sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

Transposição de água do rio Paraíba do Sul para Cantareira não encerra crise da água, dizem especialistas

Transposição de água do rio Paraíba do Sul para Cantareira não encerra crise da água, dizem especialistas

Publicado por http://www.ecodebate.com.br/
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 Além de não resolver problema de SP, transferência de água da bacia do rio Paraíba do Sul para sistema paulista pode afetar abastecimento no RJ. Sob críticas, governo federal diz que medida é “tecnicamente viável”.

Estiagem afeta o rio Paraíba do Sul na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro

A transposição de água da bacia do rio Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira pode amenizar, mas não dar fim à crise da água no estado de São Paulo. Segundo especialistas ouvidos pela DW Brasil, além de não solucionar a escassez nos reservatórios paulistas, a medida poderia prejudicar o abastecimento na região metropolitana do Rio de Janeiro.
A proposta foi apresentada em março pelo governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Nesta quarta-feira (05/11), o presidente da Agência Nacional de Águas (ANA), Vicente Andreu, sinalizou que a transposição é “tecnicamente viável”.
“Tudo é possível, mas tem um custo. As autoridades erram ao não fazerem um estudo técnico antes de tomarem uma decisão política”, critica o oceanógrafo David Zee, professor da Uerj.
A bacia do rio Paraíba do Sul banha os estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro. De acordo com a proposta de Alckmin, o rio Atibainha, que fica no Sistema Cantareira, receberia água do reservatório do rio Jaguari, que é um dos afluentes do Paraíba do Sul.
“Uma retirada adicional de água trará impactos que serão sentidos com mais força quando houver escassez de chuva”, diz Paulo Carneiro, pesquisador do Laboratório de Hidrologia da Coppe/UFRJ. “A segurança hídrica deve diminuir, e a frequência de períodos de seca na bacia, aumentar.”
O especialista em recursos hídricos Antônio Carlos Zuffo não acredita que a transposição irá resolver a crise hídrica em São Paulo. O volume do Cantareira continuará descendo, mesmo que em menor intensidade.
“A cada dia, o nível do reservatório fica mais baixo. Enquanto entram em torno de 9,63 metros cúbicos de água por segundo, são retirados 22,5 [metros cúbicos] para o Alto Tietê e o consórcio PCJ, que abastece algumas cidades do interior paulista. A defasagem é grande”, diz Zuffo.
O nível do sistema Alto Tietê e da represa Guarapiranga também diminuiu de forma drástica. Como os reservatórios do sudeste e do centro-oeste estão com volume muito baixo, se chover pouco até o fim deste ano, é possível que haja um racionamento de energia, alerta Zuffo.
Interesses em jogo
A transposição da bacia do Paraíba do Sul envolve impasses jurídicos, administrativos e econômicos. Carneiro afirma que o argumento de que a medida vai aumentar a segurança hídrica é falso.
Para o especialista, a pressa da ANA e do governo de São Paulo em fazer a transposição é questionável. O projeto, que é complexo e exige uma série de etapas preparatórias, seria executado num período mínimo de três anos.
“Isso só mostra que houve de fato uma incompetência no planejamento de longo prazo. Não dá para querer sangrar o Paraíba do Sul sem trazer o assunto para o debate amplo, sem colocar as cartas na mesa”, diz Carneiro. “São Paulo sabia há mais de duas décadas que era necessário fazer investimentos para evitar uma crise de abastecimento.”
Além das obras, a transposição exigiria resolver entraves jurídicos. O reservatório Jaguari foi construído pela Companhia Elétrica de São Paulo (Cesp) para a geração de eletricidade. Segundo Zuffo, para fazer a transposição, a ANA precisa fazer outra outorga junto ao Departamento de Águas e Energia Elétrica (DAEE), para que o reservatório também seja destinado ao abastecimento urbano.
“A Cesp terá de ser indenizada, porque a retirada de água vai reduzir o rendimento da usina hidrelétrica. A amortização do investimento feito na construção não será cumprida no período previsto”, afirma.
Em nível territorial, o gerenciamento de recursos hídricos no Brasil é dividido por bacias hidrográficas. Apesar de estar em São Paulo, a bacia do Paraíba do Sul é federal e de responsabilidade da ANA. O domínio da bacia, no entanto, é do estado de São Paulo.
“Há uma sobreposição de legislações. Esse imbróglio jurídico precisa ser resolvido, por isso, está no Supremo [Tribunal Federal (STF)]“, diz.
O ministro Luiz Fux, do STF, convocou uma audiência de mediação para que o tema seja debatido entre o governo federal, agências reguladoras, Ministério Público Federal e representantes dos estados. Fux negou um pedido de liminar da Procuradoria Geral da República para impedir a transposição.
Ainda estão em jogo os interesses do Rio de Janeiro e de Minas Gerais, já que a bacia do Paraíba do Sul abastece várias cidades nos dois estados. O governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, declarou que, se a União decidir transferir água do Paraíba do Sul para o Sistema Cantareira, ele irá acatar.
Matéria de Karina Gomes, da Deutsche Welle, DW.DE, reproduzida pelo Portal EcoDebate

