quarta-feira, 2 de julho de 2014

Qual o tamanho do lixo da Copa?

Qual o tamanho do lixo da Copa?

Vanessa Barbosa - EXAME.com - 24/06/2014
paulisson miura/Creative Commons


Festas de rua com muita bandeirinha, fitas e serpentinas coloridas, comércio movimentado, bairros tomados por turistas de todo o mundo e, claro, sujeira multiplicada. Se não dá pra saber quem será o novo campeão do mundo, o aumento da geração de lixo é resultado previsível de um megaevento como a Copa do Mundo.

No Brasil, o Mundial deve gerar um volume adicional de cerca de 15 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos durante todos os dias de evento. O lixo extra equivale ao total coletado em um único dia na cidade de São Paulo. A estimativa é da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe).

Na conta entra a coleta da varredura urbana, incluindo o total gerado com o turismo, nos estádios e nas Fan Fests que acontecem nas cidades-sede do torneio. 

E o lixo gerado dentro dos estádios? A estimativa é de que 320 toneladas de lixo sólido sejam produzidos nos 64 jogos do Mundial nas arenas que receberão os jogos da competição.

Todo esse resíduo será coletado e encaminhado à reciclagem em cooperativas, parte de uma ação de gerenciamento da FIFA em parceria com a Coca-Cola. Ao todo, 840 catadores capacitados trabalham na coleta do lixo durante as partidas nos estádios.

terça-feira, 1 de julho de 2014

Conheça 3 rios que já foram muito poluídos e hoje estão limpos

Conheça 3 rios que já foram muito poluídos e hoje estão limpos
Maio de 2014 • 


Diversos rios brasileiros têm sofrido as consequências da poluição. O maior exemplo disso é o rio Tietê. As águas que cortam boa parte do estado de São Paulo já foram palcos de inúmeras provas aquáticas e serviram de quintal para a criação de clubes de regata na capital paulista. Há anos, no entanto, autoridades têm elaborado projetos para despoluí-lo e devolver a vida que já existiu neste rio tão importante.
Como incentivo, o CicloVivo separou exemplos de três rios pelo mundo que já foram reconhecidos pela péssima qualidade de suas águas, mas que, após muito esforço, se tornaram referência em recuperação ambiental e esforço político.
1. Rio Tâmisa
Este é talvez o caso de despoluição mais famoso do mundo. O rio, que corta a capital britânica, sofreu intensamente com a evolução da indústria. A água deixou de ser potável em 1610. Mas, o pior aconteceu mesmo no século 18, quando os resíduos da indústria em crescimento eram despejados diretamente no rio, assim como uma grande quantidade de esgoto doméstico.
A situação era tão grave que o rio ficou conhecido como “O Grande Fedor” e foi considerado biologicamente morto. A mudança começou a acontecer em 1957, com a criação de legislações rígidas, que proibiam o lançamento do esgoto diretamente no rio. Acompanhado disso, a cidade de Londres investiu pesado em estações de tratamento. A estimativa é de que mais de cinco bilhões de reais tenham sido usadas em todo o processo. O resultado compensou. Hoje o Tâmisa possui 125 espécies de peixes, 400 de invertebrados e é palco para navegação e a prática de esportes náuticos.
2. Rio Reno
A despoluição do Rio Reno foi um grande exemplo de esforço político entre países. Com 1,3 mil quilômetros de extensão, ele passa por seis países e diversas áreas industriais. Após ser considerado a “cloaca” europeia, as nações se uniram e resolveram dar um basta nessa fama e mudar a situação do Reno.
Em 1976, Suíça, Holanda, França, Bélgica, Luxemburgo e Alemanha criaram a Comissão Internacional de Proteção do Reno. Onze anos depois veio o passo decisivo e o início da operação para salvar o rio, com o Programa de Ação para o Reno. As operações custaram aproximadamente US$ 15 bilhões, obtidos através de iniciativas políticas e privadas. Vinte anos depois, o Reno é considerado oficialmente um rio limpo, com 95% de todo o esgoto que recebe sendo tratado. Além disso, suas águas acolhem 63 espécies de peixes, praticamente tudo o que vivia lá antes da poluição.
3. Córrego Cheonggyecheon
Localizado em Seul, na Coreia do Sul, o córrego urbano chegou até mesmo a ser coberto por concreto e nos anos de 1976 cerca de 5.6km de vias elevadas foram construídos acima dele. As construções permaneceram até 2003, quando urbanistas decidiram derrubá-la para revitalizar a área e ajudar Seul a se tornar uma cidade moderna e ecologicamente correta.
O projeto de restauração do Córrego Cheonggyecheon levou em torno de dois anos e custou por volta de 281 milhões de dólares, porém, foi criada uma linda área verde ao longo do centro da cidade. Hoje, além de possuir águas extremamente limpas e bem tratadas, mesmo com a urbanização ao seu redor, o córrego também é um ponto turístico, referência em beleza e uma alternativa para manter a natureza em meio ao centro urbano.
Por Thaís Teisen - Redação CicloVivo

10 gigantes dos alimentos que afetam o planeta como um país

10 gigantes dos alimentos que afetam o planeta como um país

Juntas, se fossem um país, estas empresas seriam a 25ª nação com maior emissão de gases efeito estufa no mundo, aponta novo relatório da Oxfam

segunda-feira, 30 de junho de 2014

Poluição pode fazer plantas carnívoras virarem vegetarianas

Poluição pode fazer plantas carnívoras virarem vegetarianas
20 de Maio de 2014 • Atualizado às 10h24


