quarta-feira, 20 de novembro de 2013

E se todo mundo usasse ar-condicionado como os americanos?

E se todo mundo usasse ar-condicionado como os americanos?

Demanda global de energia deve aumentar substancialmente, a medida que outros países grandes e quentes crescem e adquirem hábitos de consumo como os dos EUA

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Vanessa Barbos Exame.com - 
Agro St. Georg/Creative Commons

Se tem um país calorento no mundo é os Estados Unidos. Atualmente, os americanos usam mais energia do que todas as nações do mundo juntas, para se manterem fresquinhos sob o ar-condicionado. Mas à medida que ascondições econômicas melhoram em outros países, o aumento no uso deste eletrodoméstico deverá disparar, colocando uma pressão sem precedentes sobre a oferta global de energia.

É o que aponta um estudo da Universidade de Michigan, que projeta o crescimento da demanda de energia nessa seara nas próximas décadas. Em artigo publicado no periódico científico American Scientist, o pesquisador Michael Sivak calcula que oito países têm potencial de superar os americanos: Índia, China, Indonésia, Nigéria, Paquistão, Bangladesh, Brasil e Filipinas.

Para se ter uma ideia do que pode vir pela frente, apenas a cidade de Mumbai, na Índia, tem potencial de gerar uma demanda equivalente a um quarto do consumo americano de um ano, devido a combinação de dois fatores - uma população suficientemente grande e um clima suficientemente quente.

Sivak calculou a demanda potencial de diferentes países com base no "Índice de arrefecimento", que dá uma indicação da energia necessária para resfriar espaços interiores. Com base nesse índice, ele projetou qual seria o consumo de energia em cada país, se o uso de ar condicionado se tornasse tão prevalente como é nos Estados Unidos, onde 87% dos lares estão equipados com ar condicionado.

De acordo com seu artigo, alguns países já estão chegando próximo disso. Na China, o percentual de domicílios com um aparelho de refrigeração cresceu de menos de 1% em 1990 para 62% em 2003. Na Índia, que em 2007 registrava 2% de lares com ar-condicionado, vê as vendas do aparelhos aumentarem 20% a cada ano.

A implicação direta dessas altas é óbvia - o aumento na demanda por energia, diz Sivak. Segundo o pesquisador, a Índia tem potencial de usar cerca de 14 vezes mais energia para resfriamento que os Estados Unidos.

Já a China e a Indonésia superariam o consumo de energia dos americanos em 5 e 3 vezes, respectivamente. O Brasil também está na lista, com potencial de superar o consumo americano de energia pelo ar-condicionado em quase duas vezes.

Para o pesquisador, um caminho possível para frear este aumento na demanda é o daeficiência energética, com o desenvolvimento de aparelhos de ar-condicionado que entregam a mesma qualidade, mas consomem bem menos energia.

E é preciso pavimentar este caminho o quanto antes. Sivak destaca que a mudança climática deverá pressionar ainda mais a demanda por refrigeração no longo em prazo.

Ele cita um estudo feito pela Agência de Avaliação Ambiental da Holanda, que avaliou o futuro uso de energia residencial para refrigeração no contexto da mudança climática. A projeção preocupa. De acordo com o centro de pesquisa, em 2100 a demanda mundial de energia para o ar condicionado pode aumentar em 72%, como resultado das mudanças climáticas
.

Bancada evangélica quer aumento de pena para quem impedir ou tumultuar cerimônias religiosas

Bancada evangélica quer aumento de pena para quem impedir ou tumultuar cerimônias religiosas

  • Medida é reação ao beijo de duas jovens em culto do deputado Marco Feliciano
ISABEL BRAGA (EMAIL·FACEBOOK·TWITTER)
Publicado:
Atualizado:
BRASÍLIA — Numa reação ao beijo trocado por duas mulheres em um dos cultos do pastor e deputado Marco Feliciano (PSC-SP), deputados da bancada evangélica querem aprovar um projeto que aumenta a pena para quem, entre outras coisas, impedir ou tumultuar cerimônias religiosas. O projeto será pautado por Feliciano na sessão da próxima semana da Comissão de Direitos Humanos a qual preside e é composta, em sua maioria por deputados da bancada evangélica.
Nesta quarta-feira, Feliciano exibiu aos deputados da comissão o vídeo em que as duas jovens se beijam e alertou os deputados que ativistas poderão repetir prática semelhantes em outros cultos.
Hoje, o Código Penal estabelece pena de um mês a um ano para quem fizer isso e o novo projeto, que apresentado em 2007, mas ainda pendente de parecer na Comissão de Direitos Humanos, eleva a pena para 1 a 3 anos de reclusão, equiparando a prática ao crime de racismo. O projeto foi apresentando pelo ex-deputado Bispo Rodovalho (DF) em 2007 e estava engavetado. O deputado João Campos foi indicado como relator e apresentará o parecer na próxima sessão da Comissão de Direitos Humanos.
O projeto revoga o artigo 208 do Código Penal, transferindo o teor dele para a Lei Anti-Racismo. O artigo tipifica como crime "escarnecer de alguém publicamente, por motivo de crença ou função religiosa; impedir ou perturbar cerimônia ou prática de culto religioso; vilipendiar publicamente ato ou objeto de culto religioso". Diz ainda que a pena de reclusão de um a três anos será aumentada em um terço se houver emprego de violência.