Ecoconomia

Ecoconomia


As fezes humanas já alimentam boa parte do mundo. E podem alimentar bem mais. De quebra, elas também são uma alternativa de energia (hum...) limpa. E se prepare: ainda existe um verdadeiro pré-sal de cocô a ser explorado!

por Maurício Horta
"Merda de Artista. Contém 30 gramas", dizia o rótulo das 90 latinhas nas quais o dadaísta Piero Manzoni embalou o próprio cocô em 1961. Quatro décadas depois, as latas estão expostas em alguns dos mais importantes museus do mundo - da Tate Modern, de Londres, ao Centro Georges Pompidou, em Paris - e são disputada nos leilões da Sothesby’s por lances de até 124 mil euros - R$ 10 mil o grama. Mas não precisa ser de artista para o cocô humano valer dinheiro.

De toda a comida do mundo, 10% são produzidos pelos 200 milhões de camponeses que usam esgoto cru para irrigar e fertilizar suas plantações, principalmente na Ásia, segundo estudo do Instituto Internacional de Gerenciamento de Água (IWMI, na sigla em inglês).

Não fosse pelo esgoto, o preço de vegetais em países pobres aumentaria tremendamente. Cada tonelada de fezes humanas tem até 6 quilos de nitrogênio, 2,5 quilos de fósforo e 4,2 quilos de potássio, e cada 1 000 litros de urina, até 70 quilos de nitrogênio, 9 quilos de potássio e 400 gramas de fósforo. "Com essa constituição, fica claro o valor fertilizante dos dejetos humanos tanto para uso em pequena como em grande escala", diz o engenheiro agrícola Antonio Teixeira de Matos, da Universidade Federal de Viçosa.

Claro que nem ele nem ninguém defende que comer um legume cultivado nas fezes de desconhecidos é uma boa ideia. Um grama de cocô é uma bomba com 10 milhões de vírus, 1 milhão de bactérias, 1 000 cistos de parasitas e 100 ovos de vermes. É a água contaminada por esses organismos que causa 80% das doenças relacionadas à diarreia, que matam uma criança a cada 15 segundos. Ou seja: comer desses cultivos é quase tão perigoso quanto não comer nada.

O potencial de verdade, então, está no esgoto tratado contra micro-organismos nocivos. "A tecnologia para limpá-lo [como tanques de estabilização de dejetos e outras técnicas de baixo custo] já é bem pesquisada e documentada. A questão é apenas aplicá-la onde for necessário", diz a engenheira ambiental Liqa Raschid, do IWMI.

Os países desenvolvidos já fazem isso, inclusive. Eles processam grande parte dos dejetos, produzindo de um lado água potável e, de outro, o lodo de esgoto - tratado contra bactérias e parasitas. E esse lodo é a base de muitos cultivos. No Reino Unido, por exemplo, 70% do lodo vai para a agricultura, e, nos EUA, só a empresa Synagro fatura US$ 320 milhões coletando lodo de esgoto para vender a fazendeiros do país todo. Só não dá para substituir todo o fertilizante artificial por cocô porque não o produzimos o suficiente.

O tratamento é fundamental para usar esgoto como adubo, mas não é tão necessário se os dejetos forem aplicados em culturas não comestíveis, como fibras, madeira e combustíveis, segundo Matos. "Se a aplicação for feita em doses adequadas, para não contaminar o solo nem as águas subterrâneas, o risco é mínimo. E o aproveitamento deve ser incentivado", conclui. Resultado: o produto interno bruto do seu inyestino vai direto para o do país! Você estará contribuindo para o crescimento econômico cada vez que sentar no trono. Mas isso é só o começo.

Problema de gases
Outro fim economicamente interessante pode ser dado ao cocô: produzir energia. Afinal, as fezes têm gás combustível de montão. Some a criação de animais domesticados do mundo - 1,34 bilhão de vacas, 1,8 bilhão de cabras e ovelhas, 941 milhões de porcos e 18 bilhões de galinhas. Se você pegar só a metade do que essa bicharada solta em um ano, poderá produzir em gás o equivalente a 2,28 bilhões de barris de petróleo por ano, ou 8% do que o mundo consome. Juntando isso à produção intestinal dos 6,9 bilhões de seres humanos... bem, as chances energéticas parecem ilimitadas.

Ainda assim, a produção de gás de origem biológica (o biogás) está engatinhando. É que um biodigestor comum precisa de em média 30 litros de matéria orgânica por dia para se tornar viável, enquanto uma pessoa faz cerca de 250 gramas de cocô e 1 litro de urina nesse período. Não dá grande coisa em biogás. Para manter acesa uma única lâmpada de 100 W, por exemplo, só com a produção diária de 10 pessoas.

