nós somos de outras gerações, mas não quer dizer que eu sou mais velho e tenho ideias mais velhas e que o outro é mais novo com ideias novas. Às vezes pode ser mais novo com ideias e ideais antigos. Eu sou mais velho, tenho uma estrada percorrida. Eu vi todas as ideias antigas e ajudei a construir ideias novas. E vou avançar ainda mais nas ideias. Não só nas ideias, nas ações. As ideias você tem, mas tem que concretizá-las. A memória do ser humano é muito mais visual do que auditiva. Então, quando você fala muito e não mostra nada, apaga. Nós temos muito que mostrar na nossa cidade e eu vou mostrar ainda mais.
Folha – Até que ponto a tentativa de Garotinho tomar o PSB de Caio, chegando a gerar uma troca de comando do partido em Campos, depois derrubada pela nacional, não pode ter sido uma tentativa de contaminar a chapa do PDT para lá na frente tentar anular os votos de Caio e dá a você, ainda que no tapetão, a vitória em turno único, caso você saia em primeiro lugar em 2 de outubro?
Chicão – Eu prefiro não entrar nesse debate dessa costura. Eu quero entrar na campanha mostrando o que eu quero fazer, o que já fizemos e o que vamos avançar. Sobre essas costuras, eu não entro no mérito. É com a Justiça.
Folha – Nas últimas eleições houve muita judicialização. Inclusive, em 2012, a chapa Rosinha e Chicão conseguiu uma liminar com Marco Aurélio Mello aos 45 do segundo tempo. Agora tem uma ação do Ministério Público Eleitoral que pede a cassação da chapa da eleição de 2012, que poderia gerar uma inelegibilidade até 2020. Como você vê isso, algum risco para candidatura?
Chicão – Que eu saiba, nesse processo nós tivemos uma vitória em primeira instância. Normalmente esses processos, quando há uma solidez muito grande, a primeira instância é a que atinge de imediato. Há um primeiro voto, do relator, e foi pedido vista. Estamos muito confiantes que vamos vencer mais esse processo. Isso vai cair por terra. Antigamente, havia muita judicialização porque o segundo colocado assumiria. Agora não, se convoca novas eleições em caso de afastamento por motivo eleitoral.
Folha – Todos os candidatos de oposição já entrevistados, alguns com mais ênfase, afirmaram que farão uma auditoria. A própria Rosinha, no segundo governo, fez uma auditoria no primeiro, achando uma diferença contábil de R$ 109 milhões. Você pretende fazer alguma auditoria, caso vença?
Chicão – As auditorias já existem, as dos órgãos de controle externo. Nós temos todas as nossas contas aprovadas até hoje pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE), que é um órgão de auditagem externa. Eu acho salutar que o gestor faça sua auditoria interna para que possamos conjugar as duas auditorias, como a própria Rosinha fez.