domingo, 16 de fevereiro de 2014

Maior usina solar do mundo começa a gerar eletricidade

PERDEU, ABU DHABI

Maior usina solar do mundo começa a gerar eletricidade

Débora Spitzcovsky - Planeta Sustentável - 
Business Wire/Divulgação




Começou a funcionar nesta quinta-feira (13) a Ivanpah Solar Electric Generating Systemmaior usina de energia solar do mundo, que está localizada na Califórnia, nos EUA.

O título de maior complexo produtor de eletricidade proveniente do sol era da Shams 1usina localizada em Abu Dhabi, capaz de gerar 100 megawatts de energia. Mas hoje, após resolver questões regulatórias e problemas jurídicos e entrar em funcionamento, a Ivanpah desbancou bonito a concorrente árabe.

Em um terreno de 13 km², a usina abriga 300 mil espelhos para coletar a luz do sol e tem capacidade bruta de produção de 392 megawatts de energia - quase quatro vezes mais que a Shams 1, em Abu Dhabi.

Com o tanto de eletricidade que produz, a nova usina solar -que pertence às empresas NRG Energy, BrightSource Energy e Google - será capaz de abastecer cerca de 140 mil casas da Califórnia. Segundo comunicado oficial, ao passar a utilizar energia limpa, esses domicílios deixaram de gerar 400 mil toneladas métricas de CO2 por ano - o que equivale a remover 72 mil veículos das ruas.

sábado, 15 de fevereiro de 2014

O lucro da Copa é da FIFA; a conta é de todos nós


Reprodução do site Congresso em Foco
Reprodução do site Congresso em Foco


Muito se fala do legado da Copa do Mundo, porém quem pode comemorar é a FIFA. O povo brasileiro não muito a festejar fora de campo, tomaram que dentro das quatro linhas a seleção brasileira traga alegria, uma vez é de entristecer a matemática da Copa.

Os gastos da Copa vão ficar em R$ 28 bilhões, sendo que a iniciativa privada só entra com R$ 5,6 milhões. Na prática os cofres federais e estaduais vão pagar uma conta de R$ 22,4 bilhões, isso por enquanto, afinal ainda teremos aditivos aos contratos.

A FIFA não está nem aí, afinal projeta ter um lucro de R$ 10 bilhões, isso representa o dobro da Copa da Alemanha e 40% a mais que na África do Sul. É um negócio maravilhoso o legado da FIFA.

Gosto de futebol, torço pela seleção brasileira, mas me dói ver tantos bilhões de dinheiro público que poderiam ser utilizados na saúde, na educação em tantas áreas prioritárias. E o pior é que ainda tem a roubalheira, o superfaturamento, cujo caso mais emblemático é a reforma do Maracanã, que começou em R$ 450 milhões e ultrapassou R$ 1,5 bilhão.

Para vocês terem uma idéia o governo da Suécia desistiu de apresentar a candidatura de Estocolmo às Olimpíadas alegando que é um gasto muito alto e tem outras prioridades para atender a população. Isso na Suécia um dos países com melhor qualidade de vida e serviços públicos do mundo. Já no Brasil...

fonte BLOG DO GAROTINHO

QUARTA-FEIRA:flash de ações.







Atentai-vos:agora Plantio de quaresmeira na sede da Prefeitura.












ATENTAI-VOS:Agora na escola modelo do pq.Juliao Nogueira,plantando pau-brasil com a diretora Rosimara e tambem frutiferas.







Cabral acabou com projeto dos Piscinões, que precisa ser retomado


Reprodução do Extra online
Reprodução do Extra online


O jornal Extra mostrou ontem o domingo no Piscinão de Ramos, onde milhares de pessoas foram se refrescar e passar o dia. Como vocês sabem fui eu quem construiu o Piscinão de Ramos, depois Rosinha faria o Piscinão de S. Gonçalo. Depois Cabral abandonou tudo, passou para as respectivas prefeituras que também deixam a desejar, o de São Gonçalo voltou para o Estado. Boa parte do ano ficam abandonados, quando a minha idéia era serem freqüentados sempre, não apenas no verão.