Mas com uma forcinha dos animais a coisa funciona. Uma vaca produz 30 quilos de estrume por dia. Juntando isso com a porção humana, já dá para conversar. Tanto que, hoje, 15 milhões de lares na China rural conectam suas privadas a um biodigestor - e, poucas horas depois de terem dado a descarga, podem acender o fogão e cozinhar o almoço. Com 1,6 bilhão de pessoas, o país conseguiu então estampar mais um título autoatribuído de grandeza: o de país que aproveita mais energia do cocô. Num vilarejo-modelo na província de Shaanxi, todo cocô, humano ou animal, é aproveitado para produzir energia. A Índia segue o mesmo caminho, com seus 283 milhões de vacas. Mas é o Nepal o país com mais biodigestores per capita. Com 83% da população no campo e constante falta de combustível, 4% dos nepaleses usam o biodigestor a cocô de vaca. O Brasil vai devagar, mas São Paulo e Mato Grosso já têm fazendas com biodigestores de fezes de porcos.

Esse tipo de iniciativa pode fazer toda a diferença para o bolso dos criadores de animais. E para o seu. Por exemplo: se todas as criações de frango aproveitassem a quantidade mastodôntica de titica que produzem, a carne poderia ficar 4% mais barata no supermercado, segundo um estudo de Julio César Palhares, pesquisador da Embrapa. Isso corresponde ao custo do aquecimento elétrico, uma necessidade dos criadouros. E a energia da titica, sozinha, daria conta de eliminá-lo.

Mas nem sempre é necessário criar animais para que os biodigestores sejam viáveis. Em lugares de população grande e concentrada o sistema pode vingar. Foi o que aconteceu nas prisões Ruanda. O genocídio de 1994 inflou a população carcerária do país, bombando tanto os gastos com lenha para cozinha quanto a produção de fezes, que acabava nos rios. O cocô dos presos tinha virado um problema nacional! A solução? Cozinhar a comida deles com biogás feito de suas próprias fezes. Pronto. Desde então, esse combustível humano permite uma economia de 60% nos gastos com lenha - gastos que chegariam a US$ 1 milhão por ano.

Os europeus também já podem entrar no banheiro e sair com a consciência ambiental mais limpa. A Alemanha transforma 60% de suas fezes em energia, e a Inglaterra deve fechar 2010 passando a marca de 75%. Na Suécia já há carros funcionando, indiretamente, à base de cocô. A cidade de Linköping transforma todo o esgoto de seus habitantes (e mais o cocô de porcos e bois) no biogás usado nos 64 ônibus do lugar e no primeiro trem movido a cocô do mundo, que tem autonomia para percorrer 600 quilômetros. Enquanto isso, 12 postos abastecem os carros locais, economizando 5,5 milhões de litros de gasolina. Com isso, 9 toneladas de CO2 deixam de ser lançadas no ar por ano.

Mesmo assim, ainda existe um pré-sal de cocô a ser explorado. Simplesmente porque quase todo ano ele é desperdiçado por falta de saneamento básico. No mundo, 2,5 bilhões de pessoas não contam com esse luxo. Não é que não tenham acesso ao esgoto. Eles não possuem sequer uma fossa: vão para campos abertos de defecação, linhas de trem, florestas... E em algumas favelas, partem para o toalete-helicóptero: fazem num saquinho e jogam no telhado do vizinho.

Inspirador, não? Bom, para o empresário sueco Andrés Wihelmson foi. Primeiro ele viu saquinhos de cocô voando em favelas do Quênia. Depois, constatou que esses lugares tinham bastante espaço livre que poderia ser usado para plantar. Aí ele juntou as duas coisas numa ideia só: fazer saquinhos-privada biodegradáveis e com produtos químicos que matam os germes do cocô. Depois de se aliviar, você enterra a caca e ela vira adubo. Andrés já testou a coisa na África e deve começar a produção neste ano. A intenção não é fazer caridade, mas vender os saquinhos pelo equivalente a R$ 0,05. Com lucro. Pois é: com cocô não se brinca.
Mercado de m... 
Nem só de adubo e de bioenergia vive a indústria do cocô 

CAFÉ
O luwak, um tipo de sagúi asiático, é tão fresco que só come os melhores grãos de café arábica da Indonésia. Depois de sair de seu ânus, os grãos produzem o mais caro do mundo - até US$ 100 a xícara. Seleção natural!

PAPEL
Um elefante descarrega pelo intestino fibra suficiente para produzir 115 folhas de papel por dia. Uma agenda de cocô de elefante tailandês sai por US$ 15. Já um par de cartões de visita de cocô de panda sai por US$ 8.

INCENSO 
Na Índia tudo o que vem dos 250 milhões de vacas é sagrado - inclusive o 1,25 milhão de toneladas de cocô que fazem por dia. Ele é usado como incenso. Os mais devotos usam a fumaça para defumar queijo.

CARVÃO
Nas casas pobres indianas é comum ver no quintal mulheres amassando estrume e transformando em bolachas - para secar e guardar e usar como combustível para o fogão. Ou como enfeite nas paredes.

