domingo, 1 de março de 2015

Na crise da água, IBAMA pode autorizar mais um mineroduto em Minas


Na crise da água, IBAMA pode autorizar mais um mineroduto em Minas

PUBLICADO . EM DENÚNCIA

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Canal de transporte de minério através da água terá 482 km e atravessará 21 municípios
Por Filipe Ribeiro Sá Martins – Brasil de Fato
Grão Mogol (MG) - No auge do debate sobre o uso da água, o estado de Minas Gerais pode receber mais um mineroduto. O Projeto Vale do Rio Pardo, empreendimento que prevê um mineroduto de 482 km do Norte de Minas até a Bahia, está prestes a obter a licença prévia do IBAMA.
Está marcada para a próxima quinta (5), no município de Grão Mogol, uma audiência pública para apresentar à população a atualização do EIA/RIMA do Projeto Vale do Rio Pardo, considerado o maior projeto de mineração a céu aberto do norte de Minas e o segundo maior mineroduto do Brasil. O projeto é da empresa Sul Americana de Metais S/A – SAM.
Essa nova atualização traz uma expansão na estrutura e na exploração mineral do projeto aumentando ainda mais os seus impactos e colocando em risco todo o abastecimento de água da região. Movimentos sociais e entidades ambientais denunciam que os principais pontos questionados na primeira apresentação do licenciamento, em 2012, sequer foram considerados.
Pesquisadores apontam que o empreendimento vai afetar povos tradicionais da região, conhecidos como Geraizeiros, que dependem do cerrado vivo para sua reprodução. “O licenciamento não leva em consideração que o projeto vai iniciar um processo de desertificação na região, pelo uso e contaminação dos solos e dos mananciais”, afirma Alexandre Gonçalves, agrônomo e membro da Comissão Pastoral da Terra, uma das muitas entidades que lutam contra o empreendimento na região.
O Ministério Público Estadual (MPE) entrou com uma ação civil pública solicitando a suspensão do licenciamento ambiental da SAM em abril do ano passado, apontando diversas estratégias utilizadas pela empresa para burlar impedimentos na legislação ambiental.
O Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) acompanha o caso na região desde o início dos debates e afirma que têm feito denúncias ao Ibama e ao Ministério Público. “Tememos um verdadeiro crime socioambiental, com violações sistemáticas dos direitos humanos. A forma intensiva de exploração mineral é um ataque à soberania, levando nossa água e nossa biodiversidade pelos canos”, Elane Rodrigues, coordenadora estadual do MAB.
Entenda
O Projeto Vale do Rio Pardo prevê a construção de uma mina para extração do minério de ferro no município de Grão Mogol, local onde o minério será também beneficiado, e a construção do mineroduto que atravessará 21 municípios. A SAM já tem a outorga, ou seja, o direito de uso, de 6.200 mm³/hora de água da Barragem de Irapé, localizada no município. O valor representa 14% de toda a capacidade de cessão da água da barragem, que está instalada no rio Jequitinhonha, um dos maiores da região, responsável por abastecer milhares de famílias e comunidades, que vivem basicamente da agricultura familiar.