 em http://oglobo.globo.com/pais/bancada-evangelica-quer-aumento-de-pena-para-quem-impedir-ou-tumultuar-cerimonias-religiosas-10028020#ixzz2ktjo60rS 

Saneamento de Campos é o maior da sua história

Saneamento de Campos é o maior da sua história

Publicado em 08/10/2013


Gerson Gomes / PMCG
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estação de tratamento de esgoto do Imperial é uma das três inauguradas pela prefreita Rosinha Garotinho no seu primeiro governo
Carlos Emir
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crescimento. Com novas estações, município já faz a coleta e tratamento de 80% do esgoto

Campos registra no governo Rosinha Garotinho, o maior crescimento em saneamento de sua história. Nos primeiros quatro anos o município mais que dobrou a capacidade de tratamento de esgoto para 400 litros por segundo, inaugurando três estações. Mais três serão implantadas, duplicando a capacidade, ultrapassando a 800 litros por segundo.

Hoje o município coleta 80% do esgoto, dos quais trata 100%. É mais de três vezes a média nacional, de 20 a 25%. Segundo levantamento recente divulgado pelo Sistema Nacional de Informações em Saneamento (SNIS), do Governo Federal, Campos teve a segundo maior evolução de investimentos em saneamento no país. É o segundo melhor município em serviços de água e de esgoto entre as maiores cidades do Estado, superando até a capital.

Com investimentos de mais de R$ 220 milhões da concessionária Águas do Paraíba, Campos também está entre as 25 melhores das maiores cidades em saneamento do país, acima de 400 mil habitantes.

Segundo lugar em todo o país

Os dados oficiais, divulgados semana passada pelo SNIS, que subsidia o Programa de Modernização do Saneamento, do Ministério das Cidades, se baseia em dados oficiais e leva em consideração volume de água tratada distribuída, coleta e tratamento de esgoto, investimentos, perdas de água e redução de 
perdas.

Embora a coleta e tratamento de esgoto em 2013 esteja próxima a 80%, há dois anos, segundo o SNIS, Campos passou a ser o segundo melhor município do Brasil em evolução na coleta do efluente, subindo de 41% em 2010 para 54 em 2011, atrás apenas de João Pessoa (Paraíba), com 45% em 2010 e 66% em 2011.

Quando Rosinha assumiu no primeiro mandato, Campos tinha três estações de tratamento de esgoto: Chatuba, Codin e Guarus, tratando 140 litros por segundo. No seu primeiro governo foram inauguradas mais três: Imperial, Donana e ETE-Sul (Matadouro), aumentando a capacidade de tratamento para mais 260 litros por segundo.

Hoje a capacidade instalada de tratamento chega a 400 litros por segundo. Com as três unidades a serem implantadas, serão acrescentados mais 500 litros por segundo, totalizando 900 litros tratados por segundo, fazendo Campos subir ainda mais no ranking nacional de saneamento.
 

Banco coleta água da chuva para irrigar praça na Índia

Banco coleta água da chuva para irrigar praça na Índia

Vanessa Barbosa - Exame.com - 14/10/2013
Divulgação


Em tempos quando água vira sinônimo de escassez em muitas partes do mundo, novas formas de reduzir o consumo deste recurso precioso fazem toda a diferença. É o caso do Water brench, um banco que, como sugere seu nome, coleta água da chuva.

Criado pela MARS Architects em parceria com o BMW Guggenheim Lab na Índia, o banco ajuda a reduzir a quantidade de água da rede pública que é usada nairrigação de praças e áreas verdes nas cidades.