SABONETE
Feito com cocô de vaca hare krishna, o sabonete Angarag (R$ 0,60) é um must. Ele vem de uma fazenda mantida por monges. Aproveite e leve o Netra Jyotri (15 ml): um colírio à base de urina de vaca, por R$ 0,80.

BATOM
A ideia vem da empresa de tratamento de esgoto de Londres, Thames Water. Rico em gorduras (4% do cocô são lipídios), o lodo de esgoto pode ser fonte da matéria-prima para fazer cosméticos.

PRIVADA

É como fechar um ciclo, hehe. A designer Virginia Gardiner criou uma privada descartável feita 90% de cocô de cavalo. Depois de usar, você pode colocar a privada inteira num biodigestor para produzir energia.

quinta-feira, 25 de dezembro de 2014


Foto de Gerson Gomes
Foto de Gerson Gomes


Mais um ano se passou, mais um Natal que passamos juntos. Desejo que o verdadeiro espírito do Natal esteja presente nas casas de cada um de vocês, com muito amor, paz, saúde e harmonia. Vamos celebrar o nascimento de Jesus. Que Deus ilumine a todos vocês. São os meus votos e de toda a família Garotinho. Feliz Natal! 

FONTE BLOG DO GAROTINHO

Nazaré

Igreja
Nazaré, ou Natsrat, como o nome é pronunciado em hebraico, é o berço do cristianismo, a cidade na qual, de acordo com a tradição, o anjo Gabriel anunciou a Maria que ela iria receber a missão de conceber pelo Espírito Santo, e o lugar onde Jesus passou a sua infância e juventude. Nazaré, na Galileia Baixa, está localizada no centro de um vale rodeado por montanhas que abraçam vários dos mais importantes sítios cristãos no mundo. Esta é uma cidade de religião e fé, de espiritualidade e santidade, mas também uma cidade com uma história rica, uma arqueologia fascinante, uma cultura moderna e cheia do charme do Oriente Médio.

Nazaré, que começou como um pequeno vilarejo judeu a cerca de dois mil anos atrás, se tornou um baluarte do cristianismo no período bizantino, depois de apenas poucos séculos.  Durante este período o nome Nazaré se espalhou pelo mundo, e o desejo de ver o lugar no qual a Virgem Maria e Jesus Cristo viveram tornou a cidade um popular sítio de peregrinação.  Estas visitas fizeram com que se construísse a primeira igreja da cidade, a Igreja da Anunciação, no local onde tradicionalmente ficava a casa de José e Maria.  Muitas outras igrejas foram construídas pela cidade, e foram destruídas e reconstruídas conforme as mudanças nos domínios muçulmanos e cristãos durante os séculos.  No século XIX Nazaré tornou-se novamente uma cidade atrativa e os cristãos voltaram a viver nesta cidade e a reconstruir igrejas e monastérios.  Hoje em dia Nazaré é a maior cidade árabe em Israel, e tem cerca de 20 igrejas e monastérios, além de mesquitas e sinagogas antigas.

Fazer uma excursão por Nazaré é como reviver os seus diversos períodos. Cada era passada deixou um símbolo poderoso que se tornou um local turístico agradável e popular na era moderna. A maior parte das atrações turísticas se concentra na Cidade Velha de Nazaré, que foi construída no meio do século XIX em um estilo arquitetônico charmoso, do Oriente Médio. Um passeio pelas estradas estreitas, entre as casas pitorescas, é uma experiência impressionante, e vale a pena caminhar lentamente para desfrutar de toda a beleza. 

Existem muitas igrejas antigas na Cidade Velha, com a Igreja da Anunciação no topo da lista. A igreja reconstruída retém partes das igrejas anteriores, dos períodos cruzado e bizantino. A igreja também abriga uma impressionante coleção de pinturas.

Ao lado desta igreja se encontra a Igreja de S. José, construída nas ruínas das estruturas agrícolas nas quais, de acordo com a tradição, José, marido de Maria, tinha a sua carpintaria.  Enquanto que a Igreja da Anunciação foi construída no local da casa de Maria, a Igreja da Anunciação grega ortodoxa foi construída sobre o Poço de Maria, do qual se diz que a mãe de Jesus bebeu.  Esta é uma estrutura do período das cruzadas, e tem afrescos interessantes. Ao lado do Poço de Maria se encontra a Igreja grega ortodoxa da Anunciação, dentro de um hall do período cruzado.  De acordo com a tradição aí se encontrava a sinagoga na qual Jesus rezou. 

Entre as muitas outras igrejas de Nazaré há a Igreja Mensa Christi
, a Igreja Maronita, a Igreja de S. Gabriel e a Igreja Salesiana.  A Cidade velha também tem edificações importantes do período otomano, incluindo a Saraya, ou a Casa do Governo, construída por Daher El Omar, o governador da Galileia no século XVIII, e a Mesquita Branca, que hoje em dia é usada como uma casa de orações e um centro educacional e cultura. A Mesquita Branca abriga um museu que exibe a história documentada de Nazaré.