Foto: Mídia Ninja


Empresa transforma água do mar em potável e produz 16 mil litros por dia


Empresa transforma água do mar em potável e produz 16 mil litros por dia

PUBLICADO . EM ÁGUA

Água tem mais minerais que a comum, e processo é feito no litoral de SP. Oferecemos o produto a várias pessoas, que não notaram diferença.
Por Mariane Rossi
Santos (SP) - Em meio à grave crise hídrica que atinge o estado de São Paulo, muitas pessoas pensam em alternativas para não ficar sem água. Uma empresa em Bertioga, no litoral de São Paulo, criou um método próprio de dessalinização da água do mar que, além de remover o sal, consegue manter 63 minerais importantes para o organismo humano presentes no mar.
Testamos o produto com alguns moradores da Baixada Santista. O resultado, com a reação das pessoas, pode ser visto no vídeo que abre a reportagem.
Visitamos também a sede da fábrica e acompanhou todo o processo de dessalinização. A água já foi até engarrafada, mas os empresários aguardam a liberação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para começar a vender o produto no Brasil. Segundo um estudo de uma pesquisadora ligada à Universidade Paulista (Unip) e Universidade de São Paulo (USP), a água não oferece riscos e pode ser consumida normalmente.
Um dos responsáveis pela criação do processo de dessalinização, o empresário Annibale Longhi conta que buscava também uma forma de recuperar os minerais perdidos no dia a dia por meio da água. “Uma célula em equilíbrio deve conter cerca de 100 minerais. Ao longo da vida, você vai perdendo isso.” Por isso, Longhi começou a fazer experiências para encontrar um produto que não tivesse sal em grande quantidade e que fosse saudável.
Após um longo período de análises, ele descobriu que o mar guarda os minerais necessários para o corpo. “Na água do mar encontramos 63 minerais que ajudam o sistema celular. A água vendida nos supermercados tem, no máximo, 12 minerais. Porém, para o corpo ficar saudável, precisa de muito mais”, explica.
Produção da água
Com os resultados em mãos, o empresário, junto com o engenheiro Silvio Paixão, criou um laboratório piloto para desenvolver projetos e começar os testes.
Há três anos, eles montaram um sistema de dessalinização da água. Ela é retirada do mar, a cerca de 30 metros de profundidade, e passa por um processo de tratamento de quatro fases. Metade da água retirada do mar se transforma em potável. A outra metade volta para o oceano, com concentração maior de sal. Esta água é descartada em vários pontos para não comprometer o meio ambiente (veja o vídeo no fim da reportagem).
Após o tratamento, a água permanece com os 63 minerais naturais que o corpo necessita. De acordo com Paixão, o pH 7,5 da água do mar é mantido. O pH é a medida que indica a acidez, a neutralidade e a alcalinidade de uma solução. Sete é o valor neutro. Um pH mais perto de 0 indica acidez e mais perto de 14, alcalinidade.
“Como nós não adicionamos nada, só retiramos o cloreto de sódio, o pH permanece o mesmo. O pH é uma coisa muito importante quando se trata de saúde humana. Essa água nunca vai trazer problemas para o corpo. O rim e o fígado funcionam até melhor”, afirma.
No laboratório em Bertioga, é possível produzir uma grande quantidade das garrafas de água. A fábrica tem condições de fazer até 33 mil garrafinhas por dia, totalizando 16 mil litros do produto, o que daria cerca de 1 milhão de unidades por mês. Enquanto uma garrafa de água mineral com 300 ml custa, em média, R$ 1,50, em Santos, uma garrafinha de água dessalinizada pode chegar a custar duas ou três vezes mais.
Pesquisa
A biomédica Lucia Abel Awad, com o apoio da USP e da Unip, realizou um estudo de cerca de três anos sobre a água fabricada em Bertioga. “Primeiro fizemos testes em camundongo e ratos, com protocolos que obedecem aos critérios da Anvisa. Avaliamos questões hematológicas, renais, hepáticas e sinais clínicos. Fizemos todos os testes para saber se a água produzia algum efeito maléfico ou benéfico no organismo desses animais. Os animais não apresentaram problemas. Concluímos que a água não tem efeito tóxico e que pode ser tomada sem restrições”, diz ela.

Por enquanto, os empresários já têm a autorização da Anvisa para produzir e exportar a água. Segundo eles, há compradores na Alemanha (Galeria Kaufhof) e na França (La Grande Epicerie), onde o produto também passa por análise, de acordo com a legislação europeia.
“Já passamos pelos processos de análise química e microbiológica. Estamos na fase da radioatividade. Passando por isso, nosso produto será aceito em toda a Europa”, explica Paixão.
No Brasil, a água 63 Water Vital Minerals está sob análise da Anvisa para a comercialização. A pesquisa realizada pela universidade foi incluída na série de documentos e exames laboratoriais solicitados pelo órgão. “Superamos a demanda da Anvisa e estamos aguardando a análise. Entregamos todo esse material no começo de 2014 e estamos esperando a aprovação”, afirmou o engenheiro.

Nos jardins de Nilo(MUSEU DA REPÚBLICA RJ)

Nos jardins de Nilo

Publicado em 19/02/2015


Divulgação
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Jardins do Museu da República, frequentado por Nilo, foram inspiração para o livro que tem o banco de praça como foco

Redação c/Agência Brasil

Uma foto de arquivo do presidente Nilo Peçanha, campista que governou o Brasil de 1909 a 1910, serviu como fonte de inspiração para duas artistas visuais na montagem de exposição Banco do Tempo, nos jardins do Museu da República, no Palácio do Catete, zona sul do Rio, que recentemente foi registrada em livro. "Confortavelmente recostado em um dos bancos do amplo jardim da sua residência oficial, ele é mostrado em um momento de descontração, cercado pelos seus cães, em um dia morno, tropical", descreve o pesquisador e professor de fotografia Antonio Fatorelli, autor de um ensaio publicado na obra.

Os mais de 100 bancos de madeira espalhados pelos jardins do Museu da República guardam restos de inscrições, pedaços de frases, palavras desconexas. Alvo da curiosidade dos frequentadores do parque, que costumam sentar nos bancos para descansar à sombra das árvores centenárias do parque, as inscrições são o que sobrou da intervenção Desejo de Horas, parte de uma exposição feita em 2012 na Galeria do Lago, espaço de arte contemporânea do museu.

Os restos de frase eram respostas dos frequentadores do parque à pergunta: Se você tivesse mais horas em um dia, o que faria com elas? A questão foi proposta pelas artistas visuais Patricia Gouvêa e Isabel Löfgren, que fizeram da pesquisa sobre os usos do tempo, os espaços de fluxos, viagens e desejos o tema da exposição Banco de Tempo. As respostas à pesquisa traziam reflexões sobre o uso do tempo. "Para bater um papo com o Divino!", "Para pregar um botão", "Para entrar no paraíso", "Para descobrir meu nome no mundo", "Para que em sonho apareça o anjo" são algumas delas.

O livro - No dia 17 de janeiro, Patrícia e Isabel lançaram, no próprio museu, o livro que traz fotografias, desenhos e imagens da mostra feita há mais de dois anos, acrescidos de novos conteúdos. As duas fotografaram bancos de diversos lugares no Brasil e no exterior. Assim como a exposição, o livro tem como foco o banco de praça ou jardim, mobiliário urbano ao mesmo tempo específico e universal, como símbolo de local de repouso e de compartilhamento de afetos. 