No Grande Rio com o calor que só aumenta a cada ano e com a falta de lazer para a população de renda menor, a melhor opção hoje são os Piscinões de Ramos e de S.Gonçalo.

O que vocês não sabem que é o projeto previa mais três piscinões em Magé, Sepetiba (Zona Oeste do Rio) e Ilha do Governador. Hoje até avalio se este último talvez devesse ir para outra área, afinal o Piscinão de Ramos fica na entrada da Ilha do Governador.

Mas esse é mais um caso de iniciativas minhas e da Rosinha, que Cabral decidiu acabar porque as pessoas lembravam de nós. Foi mais um grande acerto do meu governo. O próximo governador tem o dever – ainda mais com previsão de verões cada vez mais quentes – de dar continuidade ao projeto dos piscinões. 

10 benefícios do alecrim para a saúde

10 benefícios do alecrim para a saúde



O  alecrim, originário da região do Mediterrâneo, é uma das ervas mais completas em termos de benefícios à saúde. Devido às suas propriedades, ele já se tornou frequente objeto de estudo de cientistas.
Também chamada de erva da alegria, seus óleos essenciais favorecem a produção de neurotransmissores responsáveis pelo bem estar. Ele é muito utilizado como aromatizante de ambientes, por ter odor agradável, e realça os sabores de alimentos como assados, carnes, legumes, molhos e pães.
A erva é considerada um excelente fitoterápico, por conter substâncias bioativas. As folhas secas ou frescas do alecrim são utilizadas para a preparação de chás e tinturas. As partes floridas são empregadas na produção de óleo essencial.
O CicloVivo separou dez dos muitos benefícios do alecrim, veja abaixo:
1 – Combate à tosse, gripe e asma
Por ser estimulante, o alecrim é indicado para controle da tosse e da gripe, além de combater crises de asma. As tosses acompanhadas com catarros também são eliminadas pelo alecrim devido a sua excelente ação expectorante.
2 – Equilibra a pressão arterial
A planta medicinal também é uma grande amiga para tratar a pressão alta, pois possui propriedades que ajudam a melhorar a circulação sanguínea.
3 – Auxilia o tratamento de dores reumáticas e contusões
Uma solução natural para o reumatismo que ajuda a aliviar as dores é utilizar compressas de alecrim. Pode-se aplicar o alecrim in natura ou o óleo essencial. Também é eficaz no tratamento de entorses e contusões.
4 – É diurético e ajuda a digestão
O alecrim é rico em minerais como o potássio, cálcio, sódio, magnésio e fósforo. A ingestão dessas vitaminas e minerais favorece a perda de peso por ter ação diurética. O chá do Alecrim é digestivo e sudorífero, o que faz aliviar os sintomas da má digestão. Além disso, auxilia na limpeza do fígado.
5 – Auxilia a menstruação
O chá do alecrim facilita a menstruação e alivia as cólicas menstruais.
6 – Reduz gases intestinais
Doses diárias do chá ou da tintura de alecrim são indicados para redução de gases intestinais, responsáveis pelo incômodo de muitas pessoas, por ter ação carminativa.
7 – Combate o stress
Conhecido por relaxar os nervos e acalmar os músculos, o alecrim aumenta o fluxo sanguíneo estimulando o cérebro e a memória. Por conter ácido carnósico, um ácido com propriedades antioxidantes essencial para o sistema nervoso, ajuda a lidar com situações de stress. Muito indicado para situações de estafa mental.
8 – Tratamento de hemorroidas
Para o tratamento via oral de hemorroidas inflamadas, o consumo da tintura do alecrim, por dez dias, pode ser eficaz.
9 – Reduz o mau hálito
A tintura diluída em água serve para bochechos contra o mau hálito, aftas, estomatites e gengivites.
10 – Tratamento para o couro cabeludo
Indicado como fortificante do couro cabeludo, como anti-caspa e também contra a queda de cabelo.
Contra-indicações: O chá ou tintura deve ser evitado na gravidez ou lactação, menores de 12 anos, prostáticos e pessoas com diarreia. A ingestão de doses elevadas provoca irritações gastrointestinais e nefrite. A essência de alecrim pode ser irritante para pele.
Redação CicloVivo

