domingo, 10 de maio de 2015

A depredação do paraíso

A depredação do paraíso

A Ilha Grande, santuário natural da Costa Verde, sofre com o turismo predatório, o lixo e o esgoto que tomam suas praias deslumbrantes

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Ernesto Neves - Veja Rio - 22/04/2015
Felipe Fittipaldi


Cenário formado por enseadas de águas cristalinas cercadas por uma naturezadeslumbrante, a Ilha Grande é uma espécie de Éden insular localizado a 150 quilômetros do Rio de Janeiro e a pouco mais de uma hora de barco do continente. Seus 193 quilômetros quadrados de matas verdejantes dominam uma vasta baía pontilhada de ilhotas que servem de santuário ecológico para inúmeras espécies marinhas, entre elas golfinhos.

Mantida à margem do crescimento vertiginoso que ocorreu nas suas vizinhas continentais, a ilha teve preservada sua beleza e características naturais. Recentemente, entretanto, começaram a surgir sinais de que a depredação ambiental é uma ameaça concreta ao paraíso. O verão de 2015, especificamente, foi traumático para a região. "De pacata aldeia de pescadores, fomos alçados a destino turístico de massa. Isso já provocou estrago considerável no meio ambiente local", diz Ivan Neves, subprefeito da ilha. "Não houve nenhum planejamento que nos preparasse para o que estamos vivendo hoje", resume.

Por quatro meses, entre dezembro e março, a Ilha Grande registrou lotação máxima de suas pousadas, albergues e campings, um fenômeno que se manteve no início de abril. Em média, a cada fim de semana chegam 20.000 pessoas, mas no Réveillon o número bateu em 30.000, um recorde. Em picos como esses, as praias mais próximas da atracação dos barcos chegam a lembrar o aperto insuportável de Copacabana e Ipanema no alto verão. Nem mesmo o aumento na tarifa da travessia, de 4,80 para 14 reais, adotado no fim do ano passado para coibir o fluxo de visitantes, surtiu efeito. Paralelamente, os navios de cruzeiro adotaram as águas transparentes como ponto de parada em suas viagens pela costa brasileira. Ao todo, foram 62 desembarques, que despejaram em média 3.000 pessoas no acanhado ancoradouro central.

O fluxo descontrolado de visitantes trouxe ainda um problema colateral: o tráfico de drogas. Em dezembro, um grupo de bandidos foragidos da Vila Vintém, favela entre os bairros de Realengo e Padre Miguel, na capital fluminense, se alojou em casas abandonadas e as transformou em ponto de revenda de cocaína e maconha. A farra acabou quando uma força-tarefa de cerca de vinte homens vindos de Angra dos Reis se juntou aos oito PMs que patrulham a ilha e prendeu os cinco traficantes que se esbaldavam por ali. "Ao não estabelecer medidas de controle, o governo adota uma atitude populista sem pensar nas consequências", diz Nelson Palma, presidente da Organização para Sustentabilidade da Ilha Grande. "Seria possível, por exemplo, permitir o embarque somente de quem possui reserva nas pousadas e campings daqui".

Entre todos os problemas da ilha, chama atenção a precariedade da infraestrutura sanitária. A única estação de esgoto existente não trata um mililitro dos efluentes e serve apenas para bom­bear os resíduos da rede para um emissário submarino. Como os equipamentos são elétricos, cada vez que acontece um apagão, o sistema para de funcionar. Com isso, os dejetos vazam para os três córregos que serpenteiam entre os hotéis e as pousadas, desembocando in natura na orla.

Somente em março, foram contabilizadas oitenta horas sem energia no vilarejo, período em que a estação ficou fora de atividade. Obsoleta, ela também não dá mais conta da demanda, pois foi projetada para uma população de, no máximo, 5.000 pessoas. "Fiquei muito decepcionada com o que vi aqui", diz a pedagoga carioca Lita Santos, que esteve na ilha pela primeira vez no dia 11/04. "Sou frequentadora de Paraty há anos, e lá a natureza está bem mais preservada", compara.