O museu

Endereço: Rua do Catete, 153. Rio de Janeiro - RJ
Telefone: (21) 2127 0324
museu@museudarepublica.org.br 
Horário: 3ª a 6ª, das 10h às 17h / Sábados, domingos e feriados, das 14h às 18h / Parque aberto diariamente (entrada gratuita).
Estacionamento (pago)

sábado, 28 de fevereiro de 2015

CCZ recolhe animais em Campos

CCZ recolhe animais em Campos

Publicado em 21/02/2015


Roberto Joia / PMCG Arquivo
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serviço de recolhimento de animais acontece todos os dias
Em Campos, a população pode solicitar o recolhimento de animais de médio e grande portes em vias públicas ao Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), ligado à Secretaria Municipal de Saúde. O serviço funciona das 8h à meia-noite, todos os dias, inclusive nos feriados, através dos telefones (22) 2732-3395 e 0800 2828 822.

O vice-prefeito e secretário de Saúde, Doutor Chicão, explicou que na BR-101 o serviço compete à Concessionária Autopista Fluminense, que administra a rodovia. Ele alerta para o perigo de animais soltos nas vias públicas e chama a atenção para a posse responsável. "Animais soltos, como cavalos, por exemplo, podem causar graves acidentes, podendo ocasionar mortes. Por isso, os proprietários devem estar atentos as suas responsabilidades", ressaltou. 

O diretor do CCZ, César Salles, informou que o Setor de Recolhimento de Médios e Grandes Animais (Curral) chega a recolher 40 animais por semana em todo o município. O animal recebe vacina contra raiva e tétano e é microchipado. Além disso, faz exame de anemia infecciosa equina (AIE). "O proprietário tem cinco dias para o resgate e pagará uma multa de apreensão de R$ 100,00, além da diária de R$ 20,00. Caso o dono não for buscar, o animal irá para o CCZ rural, uma área da prefeitura em Itereré, passando a pertencer ao município, sendo encaminhado em seguida para o leilão. Se o animal já estiver morto, o serviço de recolhimento é feito pela Concessionária Vital Engenharia. Em caso de reincidência, o proprietário perderá o animal de vez", explicou.

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

GOVERNO DO ESTADO INSTITUI GABINETE DE EMERGÊNCIA PARA DISCUTIR AÇÕES DE ENFRENTAMENTO À CRISE HÍDRICA

 09/02/2015   Ascom
Uma das medidas será a construção de enrocamento para reduzir a entrada de água salgada no Rio Guandu

O secretário de Estado do Ambiente, André Corrêa, anunciou hoje (9/02) a criação de um gabinete de emergência, que se reunirá semanalmente para discutir, entre outros assuntos, a adoção de medidas emergenciais que visem a incentivar o uso eficiente da água pelo setor industrial. Entre essas medidas está a possibilidade da construção de um enrocamento (dique de pedras) na Bacia do Rio Guandu com o objetivo de reduzir a entrada da água do mar nesse curso d’água.

A proposta foi comunicada nesta segunda-feira em nova reunião com representantes das quatro principais empresas do Distrito Industrial de Santa Cruz. A situação destas empresas é mais preocupante porque utilizam água do Rio Guandu, abaixo do sistema de captação da Cedae, responsável pelo abastecimento de nove milhões de habitantes da Região Metropolitana do Rio de Janeiro. O problema se agrava por conta da crise hídrica que afeta a região sudeste, a maior dos últimos 84 anos.

De acordo com o secretário André Corrêa, os representantes dessas indústrias concordaram com a medida que será uma solução a curto prazo até a implementação de uma solução definitiva: a construção de uma adutora com 14 quilômetros de extensão que vai levar a água de reúso da Cedae para alimentar essas indústrias.

“O governo do Rio de Janeiro quer deixar claro que é uma situação grave; que ele está atento; que ele não descarta nenhuma possibilidade; que ele prioriza o abastecimento humano; que ele trabalha em parceria com o governo federal; e que ele vai reforçar uma politica de reúso e a politica de consumo consciente" lembrou o secretário André Corrêa.

O secretário destacou que o Governo do Estado vem atuando de forma proativa para enfrentar a crise hídrica:

“Não estamos esperando as coisas acontecerem. Estamos agindo e a orientação do governador Pezão é priorizar o abastecimento humano. Por isso é que estamos tratando, primeiramente, com o setor industrial. Vamos entrar com uma grande campanha da Cedae que vai estimular o uso racional da água. Enfim, o governo está agindo”, destacou o secretário, que detalhou outras medidas para garantir a oferta de água para a população fluminense:

As providências adotadas pelo Governo do Estado foram assunto na reunião desta segunda-feira entre o governador Luiz Fernando Pezão, a ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, o secretário André Corrêa e o presidente da Cedae, Jorge Briard. Izabella Teixeira anunciou a liberação de 360 milhões de reais em obras para aumentar a oferta de água no Rio de Janeiro. A ministra lembrou que “encontramos aqui uma postura de gestão preventiva. O Rio está tomando uma série de providências – desde o plano de contingência da CEDAE até investimentos de caráter emergencial para reduzir a demanda de água para fins industriais."