Nenhum passeio à Cidade Velha estará completo sem uma visita ao mercado local, que se tornou uma atração popular e bem-conhecida graças às barraquinhas coloridas e a variedade de mercadorias. No Mercado é possível desfrutar de um banquete visual de tecidos iguais aos usados em períodos antigos, provar os condimentos e a comida local, e ver os trabalhos de arte e os souvenires. Todos os sons, as visões, os odores e os sabores prometem uma vivência autêntica do Oriente Médio.

Nazaré está cheia de cantinhos fascinantes e adoráveis, que irão abrir o seu coração para a sua beleza. Outro local que vale a pena visitar durante o passeio a pé é o passeio no cume de Nabi Sain, para desfrutar da vista maravilhosa da Galileia. Pode-se visitar a antiga casa de banho turca, que foi descoberta durante a renovação de uma das lojas da cidade, dar uma olhadinha numa mansão senhorial elegante que exibe as riquezas e os costumes da classe alta otomana no século XIX, incluindo alguns afrescos incríveis. É também interessante visitar a casa do bispo grego-ortodoxo, onde se pode andar através de uma série de passagens subterrâneas que foram descobertas no pátio. Outro local interessante é o complexo construído pelos russos como um albergue para os peregrinos.

Nazaré, que acolheu peregrinos por séculos, tem hotéis cristãos e hotéis elegantes, para o conforto dos turistas que invadem este local importante, especialmente na época do Natal. Dezenas de restaurantes servem comidas deliciosas, com aromas maravilhosos, que atraem visitantes durante o ano todo. Nazaré é gloriosa no Natal, quando a cidade está decorada para as festas e suas cores e excitamento se juntam a atmosfera e aos sons das orações que emanam das igrejas da cidade.

Crise hídrica em SP é resultado de anos sem planejamento

Crise hídrica em SP é resultado de anos sem planejamento

Uma crise hídrica da gravidade dessa enfrentada por São Paulo é reflexo de anos de falta de planejamento, e não apenas de um ano com escassez de chuvas. O país cuida pouco de seus mananciais, de seu potencial hídrico. Mas um lugar como São Paulo tem que ter visão de longo prazo, deve se preparar para anos com secas extensas e outros com muita chuva. Os especialistas tem alertado para esse clima de extremos.
Qualquer administrador público precisa ouvir seus especialistas de cada área para se preparar para os cenários. A situação hidrológica em São Paulo veio se deteriorando enquanto o governo do Estado negava estar fazendo racionamento, mesmo com o noticiário repleto de casos de falta d´água na casa das pessoas.
Se daqui há muitos anos alguém analisar os índices de inflação de 2014 vai pensar que São Paulo vivia com fartura de água. Isso porque o governo do estado baixou a tarifa para quem diminuiu o consumo. Mas não fez a outra parte, a punição a quem consumiu mais. O resultado é que, por escolha do governo, um produto escasso ficou mais barato.

Prumo assumirá estaleiro da OSX no Açu em acordo da recuperação judicial

A grande área prevista para uso do estaleiro (Unidade de Construção Naval - UCN) da OSX no Açu sempre foi questionada. Na ocasião a área de 3,2 milhões de m² cedida pela LLX à OSX já era considerada absurda, mesmo diante de tudo que se projetava.

Me recordo quando numa das audiências públicas na Alerj para debater o Porto do Açu, no final de 2013, no auge da crise, quando o fundo americano EIG tinha acabado de assumir o controle da LLX, um dos membros do conselho de administração da LLX disse que aquela área era maior do que a área somada de todos os estaleiros brasileiros naquela época. (Veja aqui)

Pois bem, agora, com a divulgação dos acordos sobre a recuperação judicial da OSX, oficialmente passa a se saber que a Prumo tem interesse em explorar comercialmente o estaleiro (UCN) da OSX.

A informação do a cordo para exploração da área no Porto do Açu está previsto no plano de recuperação judicial da empresa foi confirmada pelo site Brasil Energia. O contrato foi previsto no plano de recuperação judicial da companhia, aprovado no dia 17/12.

A revista afirmou ainda que:

1 - A OSX contratará a Prumo para gerenciar a exploração comercial do estaleiro da empresa, no Porto do Açu.. O acordo será fechado com a Porto do Açu, subsidiária da Prumo, que terá exclusividade para prospectar novos investidores para a área.

2 - O arrendamento da área de 3,2 milhões de m² será usado para que a OSX volte a pagar o aluguel mensal original do contrato com a Porto do Açu, além de ajudar no pagamento de demais credores. As dívidas com a Porto do Açu são abrangem ainda o rateio dos investimentos em infraestrutura realizados para a construção do terminal 2.

3 - O plano de recuperação judicial ainda está sujeito à aprovação da Caixa Econômica Federal, o que deve ocorrer em 31 de janeiro de 2015. A OSX vai disponibilizar todos os seus ativos para o cumprimento dos compromissos e tem como meta pagar integralmente 65% dos credores até 24 meses após a homologação do plano.