Uma pesquisa realizada na Suécia indica que plantas carnívoras expostas à poluição tendem a comer menos insetos. A justificativa para isso, deve-se ao fato de que em ambientes poluídos os níveis de nitrogênio são mais altos e absorvidos pela planta através de suas raízes, descartando a necessidade de se alimentar de insetos para adquirir este tipo de nutriente.
A espécie analisada foi a Drosera rotundifolia, bastante presente em pântanos, lamaçais e brejos, principalmente no continente europeu. Estes habitat possuem poucos nutrientes, por isso, a planta é obrigada a aumentar a ingestão de nitrogênio, normalmente aprisionado em mosquitos e outros insetos que ficam presos em suas folhas pegajosas.
O estudo mostra que, em consequência das ações humanas que envolvem a queima de combustíveis fósseis para transporte e indústria, a quantidade de nitrogênio depositado nesses locais aumentou muito. Por causa disso, os ecossistemas têm sofrido diversas alterações em seu crescimento.
De acordo com a pesquisa, que foi publicada na New Phytologist, em áreas levemente poluídas, as plantas têm 57% de seu nitrogênio proveniente dos insetos. No entanto, nas áreas com maiores índices de poluentes, o nível de nitrogênio obtida da maneira natural foi de apenas 22%. “Se há uma abundância de nitrogênio disponível para as suas raízes, eles não precisam comer tanto”, explicou o principal autor do estudo, Dr. Jonathan Millett, da Universidade de Loughborough.
Essa mudança na dieta pode ter vários impactos nas plantas, uma delas é tornar as folhas menos pegajosas, o que captaria menos presas. Além disso, a cor seria alterada de um vermelho vivo para verde, atraindo menos insetos. As plantas carnívoras que se enquadram nesta posição, recebem os nutrientes captados pelas raízes, mas se tornam mais fracas e vulneráveis ao longo do tempo.
Millett explica que é possível haver uma redução e talvez até mesmo a extinção de espécies carnívoras devido à poluição. As plantas ficam maiores, mas menos adaptadas e acabam perdendo nutrientes ao longo do tempo.
As análises foram feitas no norte da Suécia, onde as taxas de nitrogênio são de 1,8 kg por hectare ao ano. Agora, os cientistas se preparam para repetir as experiências no Reino Unido, onde a poluição é muito maior, perto de 30 kg por hectare.
Redação CicloVivo

Estado de SP ganha novas categorias de áreas protegidas

Estado de SP ganha novas categorias de áreas protegidas


Eco-Museu e Estrada-Parque estão entre as novas categorias de áreas protegidas criadas no Estado de São Paulo com a regulamentação de um decreto publicado no dia 27 de março pela Secretaria do Meio Ambiente. O decreto institui o Sistema de Informação e Gestão de Áreas Protegidas e de Interesse Ambiental do Estado de São Paulo (Sigap) e abre a possibilidade para a criação de áreas não previstas pela lei federal que criou o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza (SNUC). A norma será complementada por um projeto de lei ainda em elaboração.
O Estado possui uma única estrada-parque criada por lei - um trecho de 38 quilômetros da SP-139, no interior do Parque Estadual Carlos Botelho, em São Miguel Arcanjo - e não dispõe oficialmente de um eco-museu. Essas e as outras novas modalidades - Paisagem Cultural, Monumento Geológico e Área sob Atenção Especial do Estado para Conservação da Biodiversidade - não faziam parte do Sistema Ambiental Paulista.
Os sete monumentos geológicos já criados pelo governo estão sob a gestão do Instituto Geológico, órgão vinculado à secretaria. Alguns deles, como o Morro do Diabo e as Cavernas do Vale do Ribeira, encontram-se no interior de outras unidades de conservação, como os parques estaduais.
De acordo com a secretaria, o Sigap vai integrar as ações do poder público para assegurar um meio ambiente ecologicamente equilibrado. "Pode-se dizer que o sistema será a consolidação do SNUC no Estado de São Paulo, agregando categorias de áreas protegidas já consolidadas e outras ainda não incluídas no sistema federal, mas também de extrema importância ecológica", informa. Também integram o sistema paulista unidades como Reserva da Biosfera, Área de Patrimônio Mundial Natural, Reserva Legal, Área de Preservação Permanente, Área Úmida, Área Natural Tombada e Área de Cavidade Natural Subterrânea.
Decreto
O decreto trata ainda da alteração de limites das unidades e define os conceitos de zona de amortecimento, mosaico e corredor ecológico. Também institui um cadastro estadual único para as áreas de proteção ambiental ou interesse natural. A proposta de criação desse sistema foi originada em uma reunião realizada pela Secretaria do Meio Ambiente com lideranças e especialistas da área ambiental. O grupo gerou uma série de recomendações quanto ao manejo, fiscalização e gestão das áreas protegidas paulistas e a proposta foi debatida e aprovada pelo Conselho Estadual do Meio Ambiente (Consema).
Em continuidade ao decreto, um grupo de trabalho da Secretaria está elaborando o projeto de lei que complementará o sistema. Para o ambientalista Clayton Lino, dirigente da Reserva da Biosfera da Mata Atlântica, a lei é necessária para suprir lacunas deixadas pelo decreto. "Algumas dessas áreas protegidas já têm legislação, enquanto outras, como a RPPNs (Reserva Particular do Patrimônio Natural), não podem ser instituídas apenas por decreto", disse. Segundo ele, o decreto foi editado sem que a discussão fosse aprofundada, inclusive com consulta pública. "Esperamos que essa discussão ocorra durante a elaboração do projeto."
Matéria originalmente publicada no jornal O Estado de S. Paulo