A iniciativa do secretário André Corrêa de convocar representantes das indústrias do Distrito Industrial de Santa Cruz foi destacada pela ministra: “As indústrias terão que fazer investimentos para não “disputar” com o consumo humano a água do sistema do Guandu e assegurar a demanda de água necessária para a atividade produtiva. Há um investimento do setor privado e do setor público, em caráter emergencial, para diminuir a dependência dessas indústrias do sistema que abastece a população da Região Metropolitana do Rio de Janeiro”.


quarta-feira, 25 de fevereiro de 2015

Reflorestamento: solução para bacias hidrográfica

Reflorestamento: solução para bacias hidrográfica

fevereiro de 2015     –     Foto: Divulgação943763-crime ambiental_12

Para preservar a água, o replantio de mudas é uma solução eficaz desde o século 19, no Rio de Janeiro. Diante da crise hídrica, o imperador Pedro II ordenou desapropriações na Floresta da Tijuca, onde hoje é Parque Nacional da Tijuca, devastado por plantações de café, e iniciou um amplo reflorestamento. A estratégia propiciou a recuperação natural da mata, que sofria com erosão e estava degradada, segundo a chefe do Laboratório de Geohidroecologia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Ana Luiza Coelho Netto.“Naquela época, o solo e as rochas não conseguiam armazenar tanta água, porque sem as florestas, a água acaba escoando na superfície do terreno, não entra no solo [vai para o mar]. Então, o nível de água subterrânea caiu muito, como nos dias de hoje”, lembrou a pesquisadora sobre a situação na floresta. Na época, a corte e as comunidades do entorno da Tijuca eram abastecidas por essas águas.Com as medidas do imperador, acrescentou, sem a pressão da ocupação urbana, a área se recuperou e hoje é um dos maiores parque urbanos do país, com opções de trilhas e visitas a cachoeiras.De acordo com Ana Luiza, embora a Floresta da Tijuca não tenha condições de abastecer toda a população carioca,  de mais de 6 milhões, cumpre um papel importante no clima e na recarga dos lençóis freáticos. “A floresta ajuda a água da chuva a infiltrar [no solo] e lança no ar. Ela bebe 20% da água da chuva e o resto devolve por meio das raízes”, explicou.Diante de uma maiores estiagens no estado, que baixou o nível dos reservatórios, a professora diz que a criação de corredores ecológicos – que facilitam o deslocamento de animais, a dispersão de sementes e aumento da cobertura vegetal – são fundamentais para a sustentabilidade das matas. Ela defende, ainda, a execução de projetos de reflorestamento comunitário, que pode empregar moradores de áreas em talude – plano de terreno inclinado que tem como função dar estabilidade a um aterro.


terça-feira, 24 de fevereiro de 2015

Jornal francês cita oito santuários ecológicos no Brasil


Jornal francês cita oito santuários ecológicos no Brasil

PUBLICADO . EM ECOTURISMO

Por Caroline Oliveira
O jornal francês Le Fígaro selecionou oito “santuários” pouco conhecidos dos turistas no Brasil. Classificados como locais “magníficos e distantes da multidão”, um desses santuários é o Parque Nacional Serra da Capivara em São Raimundo Nonato (a 500 de Teresina).
No site, o jornal disponibiliza um link para acessar um guia com opções de hospedagem e restaurantes, dentre outras informações. Além da Serra da Capivara, outros quatros dos oito locais listados, estão no Nordeste: Fernando de Noronha (PE), Chapada Diamantina (BA), Cânion do Xingó (SE) e a praia de Arraial d’Ajuda (BA).
Sobre a Serra da Capivara, o jornal destaca os mais de 300 sítios arqueológicos com pinturas rupestres datadas de mais de 25 mil anos e a Pedra Furada como uma “consequência surpreendente das mudanças geológicas”. Também diz que o Parque é Patrimônio Mundial da Humanidade desde 1991.
Confira os oito santuários descritos pelo jornal Le Fígaro de circulação na França:
1 – Arquipélago de Fernando de Noronha - PE
Foto: Pantai/Flickr/CC
01
A 710 quilômetros ao norte de Fortaleza, está a antiga base militar brasileira que é hoje um exemplo de preservação ambiental. Com sua natureza selvagem, suas praias de areia fina e seu fundo do mar magnífico, ela preencherá os amantes da natureza. A ilha é um santuário para as tartarugas e os golfinhos. Acessível por via aérea da maior parte das grandes cidades, o arquipélago atraiu, no século XIX, numerosos cientistas, entre os quais Charles Darwin. As entradas e saídas são controladas e uma taxa será solicitada aos turistas que desejam ir até lá.
2 – Parque Nacional da Chapada Diamantina - BA
Foto: Cleide Isabel/Flickr/CC
02
Declarado parque nacional em 1985, seu nome fez referência à formação geológica particular do local e à prospecção de diamantes no século XIX. Chamados morros, estas montanhas de contornos circulares formam superfícies planas no topo, de onde se pode admirar uma vista panorâmica sobre a região por ocasião das caminhadas. No coração do estado da Bahia, a reserva natural se estende por 1.520 quilômetros quadrados e abriga perto de 300 cascatas. Cercas são célebres por seus riachos vermelhos. O parque dispõe ainda de grutas e de cânions visitados pela maior parte dos turistas.
3 – Ilha de Marajó - PA
Foto: Phogel/Flickr/CC
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Lá onde o Amazonas encontra o mar, nesse delta gigantesco onde as águas sombrias do rio se misturam às dos riachos, está a maior ilha cercada de água doce do mundo. A riqueza de sua fauna e de sua flora fazem da ilha um lugar privilegiado para admirar as espécies sul americanas. Guarás vermelhos, papagaios, anacondas, flamingos róseos e mesmo uma raça local de cavalos, os marajoaras, encontraram refúgio nesta ilha, coberta em sua metade pela floresta tropical quase inacessível. Para os que apreciam se bronzear, a ilha possui ainda praias de areias finas.
4 – O maior museu do mundo a céu aberto: Inhotim - MG
Foto: Melado/Flickr/CC
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Conhecido por misturar arte contemporânea e jardim botânico, numa aliança única ao mundo, o museu Inhotim necessita de muitos dias para quem deseja o visitar integralmente. Construído sobre um terreno de 120 hectares, perto da cidade de Brumadinho, a 400 quilômetros ao norte do Rio de Janeiro, ele acolhe igualmente um centro de pesquisa, um hotel e vários restaurantes. O local é também uma boa base de partida para percorrer o estado de Minas Gerais, onde os turistas poderão descobrir numerosos e charmosos vilarejos da época colonial.
5 – Cânion do Xingó - SE
Foto: Goenglishkate
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Navegar entre as falésias e as paisagens impressionantes do Rio São Francisco é uma experiência única. Situada ao norte da cidade de Salvador, no estado de Sergipe, o cânion do Xingó tem uma importante história para a região depois das descobertas de traços, antigos de 8.000 anos, dos antigos habitantes perto do rio. Várias pequenas ilhas são acessíveis subindo o rio onde os pássaros fazem seus ninhos. Os mais curiosos irão igualmente conhecer a cidade próxima de Piranhas, inscrita no patrimônio mundial da Unesco pela sua arquitetura e sua vista.