É ainda importante lembrar que o Fundo EIG que hoje já controla cerca de 60%  (subiu de 52,9% para 59,6%) das ações da Prumo Logística Global S.A. (ex-LLX) tem também participação no consórcio Sete Brasil que concentra as atividades de contratação de construção naval de embarcações para operar atividades offshore de exploração de petróleo no litoral brasileiro.

A Prumo tem avançado no controle das ações comprando participação que antes era do Fundo de Previdência dos professores da província de Ontário no Canadá (OTPP). 

Os investidores minoritários que hoje detém 19,3% começaram a especular que o maior percentual de controle da Prumo poderia ter por trás informações sobre melhorias e contratos futuros que ainda não são conhecidos. (Veja abaixo a atual participação acionária na empresa Prumo Logística Global S.A.)



Isto explicaria porque as ações da Prumo estariam ainda tão desvalorizadas, mesmo após os embarques de minério de ferro e do início de atividades das empresas de apoio offshore junto ao terminal 2 do Porto do Açu.

É certo que a Prumo vislumbra outras possibilidades de negócios com essa área retomada da OSX e que foi fruto da desapropriação de terrenos e áreas rurais, já que a OSX há muito deixou de honrar com o pagamento de aluguéis. As alternativas vinculadas às atividades de apoio offshore são muitas. 

Além disso, as instalações inconclusas da Unidade de Construção Naval (UCN) da OSX junto ao terminal 2 do Porto do Açu podem vir a ser bases de construção naval de projetos atualmente desenvolvidos nos estaleiros das empresas que estão sendo investigadas na Operação Lava a Jato.

Continuamos, mesmo de longe, acompanhando o desenrolar das negociações sobre o Porto do Açu e das consequências delas para toda a região. O blog abre espaço para maiores informações.

quarta-feira, 24 de dezembro de 2014

Empresas tratam esgoto e conseguem reutilizar a água

Estratégia é barata e ajudou empresas no período de seca do Sudeste.
Shopping em SP economizou ao tratar o esgoto de todos os sanitários.

André Trigueiro
Para enfrentar a seca no Sudeste, algumas empresas desenvolveram uma estratégia de baixo custo: tratar o próprio esgoto e reutilizar a água.
A água de reuso já é um bom negócio, especialmente em São Paulo, castigada por uma das piores estiagens da história. É o caso de uma locadora de roupas e toalhas para salões de beleza, onde lavam-se 2 milhões de peças por mês. Para isso, é preciso muita água: 20 mil litros por dia. A solução foi reaproveitar a água despejada pelas máquinas.
No espaço pequenininho nos fundos da empresa, com apenas 7 metros quadrados, é suficiente para abrigar uma miniestação completa de tratamento de esgotos.
A água ensaboada da lavanderia é filtrada e se transforma em água de reuso. Essa é a etapa final do tratamento. A água é devolvida às máquinas de lavagem, com menos custo e menos desperdício para a empresa. O investimento foi de R$ 80 mil. A água reutilizada aliviou as contas da empresa.
“Eu gastava uma média de R$ 8 mil por mês para a manutenção da minha água e hoje eu estou gastando entre os produtos químicos, o tratamento, eu estou gastando R$ 3 mil. Então, se você fizer um cálculo bem rápido, eu estou levando uma vantagem de R$ 5 mil por mês”, conta Adolfo Buttler, dono da lavanderia.

Uma parte importante do processo de tratamento de esgoto dentro da empresa é o lodo residual, que é aquilo que é retido pelos filtros e tem uma cor acinzentada. O lodo do afluente de tratamento em estado semi-sólido tem uma porcentagem significativa de água. Não é um resíduo perigoso.
Quando esse resíduo está seco, como ele tem 90% de algodão, pode servir como biomassa e pode ser agregado com artefatos da construção civil fazendo um tijolo ecológico, que é uma das alternativas que eles buscam.