sexta-feira, 14 de fevereiro de 2014

As Cidades Fantasma e as Cidades Invisíveis


As Cidades Fantasma e as Cidades Invisíveis

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imagem: Plataforma Urbana
À primeira vista, a foto acima parece ter sido tirada em Paris. Mas um olhar mais atento nota que há algo estranho na paisagem da capital francesa. De outros ângulos, fica ainda mais claro que essa não é a Cidade Luz.
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imagem: Plataforma Urbana

Essas imagens são de Tianducheng, uma réplica de Paris construída em 2006 na província chinesa de Zheijiang, que tem uma Torre Eiffel e um Arco do Triunfo próprios. Tianducheng foi concebida para uma população de aproximadamente 10 mil habitantes, mas não conseguiu atrair mais de 2 mil. Hoje é uma cidade fantasma sem lastro cultural, com escassa atividade econômica e prédios vazios por serem inacessíveis financeiramente a grande parte de seus moradores – ao lado de habitações informais.
paris 4
imagem: Plataforma Urbana
Essa é apenas uma das muitas cidades fantasma que foram construídas no mundo sem terem tido a capacidade de atrair moradores.
Mas por que essas cidades não deram certo?
O urbanista e sociólogo Henry Lefebvre enunciou o que deveria ser a regra de ouro do planejamento urbano: as funções determinam as formas, que determinam as estruturas. Nas cidades medievais, por exemplo, a função de proteção da terra criou estruturas muradas ao longo das manchas urbanas. Já nas cidades mercantilistas, as pequenas vielas desembocavam em largos estruturados para atender à função dos mercados de rua.
O que ocorreu após a Revolução Industrial foi uma aceleração do crescimento econômico em uma escala monstruosa, e o vetor de Lefebvre foi invertido. Em vez de as estruturas estarem a serviço das funções das pessoas, as pessoas passaram a ficar a serviço de estruturas. Estruturas de trabalho e de gestão política e das próprias cidades. Para manter o crescimento econômico industrial, projetos de hardware (ou seja, infraestrutura) foram criados sem pensar nos softwares (usos possíveis dessa infraestrutura).
O que acontece é que junto com as cidades fantasma, o mundo tem uma porção de cidades informais, invisíveis. Compare por exemplo, a imagem que o Google Maps mostra da favela de Kibera, uma das maiores do mundo, em Nairóbi, no Quênia:
Captura de Tela 2013-10-30 às 10.35.32
Com a imagem de satélite da mesma região:
Captura de Tela 2013-10-30 às 10.35.42
Essas cidades invisíveis criam margens periféricas à formalidade. Em geral não são contempladas nem pela economia nem pelo poder público formais – portanto criam os seus próprios. E, talvez o maior importante, são as áreas que mais crescem nas ondas de urbanização mundiais, de acordo com Mike Davis, autor de Planeta Favela.
O inchaço das cidades invisíveis quando há uma porção de cidades fantasma pelo mundo mostra a urgente adaptação do planejamento urbano para uma disciplina mais focada em processos e menos focada em estruturas – a exemplo do que tenta fazer o Department Planing Unit da University College of London. Mas uma das iniciativas mais interessantes que tenta contemplar as cidades invisíveis está fora da academia. O Slum Dwellers International está tentando mapear manchas urbanas informais pelo mundo, criar programas de gestão informais dessas cidades e plataformas de trocas de informações e experiências entre favelas. Em outras palavras: eles estão construindo um mapa-mundi em negativo, que joga luz e esses emaranhados urbanos que não enxergamos, porque estão invisíveis à formalidade. De acordo com o SDI, pode ser que as cidades invisíveis até o final do século 21 acumulem a maioria das pessoas do mundo. Para Davis, a mão de obra mundial já é majoritariamente informal. “Se o dinheiro que circula pelo planeta fosse lastreado no trabalho das pessoas, o ranking das economias seria invertido”, diz Davis.
É urgente a reinversão do vetor de Lefebvre à ordem direta. Em vez de formatar pessoas que caibam nas estruturas das cidades, precisamos recuperar a habilidade de planejar cidades que contemplem a diversidade das pessoas.
(as imagens de Tianducheng foram extraídas dessa reportagem publicada em Plataforma Urbana)

quinta-feira, 13 de fevereiro de 2014

Ricardo Cardim: arqueólogo da natureza

Ricardo Cardim: arqueólogo da natureza

O ambientalista Ricardo Cardim não se cansa de rastrear espécies nativas em vias de extinção, como as mostradas nesta página, para reinseri-las na vida de nossas metrópoles

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Evelyn Mullerv/Divulgação
A língua-de-tucano, o manacazinho-do-campo e o angico-branco são algumas das espécies que, com o tempo, escassearam na metrópole paulistana

Divulgação
Ele cresceu num típico apartamento paulistano, entre o concreto e o asfalto. Mas sempre adorou o verde e, ainda na infância, recolhia sementes para plantar pela cidade. "Sou fascinado pelas espécies do Cerrado e da Mata Atlântica e, já naquela época, não entendia por que as árvores de São Paulo não tinham nada a ver com aquilo que eu estudava e admirava", conta Ricardo Cardim.

Em 2007, criou um blog que alimenta até hoje, o Árvores de São Paulo, onde posta curiosidades botânicas da história da metrópole e tenta defender nossa biodiversidade. 
"Hoje, 80% da vegetação da cidade de São Paulo consistem em espécies estrangeiras", diz Cardim
Essa atitude extrapolou o virtual em 2009, quando fazia mestrado na Universidade de São Paulo (USP) e resolveu limpar e explorar uma área abandonada no campus. "Descobri um museu vivo ali, uma paisagem remanescente de Cerrado, com arbustos, árvores frutíferas e flores raras. Essa mesma vegetação achei depois em outro terreno no Jaguaré, na região oeste." Foi atrás dos meios oficiais até conseguir a atenção para os locais como reservas de preservação.

Algumas daquelas mudas antigas e quase extintas Ricardo reproduz agora em viveiro para aplicar nos telhados e paredes verdes de sua empresa de paisagismo sustentável, a Sky Garden (veja as fotos no início da reportagem). "Essa foi a forma que encontrei de colocar meu objetivo em prática: resgatar nossa diversidade vegetal original nos centros urbanos." Próximo passo? Neste mês, Ricardo abre as portas de uma loja na capital para vender e propagar o valor dessas preciosidades.

UMA RÁPIDA AULA DE BOTÂNICA...


QUASE EXTINTA

A língua-de-tucano é típica de antigos cerrados de São Paulo. "O padre Anchieta a usou para fazer alpargatas na época da fundação da cidade."

COLORIDO RARO

O manacazinho-do-campo também escasseou na metrópole paulistana. "Mas era farta até um século atrás onde hoje fica o bairro de Higienópolis."

FLORESTA ORIGINAL

Araçá, embaúba, angico-branco, palmito-jussara e aroeira-pimenteira já povoaram a avenida Paulista. Hoje, estão entre as espécies que Ricardo usa nos telhados verdes.

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

TERÇA-FEIRA


Hoje primeira reuniao do conselho consultivo da APA da serra do Itaoca no centro de educacao ambiental as 16 h.Em marco tem primeira reuniao do conselho da APA da lagoa de cima.Em breve nova unidade de conservacao e na area urbana.



















Mais de 30 representantes,incluindo vereadores Nenem e Genasio participam da oficina do conselho do Itaoca.

Mudanças Climáticas Subestimando o aquecimento global: lacunas nos dados de temperatura do Ártico iludem cientistas e sociedade

Mudanças Climáticas

Subestimando o aquecimento global: lacunas nos dados de temperatura do Ártico iludem cientistas e sociedade

2014   -   Autor: Jeremy Hance   -   Fonte: Mongabay


Nenhum local na Terra está aquecendo mais rapidamente do que o Ártico, mas a velocidade que isso está acontecendo permanece um ponto de interrogação devido a grandes lacunas nos dados de temperatura ao longo dessa vasta região.
Um estudo recente publicado no periódico Quarterly Journal of the Royal Meteorological Society conclui que, além de o Ártico estar aquecendo oito vezes mais rápido do que o resto do planeta, erros na contabilização das temperaturas têm resultado na subestimativa do aquecimento ao redor do globo.
Recentemente, alguns cientistas têm notado que o ritmo do aquecimento parece ter diminuído – enquanto muitos céticos climáticos e a imprensa têm, erroneamente, alegado que o fenômeno estagnou. Porém, ao adicionar novos dados de temperatura dos satélites, cientistas relatam que o clima está aquecendo tão rapidamente quanto o previsto.
O principal autor do estudo, Kevin Cowtan, da Universidade de York, argumenta que é muito fácil enxergar como a exclusão das temperaturas do Ártico tem resultado em conjuntos imprecisos de dados da temperatura global.
“Se você fizer uma média, mas não considerar parte dos dados que se comportam diferentemente, então terá uma resposta errada”, disse ele ao mongabay.com. “Então, por exemplo, fazer uma média sobre como são as pessoas altas com base em um grupo amostral consistindo apenas de mulheres, o resultado seria subestimado – pois os homens são mais altos, na média. Da mesma forma, se for feita uma média da taxa de aquecimento da Terra baseada apenas em locais que não estão aquecendo muito rápido, então o resultado estará subestimado”.
Isso é exatamente o que tem ocorrido com o conjunto de dados do frequentemente citado Hadley Center e da Unidade de Pesquisas Climáticas (CRU, em inglês), que engloba 84% do planeta, mas deixa de fora grande parte do Ártico. O mesmo problema ocorre com dados do Centro Nacional de Dados Climáticos (NCDC) da Administração Oceânica e Atmosférica Nacional dos Estados Unidos(NOAA).
Por sua vez, o conjunto de dados GISS da NASA tem considerado o aquecimento no Ártico ao preencher as brechas com estações meteorológicas próximas, entretanto, mesmo estes cálculos ainda subestimam o aquecimento total compilado por Cowtan e seu parceiro, Robert Way, da Universidade de Otawa.
Em seu estudo, Cowtan e Way consideraram duas soluções possíveis para as falhas nos dados do Ártico.
“Uma é simplesmente extrapolar as estações meteorológicas mais próximas que usam dados do CRU. A NASA tem feito algo similar há muito tempo, mas o CRU tem trabalhado bastante para conseguir várias estações em latitudes altas”, comentou Cowtan. O outro método é mais novo: o par recorreu a satélites que medem a temperatura da baixa atmosfera com sensores de micro-ondas.
“Não é a mesma coisa que a temperatura da superfície, mas é um bom indicador da temperatura sobre o continente, e, até onde conhecemos, da superfície do gelo marinho também”, comentou Cowtan. Posteriormente, os pesquisadores usaram um método estatístico, conhecido pelos cientistas como “Krigagem”, para reconstruir temperaturas no nível da superfície com base em dados de satélite.
O Ártico tem sido monitorado por satélite apenas desde 1979, o que significa que eles só conseguem acabar com as lacunas até esse ano. Entretanto, o que os cientistas descobriram é chocante: os resultados mostram que, nos últimos 15 anos, as taxas de aquecimento têm disparado no Ártico, oito vezes mais rapidamente do que o resto mundo. Além disso, quando esse aquecimento é adicionado no total global, a tal diminuição das mudanças climáticas desaparece.
Por exemplo, dados dos HadCRU mostram o aquecimento geral em 0,05°C nos últimos 15 anos, mas adicionando os novos dados do Ártico, isso mais do que dobra para 0,012°C. Cowton disse ao mongabay.com que, apesar de a mudança não “ser muito” e não contribuir muito para o cenário em longo prazo – que é o que os cientistas climáticos estão preocupados –, mostra que o aquecimento global ainda está aumentando aceleradamente.
“A ciência diz exatamente o que sempre disse. Tudo o que fizemos foi colocar de lado um pouco da incerteza em relação às tendências de curto prazo, que estava sendo usada para obscurecer a ciência”, nota Cowtan, completando que “os cientistas têm, em sua maioria, sido cautelosos ao tirar conclusões de tendências de curto prazo, mas elas têm aparecido de forma significativa no discurso público”.
De fato, o discurso – e muitos céticos das mudanças climáticas – tem sido obsecado pelo clamor relacionado à “pausa” nas mudanças climáticas. Até o mais recente relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) toma nota da diminuição na taxa atual de mudança climática versus a passada. Diminuição essa, que, segundo Cowtan e Way, é baseada em dados fracos.
“O HadCRUT e o NCDC precisam lidar com o problema. Idealmente, deveriam encontrar outra abordagem para lidar com a questão – quanto mais esse problema for atacado de forma diversa, mais claro o cenário fica”, ponderou Cowtan, que ressalta que a base de dados da NASA é a mais próxima às suas conclusões, mas ainda subestima um pouco o aquecimento, apesar de os pesquisadores ainda não terem certeza por que.
O aquecimento rápido do Ártico já desregula os ecossistemas. Em 2012, a extensão do gelo marinho caiu 50% abaixo da média do período 1979-2000 e chegou ao menor ponto já registrado, alarmando cientistas. No total, o Ártico perdeu cerca de 40% do gelo marinho desde 1980.
Pesquisadores estimam que o Oceano Ártico não terá mais gelo em algum momento entre 2020 e 2100. Recentemente, cientistas teorizaram que a perda de gelo marinho no Ártico pode ser responsável por extremos climáticos em locais como Estados Unidos e Europa, tais como correntes de jato incomuns, e até pela forte onda de frio que atingiu a América do Norte.
Citação: Kevin Cowtan and Robert G. Way. (2013) Coverage bias in the HadCRUT4 temperature series and its impact on recent temperature trends. Quarterly Journal of the Royal Meteorological Society. doi:10.1002/qj.2297
Traduzido por Fernanda Müller
Leia o original no Mongabay (inglês)