6 - Alter-do-Chão - PA
Foto: Idobi/Wikipédia
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Cercada de super praias de areia branca às margens de uma lagoa de águas turquesa, a pequena cidade de Alter-do-Chão, no estado do Pará, é um lugar de férias dando às vezes a impressão de estar sobre uma ilha. Situada no Rio Tapajós, um afluente do Amazonas, ela foi fundada no século XVII por um colonizador português. Cada ano, a cidade celebra a festa do “sairé”, em referência aos golfinhos róseas de água doce, que acontece na segunda semana de setembro e atrai toda a região. Numerosas manifestações folclóricas são propostas, assim como um duelo coreográfico para os habitantes, divididos entre dois clãs para a ocasião.
7 - Parque Nacional da Serra da Capivara - PI
Foto: Renato Grimm
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Inscrito em 1991 ao patrimônio mundial da humanidade da Unesco por suas pinturas rupestres, datadas de 25.000 anos, o parque nacional da Serra da Capivara, situado no Nordeste do Brasil, é uma testemunha excepcional de uma das mais antigas comunidades da América do Sul. O local mais conhecido é a Pedra Furada, célebre por suas pinturas, mas sobretudo por seus arco, uma consequência surpreendente doas mudanças geológicas. O parque abriga mais de 300 sítios arqueológicos, os quais a maior parte são sempre objeto de escavações.
Foto: Vitor 1234/Flickr/CC
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8 - Arraial d’Ajuda - BA
Foto: Lu Arembepe/Flickr/CC
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Ao sul da estação balneária de Porto Seguro, no estado da Bahia, se encontra a pequena cidade de Arraial d’Ajuda, célebre para os brasileiros por suas praias de areia fina. A aproximadamente 1h30 de voo do Rio de Janeiro, os visitantes são de repente cercados pela grande floresta atlântica. O lugar acolheu os primeiros jesuítas europeus no Brasil e numerosas crenças cristãs locais fizeram, durante um período, um local de peregrinação. Uma igreja colonial e casas da época testemunham este passado e oferecem uma imagem de autenticidade a este vilarejo de praia.
Fonte: CidadeVerde, com informações do site Brasil Euro.


TRANSPOSIÇÃO DO PARAÍBA : CHAMADA TECNICA DA SABESP

Crise Hídrica: Sabesp realiza chamada pública para consulta técnica.