Quem chega à Ilha Grande pela manhã depara com uma cena insólita. Todos os dias, por volta das 9 horas, uma traineira encosta no cais próximo ao que recebe os passageiros. Um caminhão, vindo em marcha a ré, verte uma montanha de lixo para dentro do barco, de onde emana um odor nauseabundo. Não raro, os dejetos caem da caçamba para o cais, deixando um rastro de imundície. Diariamente, 15 toneladas de detritos são recolhidas, dispostas em barcos comuns e levadas para um aterro sanitário em Angra. Nos fins de semana, a quantidade dobra. Como a coleta é feita de forma improvisada, a operação de recolhimento demora, só em Abraão, seis horas. Nas praias e trilhas repousam restos de plástico, latas de cerveja e até eletrodomésticos semidestruídos. "A coleta é ruim, mas muito pior é o comportamento do turista que traz isopor lotado de comida e bebida e abandona tudo por aqui", diz Frederico Britto, presidente da Associação dos Meios de Hospedagem da Ilha Grande (AMHIG) e dono de uma pousada na Vila do Abraão.

O cenário natural da Ilha Grande permaneceu praticamente intocado graças a uma série de fatores. A topografia é singular, dominada pelo relevo acidentado. Em meio a montanhas que atingem 1.000 metros de altitude, a Mata Atlântica fechada compõe uma barreira quase intransponível.

Não à toa, o local foi escolhido para receber um presídio, o Instituto Penal Cândido Mendes, na década de 40. Por lá passaram figuras notórias e tão distintas entre si quanto o escritor Graciliano Ramos, o lendário Madame Satã, o ex-deputado federal Fernando Gabeira e o traficante José Carlos dos Reis Encina, o Escadinha, que fugiu da cadeia e foi resgatado por um helicóptero, em 1985. A presença intimidadora do complexo penal inibiu a construção de hotéis e casas de veraneio até ele ser desativado, em 1994. Depois disso, a fama de paraíso não tardou a se espalhar, com suas 106 praias que, não raro, figuram entre as mais belas do planeta, segundo publicações especializadas.

A solução para equacionar os problemas da ilha é complexa. Ao contrário de outros paraísos insulares que têm a visitação restrita, como Fernando de Noronha, a Ilha Grande está muito próxima do continente. O transporte é feito por barcos, em sua maioria ilegais, a preços acessíveis. A região é um verdadeiro mosaico de áreas de conservação, que não possuem estrutura para coibir os descalabros que ali se instalaram. Criada em 1986, a Área de Proteção Ambiental de Tamoios engloba toda a extensão da ilha. Além dela, há o Parque Estadual da Ilha Grande, o Parque Estadual Marinho de Aventureiro e a Reserva Biológica Estadual da Praia do Sul. Existe um notório conflito de superposição de responsabilidades, que resulta num interminável jogo de empurra entre autoridades estaduais e a prefeitura de Angra. "Aqui vivemos em uma espécie de vácuo governamental, em que diversas esferas têm responsabilidades a cumprir, mas nenhuma faz nada direito", reclama Britto, da AMHIG. Para piorar, uma parceria entre a Vale e o Parque Estadual, que garantia a presença de 100 guardas ambientais, foi encerrada recentemente, o que fez com que o efetivo fosse reduzido a pouco mais de dez homens.

Em resposta ao brutal afluxo de visitantes do último verão, a prefeitura de Angra promete estabelecer nos próximos meses um cadastro que vai restringir a atividade de barcos particulares no transporte de passageiros. Já a Secretaria Estadual de Ambiente se comprometeu a investir na rede de esgoto. Habituados às promessas dos órgãos do governo, os próprios moradores têm se mobilizado para evitar o pior. A remota Praia de Aventureiro, no lado oceânico da ilha, que até 2005 chegava a receber no máximo 5 000 visitantes em seus campings, hoje não abriga mais que 560 pessoas, todas cadastradas na saída das embarcações, ainda no continente. A ideia de repetir o modelo no resto da ilha anima os moradores. O problema é que, sozinhos, eles não vão conseguir salvar da destruição o paraíso onde vivem.

AS MAZELAS DA ILHA
Os quatro principais problemas que ameaçam o santuário ecológico da Costa Verde
Favelização: calcula-se que existam 300 casas irregulares. Em 2014, cerca de dez foram demolidas em ações promovidas pela prefeitura de Angra. O problema é mais visível em trechos da Rua das Flores e da Assembleia, na Vila do Abraão.
Esgoto e lixo: ligações clandestinas jogam dejetos in natura em córregos que deságuam na praia. O lixo, que chega a 30 toneladas por dia nos feriados, é recolhido de forma improvisada e carregado em barcos que não são próprios para esse fim.
Vazamento de óleo: a Baía de Ilha Grande está na rota dos navios petroleiros. Só neste ano, aconteceram dois derramamentos de óleo cru, que resultaram em uma multa de 50 milhões de reais à Transpetro. Atualmente, os petroleiros têm operação limitada na área.
Turismo descontrolado: a ilha conta com 2 000 embarcações, e não há fiscalização para coibir a atuação de barcos turísticos. Nos fins de semana, em média 20 000 pessoas desembarcam no lugar.
CPI DA CRISE HÍDRICA FARÁ VISTORIA NO SISTEMA GUANDU 

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga a crise hídrica no Estado e a transposição do Rio Paraíba do Sul vai fazer visitas técnicas ao Sistema Guandu. O anúncio foi feito nesta quinta-feira (07/05) pelo presidente da CPI, deputado Luiz Paulo (PSDB). “Se estamos analisando e tentando ter propostas para a crise hídrica é necessário que a comissão conheça o Sistema Guandu, que é o maior do nosso Estado e um dos maiores do mundo. Além disso, sua ampliação completa 50 anos em 2015”, explicou o parlamentar. Segundo Luiz Paulo, a visita passará pelas estações de tratamento e bombeamento do Guandu.
 
A comissão ouviu nesta quinta o diretor presidente da concessionária Foz Águas 5, Sandro Mario Stroeik. “Vamos oficiar a empresa pedindo o contrato de concessão, as metas físicas e financeiras, a localização, a capacidade e o custo das estações de tratamento”, disse o parlamentar. A concessionária Foz Águas 5 é a empresa responsável pelos serviços de esgotamento sanitário na Zona Oeste da cidade. Segundo Stroeik, o trabalho da empresa está concentrado basicamente na questão do esgoto , e toda a parte de fornecimento de água é de responsabilidade da Companhia Estadual de Água e Esgoto (Cedae).
 
‘Nosso foco é operação, instalação e manutenção de todo o sistema de esgoto. Estamos implantando um sistema de esgoto na zona Oeste com foco nas bacias que deságuam na baia de Guanabara e até o final do próximo ano, 30% da área terá esgoto coletado e tratado, isso representa o atendimento de 500 mil pessoas na região”, disse Stroeik.
 
Segundo o diretor operacional de engenharia da empresa, Leonardo Righetto, a concessionária tem investido na modernização do sistema de esgotamento sanitário existente. “A concessionária opera 17 Estações de Tratamento de Esgoto (ETE) e, em dois anos, aumentou de 5% para 10% no índice de tratamento. Até 2017, quando chega ao fim a primeira fase do projeto, a Foz Águas 5 terá investido R$ 640 milhões na melhoria dos serviços”, disse Righetto.  
 
(Texto de Vanessa Schumacker)
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AUDIÊNCIA PÚBLICA DO PROJETO ORLA:CONVITE


Convido os interessados .
Com esta audiência, finalizamos uma etapa e iniciamos outra,onde o Município será o gestor da Orla do Farol.

sábado, 9 de maio de 2015

Com ajuda de minhocas, SP reduz lixo em aterros sanitários e incentiva vida saudável

Com ajuda de minhocas, SP reduz lixo em aterros sanitários e incentiva vida saudável

Projeto pioneiro mobiliza população para transformar resíduo em adubo, mas depende de recursos para se expandir

POR 


Cláudio Spínola é idealizador do “Composta SP”, programa que “transforma resíduos em flores”. - Marcos Alves / Agência O Globo
SÃO PAULO. Três caixas de plástico, um saco com minhocas e uma porção de serragem. É simples assim um kit de compostagem doméstica, usado para transformar o lixo (ou melhor, resíduo) vegetal em adubo natural para plantas, com a ajuda de minhocas. No ano passado, uma organização da sociedade civil, concessionárias de limpeza urbana de São Paulo e a prefeitura distribuíram 2 mil desses a moradores de várias partes da cidade. Os frutos da iniciativa, pioneira no país, começam a ser conhecidos a partir de agora, graças à compilação de resultados de uma ampla pesquisa realizada com os beneficiários, cujo resultado preliminar foi obtido pelo GLOBO.
A redução do volume de lixo orgânico a ser processado pelo poder público na cidade, ainda que simbólica, é a consequência mais imediata da iniciativa. Mas está longe de ser a mais interessante. Ter uma composteira em casa levou usuários a consumir mais frutas, legumes e verduras, cujos restos alimentam as minhocas (elas não podem ficar na mão). Casas e apartamentos ficaram mais verdes por causa da demanda de uso do adubo resultante do processo. E a busca por folhas secas, fundamentais ao processo de compostagem, passou a levar mais gente aos parques da cidade.
Quase 1,6 mil usuários responderam voluntariamente aos questionários enviados pelo “Composta SP”, que constatou ter ocorrido incorporação do sistema aos hábitos de casa em 78% dos casos. Pelo menos 95% indicariam o método para outras pessoas e 98% disseram considerar a compostagem uma boa solução para o tratamento de resíduos. Um terço dos usuários contaram ter ajudado outras pessoas a montar uma composteira doméstica, o que amplia ainda mais o alcance do programa.
EXPANSÃO
Ao custo de pouco mais de R$ 800 mil, o “Composta SP” foi financiando pelas concessionárias do lixo como contrapartida pelos serviços prestados na cidade, negociadas em contrato. A ideia dos organizadores é expandir a iniciativa neste ano, mas, dessa vez, ainda falta definir de onde virão os recursos. Na primeira etapa, iniciada no ano passado, 10 mil pessoas se inscreveram para receber um kit. O plano inicial era atender à maior parte dessa demanda, ainda neste ano, além de expandir a atuação para escolas e órgãos públicos. Pela atual estrutura, o programa garante uma redução diária de 1,5 tonelada de lixo a ser levado para aterros.
A possível expansão ainda não aproxima a cidade da meta do Plano de Gestão Intregrada de Resíduos Sólidos, que almeja 1 milhão de domicílios com compostagem doméstica até 2034. Mas, não deixa de ser um passo prático e simbólico para a cidade. Na avaliação de Antonio Storel, da Autoridade Municipal de Limpeza Urbana (Amlurb), os resultados até aqui "surpreendem muito positivamente" e o papel do poder público nos próximos meses, para ele, deverá ser o de manter o incentivo à prática.
- Não basta oferecer um manual, nosso papel deve ser estimular a iniciativa fornecendo informação de qualidade às pessoas, apostando sempre na vontade do cidadão. A composteira é uma grande educadora ambiental e de vida saudável dentro de casa - defende.
Mais de uma centena de oficinas de compostagem no âmbito do programa nos últimos meses. O grupo do “Composta SP” no Facebook conta com 5,6 mil membros e quase 10 mil curtidas. Lá, participantes trocam experiências, postam dúvidas e soluções para problemas encontrados no percurso. Compartilham também maneiras de aproveitar melhor alimentos e técnicas de plantio em ambiente urbano. Vários deram nomes para suas minhocas. E falam sobre um pesadelo frequente: se o ambiente das minhocas é contaminado por produtos químicos, por algum motivo qualquer, elas se enroscam, formam uma grande bola e cometem suicídio coletivo.
PARAFUSO DO SISTEMA
A transformação de uma prática até então restrita a poucas famílias em política pública na cidade de São Paulo é obra, em grande parte, da determinação de um grupo liderado por Cláudio Spínola, de 39 anos, fundador da ONG Morada da Floresta, em São Paulo. Nascido em Brasília, ele mudou-se para São Paulo na adolescência, época em que se considerava "mais revoltado e questionador do que alguém capaz de apontar soluções". Formou-se em artes plásticas na USP, mas percebeu que o mundo da arte era "pequeno para seu propósito de vida”. Naquela época, não imaginava que anos depois a compostagem seria sua ferramenta para colocar em prática o desejo de "não ser apenas um parafuso do sistema".
O engajamento na causa ocorreu ainda jovem, quando teve os primeiros contatos com a permacultura, conceito inspirado na ideia de “agricultura permanente”, que busca um ambiente sustentável, socialmente justo e financeiramente viável. Na casa que dividia com amigos no bairro Butantã, na Zona Oeste de São Paulo, testou primeiro a compostagem com tonéis e aprimorou a técnica quando conheceu o sistema de caixas e minhocas, aplicando-o experimentalmente em caixas de feira.
Em 2011, tentou transformar em adubo os descartes do sacolão do bairro, mas esbarrou em uma penca de entraves burocráticos que o impediam, por exemplo, de transportar resíduo sem caminhão compactador ou usar lotes para recolher resíduos sem ter problemas com os órgãos de fiscalização do município.
- Por uma lado você tinha uma política nacional de resíduos incentivando a compostagem. Mas a estrutura estava organizada para atender a aterros sanitários - conta.
Com a ajuda do então secretário do Verde e Meio Ambiente da prefeitura, Eduardo Jorge, conseguiu levar sua mensagem a representantes de órgãos governamentais e promover a discussão sobre o tema no âmbito do poder público. Trabalhou para equilibrar a força junto ao governo de empresas que lucram com o descarte tradicional, como incineradoras de lixo. Foram muitas audiências públicas, seminários e mobilizações com apoio de entusiastas do método, até que se compreendesse os benefícios da compostagem descentralizada para o tratamento de resíduos orgânicos na cidade e a ideia fosse finalmente comprada pelo poder público.
Em junho do ano passado, Spínola entregou pessoalmente uma composteira doméstica ao prefeito Fernando Haddad, para que ele usasse em seu apartamento, no Paraíso, na Zona Sul de São Paulo. Para os envolvidos na causa, o apoio dele foi fundamental para que o projeto saísse do papel e também será para que continue com o mesmo vigor. No entanto, procurado pelo GLOBO por meio de sua assessoria, por dois dias, o prefeito preferiu não comentar como estaria sendo a experiência com sua família.