Feito de polietileno parcialmente reciclado, o mobiliário conta com reservatório interno que se enche totalmente durante a estação chuvosa. Ele conta com diferentes capacidades de armazenamento, de 500, 1.000 e 1.800 Iitros.

Os primeiros bancos foram instalados na cidade indiana de Mumbai (que vive um boom de prédios verdes) para a fase de testes, que deve durar um ano. A meta para a implementação deste projeto é a instalação de unidades por parque em número suficiente para tornar essas áreas independentes de água da rede pública.

O vídeo abaixo mostra a coleta de água em ação a partir do tempo 2:58.

terça-feira, 19 de novembro de 2013

Já se vende mais bicicletas que carros na Europa

Já se vende mais bicicletas que carros na Europa

A Espanha é o mais novo país europeu a entrar no grupo das nações onde a venda de bicicletas supera a de veículos. Na União Europeia, apenas dois não seguem a regra

Getty Images
Pessoas de bicicleta em Berlim
Pessoas andam de bicicleta em Berlim: a Alemanha é o país com o maior  mercado de bicicletas.  Foram 3,96 milhões em 2012
São Paulo - Apaixonados por carros, os espanhóis - cujo país começa a ensaiar os primeiros passos para fora da crise - pela primeira vez na história compraram maisbicicletas que carros. Com isso, o país se junta a praticamente a todos os outros daEuropa (veja tabela ao final), que vêm dando maior força às duas rodas. 
Uma comparação entre os dados da Associação de Veículos com Rodas da Europa sobre o mercado de bicicletas e da venda de automóveis da Associação Europeia de Fabricantes de Carros apontou que, em 2012, apenas na Bélgica e em Luxemburgo os veículos continuam em primeiro. 
Na Itália, por exemplo, pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial mais bicicletas foram vendidas do que carros. No Reino Unido, a diferença é de 1,6 milhões a mais de bicicletas.
No Brasil, a situação se repete. De acordo com dados mais recentes da Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas (Abraciclo), em 2011 foram produzidas 4,6 milhões de bicicletas no país e outras 370 mil foram importadas. No mesmo período, foram 3,4 milhões de carros vendidos.

As 16 vias mais perigosas para os ciclistas em São Paulo

Levantamento fornecido pela CET a EXAME.com mostra quais vias da região metropolitana de São Paulo tiveram mais acidentes fatais nos últimos 4 anos

Nos acidentes, sobra para elas
Spencer Platt/Getty Images
São Paulo - Desde 2009, 211 ciclistas perderam a vida vítimas do trânsitopaulistano. Exatos 52 deles apenas no ano passado, quase todos, 51, homens. As informações são da Companhia de Engenharia de Tráfego (CET).
Mesmo diante deste cenário, pode-se dizer que São Paulo se conscientiza, aos poucos,  do papel das bicicletas como meio de transporte - e da falta de segurança a que são submetidos os ciclistas urbanos.
De 2009 para cá, mais de 60 km de ciclovias foram construídos. O prefeito Fernando Haddad promete mais 400 km de vias cicláveis até o fim de seu mandato. A ciclofaixa de lazer, que separa uma faixa só para as bicicletas aos domingos em várias vias, também ajudou a popularizar a bike na capital paulista. 
Inicialmente, o aumento das vias para bicicletas fez diminuir os acidentes fatais: entre 2009 e 2011, os números caíram cerca de 20%. Já no passado, houve um aumento de 6%.
Segundo a CET, foram registradas neste ano mais de 210 autuações - uma média de duas multas por dia desde que novas medidas foram adotadas - por desrespeito a quem circula de bicicleta.
Dados da Secretaria Estadual de Saúde de São Paulo também não são alentadores: diariamente, nove ciclistas são internados em hospitais públicos devido a acidentes viários.
Clique nas fotos e veja quais vias registraram mais acidentes fatais nos últimos quatro anos.
 A diferença está em como essas milhões de bicicletas são usadas por aqui. Enquanto em boa parte dos países europeus elas gozam da segurança e da praticidade das ciclovias e ciclofaixas - o que acaba por incentivar seu uso como meio de transporte -, no Brasil, são obrigadas a dividir espaço com carros, motos e ônibus no trânsito. 
Veja na tabela a seguir a comparação entre a venda de bicicletas e carros na Europa:
PaísVendas de bicicletasVendas de carros
Alemanha3,96 milhões3 milhões
Reino Unido3,6 milhões2 milhões
França2,83 milhões1,9 milhão
Itália1,6 milhões1,4 milhão
Holanda1 milhão502 mil
Polônia992 mil271 mil
Espanha780 mil700 mil
Suécia555 mil280 mil
Dinamarca550 mil170 mil
Bélgica450 mil487 mil
Áustria410 mil336 mil
Romênia380 mil72 mil
República Tcheca350 mil173 mil
Portugal350 mil95 mil
Finlândia330 mil107 mil
Grécia320 mil58 mil
Eslováquia300 mil69 mil
Eslovênia250 mil50 mil
Hungria232 mil53 mil
Lituânia115 mil12 mil
Irlanda95 mil79 mil
Estônia65 mil19,4 mil
Bulgária62 mil19,7 mil
Letônia35 mil10,6 mil
Luxemburgo10 mil50 mil