Qua, 18 de Fevereiro de 2015 15:10
bol180214dA Sabesp disponibilizou em 9/2, em seu site (www.sabesp.com.br), um sistema de consulta técnica para receber sugestões e propostas que permita o aumento da disponibilidade de água para a Região Metropolitana de São Paulo atendida pelo Sistema Cantareira.
Sob a coordenação geral da Superintendência de Planejamento Integrado (PI) da Companhia, a ação envolve ainda um grupo técnico composto por representantes das diversas áreas da empresa envolvidas no trabalho (diretorias: Metropolitana; de Tecnologia, Empreendimentos e Meio Ambiente; de Sistemas Regionais; Financeira e de Relacionamento com Investidores e de Gestão Corporativa), além da interação com órgãos externos à Sabesp (DAEE / SMA-Cetesb / Secretaria de Governo do Estado).
A iniciativa cria um canal inicial de comunicação entre a Sabesp, empresas e entidades e tem dois objetivos principais: receber propostas de implementação de soluções preliminarmente concebidas pela equipe técnica da Sabesp e acolher propostas de novas soluções para o aumento da disponibilidade hídrica da RMSP. Para o primeiro objetivo, propostas concebidas pela Sabesp, há uma descrição sumária no documento intitulado “Anexo 1”, que pode ser acessado no próprio site da Sabesp, no item "Soluções Concebidas pela Sabesp" da Chamada Pública.
Como reforçaram os coordenadores da ação, “o fundamental é que as propostas, ao serem implantadas, viabilizem, de forma direta ou indireta, o aumento de disponibilidade de água na área da RMSP originalmente atendida pelo Sistema Cantareira”.
De acordo com a equipe da PI, “além de um processo de maior transparência, a empresa procura também iniciar um ciclo de maior integração com as empresas e as entidades que atuam no setor de saneamento em busca das melhores alternativas e tecnologias a serem adotadas pela Sabesp”. Por isso, conforme destacou a superintendência responsável pela coordenação da ação, o formato visa facilitar o acesso e a participação de todos os interessados, ou seja, uma "Consulta Técnica" por meio de "Chamada Pública" com a facilidade de acesso e participação de todos os interessados via página da Sabesp na Internet.
Embora destacado no material divulgado pela empresa que a participação é aberta para as empresas e entidades, não há impedimento à participação da população. Deve-se, porém, ser considerado que as propostas apresentadas atendam aos objetivos colocados para esta "Consulta Técnica" e tenham potencial de viabilização e execução até o final de 2015.
Para apresentação das sugestões há um formulário eletrônico, disponibilizado no próprio site da Sabesp e que pode ser acessado por meio do link "Envie sua Contribuição". Orientações básicas podem ser obtidas no item  "Da Chamada".
Os interessados têm até  o dia 23 de fevereiro  para enviar suas propostas que, posteriormente, serão avaliadas pela empresa que  poderá convocar reuniões técnicas para esclarecimentos e desdobramentos. A  Sabesp também destacou que a apresentação das propostas não envolve qualquer compromisso de contratação por parte da empresa, mas que todo o material enviado será avaliado e que os proponentes poderão acompanhar o andamento de todo o processo no site da organização.
Colaboração: Ednaldo Sandim (Comunicação – TO/ Sabesp)

Sudeste: seca também em fevereiro

Sudeste: seca também em fevereiro

As chuvas observadas nos últimos dias sobre o Sudeste favoreceram uma modesta melhora nos índices dos reservatórios de São Paulo e de Belo Horizonte, mas as notícias não são boas até o fim do mês de fevereiro. As condições dos primeiros 15 dias do mês não serão nada parecidas com o que está por vir, agradando a situação das plantações e da pecuária de corte e leiteira.
E se cai água na capital fluminense e várias outras cidades, o clima continua ainda mais seco no Norte e Noroeste Fluminense, causando prejuízos maiores ao setor agropecuário. Apesar do mapa de 15 dias ainda mostrar chuva sobre São Paulo, Triângulo Mineiro e sul de Minas Gerais, os volumes de concentram apenas até o dia 21 de fevereiro.
Já é possível observar que entre os dias 22 e 26 de fevereiro a tendência é de pouca chuva. Os acumulados dificilmente chegam aos 30mm em toda a Região Sudeste. Essa condição já mostra a configuração de um novo bloqueio atmosférico. Para o Norte e Noroeste Fluminense a previsão é de bem menos água.
Cenário de estiagem preocupa Campos e o Norte e Noroeste
Segundo o Climatempo, as previsões para Campos não são animadoras: na quinta-feira (19) pode chover no máximo 5mm à tarde e à noite, com temperaturas entre 23 e 34 graus. Já na quinta deve chegar a 17mm, ainda pouco, mas já expressivo, de manhã, à tarde e à noite, com temperatura mínima de 23 graus e máxima de 32. Na sexta-feira (20) pode chegar 5mm à tarde e à noite. A temperatura não varia muito em relação aos outros dias: entre 23 e 35 graus. Para o fim de semana a previsão se mantém desanimadora para quem precisa de água para molhar o pasto e encher os poços para o gado. Sábado e domingo sem chuvas, com temperaturas que variam de 23 a 36 graus. A semana que vem também é de mais estiagem, segundo o Climatempo. Durante todos os dias deve chover no máximo 4mm.
fonte Folha da Manha -J.M.A. A.N.Foto: Genilson Pessanha 

segunda-feira, 23 de fevereiro de 2015

Casal ferido em desabamento de imóvel interditado em Atafona, em SJB

Casal ferido em desabamento de imóvel interditado em Atafona, em SJB

Três famílias já foram retiradas de seus imóveis por conta do risco de desabamento
 Carlos Grevi/Arquivo

Três famílias já foram retiradas de seus imóveis por conta do risco de desabamento

Um casal ficou ferido após o teto de um imóvel desabar por volta das 20h dessa quarta-feira (18/02), em Atafona, em São João da Barra. O local estava interditado por conta do avanço do mar.
O casal teria entrado na residência durante a noite e com o avanço do mar, um parede e o teto da casa desabaram atingindo os dois. Eles sofreram escoriações e foram socorridos pelo Corpo de Bombeiros para o Hospital ferreira Machado (HFM). 
De acordo com a Defesa Civil do município, o imóvel estava interditado há cerca de quatro meses e estava devidamente sinalizado, com placas e barricadas.
O coordenador da Defesa Civil, Adriano Martins, disse que em alguns pontos o mar chega a avançar cerca de dez metros e que toda extensão do trecho da antiga caixa d’água até o Pontal todas as casas estão interditadas.
Segundo Adriano, somente este ano três famílias já foram retiradas de seus imóveis por conta do risco de desabamento.
A Defesa Civil alerta para que as pessoas respeitem as sinalizações para não correr perigo. “A gente pede para que as pessoas não adentrem nessas casas, nem e aproximem com carros para tirar fotos”, ressaltou Adriano.

domingo, 22 de fevereiro de 2015


Reprodução do site jurídico JusBrasil
Reprodução do site jurídico JusBrasil


Vale a pena vocês lerem na íntegra essa matéria do site JusBrasil, que revela documentos secretos do Secretaria de Estado dos Estados Unidos com relatos da participação de Roberto Marinho na articulação da ditadura militar. É a comprovação de um fato que todos sabiam, que as Organizações Globo deram sustentação à ditadura militar. 

Rio pode conviver com racionamento em agosto

Rio pode conviver com racionamento em agosto

quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015     –     Foto: Filipe Lemos/Campos 24 Horas

Rio Paraíba seca 2
Há pouco mais de um mês para o Dia Mundial da Água, comemorado em 22 de março, a escassez do recurso preocupa moradores das principais cidades do Sudeste.Enquanto o governo estuda um possível racionamento, no Rio de Janeiro, especialistas alertam para intervenções que podem evitar uma crise de abastecimento, como o reflorestamento e pequenas obras para facilitar a penetração da água no solo, que acaba escorrendo para o mar.
O desabastecimento de água no estado deve ser enfrentado ainda em 2015, alerta o coordenador do curso de especialização em Engenharia Sanitária e Ambiental da Universidade Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), Adacto Ottoni. Na previsão dele, se as chuvas não se intensificarem, o risco é que a população sofra um racionamento a partir de agosto.O Governo do Rio de Janeiro não descarta medidas para a economia de água e de energia. O estado convive com a pior seca dos últimos 84 anos, segundo a Secretaria Estadual do Ambiente.
“Se cair pouca chuva [até abril, antes do período de estiagem], podemos ter um colapso. Se não for neste ano [agosto], será no ano que vem, quando as Olimpíadas [2016] coincidem com o período de seca e haverá dezenas de milhares de pessoas no Rio”, destacou Ottoni, que é também assessor de meio ambiente do Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura (Crea-RJ).
Segundo ele, apesar de as chuvas serem determinantes para o futuro da população fluminense, o grande problema de abastecimento hoje é a degradação dasbacias hidrográficas, que não conseguem mais reter a água e infiltrá-la na terra, nos lençóis freáticos. “Não adianta chover para ter água se não tiver floresta para reter. A água gera enchente, inundação e depois a população fica sem. Ou seja, convive com racionamento e com a enchente”, disse, lembrando que a floresta também amortece enxurradas, que provocam desabamentos.
Essa também é a avaliação da vice-presidente do Comitê de Integração da Bacia Hidrográfica do Rio Paraíba do Sul (Ceivap), Vera Lúcia Teixeira, que desde 2013 alerta para a situação dos rios que abastecem São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.  “O que a gente não vê é como recuperar e revitalizar essa bacia”, ressaltou. A seu ver faltam propostas concretas tanto do governo federal quanto do governo estadual. O comitê só faz recomendações e depende de políticas municipais e estaduais, como o saneamento. “Precisamos retirar o esgoto dos rios e os investimentos são poucos”, ressalta.
A ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, anunciou na segunda-feira (9), a liberação de R$ 360 milhões de R$ 930 milhões previstos para um plano de segurança hídrica até 2050, ainda em elaboração. O governo estadual planeja obras de saneamento básico da Região Metropolitana, incluindo a Baixada Fluminense – região que frequentemente sofre ora com torneiras secas, ora com enchentes -,  além do reflorestamento das margens dos rios Paraíba do Sul e Guandu.
Para evitar uma crise de desabastecimento, nos últimos dias a Prefeitura do Rio de Janeiro criou um grupo de trabalho. O prefeito, Eduardo Paes,  não descarta medidas para a economia de água e energia. “Talvez, vamos fazer isso depois do carnaval”, declarou. “O Brasil tem uma cultura de natureza abundante e isso acaba em muito desperdício”, completou.