Leia mais sobre esse assunto em http://oglobo.globo.com/sociedade/com-ajuda-de-minhocas-sp-reduz-lixo-em-aterros-sanitarios-incentiva-vida-saudavel-16085184#ixzz3ZYWLhV00 
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Prefeita Rosinha Garotinho (Foto de Gerson Gomes); abaixo manchete do G1
Prefeita Rosinha Garotinho (Foto de Gerson Gomes); abaixo manchete do G1


A Prefeita Rosinha Garotinho está mais uma vez de parabéns, aplicando bem o dinheiro público, apesar das dificuldades. O município de Campos foi o terceiro que mais investiu em todo o Brasil na ampliação de serviços de coleta e tratamento de esgoto. Em matéria de saneamento Campos está bem à frente da cidade do Rio de Janeiro, administrada por Eduardo Paes. E no caso de Campos sem apoio do governo estadual.


CLIQUE NA IMAGEM PARA AMPLIAR
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FONTE BLOG DO GAROTINHO
CPI BUSCA METAS PARA REDUZIR PERDAS FÍSICAS DE CONCESSIONÁRIAS DE ÁGUA

A Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Assembleia Legislativa do Rio (Alerj) que investiga a crise hídrica no estado e a transposição do Rio Paraíba do Sul vai propor às concessionárias de água e esgoto metas para reduzir as perdas físicas. O presidente da CPI, deputado Luiz Paulo (PSDB), anunciou a medida durante reunião da comissão, nesta quinta-feira (30/04). Segundo o parlamentar, o percentual de perda física de água, que gira em torno de 30% e refere-se a problemas como vazamentos e ligações clandestinas, ainda é “bastante alto”. “Uma das propostas é que a gente possa criar metas de redução dessas perdas em todas as concessionárias do estado e em curto prazo de tempo. No meu entendimento, essas perdas físicas precisam ser reduzidas à metade para termos indicadores compatíveis”, explicou o parlamentar.
O presidente da Prolagos, Carlos Henrique Roma Junior, disse que o principal problema enfrentado pela empresa é o alto índice de perda, que chega a 32%, causado principalmente por ligações clandestinas e vazamentos nas tubulações. Segundo ele, investimentos estão sendo feitos para diminuir o prejuízo. “A Prolagos vem investindo e procurando tecnologias fora do Brasil para minorar essas perdas, porque, quando conseguimos baixá-las, temos a oportunidade de estar captando menos água na represa”, declarou. De acordo com ele, o contrato de concessão admite perdas de até 30%. “Estamos atendendo o que está no contrato, mas isso não quer dizer que estamos satisfeitos. Procuramos formas de diminuir as perdas”, afirmou.
Carlos Henrique disse ainda que a concessionária prevê investimentos de R$ 180 milhões nos próximos 30 anos e que esse valor não é suficiente para as metas traçadas. “Entendemos que é necessário aumentar os investimentos e, para isso, estamos procurando outras parcerias, para trazer para a população as melhorias das condições de saneamento, sem aumento no custo”, informou. O deputado Luiz Paulo quer saber qual o valor necessário para que se cumpra a meta da universalização da água e de esgoto tratado para a população de área urbana. “O que queremos saber é o número real que precisa ser investido e qual o impacto disso nas tarifas cobradas; ou, ainda, se é o Estado quem vai alocar esses recursos”, questionou o parlamentar. Atualmente, a cobertura de esgoto tratado é de 77% e a rede de distribuição de água chega a 93% em área urbana no Estado do Rio.
A diretora presidente do Comitê de Bacia Lagos São João, Dalva Mansur, afirmou que não existe crise, mas desafios. “O principal desafio é a educação das pessoas para entenderem o papel das florestas e a importância de coletar o seu lixo e não jogá-lo na beira do rio. Não temos crise hídrica porque temos algumas florestas, mas precisamos ter mais. A possibilidade de crise hídrica é um desafio constante para que a gente mude o nosso comportamento e comece a identificar que economia sustentável é economia dos recursos naturais”, finalizou.
A Prolagos atende cinco cidades da Região dos Lagos: Armação dos Búzios, Arraial do Cabo, Cabo Frio, Iguaba Grande e São Pedro da Aldeia. O secretário executivo do Consórcio Intermunicipal Lagos São João, Ricardo Senra, e os deputados Edson Albertassi (PMDB), Comte Bittencourt (PPS), Luiz Martins (PDT), Flávio Serafini (PSol), Jânio Mendes (PDT), Paulo Ramos (PSol) e Dr. Jualianelli (PSol) também participaram da reunião.