Restos de uísque são capazes de purificar a água


Restos de uísque são capazes de purificar a água



A pesquisadora Leigh Cassidy, da Universidade de Aberdeen, na Escócia, desenvolveu um método que pode revolucionar o tratamento de água no mundo todo. Utilizando os resíduos da produção de uísque, a especialista conseguiu eliminar da água o arsênico, substância contaminante encontrada no solo, que causa a morte por envenenamento de várias pessoas no mundo. Sabendo aproveitar a bebida até a última gota, a cientista já desenvolve projetos concretos para a aplicação da nova técnica sustentável.
Com objetivo de encontrar uma solução para a poluição da água no Reino Unido, Leigh desenvolveu a nova técnica, depois de verificar que o insumo gerado após a fermentação da bebida, chamado de borra, poderia ser um agente eficaz na limpeza da água contaminada. Segundo o jornal The Guardian, são as cascas de cevada encontradas na mistura que são usadas na filtragem do arsênico, formando um filtro com os resíduos dos grãos.
No laboratório da Universidade de Aberdeen, a cientista modificou as sobras do uísque e adicionou um ingrediente secreto, criando o filtro DRAM (siga em inglês para Dispositivo para Remediação e Atenuação de Múltiplos Poluentes). Com o sucesso das experiências, o método de purificação rendeu à pesquisadora uma parceria com a empresa social canadense PurifAid, que tem por objetivo levar a técnica aos locais em que a população sofre com a contaminação da água e do solo por arsênico.
A intenção é comercializar cada filtro DRAM por dez dólares, e o primeiro destino da equipe é Bangladesh, país asiático que tem o solo contaminado por altos níveis de arsênico. Por lá, estima-se que uma em cada cinco mortes são causadas pela ingestão da substância. São cerca de 77 milhões de pessoas ameaçadas pela propriedade nociva, mesmo com pesados investimentos públicos para a obtenção de água potável e projetos de aproveitamento da água da chuva.
Além do método de filtragem, os escoceses já descobriram diversas utilidades para o uísque, que vão além da mesa do bar e das festas. Devido ao alto teor energético, o scotch pode produzircombustíveis limpos e já é utilizado na geração de eletricidade – é o caso da usina Helius Energy, que leva energia renovável a mais de nove mil residências escocesas.
Redação CicloVivo