Designer cria invenção que reusa até 90% da água do banho


Designer cria invenção que reusa até 90% da água do banho

Rafael Barifouse Da BBC Brasil em São Paulo 02/2015\


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Em meio à crise hídrica, uma das principais recomendações é reusar água para reduzir o consumo diário. Mas fazer isso não é exatamente fácil ou prático, ao menos quando se fala de um dos hábitos diários que mais demandam água: o banho. Hoje, é preciso recorrer a bacias ou baldes para evitar que um grande volume vá pelo ralo - e, ainda assim, grande parte desta água se perde. Mas o designer húngaro Alberto Vasquez criou uma técnica simples, que permite que até 90% da água do banho seja reaproveitada.

"O sistema Gris é resultado de um trabalho de dois anos que fiz durante minha faculdade", diz Vasquez à BBC Brasil. "É uma ideia simples, mas que exigiu uma pesquisa complexa."
Reservatórios interligados

A plataforma é antiderrapante para evitar acidentes durante o banho. Os módulos são inclinados para o centro, onde a água é captada. Uma vez cheios, reservatórios podem ser desconectados. A invenção permite armazenar até 40 litros por vez. O Gris é composto por uma plataforma antiderrapante formada por quatro reservatórios interligados que se inclinam ligeiramente para o centro, onde entradas permitem que a água se acumule em seu interior.

Cada reservatório comporta até dez litros, o mesmo que um balde comum. Quando estão cheios, a pessoa pode desconectá-los e usar a água armazenada para outros fins, como dar descarga ou fazer a limpeza da casa. Segundo a Sabesp, empresa responsável pelo abastecimento em São Paulo, um banho de ducha de cinco minutos – a duração recomendada para não deperdiçar água – gasta 45 litros. Assim, o uso do sistema Gris permitiria reutilizar quase toda a água usada no banho.

Prêmios

Alberto Vasquez ganhou dois prêmios internacionais de design com seu invento. Vasquez inspirou-se na falta de água constante enfrentada por comunidades da Colômbia, onde nasceu sua mãe e onde o designer passou parte da infância. Desde que apresentou o Gris no ano passado, o designer já ganhou dois dos prêmios internacionais, o iF Design Award e o A'Design Award, além de ter sido premiado pelo governo húngaro.

"Recebo de 40 a 50 emails por dias de pessoas que querem compra-lo porque enfrentam problemas de água em seus países", afirma Vasquez. Mas, por enquanto, o designer tem apenas um protótipo. Ele espera comercializá-lo por um preço entre US$ 20 e US$ 40. "Estou em busca de parceiros para produzi-lo em grande escala e, assim, poder começar a vendê-lo."

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O designer húngaro Alberto Vásquez inspirou-se na falta de água enfrentada por comunidades na Colômbia para criar um equipamento que reusa até 90% da água do banho. O sistema Gris usa reservatórios inteligados para captar a água do banho para reuso Leia mais Divulgação

sábado, 21 de fevereiro de 2015

ONU inicia negociações para tratado de biodiversidade marinha


ONU inicia negociações para tratado de biodiversidade marinhaJosé Eduardo Mendonça - 01/2015 

Seria o primeiro a lidar especificamente com a questão
diversidade biológica nos oceanos teve uma queda dramática desde o começo da industrialização, no século 19. As causas primárias incluem a destruição de habitats por sobrepesca, poluição e eutroficação dos mares, assim como pela progressão constante da mudança do clima. Este processo de declínio acontece talvez de forma inédita na história.
Mas, ao mesmo tempo, foi identificada apenas uma pequena fração das espécies de mar profundo e dos oceanos polares, o que torna mais difícil registrar e avaliar as perdas.
Os ecossistemas marinhos desempenham certas funções crucialmente importantes. Uma delas é a produção de biomassa do sol e nutrientes (produção primária), que representa a fonte básica de alimentação para toda a vida nos oceanos e, em parte significativa, para os humanos.
Cerca de metade desta produção primária, em todo o mundo, é conseguida por plantas microscópicas, os fitoplânctons. Outra função é a de criar habitats, ou estruturas, no sistema costeiro. Microalgas, grama marinha e corais, por exemplo, formam grandes florestas, pastos e recifes submersos, que são habitats de moluscos, crustáceos e peixes.
Tudo isso se encontra agora sob ameaça. Por esta razão foi saudado por ambientalistas o anúncio feito pela ONU, no sábado, do início de negociações para aproteção da biodiversidade marinha em áreas oceânicas além de águas territoriais. O tratado seria o primeiro a tratar especificamente da questão, e envolveria a preservação de grandes extensões ameaçadas por poluiçãosobrespesca eaquecimento global.
A maioria das nações concorda com ação rápida, mas alguns países, como Estados Unidos, Rússia, Canadá, Islândia e Japão mostravam relutância. O tratado representaria zonas internacionais que perfazem 64% dos oceanos do mundo e um total de 43% da superfície da Terra.
“É a maior biosfera do planeta e não existe instrumento legal a estabelecer parques nacionais para sua proteção”, disse Karen Sack, da instituição Pew Charitable Trusts. “O acordo de hoje pode ser um grande passo para a proteção da qual os altos mares precisam desesperadamente”, afirmou Sofia Tsenikli, do Greenpeace. A concordância foi conseguida depois de quatro dias de discussões em Nova York, e ainda precisa ser aprovado pela Assembleia Geral da ONU, para o tratado que surgiria em 2018, na melhor das hipóteses, informa o Phys Org.