(Texto de Vanessa Schumacker)

sexta-feira, 8 de maio de 2015


Monumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro
Monumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo, no Rio de Janeiro


Na sexta-feira se comemora 70 anos do fim da 2ª Guerra Mundial. Em todos os países que participaram da vitória dos Aliados os presidentes participarão de cerimônias comemorativas. Menos no Brasil porque Dilma cancelou a presença na cerimônia que acontecerá no Monumento dos Pracinhas, no Aterro do Flamengo. Segundo a Veja, Dilma foi avisada pelo Ministério da Defesa que poderiam haver manifestações por parte dos militares da reserva, que participarão do desfile, e recebeu telefonema de Pezão recomendando que não viesse ao Rio por causa do risco de protestos. Pezão teria dito a Dilma que na Zona Sul o panelaço foi grande. Acho que Pezão não queria que Dilma viesse com medo do protesto respingar nele, que teria que ficar ao lado da presidente. 
FONTE BLOG DO GAROTINHO

PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO RIO DE JANEIRO - PERS

PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO RIO DE JANEIRO - PERS


Com 138 páginas, publicação do relatório-síntese do PERS foi lançada em janeiro de 2014

Em janeiro de 2014, a Secretaria de Estado do Ambiente lançou a publicação Plano Estadual de Resíduos Sólidos do Estado do Rio de Janeiro – Relatório Síntese. A publicação sintetiza em 138 páginas, o diagnóstico do cenário da disposição de resíduos sólidos no Rio, um conjunto de metas, proposições e estratégias a serem perseguidas por toda a sociedade.

O Plano Estadual de Resíduos Sólidos (PERS) foi elaborado em duas etapas pela Secretaria de Estado do Ambiente a partir de um convênio com a Secretaria Nacional de Recursos Hídricos e Ambiente Urbano, reunindo 37 documentos, consolidados em 11 volumes.

Na primeira etapa, ainda anterior à promulgação do Plano Nacional de Resíduos Sólidos (PNRS), foi realizado diagnóstico e estudos de regionalização com objetivo de formar consórcios públicos intermunicipais voltados para a gestão dos resíduos sólidos. Em paralelo, o programa Lixão Zero avançou na implantação de centrais de tratamento de resíduos e de aterros sanitários. Com isso, 94% dos resíduos sólidos urbanos já seguem para disposição final adequada.

A segunda fase do PERS aprofunda os diagnósticos e apresenta metas e proposições para os diferentes tipos e fluxos de resíduos sólidos, em sintonia com o Plano Nacional de Resíduos Sólidos.