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Artista usa areia como tela para suas obras na Califórnia

Artista usa areia como tela para suas obras na Califórnia
 Fevereiro de 2014 •


Sem agredir a natureza, o artista Andres Amador, de São Francisco, realiza um belíssimo trabalho nas praias da Califórnia (EUA). Sua arte é feita na areia, sendo que os desenhos costumam ser feitos em até duas horas. Entretanto, contemplar o resultado é quase impossível: as águas do mar limpam a sua tela momentos depois de finalizada.

Com um rastelo na mão e os pés na areia, Amador precisa ser rápido, antes que a maré suba e apague o trabalho já iniciado. Depois de pronto também resta pouco tempo para ser apreciado pelo público que se forma em torno da praia. Os cliques de pessoas desconhecidas e do próprio artista garantem que a efemeridade de suas obras se eternize.

“Com as criações, gosto de deslumbrar as pessoas, de trazer maravilha e beleza ao mundo”, afirma Amador em seu site. “A única constante em nossa existência é a impermanência. No final, as nossas vidas são sobre as experiências que tivemos, e não sobre as coisas que temos realizado”, relata o artista.

O conceito de “impermanência” está muito presente no contexto budista em que se prega, entre outras coisas, o desapego e a aceitação. Em seus desenhos é possível perceber uma forte influência esotérica.

A maior parte de seus trabalhos foi realizada no norte da Califórnia. Segundo ele, é bom ter sempre uma tela em branco nas areias das praias.

Sua arte é levada para diversos eventos e ele realiza workshops com oficina de criação e arte. 

GreenClick lança selo de certificação sustentável para websites


GreenClick lança selo de certificação sustentável para websites



Um estudo realizado pelo Greenpeace mostra que o mundo tem mais de 30 milhões de data centers. O consumo de energia elétrica gerada para manter sites em funcionamento na nuvem já soma quase 700 bilhões de kWh, e em 2020, pode superar os volumes de consumos da França, Alemanha, Canadá e Brasil juntos.
Diante deste cenário, surge a GreenClick, empresa que contribui com a neutralização da emissão de CO2 no país, emitindo selo de certificação sustentável para websites.
A iniciativa calcula o consumo estimado de energia gerada pelo site por meio do número de visualizações de página (pageviews). Após a contratação do serviço, o cliente recebe um selo de certificação sustentável, que é publicado nas páginas do seu site. Com um clique, é possível verificar por quantas árvores a empresa tornou-se responsável e quantos quilos de CO2 são neutralizados com a iniciativa.
“A GreenClick possui também uma ferramenta que audita o número de pageviews do site, ou seja, comprova a veracidade da informação”, explica Cecília Vick, Diretora Executiva da GreenClick.
Cada árvore neutraliza aproximadamente 7 kg de monóxido de carbono, assim, a meta da empresa é agir sobre 70 toneladas de CO2 em um ano. “A ideia é termos 10 mil árvores plantadas até o final de 2014”, contabiliza Cecília.
“Sabemos que o selo de certificação é uma parte de ações amigas do meio ambiente. O Selo pode motivar as corporações a aderirem à outras ideias sustentáveis”, explica a Diretora Executiva.
A GreenClick plantará as árvores por todo o território nacional, em parceria com um programa regional do IBF - Instituto Brasileiro de Florestas. Qualquer site pode aderir a iniciativa.