Há sete anos um shopping em São Paulo começou a transformar a água o esgoto que vem dos sanitários e  da praça de alimentação. Resultado: a conta de água, que era de R$ 80 mil por mês, caiu para R$ 20 mil. Até o momento já foi possível economizar R$ 2,5 milhões.
"Esse sistema me permite eu consumir 30% a menos de água da rede pública reutilizando a água que tenho aqui internamente no shopping e que normalmente seria descartada", diz Ricardo Gonçalves Omar, gerente de operações do shopping.
No resultado final do tratamento na microestação, a água que é reutilizada no shopping tem uma coloração meio amarelada. Mas, para evitar o risco de algum cliente ou funcionário fazer uso dessa água como água potável, eles têm o cuidado de misturar um corante da cor azul para que o resultado final fique com a coloração meio azul esverdeada que a água de reúso que circula pelo shopping.
Ninguém estranha o uso dessa água na limpeza do shopping, nos equipamentos ou no ar condicionado. Mas, e nos banheiros? 
"Estranhei até o momento em que eu tive que fazer o trabalho da escola que eu descobri o porquê que era daquela cor. Sobre o reúso da água. Eu fiz sobre o shopping e levei uma nota muito boa por isso", afirma a balconista Cristina Domingues.
Uma fábrica de remédios em Itapevi, na Grande São Paulo, produz 9 milhões de litros da água de reúso por mês. O que não é usado na indústria é doado para a prefeitura local para limpar ruas e regar canteiros.
"Nós disponibilizamos durante um ano cerca de 220 mil litros de água e esse recurso nós temos a intenção de aumentar gradativamente conforme nós aumentarmos o volume nosso de tratamento", explica Isamara Garcia Freitas, gerente de gestão ambiental.
Na coluna Sustentável, já foi mostrado o maior projeto de água de reuso da América Latina. É o Projeto Aquapolo, uma parceria da Sabesp, a companhia de águas e esgoto de São Paulo com a iniciativa privada, que distribui água de reuso para 10 fábricas da região do ABC.
A economia de água potável equivale ao consumo diário de uma cidade com 500 mil habitantes. E poderia ser maior. O Aquapolo tem capacidade de produzir 1.000 litros por segundo de água de reúso, mas só entrega 650 mil porque faltam interessados.
Um outro problema, segundo os técnicos do setor, é que as leis não são suficientemente claras no Brasil quando o assunto é água de reúso.
 "No Brasil, a legislação não é específica para reúso, ao contrário de outros países do mundo que praticam isso há muito tempo e têm legislações específicas que criam parâmetros que dão ordem como fazer isso atribuindo responsabilidades, dão segurança às áreas executivas para que elas possam agir", diz Paulo Nobre, superintendente de tratamento de esgoto da Região Metropolitana da Sabesp.
Hoje, menos de 0,1% da água produzida no país é de reúso. Em Cingapura, por exemplo, o percentual de água reciclada chega a 30%. Para Luciano Borges, especialista da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro), quando água de reúso vira política pública, os resultados aparecem rápido.
"Israel consegue utilizar 70% do esgoto tratado, o sul da Europa, cerca de 40 a 50%. O mesmo número alcançado em alguns estados americanos", aponta Luciano Borges, professor de engenharia química da Coppe/UFRJ.
No Brasil, até as comunidades rurais poderiam ser beneficiadas com a água de reúso. Pelas contas da Ana (Agência Nacional de Águas), com o esgoto tratado de uma cidadezinha de 20 mil habitantes seria possível assegurar água para irrigar uma área equivalente a 60 campos de futebol.    
Evitar o desperdício de água não é o suficiente. O Brasil precisa fazer muito mais para evitar falta d'água e prestar mais atenção na riqueza escondida nos esgotos.

O Mapa do Carbono

O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,impacto-de-desastres-naturais-recai-sobre-pobres,1577479O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,impacto-de-desastres-naturais-recai-sobre-pobres,1577479O material jornalístico produzido pelo Estadão é protegido por lei. Para compartilhar este conteúdo, utilize o link:http://sustentabilidade.estadao.com.br/noticias/geral,impacto-de-desastres-naturais-recai-sobre-pobres,1577479

O Mapa do Carbono



Esta ferramenta mostra onde estão os maiores emissores e consumidores de combustíveis fósseis e quais são as populações mais afetadas
Por Marina Maciel Fonte: Planeta Sustentável


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Um mapa mundi interativo e muito dinâmico – lançado durante a Cúpula do Clima, em Nova York – revela a performance (causas e riscos) de cada país no quadro da smudanças climáticas.
Neste Mapa do Carbono, é possível visualizar as nações que mais emitem gases de efeito estufa e as que estão mais vulneráveis aos impactos das alterações climáticas. Além disso, o aplicativo exibe as responsabilidades de cada país frente ao aquecimento global e permite comparar área, população e riqueza das nações.
As informações são exibidas de forma clara conforme a área dos países aumenta ou diminui, dependendo da métrica escolhida. A imagem abaixo é exemplo disso: ela mostra como cada região ou nação está em termos de emissões históricas – observe que os países ricos aparecem inflados, como o Reino Unido, revelando assim seu papel na Revolução Industrial movida a carvão.
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Outra abordagem possível pelo mapa é a correlação de métricas. Isso significa que você pode aplicar mais de um filtro ao mapa para ver a relação entre eles por meio da distorção do tamanho dos países e de diferentes cores. As duas imagens abaixo exemplificam, respectivamente, a correlação entre a pegada de carbono ecrescimento populacional (baixa) e entre crescimento populacional e pobreza (muito alta).
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No entanto, o Mapa do Carbono não exibe pequenas ilhas insulares – grandes prejudicadas pelo aumento do nível do mar – porque leva em conta o número total de pessoas expostas em cada categoria, e não a proporção. Como as populações das ilhas são pequenas, as nações não aparecem no cartograma.
Produzido originalmente pelo jornalista Duncan Clark e pelo programador e matemático Robin Houston para a competição Apps for Climate 2012*, do Banco Mundial, o mapa foi adaptado recentemente para o The Guardian e lançado durante a Cúpula do Clima, realizada no final de setembro na sede da ONU, em Nova York.

Baixa vazão do Rio Piracicaba revela novas paisagens; veja 'antes e depois'

Baixa vazão do Rio Piracicaba revela novas paisagens; veja 'antes e depois'

Volume de água estava 85% abaixo da média para outubro nesta quinta (9).
Imagens da cheia do manancial, cinco anos atrás, mostram a força da água.

Do G1 Piracicaba e Região


A baixa vazão do Rio Piracicaba revelou novas paisagens ao longo do trecho do manancial que passa pela área central de Piracicaba (SP). Famoso pela antiga abundância no volume e ainda por preocupar moradores em época de cheia, o rio sofre com a falta de chuvas desde o início do ano devido à crise hídrica. Em vários pontos, como no salto e na turística Ponte Pênsil (foto acima), a imagem da seca desta terça-feira (7) contrasta com a de cinco anos atrás.
Essa falta d'água revelou as pedras do fundo do manancial e provocou mudanças na paisagem. Na imagem do salto do rio, local famoso do manancial, a força da água se destaca em meio a um cenário praticamente sem pedras. Na foto abaixo, tirada também na terça, no Parque do Mirante, no entanto, há mais pedras do que água e é possível ver bastante vegetação do fundo do Rio Piracicaba. A imagem da cheia foi registrada também em 2009.Nesta quinta-feira (9), a vazão do manancial às 7h era de 11,21 mil litros de água por segundo, valor 85% abaixo da média para dias de outubro, conforme dados do Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee) do Estado de São Paulo. No mesmo dia em 2013, o volume de água era de 64 mil litros de água por segundo. O nível também apresentou índices ruins nesta quinta, pois a profundidade era de 80 centímetros, quando o normal para esta época do ano é 1,60 metro. No mesmo dia, em 2013, o nível era de 1,57 metro.
Na comparação acima, por exemplo, a mesma árvore no lado direito da imagem está em situações distintas. A diferença é que na foto tirada em 2009, a água cobre parte da planta. Além disso, ao fundo, é possível ver a mudança entre a distância do rio e a Ponte Pênsil. O registro da imagem foi feito no Aquário Municipal.
A distância da água chama ainda mais atenção nesta terceira imagem, com fotos desta quarta-feira (8) e de 2011. Nesse ponto, onde fica uma das entradas do Engenho Central, na Avenida Beira Rio, atualmente é possível caminhar por pedras que estão aparentes no manancial devido à forte estiagem.
Rio Piracicaba nesta sexta-feira (3) (Foto: Fernanda Zanetti/G1)'Tapete verde' se formou em ponto do
Rio Piracicaba (Foto: Fernanda Zanetti/G1)
Bacias prejudicadas
Ministério Público Federal e Estadual moveram uma ação civil contra os gestores do Sistema Cantareira porque consideram que houve "vazio de regras" na gestão, o que prejudicou as bacias dos rios Piracicaba, Capivari e Jundiaí (PCJ).
Departamento de Águas e Energia Elétrica (Daee), Agência Nacional de Águas (ANA) e Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) são réus no caso e acusados pelos promotores de terem faltado no cumprimento no planejamento do uso da água, o que deixou a situação da maneira que está atualmente.
Tapete verde
A vegetação inclusive formou uma espécie de "jardim" no trecho do manancial próximo à ponte do antigo anel viário que liga as rodovias Deputado Laércio Corte (SP-147) e Luiz de Queiroz (SP-304). O "tapete verde" formado no local tem aproximadamente 150 metros de comprimento e cobre o rio de uma margem à outra. A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb), por meio da assessoria de imprensa, informou que esse tipo de vegetação é muito comum em rios quando estão com baixa vazão.
Menor vazão em 30 anos
No dia 16 de setembro, o Rio Piracicaba teve recorde de menor vazão em 30 anos. O recorde anterior havia sido estabelecido 37 dias antes, segundo dados do sistema de telemetria do Departamento de Água e Energia Elétrica (Daee). No trecho da Rua do Porto, próximo à área central de Piracicaba, a vazão era de 9,45 mil litros por segundo, e o nível era de 76 centímetros, no último dia 16.
Rio Piracicaba em 2009 (Foto: Bolly Vieira/Arquivo pessoal)Salto do Rio Piracicaba em 2009 (Foto: Bolly Vieira/Arquivo pessoal)
Região do Salto do Rio Piracicaba nesta terça (7) (Foto: Leon Botão/G1)
Salto do Rio Piracicaba, em 2009, durante período de cheia (Foto: Bolly Vieira/Arquivo pessoal)Salto do Rio Piracicaba, em 2009, durante período de cheia (Foto: Bolly Vieira/Arquivo pessoal)