Cumprindo a responsabilidade de garantir a participação popular no processo de construção do PERS, a Secretaria de Estado do Ambiente disponibilizou, para consulta pública no blog da Conferência Estadual de Meio Ambiente, o Plano Estadual de Resíduos Sólidos. Além disso, o conteúdo do plano foi debatido com a sociedade em seminário realizado em 2 de setembro de 2013, na sede da Fecomércio/RJ. As contribuições relevantes apresentadas durante o seminário foram incorporadas ao PERS, que fora validado em 14 de setembro de 2013 durante a Conferência Estadual de Meio Ambiente. Esses eventos foram muito importantes para fortalecer a perspectiva de responsabilidade compartilhada no âmbito da gestão associada de resíduos sólidos. 
BAIXE AQUI o PLANO ESTADUAL DE RESÍDUOS SÓLIDOS DO RIO DE JANEIRO - Relatório Síntese

Documentos do Plano Estadual de Resíduos Sólidos:

  • VOLUME 1: Proposição de Cenários de Desenvolvimento Econômico >> baixe aqui
  • VOLUME 2: Diagnóstico dos Resíduos Sólidos 
VOLUME 2 - Tomo I Resíduos Sólidos Urbanos - Resíduos de Serviços de Saúde - Resíduos de Construção Civil >> baixe aqui
VOLUME 2 - Tomo II Resíduos de Estabelecimentos Comerciais e Prestadores de Serviços - Resíduos Agrossilvopastoris - Resíduos de Mineração - Resíduos Industriais - Resíduos de Serviço de Transporte - Resíduos de Serviço de Saneamento  >> baixe aqui


  • VOLUME 3: Arranjos Regionais >> baixe aqui
  • VOLUME 4: Estudo da Cadeia de Reciclagem e Logística Reversa >> baixe aqui
VOLUME 4 - PARTE I >> baixe aqui
VOLUME 4 - PARTE II >> baixe aqui

  • VOLUME 5: Avaliação de Alternativas Tecnológicas >> baixe aqui 
  • VOLUME 6: Tratamento e Disposição Final de Resíduos Sólidos e Aspectos Ambientais e Sociais
VOLUME 6 - Tomo I: Estudo de Aplicação de MDL >> baixe aqui
VOLUME 6 -  Tomo II: Avaliação de Oportunidades de Recuperação Energética >> baixe aqui
-  VOLUME 6 - Tomo III: Proposta de Medidas em Áreas Degradadas:
VOLUME 6 - Tomo III - PARTE I >> baixe aquiVOLUME 6 - Tomo III - PARTE II >> baixe aqui
-  VOLUME 6 -  Tomo IV: Plano Social de Catadores – Metodologia >> baixe aqui

  • VOLUME 7: Avaliação e Adequação de Programas >> baixe aqui
  • VOLUME 8: Proposição de Metas >> baixe aqui
  • VOLUME 9: Sistemas de Informações >> baixe aqui
  • VOLUME 10: Metodologia de Controle da Implantação do PERS>> baixe aqui

COPIE O LINK PARA ACESSAR A ESTES ARQUIVOS,
http://www.rj.gov.br/web/sea/exibeconteudo?article-id=1941406

BLOGS |Planeta Água

Invenção transforma água do mar em potável com energia solarVictor Caputo, de Exame.com - 04/2015 

Uma parceria entre membros do MIT e de uma empresa indiana chamada Jain Irrigation Systems criou um método para transformar água salgada em potável. Por conta da invenção, eles foram os vencedores de um desafio da USAID, um órgão do governo americano que lida com populações que passam necessidades.
O objetivo do desafio era criar um sistema simples e barato para fornecer água limpa para comunidades rurais em países em desenvolvimento. Pela vitória, eles receberam um prêmio de 125 mil dólares.
O sistema usa uma técnica chamada eletrodiálise. Em uma explicação simples, o sal é dissolvido na água e se transforma em partículas com cargas elétricas positivas e negativas. Para remover essas partículas, o sistema usa membranas elétricas que atraem as cargas como se fossem imãs.
“Funciona como um circuito elétrico. Os íons são puxados para fora da água em direção aos eletrodos”, disse Natasha Wright, doutoranda no MIT e uma das criadoras do sistema, ao jornal Boston Globe. Ela ainda ressalta que apenas 5% da água é perdida nesse processo.
dessalinização é feita usando baterias, similares às de carros e caminhões. Elas são carregadas durante o dia utilizando painéis que captam energia solar, o que dá um caráter ecológico à invenção.
Uma unidade do sistema é capaz de abastecer água para irrigar uma pequena fazenda ou então para atender às necessidades de uma população de cinco mil pessoas.
Apesar do foco em países em desenvolvimento, a invenção pode ser importante também para grandes áreas metropolitanas.
Problemas graves com escassez de água assombram o estado de São Paulo desde o ano passado. O estado da Califórnia, nos Estados Unidos, também vem enfrentando uma crise hídrica histórica.
Foto: Pixabay