Estudo encontra indícios de fraude em marcas de azeite

Estudo encontra indícios de fraude em marcas de azeite

Pesquisa da Proteste indica que as marcas não podem ser consideradas azeite, ao contrário do que dizem suas embalagens

Wikimedia Commons/Silvio Tanaka
Azeites de Oliva
Azeites de Oliva: pesquisa aponta irregularidades em marcas
São Paulo - Um estudo da Proteste - Associação de Consumidores com 19 marcas de azeite extravirgem vendidas no mercado brasileiro constatou que os rótulos Figueira da Foz, Tradição, Quinta d’Aldeia e Vila Real contém indícios de fraude e não podem ser considerados azeites, ao contrário do que suas embalagens sugerem, e sim uma mistura de óleos refinados.
De acordo com testes químicos feitos pela entidade, os produtos desclassificados receberam adição de outros óleos e gorduras, em proporções fora da legislação vigente.

A entidade afirma que irá notificar o Ministério Público, a Anvisa e o Ministério da Agricultura. "Cabe ao órgãos reguladores avaliar esta questão e retirar do mercado esses azeites que não condizem com as normas. Também pedimos que a fiscalização seja intensificada, para que os produtos sejam adequados às condições reais de informação em seus rótulos", afirma Maria Inês Dolci, coordenadora institucional da Proteste. 
Segundo a pesquisa, apenas 8 dos produtos testados apresentam qualidade de extravirgem: Cardeal, Carrefour, Olivas do Sul, Cocinero, Andorinha, La Violetera, Vila Flor e Qualitá.
Outros sete (Gallo, Borges, Carbonell, Pramesa, Beirão, La Espanhola e Serrata) foram classificados como apenas virgens em teste sensorial feito por especialistas em azeite, ainda que se identifiquem como extravirgens em suas embalagens e anúncios publicitários.
Segundo a Proteste, uma das marcas avaliadas, a Borges, tentou obter censura prévia na justiça antes mesmo da divulgação dos resultados. O juiz Gustavo Coube de Carvalho, da Nona Vara do Fórum Central de São Paulo, negou a liminar. A Borges divulgou comunicado "contestando de forma veemente a metodologia e os resultados divulgados".
Segundo a fabricante, seu produto é avaliado e certificado em laboratório independente, credenciado pelo Comitê Oleico Internacional. "Temos todos os documentos oficiais que comprovam a qualidade do nosso produto – e, infelizmente, a Proteste não informa qual o laboratório responsável pelo seu teste, nem as condições em que a amostra do nosso azeite (e dos outros) foi colhida e transportada para verificação", disse a empresa em documento.
Já de acordo com a Carbonell, todos os lotes de produtos da marca são submetidos, antes do embarque, a um rigoroso controle de qualidade dos laboratórios do governo da Espanha credenciados e exigidos pelo Brasil. A empresa informou em comunicado ter realizado uma contraprova em amostra do mesmo lote analisado e "constatou, com total segurança, que as características do azeite correspondem a um produto extra virgem da mais alta qualidade".
Segundo Maria Inês, os parâmetros da análise foram rigorosos. "O intuito da nossa entidade é justamente avaliar as marcas existentes no mercado, principalmente para que os setores possam ser aperfeiçoados. O que não pode é que o consumidor continue a comprar produtos que afirmem ser o que não são", disse.
Procuradas pela reportagem, a Paladar Comércio e Representação de Produtos Alimentícios, importadora do Figueira da Foz,  a Angel Indústria Exportação e Importação de Produtos Vegetais, importadora do Vila Real, a Sales Indústria e Comércio, importadora do Quinta d'Aldeia, não tiveram representantes localizados. 
Confira o estudo da Proteste na íntegra: